A suspensão dos exames do 9º ano é uma das medidas de urgência para inverter a lógica com que o governo das direitas foi desesperando o país.
Em primeiro lugar, os exames têm de ser suspensos porque não existem verdadeiramente condições para eles se realizarem. Mas além disso, a rejeição destes exames permite pensar a escola pública de uma outra forma.
A escola que existe sufoca-nos a vida e é injusta sob todos os pontos de vista. A imposição de exames nacionais, agora também no 9º ano, deve ser completamente rejeitada: é asfixiante quanto ao cumprimento dos programas, não permitindo adaptar as matérias aos interesses das turmas e aos ritmos de cada aluno; é injusta socialmente, porque avalia o produto, através de uma nota final, e não o processo de aprendizagem, o que quer dizer que aqueles que já partem com condições culturais e sociais mais favoráveis terão vantagem sobre os outros; reforça a componente selectiva da avaliação; não tem em conta os diferentes ritmos e tempos de aprendizagem de cada aluno nem as diferenças culturais.
A paranóia dos exames, de acordo com a qual parece ser mais importante avaliar do que aprender, do que descobrir e ter prazer em conhecer, é incompatível com a concepção duma verdadeira escola.
O que sabemos do novo Governo do PS não augura nada de bom. Apenas a continuidade tem sido anunciada.
A luta é por uma avaliação realmente contínua e formativa, por infra-estruturas decentes, contra medidas moralistas e repressivas impostas aos estudantes, contra um ensino transmissivo e uma educação para a passividade, pela educação sexual, contra o lóbi das editoras e o preço dos manuais, pela defesa intransigente da escola inclusiva, pela redução do número de alunos por turma, pela gestão democrática e participada, por uma escola sem tabus, por uma escola de igualdade.
Em primeiro lugar, os exames têm de ser suspensos porque não existem verdadeiramente condições para eles se realizarem. Mas além disso, a rejeição destes exames permite pensar a escola pública de uma outra forma.
A escola que existe sufoca-nos a vida e é injusta sob todos os pontos de vista. A imposição de exames nacionais, agora também no 9º ano, deve ser completamente rejeitada: é asfixiante quanto ao cumprimento dos programas, não permitindo adaptar as matérias aos interesses das turmas e aos ritmos de cada aluno; é injusta socialmente, porque avalia o produto, através de uma nota final, e não o processo de aprendizagem, o que quer dizer que aqueles que já partem com condições culturais e sociais mais favoráveis terão vantagem sobre os outros; reforça a componente selectiva da avaliação; não tem em conta os diferentes ritmos e tempos de aprendizagem de cada aluno nem as diferenças culturais.
A paranóia dos exames, de acordo com a qual parece ser mais importante avaliar do que aprender, do que descobrir e ter prazer em conhecer, é incompatível com a concepção duma verdadeira escola.
O que sabemos do novo Governo do PS não augura nada de bom. Apenas a continuidade tem sido anunciada.
A luta é por uma avaliação realmente contínua e formativa, por infra-estruturas decentes, contra medidas moralistas e repressivas impostas aos estudantes, contra um ensino transmissivo e uma educação para a passividade, pela educação sexual, contra o lóbi das editoras e o preço dos manuais, pela defesa intransigente da escola inclusiva, pela redução do número de alunos por turma, pela gestão democrática e participada, por uma escola sem tabus, por uma escola de igualdade.
1 comentário:
“Mas além disso, a rejeição destes exames permite pensar a escola pública de uma outra forma.”
A escola não começou a ser pensada pelo governo socialista. A escola já anda a ser pensada há pelo menos 20 anos. Embora o longo labor intelectual, todos os estudos afundam Portugal nos últimos lugares em matéria de educação. E apontam aquilo que todos sabem: temos um sistema educacional pouco exigente
Enviar um comentário