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quinta-feira, maio 24, 2012

Por que razão, os partidos capitalistas conseguem a maioria nas sondagens?!

Depois de dez anos de políticas de austeridade e anti-laborais, particularmente agravadas pelos dois últimos governos PS e agora PSD/CDS/UE/FMI, com o desemprego real a atingir 1300000 pessoas, com tendência para continuar a aumentar segundo as declarações do próprio governo capitalista, com todas as consequências sociais que daí derivam, as últimas sondagens divulgadas continuam a dar a estes partidos capitalistas uma maioria confortável.

Pelas mesmas políticas reacionárias o povo grego penalizou e colocou estes partidos em minoria nas últimas eleições, como resultado e efeito prático que a radicalização que implementou à sua luta contra as medidas de austeridade e anti-laborais e contra o pagamento da crise económica capitalista.
Por que razão o mesmo não sucede em Portugal? Será porque o movimento laboral e popular está na disposição de se sujeitar a mais medidas de austeridade e a mais sacrifícios sociais em prol dos interesses da burguesia financeira e capitalista e como tal inteiramente responsável por esta situação?
Ou esta situação está diretamente relacionada com as políticas de conciliação e colaboração levadas a cabo durante anos pelas estruturas sindicais, no qual o último "acordo" promovido entre a UG"T" e Governo é bem significativo?

Se em Portugal, a exemplo da Grécia houvesse um amplo esclarecimento sobre a gravidade e as consequências que esta crise económica acarreta para os trabalhadores e para os mais pobres e se, se mobilizasse e radicalizasse as formas de luta, contra a política reacionária de recuperação capitalista, em vez de se defender a "renegociação" da dívida, com o objectivo claro não de a combater, mas de suavizar as medidas de austeridade e a agudização dos conflitos sociais, ou apelar-se ao "aumento da produção" que na prática implica um maior grau de exploração sobre os trabalhadores e ajudar a burguesia a sair da crise em que está atolada, como o fazem os partidos ditos de “esquerda”, a CGTP e a UG"T", posições essas que não diferem daquilo que o PS/PSD/CDS defendem, será que o povo português, particularmente os trabalhadores não tinham uma atitude diferente e mais combativa face a estes partidos e à ofensiva capitalista?
As lutas GANHAM-SE LUTANDO, não levando ao colo quem nos suga o sangue!
daqui

sexta-feira, maio 11, 2012

A Democracia e o seu arremedo

Quando as pessoas dizem ou pensam que vivem em democracia, quando dizem que em ditadura é que as manifestações são proibidas e reprimidas e somente lamentam os acontecimentos ou se indignam com o governo sem entenderem o seu real significado quando protestam e levam cargas policiais. Elas não sabem, não entendem ou esqueceram, que o poder está nas mãos de uma classe e que ela oprime as restantes. Que não há, mas nunca, neste quadro social, qualquer tipo de liberdade ou de democracia, são só concessões temporárias. Dai a sua ingenuidade política, pelo facto de ainda não terem entendido isto.
A política e a democracia são muito mais do que se possa imaginar. Não existe democracia alguma na nossa sociedade. Nem há uma perspectiva de mudança, ou uma oportunidade para melhorar a sociedade ou as condições de vida das pessoas só porque existem partidos e eleições, ou porque nos deixam falar, ou porque nos permitem a "liberdade" de nos manifestarmos, isso não é e nem significa democracia.
Tudo isso é uma fachada. O essencial está salvaguardado e enquanto o estiver, ou seja, o poder nas mãos da classe dominante, o jogo vai-se jogando. Mas este “jogo” está viciado à partida, porque eles, a classe dominante, neste jogo do monopólio, do Carnaval Eleitoral e “democrático”, estão com a "banca", a policia e as forças armadas nas suas mãos e subvertem o jogo, quando eles entenderem e sempre que o entendam.
Toda a governação, todo o governo feito mandante de todos, defende apenas e somente o mais importante, os privilégios de classe, a manutenção do poder nas mãos do capitalismo. Por isso é normal esta atuação. Não a vermos assim é sermos ingénuos demais.
Entenda-se que democracia e legalidade não é podermos manifestar-nos, isso é um direito, direito que foi conquistado. Ainda que a classe dominante diga respeitar a "legalidade" manifestação, isso é uma falsidade. Ela apenas concede, por enquanto, esta aparente liberdade e aparente legalidade, que mais deve ser um direito, de nos manifestarmos, porque ainda não tem a força e o total da opinião pública da parte dela, apesar de intensas campanhas de estupidificação nas TVs. No dia que a tenha tudo muda de figura. Deixa de haver legalidade, ou direitos, ou o que quer que seja de espécie alguma. O que temos é uma determinada conjectura, o que vivemos é um quadro conjectural temporário.
Em última análise, a história dar-nos-á a vitória, porque não se pode contrariar a roda da história. A missão do inimigo é fazer com que ela ande o menos rápida possível. A nossa missão é fazer o contrário. Podemos perder esta batalha não a vitória final do avanço da história. A luta pela DEMOCRACIA efetiva ainda só agora começou! A luta,  pode ser bem mais dura e mais prolongada. Deixem-se de ilusões e de ingenuidades!