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terça-feira, março 29, 2011

Muitas vezes é só mania...


Uma palavrinha sobre o trabalho-doméstico e interminável.
Muitas vezes quando se pode ter uma "doméstica", temos que lhe pagar e também todos os direitos inerentes, que é a nossa obrigação, e, não raras vezes, ficamos mal-servidos, insatisfeitos e expostos, não é assim? E como ficamos sem "pegar no pesado" em casa, vamos pagar ao ginásio para queimar as gorduras que se vão acumulando, enquanto nos armamos em "Senhores". Não tem jeito nenhum, temos que "nos mexer". Movimentar o corpo é essencial para a nossa saúde, física, mental e até espiritual.
Bom, fiquei pensando, quantas pessoas sonham em ter a sua casa para terem o seu espaço, a sua liberdade, a sua privacidade, etc. Mas, todos gostam de ter uma "doméstica", dá status.
Cá em casa, não.
Não limpamos tudo num só dia. Um dia limpamos uma parte da casa, uma janela hoje, outra amanhã; um armário da cozinha num dia, no outro dia outro, chega uma hora em que tudo vai estar limpo. Só não podemos é deixar de limpar. Num dia por exemplo limpa-se uma casa de banho. Pronto, não se faz mais nenhum serviço "pesado" nesse dia. Assim, devagar, sem "matar", consegue-se manter a casa limpa e economizar uns trocos que permitem fazer outra coisa. E de sobra, também, se queima umas calorias, mexe-mo-nos, aumenta-se o nível de endorfina, que nos dá o prazer e a alegria de viver, de poder cuidar das nossas coisas, com calma e do jeito que gostamos.
Experimente.
Faça cada dia uma limpeza e vai ver que até a força física aumenta, porque tudo na vida é um treino. Treinar para a vida. Em geral pensamos que o trabalho doméstico nos diminui, pode "parecer" aos outros que somos tão pobres e miseráveis que nem podemos ter uma faxineira. Mas e daí? Quem resolve como administramos a nossa vida, a nossa casa, não somos nós mesmos? Alguém paga as suas contas? Vivemos melhor cuidando nós das nossas coisas e sem estranhos todo o dia em casa.

quarta-feira, março 23, 2011

Sócrates rasgou-nos, Passos vai despir-nos!

CUIDAAAAAAAAAAAAAAADO!!!!!!!!!!!!!!!!

Última hora: Sócrates e Passos Coelho são gémeos!!
"Tão iguais são que nem a mãe os distingue"!!
José Sócrates e Passos Coelhos são “gémeos” (tem exactamente as mesmas ideias), embora Passos Coelho possa ser menos aldrabão. Temos que admitir que é muito difícil ser mais mentiroso que o Sócrates,a única coisa que os separa é que não podem ser os dois primeiro-ministro !!!
São gémeos feitos de coisas diferentes, mas com o mesmo cheiro. Sócrates reúne com "os mais espertos" economistas, quase todos tendo pertencido a governos culpados de tudo o que de pior nos tem acontecido. A maior parte recebe reformas milionárias (duas e três) e não tem vergonha de dar nas televisões e nos jornais lições de resolução da crise. Um deles, trabalhou seis anos num banco do Estado e recebe uma reforma para toda a vida! De 18 mil euros! É o retrato típico de uma situação”nojenta”. Mas o que dizem os ex-ministros "espertos"para resolver a crise que ajudaram a criar? Cortes nas despesas de saúde, da educação, baixa dos salários da função pública, supressão do 13º mês, redução nas pensões, extinção de subsídio para os mais pobres, aumento nos medicamentos... (os pobres que paguem a crise!) tenham vergonha nesse focinho!
Passo Coelho junta-se com mesma tralha e dão-lhe a mesma receita. Os mesmos cortes, os mesmos sacrifícios, a mesma ou pior novela! Esta seita não está, nunca esteve, nem estará ao lado de quem sofre e trabalha. As suas palavras não escondem a classe a que pertencem. Todos os dias, jornais e revistas escrevem sobre, os rendimentos, as casas luxuosas, os iates, os aviões, os automóveis topo de gama destes gajos que nos obrigam a fazer sacrifícios. Obrigam mas não cumprem! Pedro Passos Coelho, caso for eleito primeiro-ministro, será uma fotocópia de Sócrates, mas para pior, porque este último ainda tem alguma oposição dentro do PS, coisa que Passos Coelho nunca terá dentro do PSD, porque este partido obedece a uma lógica de Poder. A ideologia do PSD é o Poder pessoal do líder e a sua afirmação.

terça-feira, março 22, 2011

Inseminação, não?! Sexo só para procriação?!


A Igreja não aceita a inseminação artificial, nem homóloga nem heteróloga. Eis as razões:
“As técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal (doação de esperma ou de óvulo, empréstimo de útero), são gravemente desonestas. Estas técnicas (inseminação e fecundação artificiais heterólogas) lesam o direito da criança de nascer de um pai e uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento. Elas traem “o direito exclusivo de se tornar pai e mãe somente um por meio do outro” (CIC § 2376).
“Praticadas entre o casal, estas técnicas moralmente inaceitáveis dissociam o ato sexual do ato procriador. “A procriação é moralmente privada de sua perfeição própria quando não é querida como o fruto do ato conjugal, isto é, do gesto específico da união dos esposos… Somente o respeito ao vínculo que existe entre os significados do ato conjugal e o respeito pela unidade do ser humano permite uma procriação de acordo com a dignidade da pessoa” (CIC §2377).

Mesmo que não quisesse tinha de ser ateu!

quinta-feira, março 17, 2011

Confissão do saque aos portugueses


Como é noticiado, o Governo gaba-se de que Governo atinge superavit histórico de 836 milhões de euros até Fevereiro à custa de saque, por formas diversas, ao bolso dos contribuintes e aos beneficiários da segurança social e de outros serviços públicos como saúde, ensino, etc.

Se o Excelentíssimo Governo desejar, poderá elevar esse superavit a valores muito mais altos. Imaginemos que decide expropriar todas as contas bancárias dos portugueses e todos os seus haveres, a contabilidade mostrará de imediato que o superavit ultrapassa todas as expectativas orçamentais. E o PM poderá gabar-se junto da UE ou do tão citado «mercado» da sua alta competência de ter ultrapassado a crise.

No entanto, passados poucos dias, morrerão à fome todos os portugueses e se algum teimar em sobreviver com água e ervas, ser-lhe á aplicada a eutanásia referida por Almeida Santos no congresso partidário em Espinho. Ficará apenas o PM e o seu bando, o todo poderoso Rei do deserto. Senhor de tudo e de nada. Mas não se iludam com os vossos sonhos fantasiosos e irreais, porque deixarão de ter motoristas, secretárias, empregadas da limpeza e de quem lhes trate da roupa, da alimentação e da TV que lhes permita fazer discursos de auto-elogio e de culpabilização da oposição. Definharão durante poucos dias vítimas da vossa sede de grandeza e do desprezo com que trataram os portugueses.

Na medida em que continuam a existir os cancros referidos em dezenas de institutos públicos que podem ser extintos ou alvo de fusões, e tendo o superavit sido devido principalmente ao esforço compulsivo dos portugueses acima das suas possibilidades, o que está a entravar a evolução positiva da economia, não pode realmente esperar-se uma subida sustentada do superavit, sem que haja um colapso irremediável da vida em Portugal
....

BASTA! 35 anos de Governos PS e PSD já chega!


terça-feira, março 15, 2011

Japão - "os insondáveis caminhos de Deus"

Tradução “livre” de um artigo de A. C. Grayling, publicado no site da Richard Dawkins Foundation.

É com tristeza que todos pensamos nas centenas de milhares de pessoas cujas vidas foram horrivelmente perdidas ou afectadas pelo terramoto e pelo tsunami do Japão, e que marcaram a negro os anais deste ano de 2011, e que vieram logo a seguir ao terramoto que atingiu Christchurch na Nova Zelândia.

Estes acontecimentos, que estão certamente ligados do ponto de vista tectónico, lembram-nos das vastas forças da natureza que, se são normais para o próprio planeta, são já prejudiciais para a vida humana, especialmente para aqueles que vivem perigosamente perto do quebra-cabeças que são as falhas da superfície terrestre.

Alguém me disse que na igreja da sua terra iria haver orações especiais pelas pessoas no Japão. Este comportamento bem-intencionado e fundamentalmente simpático mostra, no entanto, quão absurdas, no sentido literal do termo, são as práticas e as crenças religiosas.
Quando vi na televisão uma reportagem de pessoas a dirigirem-se para a igreja em Christchurch após o trágico terramoto, foram estes pensamentos que me assaltaram.

Não seria simpático da minha parte pensar que aqueles que foram à igreja o foram para dar graças por eles próprios terem escapado pessoalmente; não lhes quero imputar egoísmo e alívio pessoal no meio de um desastre no qual tantas pessoas arbitrária e subitamente perderam as suas vidas por causa de um “acto de Deus”.
Mas se essas pessoas foram rezar para que o seu deus olhe pelas almas daqueles que morreram, por que pensariam elas que esse deus o faria, uma vez que foi ele próprio quem causou, ou permitiu, que os seus corpos fossem súbita e violentamente esmagados ou afogados?

De facto, estariam elas a suplicar e a louvar uma divindade que idealizou um mundo onde existem tantas arbitrárias e súbitas mortes?
Um ser omnisciente conheceria bem todas as implicações daquilo que faz, e por isso saberia também que iria proporcionar estes acontecimentos e todas estas suas horríveis consequências.
Estariam elas a louvar o causador do seu sofrimento, pelo seu sofrimento, e também a suplicar a sua ajuda para escapar àquilo que ele próprio tinha planeado?

Talvez elas pensem que o seu deus não é o responsável pelo terramoto. Mas se elas acreditam que o seu deus idealizou um mundo no qual estas coisas acontecem, mas depois deixou esse mundo sozinho e não intervém mesmo quando ele se torna letal para as suas criaturas, então essas pessoas estão implicitamente a questionar a moralidade do seu carácter.

E se ele não é suficientemente poderoso para fazer alguma coisa sobre a criminosa indiferença do mundo para com os seres humanos, então em que sentido é ele deus?

Pelo contrário, ele parece ser um espírito impotente, para quem é inútil rezar e que é indigno de ser louvado.

Porque se ele não é capaz de impedir um terramoto ou salvar as suas vítimas, então não está qualificado para criar um mundo.
Mas se ele é poderoso o suficiente para ambas as coisas, mas ainda assim cria um mundo perigoso que inflige arbitrariamente sofrimentos violentos e agonizantes a criaturas racionais, então ele é perverso.

De qualquer modo, o que pensam as pessoas que acreditam em tal ser, e vão à igreja para o louvar e adorar?
Como, perante acontecimentos que a bondade e a preocupação humana consideram trágicos e que exigem ajuda – ajuda que são os próprios seres humanas que proporcionam aos seus semelhantes: nunca aparecem anjos vindos do céu para ajudar – podem as pessoas acreditar em tal incoerente ficção, como é a ideia desta divindade?

É este um enigma sem fim.