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segunda-feira, janeiro 30, 2006

Ser de "boas" famílias

HÁ MILHÕES DE CUNHAS EM PORTUGAL.
A FAMÍLIA CUNHA É DAS MAIS NUMEROSAS EM PORTUGAL

HÁ QUEM AFIRME GENERALIZANDO COM POUCA MARGEM DE ERRO QUE HÁ CUNHAS EM TODAS AS FAMÍLIAS DE PORTUGAL - "NUMAS MAIS, NOUTRAS MENOS".
OS CUNHAS DOMINAM PORTUGAL HÁ MUITOS ANOS, E PELA ANÁLISE DAS ESTATÍSTICAS DE CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO E NATALIDADE, NÃO SE PREVÊ QUE OUTRO APELIDO DE BOA FAMÍLIA PORTUGUESA VENHA A ULTRAPASSAR A CUNHA.

TER CUNHAS (AMIGOS E/OU FAMILIARES) É MUITO IMPORTANTE. É VITAL.


domingo, janeiro 29, 2006

IRS à "Circulo de Leitores"

Eu, como creio que toda a gente, detesto a burocracia. E um dos tenebrosos símbolos da burocracia é a famosa declaração do IRS, coisa complicada, que obriga a bichas enormes porque a malta tem o costume de deixar a coisa para os últimos dias. Digo que é complicado mesmo para mim que sei ler e escrever razoavelmente bem, mas para os analfabetos funcionais que para aí proliferam, chamar-lhe complicado é um eufemismo.
Nos últimos anos a melhoria foi poder enviar-se por Internet, quem a tinha e sabia fazê-lo, e agora anunciam que essa declaração deixa de ser obrigatória.
Então como é que vai ser?
E aqui é que vem a parte que não percebo: «o contribuinte passa a receber a sua declaração de IRS via Internet, já preenchida». Vou só expor as minhas dúvidas.
a) O que se vai receber é a parte com nome, morada, BI e NC, estado civil, entidade patronal, o que se recebeu e as deduções feitas, imagino eu.
b) Se for baseado no ano anterior, exige um grande cruzamento de dados, para se saber se não nasceu nenhum filho, se não houve nenhum casamento ou separação, se o filho já não está a cargo, e outros “pormenores” destes.
c) As deduções que quase toda a gente tem com saúde e educação (pelo menos) terão de ser preenchidas pelo contribuinte, calculo eu. Ou desaparecem as deduções?
d) Não entendi se, quando se fala em receber “via Internet”, é a Internet do serviço onde se trabalha. Porque decerto não se imagina que todos os funcionários tenham Internet em casa.
e) Apesar de aqui se dizer que «a experiência será alargada a todos os trabalhadores do Estado» deduzindo-se daqui que não abrange ainda os privados, devem ter decerto consciência da grande quantidade de locais "do estado" que ainda não estão ligados por net.
f) O "português", para não se chatear, vai aceitar declarações incorrectas, mas a responsabilidade será dos serviços?
Enfim, aplaudindo o que seja desburocratizar, esta medida tal como está apresentada resalvo, parece-me ainda muito tosca e de difícil aplicação.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

"top secret"

Começa o desastre e não se meche uma palha!

clic nas imagens para aumentar

A forte ondulação verificada durante a noite provocou mais degradação no navio e na sua carga. Regista-se uma grande quantidade de fuel-óleo a ser libertada pelo navio. Os modelos de oceanografia física apontam para a a possibilidade de este fuel-óleo ser transportado para a zona do Canal Pico-S. Jorge, ao contrário de ontem, em que foram, essencialmente, transportados para Oeste da Baía das Cabras.
Para trás fica uma mancha escura de hidrocarbonetos que cobre toda a Baía das Cabras. É um triste espectáculo este que fica com a bonança. Cinco manchas deslocam-se para o exterior da Baía pela Ponta dos Cedros.
Durante a tempestade, locais referiram que a proa do barco se movimentava um pouco, mas que a popa não. Será este um sintoma de fragilidade da embarcação? A forte ondulação, que ultrepassava, neste período, os cinco metros, está a martirizar o que resta da carga do "CP Valour". Apesar da espectacularidade das imagens ainda restam muitos contentores sobre o convés (cerca de uma centena). O perigo que estes constituem para a segurança da navegação é de potencial impacto ambiental, obrigam a uma vigilância permanente da embarcação.
Aparentemente a forte ondulação verificada nos últimos dias funcionou como agente dispersante, sendo o cenário na Praia do Norte muito mais optimista. Caso não estivesse o navio no meio da Praia e até poderia parecer que nada tinha ocorrido. Apenas uma mancha insiste em não abandonar a área, como que relembrando que a contaminação ambiental invisível pode ser elevada e que o perigo potencial se mantém.

daqui

quinta-feira, janeiro 26, 2006

"Deus é Amor e não usa preservativo"


Que raio de ideia!
Publicar uma encíclica!
E logo sobre sexo e caridade!
Podia ser sobre futebol e esperança ou fé e gestão de empresas, mas não, tinha logo que ser sobre sexo e caridade!
O Papa não deve estar à espera que alguém que ganhe o salário mínimo seja tão caridoso como o Belmiro de Azevedo, o Amorim ou outro ricalhaço qualquer, pois não?
Nem espera que um mancebo de 20 anos seja tão casto e "puro" como uma velhota de 80, pois não?
Renunciar ao êxtase de Eros e aos prazeres da carne, para um cota todo caquético como ele e com aquela beleza alternativa, é fácil.
E os jovens com o sangue quente?

Que sabe esta gente de amor? Nada, pois é o sado masoquismo e a baixeza espiritual e moral que impera na Igreja....agora de sexo são especialistas, em especial nas suas vertentes mais doentias.
O Vaticano já teve prostituição legalizada. Os Bórgias não brincavam em serviço. Na Idade Média o Vaticano era um antro de vício.

Ao contrátrio de tudo que é dito, Jesus não foi NADA inovador quando defendeu "o amor ao próximo". A esmagadora maioria das sociedades, anteriores ao cristianismo ou sem influência do cristianismo chegaram lá... É algo humano. Não é algo cristão. Quanto à ética cristã, é lamentável achar necessário acreditar em «Deus» para fazer o bem. Eu acho que se deve fazer o bem porque é isso que deve ser feito, independentemente das recompensas que se esperam ou dos castigos que se pretendem evitar.

domingo, janeiro 22, 2006

Cavaco/Sócrates - as duas faces da má moeda

Já nem sei o que mais me chateia, se Cavaco ser o presidente de todos os portugueses ou a "besta" do Sócrates ser o primeiro-ministro de todos nós. Não votei em nenhum deles, mas também dispenso que me governem.
Sócrates, o aparelho do PS, as empresas de sondagens e os grupos financeiros elegeram Cavaco. Agora, mais do que antes, estão a classe dominante e o seu governo dum lado e os trabalhadores, os desempregados e os mais pobres do outro.
Nesta noite eleitoral, dois acontecimentos me deixaram triste e revoltado: primeiro ver o candidato da direita, por escassos décimas, ser eleito por um eleitorado tradicionalmente de esquerda e depois ver o palhaço do Sócrates atropelar a declaração final de Manuel Alegre, numa atitude desqualificada e indiciadora de arrogância e mau perder.
Com esta parelha nos mais altos cargos da Nação, bem pode o Povo levantar a cabeça e preparar-se para a luta pois novos e maiores ataques aos direitos e às liberdades dos trabalhadores se avizinham.
Se um diz mata, o outro diz esfola.

Foram poucos, mas foram bons


Embora sem nenhum significado, espero que os resultados desta votação sejam um bom prenuncio.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Votar nos outros é um erro de casting

Apoio Manuel Alegre porque é um humanista, um escritor, um homem de cultura, um português aberto ao mundo. Apoio Manuel Alegre porque é um democrata convicto, um cidadão livre, um resistente, homem que pensa pela sua própria cabeça. Apoio Manuel Alegre porque é um homem da esquerda dos valores. Integridade, coragem, honradez, frontalidade, autonomia são infelizmente qualidades cada vez mais raras na política portuguesa.
Votar nos outros candidatos para a Presidência seria contribuir para um erro de casting. Assim, Garcia Pereira é um excelente candidato a secretário geral do MRPP, Jerónimo de Sousa seria um óptimo Provedor de Justiça, Francisco Louçã deveria ser o Procurador Geral da República (ou, em alternativa, o Director Geral dos Impostos). Mário Soares é já o nosso Eusébio ou Carlos Lopes da política. Cavaco Silva é o perfeito candidato a Governador do Banco de Portugal (aliás, esse é o cargo que desempenharia mesmo que fosse eleito para a Presidência). Portugal precisa de Alegre na Presidência da República. Até porque Alegre não é um catedrático qualquer...

António Carlos Santos

domingo, janeiro 15, 2006

A arte de ser português...

Toda a gente já percebeu, pelas sondagens, duas coisas relativamente às presidenciais:
1- Que Cavaco ainda não tem assegurada a maioria absoluta e a consequente eleição;
2- Que Manuel Alegre é, de longe, o candidato melhor posicionado para bater Cavaco numa segunda volta (e que, na primeira, será o candidato da área da esquerda mais votado).
Claro que os soaristas fazem figas e negam todas as evidências. Mas só quem se deixa iludir com as manchetes dos jornaleiros apaniguados é que ainda acredita que Soares ficará à frente de Alegre. Eu próprio fico espantado, mas ainda não conheci ninguém, nas minhas relações, que declarasse a intenção de votar Soares. Sei de muitos que votarão Cavaco, Alegre, Louçã e até Jerónimo de Sousa, mas ainda ninguém me disse que iria votar Soares. Deve ser, provavelmente, por vergonha, porque as sondagens garantem que Soares tem votantes (fora do círculo de cortesãos que, caninamente, o acompanham sempre). Mas não deixa de ser intrigante e significativo que os putativos votantes de Soares tenham tanta dificuldade em confessar o seu apoio à criatura.
A decisão das presidenciais está nos ainda indecisos. Eles, como sempre, é que vão ditar se haverá ou não segunda volta. Como apoiante de Manuel Alegre, tenho naturalmente a esperança de que, até ao próximo dia 22, a maioria dos indecisos opte, finalmente, por ir às urnas e não vote em Cavaco. Se assim for, a eleição presidencial não ficará resolvida na primeira volta e depois... tudo pode acontecer. Num confronto directo entre Cavaco e Alegre, estou convencido de que Alegre poderá vencer. E por uma razão muito simples: ele é, em muitos aspectos, muito mais português e genuíno do que Cavaco. E a maioria dos portugueses, à direita e à esquerda, acabará por votar nele.
Vai uma aposta?...

por ademar.santos

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Uma velha questão: quantidade vs qualidade


Recebi de uma amiga, filha de pessoas inteligentes e que muito prezo, um texto onde o mote é o tamanho do “coiso”, do dito membro fálico, do objecto de culto e prazer que faz girar o Mundo e arredores. A breve, mas sincera, alusão à sua ascendência serve apenas para enquadrar a sua formação, de berço, o que não deixa de funcionar como antítese para a excelência, se bem que mal fundamentado, texto que uma vez mais nos enche de prazer receber.
Para começar acho de mau gosto ver comparado o meu “ Manuel Joaquim” com um qualquer “aeroplano” por muito potente e arejado que possa ser. Confesso que prefiro um bom Jumbo da Boeing a um qualquer Airbus seja ele 380 ou não, depois e caso a minha Amiga não saiba, um “passarão” desse tamanho não pode, por razões técnicas, aterrar em qualquer pista o que só por si limita os destinos; depois, um monstro dos ares como esse, é demasiado rápido, uma qualquer avioneta demora mais tempo a chegar ao destino aumentando assim o prazer da viagem, quem gosta de comparações entre o “coiso” e as adoráveis máquinas voadoras é porque é especialista nas artes da aviação e assim sendo gosta de desfrutar do prazer de voar e quanto mais tempo demorar a viagem, melhor. Depois, confesso, que uma boa “planadela” até ao Algarve, numa noite de Verão, é bem mais agradável que a escassa e insonsa meia hora de voo até ao Sul… mas isto são gostos.
Seguidamente surgem as comparações, “ Pantagruélicas”, entre o “coiso” e os enchidos… sinto ainda algum mau gosto na coisa, mas não me choca tanto, ainda assim discordo profundamente das comparações, malévolas e infundadas, entre o tamanho dos enchidos e o sabor dos mesmos. Confesso alguma desilusão por saber ser a minha querida e tesuda Amiga, uma amante de Paris e consequentemente da “Nouvelle Cuisine” e ainda assim cair no erro de avaliar o paladar de um enchido pelo tamanho do mesmo… Essas alusões a “linguiças”, “chouriços de sangue”, “farinheiras”, “presuntos de Parma” e outros fálicos enchidos são de todo despropositadas. A linguiça pode ser frágil na aparência mas poderosa no palato, já os afamados chouriços de sangue vivem muito da fama e pouco das provas dadas. São por demais conhecidos os casos de poderosos chouriços de sangue que se partem inesperadamente, para não mais recuperarem… e as farinheiras que por vezes fazem jus ao nome e não passam, senão, de uma pele, bem enquadrada é certo, mas cheia de coisa nenhuma.
Depois a alusão a Óscar de La Renta cai sempre bem, é bonito um pouco de cultura nesta conversa de “coisos” e seus derivados, mas não se enquadra devidamente na temática em discussão. A opulência, quase sempre na forma, não se pode comparar à beleza da simplicidade, das formas, mas à grandeza na qualidade. As coisas, ou os “coisos”, simples são sempre os mais apreciados, sim porque não raras vezes, a simplicidade é algo de quase perfeito e que nos faz sonhar. Cá para mim tenho que a importância do tamanho é relativa, tudo se resume a uma simples questão: Técnica, jeitinho, saber o que fazer quer aos comandos de um Airbus como de uma avioneta, quer ao cozinhar uma simples e humilde linguiça ou um poderoso chouriço de sangue, e isso confesso é algo que não está ao alcance de qualquer um. Fiam-se no tamanho e esquecem-se de aprimorar a arte, quer de voar, quer de comer… De facto concordo plenamente com a minha querida e tesuda amiga quando afirma que “Deus fez o tamanho e só as mulheres parecem perceber porquê”…
É que só mesmo as mulheres se preocupam com o acessório.

domingo, janeiro 08, 2006

Cavaco, Um Gangster, Um Chulo!

Um texto de Biranta

Vai intensificar-se a DELAPIDAÇÃO DO ERÁRIO PÚBLICO, ou:
Cavaco a evidenciar, bem, que tipo de patife é!

Segundo o CM-online, de ontem:
"Cavaco Silva quer salários mais altos na política
Paulo Cunha /Lusa

Cavaco defendeu ontem, em entrevista à RR, melhores salários para os titulares de cargos políticos
Cavaco Silva defendeu ontem a necessidade de aumentar os vencimentos dos titulares de cargos políticos, de forma a atrair os melhores profissionais para a governação do País."

A Propósito, decidi passar para aqui excertos deste post.
Já todos sabem o que eu penso desta situação infame (os elevados vencimentos e mordomias dos políticos), desta chulice, destes gangsters e do efeito destruidor que "isto" tem na nossa sociedade, na economia, na produtividade, na inovação e no progresso, (impede, em absoluto, o progresso), mas se "eles" insistem nesta campanha de preparação de mais esta perfídia, eu tenho o mesmo direito (a obrigação) de insistir abordando a questão de forma digna, e "instruída".
Defender, numa altura destas, que os políticos devem ganhar mais, dá a ideia de que, neste país, os coitadinhos dos políticos e gestores públicos ganham mal. No entanto, basta passar a fronteira para encontrarmos um exemplo dum país com melhor nível de vida (com políticos mais competentes e dignos) e onde os políticos ganham menos que os “nossos”.

Se se valorasse a abstenção acabava-se a chulice de os que mais destroem e menos valem serem os que mais ganham. E veriam como os nossos políticos e gestores correriam atrás das soluções para o País, em vez de "ignorarem", como fazem agora.
Só, poderemos chegar a tudo isso se se reduzir o número de deputados e se se valorar a abstenção… porque assim é que é democracia (e boa gestão).

A situação económica do País não justifica tais mordomias (dos políticos e gestores públicos), os desempenhos dos seus titulares muito menos, os ganhos, para o país e para a economia são nulos… Além disso, esta gente nem sequer se submete a quaisquer controlos ou mecanismos de responsabilização pelos seus desempenhos… como é que alguém pode ter a inconsciência de defender tais práticas?
Em nome de quem ou do quê?
Em nome da eficiência, da eficácia, não é; porque “isso” não existe!

Para garantir a concorrência dos melhores também não é, porque estes até são os piores, toda a gente reconhece, inclusive o candidato à Presidência Cavaco Silva!
Em nome da população também não é, porque a população (única “entidade” que devia ter o direito de decidir sobre estas questões) está contra estes escândalos, sobretudo por beneficiarem gente que não presta…
Vejamos, com calma e objectividade, os “meus” principais motivos, que se resumem numa simples e pequena frase: Estas práticas impedem o progresso e desenvolvimento do país, porque exaurem recursos que o estado não tem e porque tornam impossível a mobilização dos cidadãos para resolver os problemas, para colaborar com os responsáveis.
Na verdade, “eles” não resolvem os problemas (não sabem como nem querem) e os cidadãos não ajudam, porque acham que não têm de ajudar a chulice. Se eles ganham tanto, eles que resolvam os problemas. Mas, em muitos casos, são os próprios que impedem a "colaboração", até para “justificarem” o que ganham.
Desde a década de 80 do século passado que, ao nível das estratégias de gestão, se estabilizaram “novas técnicas” que, genericamente receberam o nome de: “Gestão por Projecto”.

Sem correcta gestão de recursos humanos, não há técnica de gestão que possa ser eficaz. Ao nível da gestão de recursos humanos, há dois factores que se têm revelado essenciais para a produtividade. São eles:
- A motivação (que pressupõe a participação, esclarecida dos trabalhadores, de modo a conquistar o seu empenho);
- A colocação das pessoas certas nos lugares certos.

A gestão por projecto pretende maximizar esses dois factores e pode ser descrita, resumidamente, da seguinte forma:
Constituição de “equipas de projecto” a cujas são entregues tarefas específicas, com objectivos pré-determinados. É claro que os objectivos devem ser passíveis de obter o empenho dos trabalhadores envolvidos.
Nestas equipas, as tarefas de coordenação são rotativas (até como forma de conhecer os melhores “talentos”), embora se reconheça que, ao fim de algum tempo, pode acontecer que as equipas passem a entregar estas tarefas apenas a alguns, se isso for importante para alcançar os objectivos.
Por mais patranhas que os falaciosos inventem, não há forma de constituir equipas, em perfeita sintonia e cooperação, para colaborar com gente que ganhe vencimentos escandalosos, muito acima da média, enquanto que outros se matam a trabalhar para nem sequer terem com que suprir as necessidades básicas, suas e dos seus…Para quem tenha um mínimo de inteligência e de honestidade intelectual, é fácil perceber que também a solidariedade institucional, no país, deve envolver todos os cidadãos e obedecer às mesmas "técnicas de gestão" e de motivação; e que a existência desses vencimentos, dessas mordomias, é um entrave à resolução dos problemas.
Curiosamente, a evidenciar bem o primarismo, a ignorância, a falta de “inspiração”, dos nossos políticos e economistas, as “estratégias” seguidas para “resolver” as crises, são, ainda e sempre, as “ideias” velhas e ultrapassadas, de Keynes… (na sua versão portuguesa: apostas no betão), cujos resultados desastrosos estão à vista de todos.
De facto, ao invés de se constituírem equipas motivadas pelos objectivos, o que se vê, neste país, é trabalhadores desmotivados e mal pagos submetidos a cumprir ordens, quantas vezes absurdas e más, dadas por gente que ganha demais, para se entreter a fazer asneiras e a destruir… Que se entretém, pelo menos, a impedir a resolução dos problems do país, é óbvio...
É assim a ausência de cultura, de capacidade de raciocinar dos nossos notáveis. Só sabem “adoptar” soluções feitas, empíricas, e mesmo assim muito velhas, porque as suas pobres cabeças não dão para mais.
As coisas “teorias” modernas e eficientes, que podem, de facto, resolver os nossos problemas, eles desconhecem; até porque exigem um pouco mais de nível intelectual e de competência, não são coisas ao seu nível de “burgessos”.
Burgessos, convencidos, presunçosos, é o que "eles" são. Ciosos das suas ordens (e falsos prestígios), cuja legitimidade provém, exactamente, dos respectivos vencimentos e não da respectiva bondade ou adequabilidade…
Os que reivindicam vencimentos desmedidos não estão interessados nas condições para resolver os problemas, apenas estão interessados nos seus vencimentos. Depois, para se “justificarem”, exibem-se como se fossem “Messias”, favorecidos por inspiração e poderes divinos, a quem baste falar… para que tudo se resolva. E se não resolve, a culpa é dos outros, porque eles já disseram…

É de deitar as mãos à cabeça!
Como é que ainda há gente a pensar que as sociedades modernas podem aceitar ou tolerar isto!?…
Bem se vê que ninguém (de entre estes) está interessado em inovação, ou em melhoria do nível de formação tecnológica e profissional. Só estão interessados enquanto isso der para ganhar uns trocos em “seminários”. Conversa e mais conversa; é do que é feita a “competência” nacional, instituída.
Na verdade, estes políticos e notáveis, não têm competência, nem instrução, nem nível intelectual. Por isso nem sequer conseguem reconhecer as soluções, mesmo que tropecem nelas todos os dias.
Há formas, métodos de actuar, que permitem chegar às soluções (porque elas existem, na sociedade). Mas não se espere, de gente tão tacanha e presunçosa, que os adoptem, ou que eles resultem, porque esta gente “não vê um boi”…
Talvez seja melhor mesmo que os vencimentos dos políticos e gestores baixem, para que os cargos deixem de ser tão cobiçados e possam ser exercidos por gente com a motivação certa; a qual seja: conseguir resolver os problemas do país… pelo país…
Eu não defendo, em absoluto, a redução dos vencimentos dos políticos e gestores públicos. O que eu defendo é que devem ser estabelecidos (decididos através de consulta à população) limites superiores de vencimentos, indexados ao vencimento mínimo. Por exemplo: o vencimento máximo não poder ser superior a dez ou doze vezes o salário mínimo… Assim é que é democracia e se criam as condições para a efectiva solidariedade nacional.
Por outro lado, os responsáveis até poderiam ganhar 15 mil euros… desde que o vencimento mínimo fosse de mil e quinhentos euros…


sexta-feira, janeiro 06, 2006

Mais uma sondagem - valem o que valem, mas....

O eng. Sócrates é o principal culpado destes números e duma hipotética eleição de Cavaco, à 1ª ou à 2ª volta.
Mário Soares está completamente caquético e mal aconselhado, pelos seus mais próximos,pois teimar nesta candidatura é um completo desastre no sentido da mobilização do eleitorado de esquerda.
Espero, para bem de todos, ainda ver e ouvir o aparelho do PS arrepiar caminho e apelar à desistência de Mário Soares.

Dia do Cavaco

quarta-feira, janeiro 04, 2006

"Investimento" presidencial


A surpresa é Cavaco Silva, que prescinde de subvenções partidárias e se propõe ir buscar 400 mil contos ( 2 milhões de euros ) a contributos de particulares. Nos termos da lei, não podem ser empresas nem contributos anónimos. Mas 400 mil contos é muito dinheiro. Quem está por trás da candidatura de Cavaco? Quem lhe está a pagar a campanha?

domingo, janeiro 01, 2006

Quem não quer - pede; Quem quer - faz!

Não peça nada a Deus. Seria um contra-senso Deus fazer algo por você. Digamos que o Mundo estava com problemas, pediu a Deus que mandasse algum tipo de ajuda, e Deus mandou você. Agora, é entre você e o Mundo. Te vira, vai.

Não peça nada ao Destino. Esta é uma grave contradição filosófica, daquelas de fazer Aristóteles se revirar na tumba. “Destino” é um futuro que já aconteceu, que não pode mais ser modificado. Não perca seu tempo.

Não peça nada ao Acaso. O Acaso é quem governa este Universo, e é da natureza dele não escutar pedidos, mas aceitar interferências. Interfira, aja, interrompa, redireccione, transforme. O Acaso agradece.

Não peça nada aos Santos. Santo não é quem toma providências: quem toma providências é médico, bombeiro, mecânico, assistente social... Santo é quem sofre sem se queixar. Deixe que sofram em paz.

Não peça nada ao Governo. O Governo é um brontossauro de cinquenta patas e trinta pescoços, caminhando aos trancos e barrancos através da jangada antediluviana. Esperar dele alguma coisa que se aproveite equivale a subir pela sua cauda e ir morar numa choupana em seu dorso, tentando convencê-lo a seguir no rumo desejado. Esquece. Melhor ir a pé.

Não peça nada aos Bancos. Por definição, Bancos só dão remédio a quem vende saúde, só mandam marmitas gratuitas para os donos de restaurantes, e só oferecem absolvição espiritual aos cardeais do Vaticano.

Não peça nada às Autoridades. Autoridades são programadas apenas para obedecer ordens. Ou você tem cacife pra já chegar falando grosso, ou então é melhor deixar pra lá.

Não peça nada à Mídia. A Mídia acha que o anonimato é contagioso, e que a Fama também. Olhe pra trás, e veja se ela está indo no seu rastro ou não. Problema dela.

Não peça nada à Sorte. Sorte foi feita pra gente abrecar pela abertura, encostar no canto da parede, e dizer a que veio. Se você tiver pegada, a Sorte se derrete todinha.

Não peça nada à Humanidade. Ofereça e faça antes que ela peça. Existe no Universo uma Lei de Conservação da Energia Psíquica. Mais cedo ou mais tarde alguém fará o mesmo com você.

E pronto. Feliz ano-novo, bibibi, bobobó. Vá à luta, meu camaradinha. Tá olhando o quê?

© Braúlio Tavares