Vivemos num mundo de grandes disparidades e a situação das mulheres não é excepção. Das situações de mulheres condenadas à lapidação, à prática da mutilação genital, aos casamentos comprados e forçados, podemos afirmar que em grande parte do globo as mulheres não existem enquanto cidadãs e lhe são negados os direitos mais primários.
Na Europa, onde se diz que as mulheres já alcançaram tudo, persistem situações de discriminação e de subalternidade das mulheres na sociedade. Se é verdade que muito se alcançou, em direitos consignados na lei, também é verdade que estamos longe de uma plena vivência democrática e cidadã para as mulheres.
O privado é exemplo disso. O combate à violência contra as mulheres está na agenda política das feministas de todo o mundo e da Europa em particular. Os números são assustadores em Portugal e cada vez se levanta mais o véu sobre aquilo que se passa dentro do lar, atravessando todos os sectores da sociedade. A violência patriarcal assenta nas concepções mais retrógradas sobre as mulheres e em conceitos de poder dos homens. Aqui o privado é político. O combate à violência contra as mulheres nos seus diferentes aspectos - violência física, psicológica, social, económica e sexual, está directamente ligado ao estatuto da mulher na sociedade e por isso não se compadece com simples retórica do poder político. A maior visibilidade deste questão, deve-se ao facto de ela ter saltado para a agenda política, fruto em grande medida da luta feminista, mas também se deve ao maior nível de consciencialização das mulheres que já não a aceitam, que a denunciam e rompem os silêncios que a envolvem. É potenciando esta maior consciencialização que será possível combater a violência e não numa mera vertente assistencialista, que apenas vê a mulher como vítima.
A discriminação directa e indirecta da mulher no mercado de trabalho, continua a ser um dos entraves a uma verdadeira afirmação dos direitos das mulheres. A reivindicação do início do século passado de "a trabalho igual, salário igual", continua a não ser praticada e vivem-se situações que vão desde a não admissão de trabalhadoras porque podem vir a engravidar até aos famosos tectos de vidro que impedem as mulheres de progredir na carreira. O mundo económico e em certa medida também o mundo sindical, continua a ser masculino.
A luta pela despenalização do aborto assume particular importância, mas a luta feminista não se esgota nesta causa. O direito à cidadania no trabalho, a afirmação da mulher no seio da família, em igualdade de oportunidades com o homem, combatendo o contrato social e sexual implícito que pressupõe o feminino afecto à esfera privada e o masculino à esfera pública, o direito à participação política, a luta contra a violência de género.
Hoje é o Dia Mundial para Eliminação da Violência Contra as Mulheres e o núcleo da UMAR do Faial assinala a data com a inauguração oficial da casa Abrigo que já se encontra em funcionamento, na Rua Juiz Macedo, na Horta.
Na Europa, onde se diz que as mulheres já alcançaram tudo, persistem situações de discriminação e de subalternidade das mulheres na sociedade. Se é verdade que muito se alcançou, em direitos consignados na lei, também é verdade que estamos longe de uma plena vivência democrática e cidadã para as mulheres.
O privado é exemplo disso. O combate à violência contra as mulheres está na agenda política das feministas de todo o mundo e da Europa em particular. Os números são assustadores em Portugal e cada vez se levanta mais o véu sobre aquilo que se passa dentro do lar, atravessando todos os sectores da sociedade. A violência patriarcal assenta nas concepções mais retrógradas sobre as mulheres e em conceitos de poder dos homens. Aqui o privado é político. O combate à violência contra as mulheres nos seus diferentes aspectos - violência física, psicológica, social, económica e sexual, está directamente ligado ao estatuto da mulher na sociedade e por isso não se compadece com simples retórica do poder político. A maior visibilidade deste questão, deve-se ao facto de ela ter saltado para a agenda política, fruto em grande medida da luta feminista, mas também se deve ao maior nível de consciencialização das mulheres que já não a aceitam, que a denunciam e rompem os silêncios que a envolvem. É potenciando esta maior consciencialização que será possível combater a violência e não numa mera vertente assistencialista, que apenas vê a mulher como vítima.
A discriminação directa e indirecta da mulher no mercado de trabalho, continua a ser um dos entraves a uma verdadeira afirmação dos direitos das mulheres. A reivindicação do início do século passado de "a trabalho igual, salário igual", continua a não ser praticada e vivem-se situações que vão desde a não admissão de trabalhadoras porque podem vir a engravidar até aos famosos tectos de vidro que impedem as mulheres de progredir na carreira. O mundo económico e em certa medida também o mundo sindical, continua a ser masculino.
A luta pela despenalização do aborto assume particular importância, mas a luta feminista não se esgota nesta causa. O direito à cidadania no trabalho, a afirmação da mulher no seio da família, em igualdade de oportunidades com o homem, combatendo o contrato social e sexual implícito que pressupõe o feminino afecto à esfera privada e o masculino à esfera pública, o direito à participação política, a luta contra a violência de género.
Hoje é o Dia Mundial para Eliminação da Violência Contra as Mulheres e o núcleo da UMAR do Faial assinala a data com a inauguração oficial da casa Abrigo que já se encontra em funcionamento, na Rua Juiz Macedo, na Horta.
3 comentários:
"Os números são assustadores em Portugal e cada vez se levanta mais o véu sobre aquilo que se passa dentro do lar(...)"
«lar»?
não gosto de feministas.
Conheci a UMAR e gosto do seu projecto. Dou-lhes os parabéns por terem novas instalações na Horta!
Não se trata de feminismo, amiga Rosa. O certo é que muitas mulheres são vítimas de violência, sim. Os homens são fisicamente mais fortes e infelizmente muitos se servem disso...
sim, nao estou a falar da UMAR, a essas dou todo o crédito pelo bom trabalho desenvolvido.
referia-me a outras, ás absolutistas que se defendem tanto que não respeitam os outros.
enfim.
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