Não há melhor exemplo, de como, utilizando todas as manobras e todos os artifícios, a direita foge a enfrentar aquilo que é inevitável – a alteração da lei que criminaliza as mulheres que abortam.
Uma lei ultrapassada, ridícula aos olhos da Europa, e completamente ineficaz, mesmo em relação a pressupostos preventivos, que alguns, poucos e cada vez menos, encontram como a justificação patética para a sua manutenção.
Não previne coisa nenhuma e muito menos o aborto. Pelo contrário, a actual lei liberaliza por completo o mercado clandestino do aborto.
Quantas mais evidências serão ainda precisas para que caia de vez a máscara da hipocrisia?
Não há um único argumento, que sustente a posição do sistemático adiamento do Referendo ao aborto. Um único.
Está, agora, nas mãos do Presidente da República convocar rapidamente o Referendo, que não faça o jogo da direita e se ponha com artifícios.
Que seja marcado logo ou então que sejam os deputados capazes de, assumindo as suas competências e responsabilidades, acabar com a praga do aborto clandestino que se pratica em todas as cidades e vilas.
As mulheres que têm dinheiro fazem-no em segurança e as outras entram nas urgências dos hospitais com a sua saúde em perigo, sendo mesmo assim encaminhadas para as esquadras de polícia e expostas à humilhação.
Tivessem os dirigentes e deputados dos partidos à "esquerda" no hemiciclo, um bocado de vergonha, em vez de andarem a brincar com coisas sérias, usavam o mandato que lhes foi conferido para votar uma lei despenalizando o aborto, de uma vez por todas.
Assim, as coisas arriscam a arrastar-se por mais anos e anos, além de serem um óptimo pretexto para a ofensiva ideológica da direita mais reaccionária, ligada aos sectores católicos mais retrógados.
A “maioria de esquerda” que sirva ao menos para acabar com esta hipocrisia e pôr fim à vergonha nacional dos julgamentos e à ofensa à dignidade das mulheres.
Uma lei ultrapassada, ridícula aos olhos da Europa, e completamente ineficaz, mesmo em relação a pressupostos preventivos, que alguns, poucos e cada vez menos, encontram como a justificação patética para a sua manutenção.
Não previne coisa nenhuma e muito menos o aborto. Pelo contrário, a actual lei liberaliza por completo o mercado clandestino do aborto.
Quantas mais evidências serão ainda precisas para que caia de vez a máscara da hipocrisia?
Não há um único argumento, que sustente a posição do sistemático adiamento do Referendo ao aborto. Um único.
Está, agora, nas mãos do Presidente da República convocar rapidamente o Referendo, que não faça o jogo da direita e se ponha com artifícios.
Que seja marcado logo ou então que sejam os deputados capazes de, assumindo as suas competências e responsabilidades, acabar com a praga do aborto clandestino que se pratica em todas as cidades e vilas.
As mulheres que têm dinheiro fazem-no em segurança e as outras entram nas urgências dos hospitais com a sua saúde em perigo, sendo mesmo assim encaminhadas para as esquadras de polícia e expostas à humilhação.
Tivessem os dirigentes e deputados dos partidos à "esquerda" no hemiciclo, um bocado de vergonha, em vez de andarem a brincar com coisas sérias, usavam o mandato que lhes foi conferido para votar uma lei despenalizando o aborto, de uma vez por todas.
Assim, as coisas arriscam a arrastar-se por mais anos e anos, além de serem um óptimo pretexto para a ofensiva ideológica da direita mais reaccionária, ligada aos sectores católicos mais retrógados.
A “maioria de esquerda” que sirva ao menos para acabar com esta hipocrisia e pôr fim à vergonha nacional dos julgamentos e à ofensa à dignidade das mulheres.
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