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sábado, setembro 24, 2005

Vamos eleger um Presidente de Esquerda


Finalmente, temos candidato presidencial.
Sempre alimentei a esperança de que Alegre seria candidato.
A partir de agora, compete-nos apenas elegê-lo.
Só depende da nossa capacidade de unir e concentrar esforços para levar Manuel Alegre à 2ª volta e GANHAR ao Cavaco.

Nem bolo-rei nem rei do bolo!

Vamos a isso! E damos uma lição aos partidos.


11 comentários:

Anónimo disse...

Aplausos!!! Estou nessa! Apesar de tudo o Manel é Democrata, Republicano e, penso que não é da Maçonaria?? E, pelo menos, é poeta!!

Anónimo disse...

O meu candidato é o Louçã

Razões básicas mas suficientes:

Não voto Cavaco Silva porque é de direita e arrasta atrás de si a perigosa ideia do homem providencial.

Não voto Mário Soares porque não gosto de quem se julga imprescindível e é passado.

Não voto Manuel Alegre porque só pretende fazer um ajuste de contas e é passado.

Não voto Jerónimo de Sousa porque não acrescenta nada.

Voto Francisco Louçã porque transporta um projecto de causas e é um homem de coragem.

Estar contra os partidos em geral não é nada, peço desculpa, vermelhofaial. Primeiro porque os partidos são importantes num sistema democrático, segundo porque não se pode meter tudo no mesmo saco.

vermelhofaial disse...

Votaria Louçã na 1ª volta, se não hovesse a possibilidade de Cavaco ganhar à primeira ou a hipótese de Louçã passar à segunda. Seria mais um voto por convicção.
Penso que Manuel Alegre tem condições, pelo passado, pelo presente e pela garantia dos valores que defende, ser capaz de fazer o pleno dos votos de esquerda, passar à segunda volta e vencer Cavaco. Será mais um voto útil.
Se não quisermos eleger Manuel Alegre é mais que certo que vamos levar com 5 anos de Cavaco, já que Soares, embora venerável senador da República não chega lá.
Não estou contra os partidos nem os meto todos no mesmo saco, mas tal como Alegre estava refém do partido também acho que há mais vida para além dos partidos, há que saber estabelecer plataformas de entendimento e unidade por forma a reunir forças para combater o inimigo.

vermelhofaial disse...

Ainda digo mais, apoio a candidatura de Francisco Louçã como forma de mostrar que transporta um projecto de causas e que é um homem de coragem, mas acho que não devia ir a votos e como eu pensa muita gente.
Candidaturas forjadas e decididas por directórios partidários, não querem dizer que sejam as que melhor servem a Democracia e valores como a Liberdade, Justiça e Igualdade. Muitas vezes e penso ser agora o caso, são um factor de divisão e podem ter efeitos muito negativos, como por exemplo levar o Cavaco a Belém.

Anónimo disse...

A candidatura de Louçã não divide vai é a acrescentar votos à esquerda colhendo votos de quem não vota Soares e não votará Alegre depois de Louçã ter lançado a sua candidatura. A candidatura lamoriosa de Alegre teve um tempo que não soube aproveitar, porque disse Manuel Alegre, não queria "dividir o PS e a esquerda." Alegre agarrou-se muito tempo ao aparelho e nunca foi capaz de o afrontar ou quando o fazia acabava sempre por recuar. Mas a candidatura acaba por ser útil porque as candidaturas de esquerda vão fazer o "pleno" em volta de cada um dos seus candidatos e não em volta da de Manuel Alegre, por si só. Não consigo assim perceber como a candidatura do Louçã pode favorecer a candidatura de Cavaco ou ser criticada como aqui é feito, quando à esquerda as alternativas que existiam eram Mário Soares e Jerónimo. A esquerda não consegue recompôr-se e rejuvesnecer quando as nossas esperanças são os "Republicanos" da velha guarda. E enquanto não conseguirmos abandonar a ideia do voto útil também não vamos lá. A esquerda tem de repensar muito bem o que quer e como quer o que quer.

vermelhofaial disse...

Apoio a candidatura de Louçã, mas como diz Saramago também apoio Manuel Alegre.
Uma coisa é certa se Alegre não for à segunda volta, dois cenários se colocam: 1- Cavaco ganhou na 1ª e ponto final; 2- Soares poderá ganhar na segunda e temos um reinado caquético na linha da ponta final do pontificado do Papa.
Ainda não será desta vez que esquerda chegará rejevunescida à presidência da república.
Nesta eleição haverá sempre voto útil, pelo menos na 2ª volta. Poderá é revelar-se inútil.

Anónimo disse...

Embora não faça parte do aparelho partidário do BE, apoio o F. Louçã e subscrevo os argumentos do C.Esquerdo.
A candidatura do F. Louçã, não vai dividir nada, pelo contrário, vai somar mais alguma % à esquerda, retirando vantagem à candidatura salazarenta do Cavaco, forçando a 2ª. volta. Aí..., se tiver que engolir algum sapo..., paciência, desde que seja para arrumar com o candidato a ditador.
Porém, o mais importante de tudo isto é que finalmente se vê alguém, talvez graças a este blog, sem monesprezo de outros idênticos, a discutir política duma forma correcta, aberta e com lisura.
BEm hajam.

Anónimo disse...

Então, quantoa mais candidatos de esquerda, melhor? Alguém, com saber na matéria, afirmafava que cada candidato vai buscar sempre votos nem que seja à abstenção. Então, cada um que vote no seu e na segunda volta, todos votem no que for mais votado na primeira. Então, a candidatura de Alegre é boa para o grande primeiro objectivo que é o de derrotar um tirabo que há bem poucos anos atrás afirmava que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. Além do mais, pela caneta de JB (um antigo colunista do Correio da Horta e declaradamenet de direita) o mesmo afirmava que Cavaco esáva sendo (na altura) o pior 1º Ministro desde o 25 de Abril para os Açores. Então, e também como açorianos, temos de unir esforços para impedir que este Silva, (como o outro lhe chamou), não consiga o seu objectivo.
Viva, pois, a candidatura de Alegre que, finalmente, afrontou, sem medos, os que o afronataram, e vamos todos torçer para que na 2ª volta elegamos um homem de esquerda para Belém!
PS: Atenção! Se não aparecer outrro candidato da direita que venha baralhar todas as contas e projecções.
Força vermelhinho com este forúm e salutar debate de ideias.

Anónimo disse...

Deixemo-nos de tretas! Não há convicções sem realidade! É óbvio que até eu gosto do Louçã mas, trata-se de uma candidatura partidária (diferente é certo).
Para reunir consensos à esquerda é evidente que é preciso algo mais! Manuel Alegre reune esses consensos! Foi o homem que sempre falou quando era preciso, candidatou-se contra Sócrates e, agora, tomou uma posição de coragem!
Não me perguntem se eu acho que será o melhor Presidente da República (recuso-me a responder), apenas lembro que o Hitler subiu ao poder (democraticamente) por pruridos idênticos no seio da esquerda alemã de então!!

Anónimo disse...

Manuel Alegre podia ter sido o candidato da esquerda, mas "o agarrem-me senão sou candidato" fê-lo perder o tempo de entrada - para falar futebolês.
Manuel Alegre esteve convencido até muito tarde que seria o escolhido face à falta à chamada de Guterres (quem teve a pródiga ideia de achar que este seria um bom candidato?) e de António Vitorino (mais preocupado com outras coisas, e de certeza que também não com a sua candidatura à assembleia municipal de Setúbal - alguém acredita que o homem arranjará tempo para aquecer a cadeira na Praça do Bocage?).
Continuemos. Depois o caso do almoço, onde Sócrates pretendeu o seu apoio para Mário Soares, que testemunhou que afinal o poeta sabia que seria preterido pelo aparelho. Talvez o julgassem muito "esquerdista" e preferissem jogar pelo seguro.

De outro modo. No PS, Manuel Alegre habituou-nos a tomadas de posições contra a deriva liberal da social-democracia portuguesa. Mas em quase todas as ocasiões acabou por se deixar submergir pelos "dictates" do aparelho comandado por Jorge Coelho (mais um ex-candidato às autárquicas em Setúbal que nunca aqueceu o assento...).
Caso Manuel Alegre tivesse avançado com a sua candidatura em devido tempo, suponho que arranjaria um problema ao PCP e ao Bloco de Esquerda, para não falar ao PS que teria de ser o primeiro a "engolir o sapo": o PCP teria de desmontar definitivamente a táctica do candidato fantasma; o bloco se não quisesse fazer a mesma figura do PCP, teria de intervir de imediato na organização da candidatura de Alegre - o que, pelo caminho, faria o bloco aproximar-se ainda mais das franjas de esquerda do PS por onde tem vindo a aumentar a sua influência.
Agora é tarde de mais. O candidato aparece como o "ressentido" e não é o seu discurso "anti-partidos" que o vai salvar de não conseguir enquadrar a esquerda socialista (ainda sobra alguém no PS com essa tendência?)e, pior, perdeu o tempo de condicionar a escolha do PCP e do BE.
Todavia, devido à natureza das eleições presidenciais, não será o aparecimento do candidato Manuel Alegre que fará eleger Cavaco, não será isso que "dividirá" a esquerda. O problema da Esquerda é que esteve demasiado dependente da postura do PS, cujo interesse netas eleições é menos político e mais funcional. Alguém duvidará que Sócrates não se dará mal com um consulado de Cavaco?
É a velha questão da esquerda portuguesa: o partido eleitoralmente mais representativo, o PS, está mais preocupado com o poder, com a gestão favor da sua própria clientela política, do que em levar para a frente um programa de esquerda que retire Portugal do atraso em que quase 30 anos de políticas de direita de diversas matizes o colocou.
Outro problema ancião da esquerda portuguesa é também a forma em como não há debate política, em como o protagonismo partidário se substitui à iniciativa democrática e independente dos trabalhadores, mas esta é outra conversa.
O meu voto será por Francisco Louçã.

Anónimo disse...

Está decidido! Manuel Alegre, por ser Poeta!