As eleições alemãs tiveram dois grandes derrotados (CDU e SPD) e dois pequenos vitoriosos (Liberais e Partido de Esquerda). O que será que faz o eleitor dar as costas aos partidos tradicionais e optar pelos minoritários?
Os grandes perderam e é escusado arranjar argumentos para validar a vitória de quem quer que seja, até porque os sinais, para já os económicos, como o dia de ontem provou, e os sociais virão a seguir, dão mostras de astenia.
Este impasse, que tem duração incerta, não favorece ninguém e consegue prejudicar todos. Parece impossível mas é bem real.
Em suma, das urnas de domingo um facto salta à vista de todos, de acordo com os números das urnas, nenhum destes dois serve para comandante do barco germânico.
Registe-se a percentagem do Partido de Esquerda com 8.7% e com um crescimento de 4,7% - o partido que mais cresceu. É um sinal.
Os grandes perderam e é escusado arranjar argumentos para validar a vitória de quem quer que seja, até porque os sinais, para já os económicos, como o dia de ontem provou, e os sociais virão a seguir, dão mostras de astenia.
Este impasse, que tem duração incerta, não favorece ninguém e consegue prejudicar todos. Parece impossível mas é bem real.
Em suma, das urnas de domingo um facto salta à vista de todos, de acordo com os números das urnas, nenhum destes dois serve para comandante do barco germânico.
Registe-se a percentagem do Partido de Esquerda com 8.7% e com um crescimento de 4,7% - o partido que mais cresceu. É um sinal.
10 comentários:
"estrelito", foi um bom debate. vê-se que é uma personagem relaxada. ;)
Não percebi. Se se refere ao debate na RTP-A, por acaso não gostei muito. O José Decq Mota, pareceu-me menos vigoroso que nos "velhos tempos"; Alberto Pereira, muito tecnocrata e incensível; O João Castro, apesar de bem preparado um pouco arrogante; Cristiano Bem, muita dificuldade na abordagem das questões e o Mário Moniz, apesar de algumas tiradas interessantes, pareceu-me mal preparado, com uma fraca ponta final e efectivamente relaxado a mais.
Caro vermelhofaial.
Tenho a ousadia de comentar a sua opinião porque as costumo ler e apreciar; e tenho-as em grande consideração.
Até que estava e estou bem preparado, mas o debate não foi suficientemente político, apesar de ter várias vezes tentado encaminhá-lo nesse sentido.
Espero que a do "relaxado" queira dizer descontraído.
Se assim for, estamos de acordo. Estive mais que os outros, pela simples razão que talvez seja o único que não sente "o rabo trincado".
A ponta final deveria ter sido melhor, mas não me deixaram falar... (questões de tempo).
Fico-lhe muito grato pela sua sinceridade colaborativa e esteja certo de que tomei as devidas notas.
Amigo Mário, usei o termo "relaxado" para usar a expressão do comentário anterior, longe de mim dar um sentido que não fosse "descontraído".
Quanto ao debate, percebi a intenção de o tornar mais politico, mas a coisa não correu muito bem, pronto, doutra vez há-de correr melhor. Força.
Em relação ao debate promovido pela RTP-A com os candidatos à Câmara da Horta, algumas notas soltas:
1. Penso que os debates da nossa TV regional não alteram a opinião de nenhum eleitor em matéria de voto (seria interessante saber qual a percentagem da população da Horta viu o debate, para além dos militantes e simpatizantes das diversas candidaturas que, normalmente, bem sentados, acham que, no final, o seu candidato foi o melhor)!
2. Para haver um debate sério e esclarecedor, convém que este seja bem moderado (normalmente por um bom jornalista, o que não foi o caso!).
3. É evidente que os homens de partido ou outros políticos profissionais com larga experiência possuem uma maior capacidade de 'parlapiê' (até já se referem ao zé povinho como a sociedade civil).
4. Vai daí que os representantes da dita 'sociedade civil', como é o caso do camarada Mário fique à partida condicionado, quando o moderador conduz o debate para temas secundários em relação ao que está em jogo nas eleições autárquicas e o deixa arrastar de forma enfadonha!!
5. Enfim, penso que o Mário disse o essencial, não se envolveu (e muito bem) em assuntos estéreis e, é pena que nem todos tenham direito a falar o mesmo tempo mas, decerto, o Roberto Morais deve ter lido o artigo do Rui de Jesus no Incentivo em que que este na sua análise 'séria e honesta' chega à brilhante conclusão de que existem apenas dois candidatos à Câmara o PS e o PSD!!
6.'C'est la vie'! Já nos habituámos a isso. É preciso seguir em frente. Até o Manuel Alegre já cita o Miguel Sousa Tavares que parece que só agora percebeu que as máquinas dos partidos institucionais querem controlar tudo e todos!
Acho que já me alonguei! Fico por aqui!
Bom, explico: gostei do debate por algumas razões.
Gostei de ouvir José Decq Mota a falar, não o achei de forma alguma menos vigoroso, bem pelo contrário, a sua visão global política não pára de me surpreender. É um teórico coerente ainda com muito para dar, e arriscava dizer que só peca pela sua utopia (necessária ao equilibrio da vida política). Seria alguém que eu gostaria de ter ao meu lado numa Câmara para aconselhamento.
Alberto Pereira surpreendeu-me pela positiva pela sua excelente preparação e por me parecer pragmático e objectivo, a meu ver cumpre os requisitos do perfil político. É lógico, detecta erros de discurso facilmente e contrapõe o adversário sem se perder no raciocínio ou divagando para onde lhe convém.
João Castro não esteve nada bem. Reagiu como já se esperava em caso de desvantagem - com arrogância e falta de humildade. Uso excessivo de chavões e recurso ao passado. A sua obra não vale por si mesma e o seu discurso estagna quando contraposto por boa fundamentação. É jovem, esperemos que aprenda e que seja melhor num futuro social comum, mas por enquanto precisa de abaixar as orelhas e de parar de se fiar em César.
Cristiano Bem não sei o que foi lá fazer, sinceramente.
Mário Moniz provou ser uma pessoa relaxada (leia-se literalmente) e acessível, mas poderia estar mais bem preparado em matéria prática. Falta-lhe um pouco de bagagem política e isto, para mim, significa estar informado e saber as causas das coisas - não só o que se vê.
Nem sempre o que acontece em política é o que parece, por vezes há más soluções que se mantêm porque nunca se encontraram melhores.
Saíndo um pouco do debate, acho que seria saudável que as forças políticas interagissem mais um pouco e que tivessem a humildade de entender que o futuro de qualquer comunidade passa por aí. Andarmos a abanar bandeiras enquanto agimos incoerentemente é o mais triste que há. Um contra-senso dos piores.
O debate foi político entre João Castro e Alberto Pereira. Foi politólogo entre José decq Mota e Mário Moniz. Cristiano Bem criou pausas para que os outros candidatos respirassem. ;)
Mais uma nota, li aqui no seu blog que o Bloco não tem ideologia. Oficialmente talvez, porque em abstracto não há partido que não a tenha. È impossível.
Vejamos, estariam juntos a debater-se porquê? Para isso não se juntavam porque o que há mais são opiniões diferentes e iguais entre qualquer pessoa - realço - opiniões. Causas são outras coisas. Causa é algo de fundo, um substracto comum que é o sopro vital da acção, o seu motor.
Cumprimentos à casa.
Nesta coisa de blogs, é assim: alguns intelectualóides (sem ofensa ao Pacheco Pereira) deliciam-se a debitar texto. Tudo bem. Estão no seu pleno direito. O que acho que não vale é tentar fazer análises catedráticas usando o nome de 'anonymous'. É típico da sociedade faialense. Têm medo de quê?
Desculpa lá ó vermelhofaial, ao menos és vermelho (agora diz-se encarnado) e sabemos que és do faial!
Nesta coisa de blogs, é assim: alguns intelectualóides (sem ofensa ao Pacheco Pereira) deliciam-se a debitar texto. Tudo bem. Estão no seu pleno direito. O que acho que não vale é tentar fazer análises catedráticas usando o nome de 'anonymous'. É típico da sociedade faialense. Têm medo de quê?
Desculpa lá ó vermelhofaial, ao menos és vermelho (agora diz-se encarnado) e sabemos que és do faial!
Não sei quem é o Sr. Luis Neves, mas só pode estar ligado ao bloco de esquerda, uma vez que fica muito sensibilizado quando se tecem criticas desfavoráveis ao Sr Moniz. Não há dúvida para bom entendedor sem parcialidades que o debate foi liderado pelo Alberto Pereira e pelo José Decq Mota, que o João Castro não esteve à altura e inclusivamente se mostrou baralhado e nervoso, e que os outros dois candidatos estiveram ali para encher, ou como dizia um outro comentador deste blog, para permitir pausas para os outros respirarem. Para além destes dados factuais, penso que o candidato pelo bloco, o Sr. Mário Moniz, foi mais longe, ao ter proporcionado momentos de puro divertimento com as suas intervenções, principalmente no seu malogrado minuto final, esse momento de televisão histórico digno dos programas cómicos da Britcom. Nós sabemos que o Sr. Moniz vale mais que aquilo, e que o debate não lhe correu bem. Agora não venham é dizer que ele até se safou!
Exmo. Sr. Luis Neves, a minha visão critico-política, apesar de eu ter ideologia, não é fundamentalista. Sou e serei a primeira a apontar o dedo a quem ache que deva e independentemente de ser ou não do meu partido. Só assim caminharemos para um Faial melhor sem palas nos olhos.
Quanto ao rótulo de "intelectualóide" que me atribuiu, não me ofende. Se acha que há assim tanta distância entre o que escrevo e o que escreve... pois bem, se não gosta, o problema é seu. A mim não me faz confusão, sou uma pluralista.
Mais uma última nota, não me dirigi a si, mas sim ao dono do blog e por tal, sendo ou não anónima, a comichão não é sua, além de que penso que o autor saiba quem sou. A única pessoa que lhe chama "estrelito".
Passe bem.
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