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domingo, julho 16, 2006

Encerrado para FÉRIAS, DIVIRTAM-SE!!!!!


Vão para férias e divirtam-se mas, de certeza, não será na Praia do Porto Pim.
Uns iluminados, que nos custam os olhos da cara, lembraram-se de fazer lá, AGORA, em plena época balnear umas obras de duvidoso efeito mas, sem dúvida, de completa falta de oportunidade.
Só lembrava ao diabo esperar por Julho e Agosto para construir, ALI, uns parques de estacionamento.

quinta-feira, julho 13, 2006

A alma, essa desconhecida


É uma dor de “alma” ver tantos(as) “almas-de-deus”, enganados por uns “almas-do-diabo” que os exploram prometendo libertá-los das “almas-penadas” de familiares que entregaram a “alma” ao criador.
Eles sabem que “almas-penadas” não existem mas fazem segredo, porque o segredo é a “alma-do-negócio”;
São uns “almas-do-c……”!!!!

"A alma é um furúnculo etéreo que afecta o corpo dos crentes. É um vírus que resiste à morte e tem direito a transporte gratuito para o domicílio que os padres lhe destinam.

A alma é um bem mobiliário que paga imposto canónico e, à semelhança das acções de empresas, hoje igualmente desmaterializadas, paga avença pela «guarda de títulos».

No mercado mobiliário as acções são transmissíveis e negociáveis. Apesar das fraudes sabe-se que correspondem a avos do capital social de uma empresa. A sua duplicação é burla e conduz à cadeia, salvo quando o Vaticano está implicado e impede a extradição do criminoso, como sucedeu com o arcebispo Marcinkus que JP2 protegeu, após a falência fraudulenta do Banco Ambrosiano.

Quanto à alma, há suspeitas de haver um número ilimitado em armazém, o que exaspera os clérigos, encarregados do negócio, com o planeamento familiar. Não se sabe bem se a alma vai no sémen, se está no óvulo ou se surge através da cópula, um método pouco digno para tão precioso e imaculado bem.

Os almófilos andam de joelhos e põem-se de rastos sem saber se a alma se esconde nas mitocôndrias, nas membranas celulares, no retículo endoplasmático ou no núcleo e nos cromossomas, sem nunca aceitarem que seja o produto de reacções enzimáticas.

Não sabem se é alguma coisa de jeito no ovo, no embrião em fase de mórula ou no blastocito. Juram que aparece no princípio, sem saberem bem quando e onde está o alfa, ou quando aparece Deus a espreitar pelo buraco da fechadura e a arremessar aos fluidos a alma que escusa o entusiasmo de quem ama.

Após o aparecimento dos rudimentos da crista neural, só às 12 semanas o processo de gestação dá origem ao feto e falta provar que a alma, embora de qualidade sofrível, se encontra num anencéfalo ou que é de boa qualidade a que Deus distribui ao fruto de uma violação ou do incesto."
# um artigo de Carlos Esperança

sexta-feira, junho 23, 2006

Meninos rechonchudos




…quando deixam os filhos caírem em estados de obesidade. Para mim isto é crime por negligência. Vivemos numa sociedade onde se culpa tudo e todos para proteger a falta de educação/preparação de pais irresponsáveis que deixam que o mal bata à porta dos filhos. Não estou falando nas infelicidades de outros comportamentos de riscos que nem sempre podem ser controlados pelos pais. O caso da obesidade é completamente diferente e exige-se que os pais tomem uma posição, pela saúde dos nossos jovens e, em última análise pelos cofres do estado.
Já agora, uma campanha que merce uma visita


quinta-feira, junho 08, 2006

Que me perdoem os ditos-cujos!

Dizem que a profissão mais antiga do mundo foi a prostituição. Não posso concordar. Até porque não havia dinheiro quando o mundo começou, e se para o homem bastava dar com uma moca na cabeça da mulher e arrastá-la para a sua caverna, porque carga de água haveria de pagar?
Dizem então que a primeira profissão deve ter sido um dos trabalhos mais básicos, como agricultura ou caça. Embora concorde que tenham sido das primeiras profissões, as primeiras não foram, até porque no início não havia ferramentas para agricultura nem armas para caçar.
Sugerem então que tenha sido o ensino. Mas para ensinar é preciso aprender. É a história de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Neste caso, o estudante ou o professor. Ninguém nasce ensinado, logo teria de estudar primeiro. Mas no início não acredito que o homem tenha partido para esta actividade assim de arranque.
Temos de nos colocar na pele desse primeiro homem para perceber.
Então, o homem aparece. Um homem, Adão, sozinho, sem saber o que fazer. Qual a sua primeira iniciativa? Obviamente, coça os tomates. Assim sendo, a primeira profissão do mundo foi claramente... funcionário público!

domingo, junho 04, 2006

E o mexilhão é que se lixa!

As religiões e a liberdade

Os estados industrializados exportam mercadorias, os totalitários ideologia.

O Irão desenvolve a bomba atómica, quer erradicar Israel ("terra prometida" e "Povo escolhido" tudo tretas teocráticas, digo eu) e curvar o mundo a Maomé.

A Arábia Saudita usa as divisas do petróleo para divulgar o Corão e sustentar os mullahs que deviam estar no manicómio e se encontram, sem tratamento, à frente das mesquitas.

O Vaticano exporta moral e escândalos, impondo a primeira e escondendo os segundos.

Os protestantes evangélicos exigem o ensino do criacionismo e a guerra em defesa da bíblia e na promoção do seu Deus.

Os cristãos ortodoxos agarram-se aos Estados como as lapas à rocha e não prescindem dos privilégios que ao longo dos tempos conquistaram.

Todas as religiões pretendem o monopólio porque - dizem -, há um só Deus verdadeiro. A teocracia é o modelo ideal de Estado, condescendendo as religiões que o Estado seja laico desde que se submeta à vontade do Deus de cada uma.

É neste caldo de cultura que os homens e mulheres livres têm de impor a Deus os princípios democráticos e ao clero o respeito das leis que os povos "livremente?" decidem.

Deus pode ser uma ideia tolerável, como as fadas e os duendes, se não interferir com a vontade dos povos e os ideais de liberdade que se devem ao secularismo e à laicidade.

O ódio do clero à liberdade, em qualquer religião, rivaliza com a embirração de Maomé com a carne de porco.

artigo de Carlos Esperança

sexta-feira, junho 02, 2006

O lado positivo da coisa

Numa tentativa de ultrapassar as conotações negativas da palavra “excedentários,” Teixeira dos Santos propôs que os funcionários considerados a mais ou dos organismos públicos recentemente extintos passem a chamar-se “necessários de segunda escolha.” Esta proposta surge na sequência de indicações vindas do primeiro-ministro José Sócrates que terá instruído os membros do seu governo para usarem apenas palavras positivas ao descrever situações negativas, estratégia a que muitos já chamam “valorização eufemística.” Assim, Portugal deixa de ser um país atrasado para passar a ser “inversamente evoluído,” Angola deixa de ser uma ditadura e transforma-se num “alvo apetecível para estabelecimento de parcerias estratégicas” e o desemprego passa a chamar-se “lazer a tempo inteiro.”

domingo, maio 28, 2006

O negócio da (China) doença

As Farmácias (monopólio da venda de medicamentos) ganham uma taxa de comercialização (23%) em cada medicamento que vendem. Ou seja, na dispensa de um medicamento que custe 10 contos as farmácias ganham 2,3 contos. Aonde as farmácias vendiam há 10 anos o Antibiótico X por 1 conto hoje, para o mesmo efeito, vendem o Antibiótico Y por 10. Aonde ganhavam 0.23 hoje, exactamente com o mesmo esforço (mesmo número de empregados, mesma renda, etc.), ganham 2,3. DEZ VEZES mais. Se pensarmos que desde há muito o crescimento da factura com os medicamentos vendidos nas farmácias (sempre nas mesmas farmácias) sobe acima dos 10% ao ano, percebemos que a Farmácia é um dos melhores negócios em Portugal e como o seu trespasse vale algumas centenas de milhares de contos.
Com efeito uma farmácia ganha, no simples acto de aviar os medicamentos de uma receita de um médico do SNS, mais do que ganha o médico que consultou o doente, o ouviu, observou, diagnosticou, se responsabilizou e passou aquela receita.

Algo vai muito mal no reino da Saúde!

Com a introdução dos genéricos aconteceu algo de novo que explica o aparente contra-senso do entusiástico apoio das farmácias aos genéricos. De facto, ao ganharem à percentagem percebe-se mal como as farmácias defendem a venda de medicamentos mais baratos que lhes iriam baixar os rendimentos. É que, com a introdução dos genéricos as farmácias ganharam um novo negócio, ainda mais rentável. Ganharam o poder de escolher entre o Antibiótico Y Genérico, de 30 ou mais Laboratórios de Genéricos. Dantes o Médico receitava o Antibiótico Y e a Farmácia tinha que fornecer o medicamento da marca que o médico que prescrevia. Não tinha qualquer interferência do processo. Agora, sempre que o médico não põe a cruzinha a expressamente o proibir, dispõe do poder de escolher. E qual é o critério de escolha perante trinta ou mais fornecedores ansiosos? Aquele que lhe der mais descontos, mais bónus. A imprensa citou casos aonde os Laboratórios por cada dez que as farmácias comprassem ofereciam várias embalagens de graça às farmácias. Embalagens cujo preço de venda revertiam inteiramente para a farmácia. Aonde as farmácias em vez de ficarem com 23% passaram a ficar com 100%!

Este reflexão é despoletada pela venda livre dos medicamentos nos Hipermercados. Um assunto irrelevante em relação aos graves problemas do Sector da Saúde e que por enquanto se pode resumir a uma aparente luta entre o Lobie das Farmácias e o Lobie dos Hipermercados. Desta vez terá ganho o Lobie dos Hipermercados.
Ou, como no fim se verá, será muito mais do que isso?

António Alvim

quinta-feira, maio 18, 2006

Paga, mas bufa!

No "dia da libertação dos impostos", os números da AIP "dão que pensar" na carga fiscal.

É preciso trabalhar "meses a fio" para saldar as dívidas ao Estado.

* Só os descontos para a Segurança Social exigem 45 dias de trabalho.
* Para se conseguir pagar o IVA são necessários 34 dias.
* IRS 21 dias.
* E, para liquidar o imposto sobre os combustíveis, é necessário trabalhar oito dias.

Estes são apenas alguns exemplos do esforço que é pedido ao país para equilibrar as contas públicas.

De acordo com o estudo da AIP, até ao próximo dia 22 de Junho os portugueses vão estar a contribuir para o sector público, que é como quem diz, vão estar a ajudar a pagar o défice.

É claro que se queremos reformas, infraestruturas, educação, saúde, etc. temos que descontar. O problema é quem e quanto é que desconta. São sempre os mesmos, aqueles que não podem fugir.
Os indigentes estão isentos, por natureza, os liberais declaram rendimentos minimos, as empresas não são colectadas em função dos lucros, o capital financeiro não é taxado e movimenta-se em paraísos fiscais. Restam os trabalhadores por conta de outrem, que pagam por todos.
Se a média dá 137 dias de trabalho, então o "zé pagante" trabalha pelo menos o dobro para pagar os impostos da "cambada toda".


quarta-feira, maio 10, 2006

De mal a pior!

Governo PS aumenta restrições a reformados e contribuintes
Na última semana, o governo PS anunciou um conjunto de reformas na segurança social, com vista a adaptá-la à nova realidade portuguesa, sem, contudo, desvirtuar os seus princípios de universalidade e solidariedade.

Contudo, constatamos que o mesmo governo, desde que tomou posse, tem sido responsável por uma série de medidas nesta área que mais não são do que pequenos passos no sentido de acabar com o sistema público de segurança social.

Para além do aumento da idade de reforma dos funcionários públicos para os 65 anos, a diminuição do período de prestação do subsídio de desemprego para os trabalhadores com menos descontos, e o recente aumento da carga tributária dos pensionistas o governo avança com novos critérios no regime de contribuições e reformas.

Em primeiro lugar, pretende associar a idade da reforma à esperança média de vida, ou seja, tendo em conta o constante crescimento do último factor, ao pensionista é proposto as seguintes opções: ou trabalha mais tempo (por cada aumento de um ano na esperança média de vida, mais cinco meses para além do limite anterior), ou paga mais contribuições, ou, finalmente, recebe uma menor reforma. Em segundo lugar, a fórmula de cálculo das pensões deixa de ser determinado pelo valor contributivo dos 10 melhores anos dos últimos 15, para se basear em toda a carreira contributiva. Tal poderá implicar uma diminuição das reformas entre os 8% e os 17%. Em terceiro lugar, os aumentos anuais das reformas serão directamente influenciados pelo crescimento económico, o que certamente deverá conduzir à diminuição desses aumentos.

Finalmente, as contribuições dos trabalhadores serão determinadas pelo número de filhos, prevendo-se reduções para os casais com mais de dois filhos e agravamentos para quem tiver apenas um ou nenhum (não deixa de ser curioso constatar que, paralelamente, o governo decreta o encerramento de maternidades por todo o país). Como tal, a constituição de família, cada vez mais dificultada pelo aumento do desemprego estrutural e pela expansão do trabalho precário, passará a ser orientada por critérios económicos. A decisão de ter filhos não será assim fruto da liberdade de escolha do casal, mas sim da necessidade de poupança.

De referir que, entre as reformas anunciadas, não se encontram quaisquer medidas que incidam sobre os rendimentos das empresas.

segunda-feira, maio 08, 2006

Como é possível?





    Alguém sabe a resposta?


"Como é possível ser o mais desigual da Europa um país que teve o 25 de Abril e [desde então] só foi governado por sociais-democratas e socialistas?"

José Carlos Vasconcelos, "Visão", 04-05-2006



segunda-feira, maio 01, 2006

Já cá canta mais um, o pior é o caruncho!

Bem unidos façamos: A Internacional


De pé, condenados da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional


Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional


Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional


Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional


Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verrá que as nossas balas
São para os nossos generais!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional


Pois somos do povo os activos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

sexta-feira, abril 28, 2006

Morrer de miséria: a trabalhar ou na reforma!

Sob o lema "Uma reforma que não pode esperar mais", José Sócrates anunciou ontem no Parlamento as propostas para uma "reforma estrutural" da Segurança Social, que agravará as condições de aposentação e as contribuições dos trabalhadores sem filhos, incentivando, em contrapartida, a natalidade.

A principal mudança, com efeitos mais imediatos na sustentabilidade financeira do sistema, será a de ligar a idade de reforma e o valor da pensão à esperança média de vida. Embora a idade legal de reforma se mantenha nos 65 anos, os trabalhadores de hoje que se quiserem aposentar com aquela idade serão confrontados com uma escolha, já a partir de 2007:

"Se na próxima década a esperança média de vida aumentar um ano, então quem se reformar daqui a dez anos terá três alternativas: ou a sua pensão é ajustada pelo 'factor de sustentabilidade', que se estima neste caso em cerca de 5%; ou para atenuar, parcial ou totalmente o efeito desse factor, o beneficiário opta por aumentar nos próximos dez anos o seu nível de descontos; ou ainda, finalmente, opta por prolongar, se assim quiser, a sua vida activa por mais cerca de cinco meses, por forma a compensar o efeito daquele factor de sustentabilidade", explicou o primeiro-ministro."

Morre-se a trabalhar, morre-se do trabalho, morre-se cada vez mais pela escravidão imposta. A violência deste regime é apenas mensurável se tivermos em conta alguns factores como sejam: sermos o país da UE com o custo de vida mais elevado, sobretudo no que toca aos bens de primeira necessidade; termos salários cerca de QUATRO vezes mais baixos (para igual posto de trabalho) que os nossos colegas da UE; termos um salário mínimo de cerca de 370 euros, INFERIOR ao RENDIMENTO MÍNIMO DE SUBSISTÊNCIA de Espanha, França, Alemanha, etc.; termos uma qualidade média dos serviços de saúde, educação e assistência social, muitíssimo longe dos padrões dos outros países europeus, especialmente em vários aspectos vitais de apoio às populações mais carenciadas; termos cerca de metade dos pensionistas ACTUAIS a receberem MENOS DE 300 EUROS POR MÊS.
São sempre os mesmos, os trabalhadores e a classe média, que que carregam este país às costas, todos são penalizados e cada vez mais se alarga o leque entre os mais pobres e os mais ricos. Dentro em breve seremos o mais pobre da UE a 25.

A inanidade destas medidas agora anunciadas é causada pela ânsia do governo em mostrar que a maximização dos lucros das empresas é a sua exclusiva preocupação. Mantém um nível irrisório de taxação do sector bancário, ainda por cima mantendo o paraíso fiscal da Madeira.
Um cardume de tubarões...
Um bando de abutres...
Um pântano cheio de sanguessugas...

terça-feira, abril 25, 2006

E foi o Povo que elegeu estes filhos de puta!

25 de Abril Sempre


Muita coisa se alterou com o 25 de Abril de 1974.

Mas, a mudança não se efectuou num dia. Foi preciso tempo, empenho, coragem e sacrifícios de muitas pessoas para construir um país diferente onde Liberdade, Solidariedade e Democracia não fossem apenas palavras.
Ao longo deste caminho, construíram-se partidos e associações, foi garantido o direito de expressão e realizaram-se eleições livres. Vivemos em Democracia.
Terminou a guerra colonial, e as antigas colónias portuguesas tornaram-se independentes. Vivemos em paz.
Os Açores e a Madeira são hoje Regiões Autónomas, com orgãos de governo próprio.
A Constituição garante os direitos económicos, jurídicos e sociais dos cidadãos.
Hoje, podemos falar livremente, dizer aquilo com que concordamos e o que não apoiamos, integrar associações, viver num novo Espaço Europeu e ter acesso directo ao Mundo sem receio de censura ou perseguições.

Os trabalhadores portugueses alcançaram importantes conquistas e adquiriram um valioso conjunto de direitos, até então negado, que constituem um património da nossa democracia e fundamentos do regime constitucional: a liberdade sindical e os direitos sindicais; o direito de reunião e de manifestação; o direito de greve; o direito de negociação colectiva; a constituição de comissões de trabalhadores; a institucionalização do salário mínimo; a generalização do 13º mês; o direito a um mês de férias e respectivo subsídio; a democratização do ensino; a universalização do direito à segurança social e à saúde; a generalização das pensões de reforma e do subsídio de desemprego; a participação em múltiplos órgãos e organismos do Estado.

As conquistas do 25 de Abril estão de tal modo inseridas no quotidiano que mal se dá por elas.
As mulheres foram reconhecidas como cidadãs de plenos direitos: têm acesso a todas as profissões, podem votar, ter contas bancárias, possuir passaporte e sair do país sem autorização escrita dos maridos, o que antes da revolução de 1974 era impensável.
Foram abolidas as certidões de bom comportamento moral e cívico e as informações da polícia necessárias a quem deseje obter certos empregos.

Temos uma democracia avançada em termos político-constitucionais, mas não temos uma sociedade avançada no plano económico e social. Continua-se a insistir num modelo de crescimento baseado na mão-de-obra barata; confrontamo-nos com um violento ataque aos sistemas públicos da segurança social, da saúde e do ensino; enfrentamos uma feroz ofensiva, conduzida principalmente pelos últimos Governos, contra os direitos dos trabalhadores, essencialmente por via do Código do Trabalho e da sua regulamentação; assistimos ao maior ataque de sempre à classe média e aos reformados, apesar de continuar a escandaleira das reformas milionárias; cresce o desemprego e a precariedade do trabalho; os jovens licenciados ou não vêem a seu futuro hipotecado.

Hoje, 32 anos depois, quando nos confrontamos ainda com tantos problemas sociais e grandes dificuldades para afirmar um desenvolvimento que nos aproxime, de forma segura, dos nossos parceiros europeus e quando estamos perante um quadro em que os melhores valores e ideais da humanidade são postos em causa pela globalização capitalista, afirmar Abril, é um objectivo que deve estar presente, todos os dias, na nossa acção, mas não chega,

o Povo já clama por um NOVO 25 DE ABRIL

sábado, abril 22, 2006

Iniciativa bem sucedida

O Ramiro, o Baptista e o Agostinho animaram, com grande sucesso, no Teatro Faialense a apresentação do novo Peugeot 207. Uma iniciativa da empresa 292 Comércio Automóvel, que se apresenta com grande dinamismo e a apostar forte neste segmento de mercado automóvel.

NOITE EUROPEIA INESQUECÍVEL (Link)


O SC HORTA conseguiu um resultado espectacular esta noite, 26 - 21, frente ao Steua de Bucaresti da Roménia.
Assim, a equipa Faialense (Açoriana, Portuguesa) continua o seu périplo pelas competições europeias, indo discutir o jogo final com um margem que certamente permitirá discutir o jogo até ao fim.
O SC HORTA, exceptuando os primeiros 10 minutos, jogo sempre bem, controlando o jogo e cavando a diferença no marcador de forma consistente e coesa. A equipa funcionou como o próprio nome indica, com muito espírito de sacrifício de todos, em conjunto e de forma determinada. Foram todos espectaculares e proporcionaram um verdadeiro espectáculo desportivo, a que as pessoas da Horta (e não só) puderam assistir.
Este é sem duvida alguma o maior passo dado no andebol regional e está a um passo de ser o maior feito de sempre do andebol português.
Quem diria que numa ilha com 15000 habitantes mora uma EQUIPA FANTÁSTICA!!!!!!

sexta-feira, abril 21, 2006

Moral e bons costumes - a Postura


Portugal, nos tempos da ditadura, a que a Revolução de Abril pôs termo, não era só um país pobre e repressivo. Era também um país fechado, triste, bafiento, com uma moral castradora, que algumas leis e regulamentos, de um ridículo atroz, procuravam enquadrar.
Famosa ficou a postura da Câmara Municipal de Lisboa, em vigor desde 1953. Dirigida aos polícias e aos guardas-florestais, especificava os crimes e multas em que incorriam todas aquelas pessoas que procuravam “frondosas vegetações para a prática de actos que atentem contra a moral e os bons costumes”:

1º - Mão na mão (2$50);
2º - Mão naquilo (15$00);
3º - Aquilo na mão (30$00);
4º - Aquilo naquilo (50$00);
5º - Aquilo atrás daquilo (100$00);
§ único - Com a língua naquilo (150$00 de multa, preso e fotografado).

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quarta-feira, abril 19, 2006

Petróleo - que futuro?


Há 50 anos o mundo consumia 4000 milhões de barris de petróleo por ano e a taxa média de descobrimentos (a porcentagem de novos campos petrolíferos não descobertos antes) era de 30 mil milhões de barris por ano. Hoje consumimos 30 mil milhões de barris por ano e os descobrimentos caíram para 4 mil milhões de barris/ano (v. figura). Isto é importante. A Chevron publicou um anúncio no qual afirma que "O mundo consome dois barris de petróleo por cada barril descoberto. Devemos preocupar-nos?" Se extrapolarmos a taxa declinante de descobrimentos dos últimos 30 anos podemos calcular que serão encontrados aproximadamente 134 mil milhões "novos" de barris de petróleo durante os próximos 30 anos. O mais recente grande descobrimento de campos petrolíferos foi no Mar do Norte (em 1969), que contem uns 60 mil milhões de barris. Em 1999 a produção do Mar do Norte atingiu o pico com 6 mb/d. Nossa extrapolação indica que durante os próximos 30 anos encontraremos novos campos petrolíferos equivalente ao dobro do tamanho do Mar do Norte, um prognóstico muito pessimista, segundo nossos adversários. Mas penso que a indústria petrolífera ficaria extasiada se encontrasse duas novas províncias petrolíferas do tamanho do Mar do Norte.
Excluindo os campos petrolíferos de águas marinhas profundas, a extracção está a diminuir em 54 dos 65 grandes países produtores de petróleo do mundo. A Indonésia, país membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), não só não pode produzir suficiente petróleo para cobrir sua quota de produção como já nem sequer poder extrair o suficiente para atender ao seu consumo interno. A Indonésia hoje é um país importador de petróleo. Dentro de seis anos, outros cinco países atingirão o pico. Só uns poucos países — Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Casaquistão e Bolívia — têm potencial para extrair mais petróleo do que antes. Em 2010, a extracção destes países e dos campos em águas profundas terá que compensar a diminuição em 59 países e o aumento da procura no resto do mundo.
Muitos países do mundo são muito pobres. Seria necessário duplicar o PIB mundial para conseguir algum tipo de vida decente para as pessoas desses países. Os exemplos da Suécia e da China indicam que, se seguirem as pautas de desenvolvimento económico anterior, para duplicar o PIB haveria que duplicar a produção mundial de petróleo. Mas isto pode ser feito? E pode o planeta tolerar o aumento das emissões de CO2?
Os Estados Unidos, o país mais rico do mundo, têm 5% da população mundial e consomem 25% do petróleo. É tempo de discutir o que os EUA devem fazer para reduzir o consumo, e rapidamente. Em Fevereiro de 2005 um relatório do Departamento de Energia dos EUA (Peaking of World Oil Production: Impacts, Mitigation, and Risk Management, o chamado relatório Hirsch) argumentou que "o pico mundial do petróleo representa um problema com uma gravidade sem precedente. Os riscos políticos, económicos e sociais são enormes. A prevenção prudente de riscos exige uma atenção urgente uma acção imediata". Qualquer programa sério iniciado hoje tardará 20 anos para dar resultados.
Os animais que enfrentam a escassez de alimentos têm pouco tempo para adaptar-se e geralmente as suas populações reduzem-se. Alguns acreditam que os seres humanos enfrentarão uma situação semelhante. Não posso aceitar. Como seres humanos podemos pensar e creio que podemos encontrar soluções. O caminho estará cheio de obstáculos e muitas pessoas sofrerão, mas quando chegarmos ao fim do percurso a sociedade deverá ser sustentável. Não será possível percorrer este caminho sem usar parte das reservas existentes de combustíveis fósseis, mas poderemos fazê-lo de modo a que tenham um impacto mínimo sobre o planeta. Teríamos que haver começado há pelo menos 10 anos atrás. Por isso não podemos esperar mais, ou os golpes e os buracos no caminho poderiam ser devastadores.

por Kjell Aleklett

quinta-feira, abril 06, 2006

TAMBÉM COMEÇO A ESTAR...

bossac.JPG

FARTO DE…

Farto de ser o culpado sem ter culpa de nada
Ser rejeitado farto de conversa fiada
Farto deste sistema de merda que nos engole
Farto destes políticos a coçar colhões ao sol
Farto de promessas da treta
Sobem ao poder metem as promessas na gaveta
Farto de ver o país parado como uma lesma
Ver as moscas mudarem e a merda ser a mesma
Farto de os ver saltar quando os barcos naufragam
Quanto mais tiverem melhor , menos impostos pagam
Farto de rir quando me apetece chorar
Farto de comer calado e calado ficar
Farto das notícias na televisão
Farto de guerras , conflitos ,fome e destruição
Farto de injustiças , tanta desigualdade
Cegos sao os que fingem que não veem a verdade
E eu tou farto...

Racismo, Guerra, Injustiça , Fome, Desemprego , Pobreza
E eu tou farto
Mentiras, Traiçao, Inveja, Cinismo, Maldade, Tristeza
E eu tou farto
Racismo, Guerra, Injustiça , Fome, Desemprego , Pobreza
E eu tou farto
Mentiras, Traiçao, Inveja, Cinismo, Maldade, Tristeza
Já chega...

Farto de miséria , o povo na pobreza
Uns deitam a comida fora , outros não a tem á mesa
Farto de rótulos , estigmas e preconceitos
Abrir os olhos e ver não temos os mesmos direitos
Farto de mentiras , farto de tentar acreditar
Farto de esperar sem ver nada a melhorar
Farto de ser a carta fora do baralho
Farto destes cabrões neste sistema do caralho

Ver roubar o que é nosso , impávido e sereno
Ser acusado de coisas que eu próprio condeno
Farto de ser político quando só quero ser mc
Nao te iludas ninguém quer saber de ti
Todos falam da crise mas nem todos a sentem
Muitos com razao, mas muitos deles apenas mentem
Crimes camuflados durante anos a fio
Tavam lá todos eles mas ninguém viu
Nao foi ninguém, ninguém fez nada,
E se por acaso perguntarem ninguém diz nada
Farto de ver intócaveis sairem impunes
Dizem que a justiça é para todos mas muitos sao imunes
Dois pesos, duas medidas
Fazem o que fazem seguem com as suas vidas
Para o povo nao há facilidades
E os verdadeiros criminosos do lado errado das grades

BOSS AC
Ritmo Amor Palavras

terça-feira, abril 04, 2006

Salvam a árvore e deixam arder a floresta!

A estirpe H5N1, vulgo gripe aviária já matou 107.
Desde 2003, cerca de 190 pessoas foram contaminadas com o vírus da gripe, das quais 107 - afectadas pela estirpe H5N1, a mais perigosa - já morreram, revelou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

107 pessoas em três anos! E num universo de quantas? Na zona onde se tem manifestado devem viver aí uns 4 mil milhões de pessoas!
Assim, entre 4 mil milhões morreram 107 em três anos!!!!
É isso justificativo do alarme e pânico mundial que criaram?

Problemas sérios vivem-se em Africa, nomeadamente em Moçambique, mas aí a comunidade política e cientifica não vê dividendos. Em 2004 já morreram, vítimas de sida, 147 mil moçambicanos, 20 mil dos quais crianças menores de 5 anos. Existem ainda em todo o país 2,4 milhões de pessoas infectadas com o VIH (o vírus que causa a sida), ou seja, 18 por cento dos seus 18 milhões de habitantes. Nos infectados contam-se cerca de 1,4 milhões de mulheres, 800 mil homens e 200 mil crianças. Apesar de ainda não haver dados concretos, estima-se que no ano passado se tenham registado perto de 140 mil novos casos de VIH/SIDA no país, dos quais 45 mil foram raparigas menores de 20 anos.

Onde acaba a preocupação e começa o sensacionalismo?
Onde acaba a seriedade e começa a negociata?
Os laboratórios que produzem o "tamiflu" fizeram um negócio do milénio. A Roche e um laboratório dos USA a que está ligado o boss do Pentágono estão a encher-se de dinheiro!!!! !
É essa a razão desse alarmismo a nível mundial? Tenham vergonha, sejam sérios!

segunda-feira, abril 03, 2006

INACREDITAVELLLL!!!!!

Os Vampiros

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.

A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em «oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços», incluindo no que respeita «a despesas de manutenção nas contas à ordem».
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre «racionalização e eficiência da gestão de contas», o «estimado/a cliente» é confrontado com a informação de que, para «continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção», terá de ter em cada trimestre um «saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras» associadas à respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR343,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio de EUR3,57 (três euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social.

Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar «despesas de manutenção» de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.

O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. É sem dúvida uma sordície vergonhosa,como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.

Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa.

Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso a quem se aplicam como uma luva as palavras sempre actuais dos «Vampiros» de Zeca Afonso: «Eles comem tudo/eles comem tudo/eles comem tudo e não deixam nada.»

Medita e divulga . . .

Recebido por Email

domingo, abril 02, 2006

"Simplex" é "enganex"


Num país onde dois milhões de portugueses ainda nem sequer dispõem de esgotos, o governo encerra escolas e maternidades em vez de apostar no desenvolvimento rural.
Num país onde as condições de vida se degradam de ano para ano, cimentando o pouco decoroso lugar de primeiro a contar do fim dos parceiros europeus, o governo remete para o ciber espaço - à distância de um clic para quem tem onde clicar - a resolução dos problemas nacionais.
Isto não é desburocratizar - sonho de qualquer utente - nem sequer enveredar pelo «simplex». É «enganex» puro e simples, ou em português mais terra a terra, vender gato por lebre.

Isto já não há pachorra para tanta medida atrás de medida e vai-se a ver, até os Checos já nos ultrapassaram na UE a 25!
Sócrates governa enebriado pelos holofotes televisivos mas irá conhecer o reverso da medalha.

Vamos seguir com atenção os resultados. Creio que algumas destas medidas têm um brutal efeito boomerang indo aterrar em cima de quem as lançou. Se nas próximas eleições as coisas não mudarem MESMO, ninguém se esquecerá do SIMPLEX.

Já está na final da "Taça Challenge" (link)

domingo, março 26, 2006

S P OOOOOOO R T I N N N G G G ! ! ! ! ! ! ! ! !


O S. C. da Horta mais uma vez começou com o pé direito e abriu caminho para a conquista da Taça Challenge, ao derrotar os suíços do BSV Bern Muri, na primeira mão das meias-finais de Taça Challenge por 32-25. Uma margem que poderia ter sido mais confortável, uma vez que o Sporting chegou a ter uma vantagem de 11 golos.
Está provado que a equipa suiça está, perfeitamente, ao alcance dos "faialenses".
Mais que não fosse senão para nos encher o ego, era muito bom ganhar o troféu e escrever o nome do Sporting e do Faial a letras douradas na História do Andebol e Desporto Nacionais.

Força Sporting!
Hoje e Sempre Sporting!


sábado, março 25, 2006

As exclusões do dr. Cavaco

«Agora, sou o Presidente de Portugal inteiro». Disse o dr. Cavaco Silva, durante a posse. A frase é torta. E, meia dúzia de dias depois, a verdade dos factos desmentiu o que ela comportava de tranquilizador. O desaparecimento do vínculo social simbólico manifestou-se com sobranceria.

Ao não indicar, para o Conselho de Estado, representantes do PCP e do Bloco de Esquerda, o Chefe de Estado demonstrou estar mais interessado em alterar o ritmo das coisas do que em elaborar uma política de temporização. Comprou uma guerra institucional e desvelou o autoritarismo e a soberba, cautelosamente resguardados, durante a campanha, sob amenas declarações e afáveis comportamentos.

Afirmara, também, que a sua candidatura era transversal à sociedade portuguesa, e convencera-se, até, de que muitos comunistas nele haviam votado. A dissolução das correlações, logo após certas vitórias, tornou-se comum na vida nacional. Mas não deixa de ser moralmente reprovável. Em política a gratidão é inexistente, mas a derrocada dos compromissos não coloca quem os pratica acima do bem e do mal. O Chefe de Estado tripudiou sobre o compromisso assumido. Não há duas leituras nem cálculos de hipóteses que fujam a este facto, vergonhoso para quem se apresenta como factor de coesão e paladino do rigor.

link para o artigo completo

quinta-feira, março 23, 2006

A solução está no Plano Tecnológico!

Lê-se numa crónica que, no ano de 1994 celebrou-se uma competição de remo entre duas equipas, uma composta por trabalhadores de uma empresa portuguesa e outra pelos seus congéneres japoneses.

Dada a partida, os remadores japoneses começaram a destacar-se desde o primeiro instante. Chegaram à meta primeiro com uma hora de avanço sobre a equipa portuguesa.

De regresso a casa, a Direcção reuniu-se para analisar as causas de tão desastrosa actuação e chegaram à seguinte conclusão: detectou-se que na equipa japonesa havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto que na portuguesa havia um remador e dez chefes de serviço, facto que seria alterado no ano seguinte.

No ano de 1995 e após ser dada a partida, rapidamente a equipa japonesa começou a ganhar vantagem desde a primeira remadela. Desta vez a equipa portuguesa chegou com duas horas de atraso. A Direcção voltou a reunir após forte reprimenda da Gerência e viram que na equipa japonesa havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto a portuguesa, após eficazes medidas adoptadas com o fracasso do ano anterior, era composta por um chefe de serviço, dois assessores de Gerência, sete chefes de secção e um remador.

Após minuciosa análise, chegou-se à seguinte conclusão: o remador é um incompetente.

No ano de 1996, como não podia deixar de ser, a equipa japonesa adiantou-se mal foi dada a partida. A embarcação que este ano tinha sido encomendada ao departamento de novas tecnologias, chegou com quatro horas de atraso.

Após a regata, e para avaliar os resultados, celebrou-se uma reunião ao mais alto nível no piso superior do edifício, chegando-se à seguinte conclusão: este ano a equipa japonesa optou novamente por um chefe de equipa e dez remadores. A equipa portuguesa, após uma auditoria externa e um assessoreamento especial do departamento de informática, optou por uma formação mais vanguardista, composta por um chefe de serviço, três chefes de secção, dois auditores da Arthur Andersen e quatro Securitas para controlar a actividade do único remador, ao qual se tinha aberto um processo disciplinar e retirado todos os bónus e incentivos devido aos fracassos anteriores.

Questão final:
Qual será a equipa seleccionada para a prova do ano corrente?

domingo, março 19, 2006

Saudade

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Uma estalada, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.

Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade do pai que morreu.

Miguel Falabella - Saudade (extracto)

terça-feira, março 14, 2006

Cada cavadela, uma minhoca!

Está reunido o plenário legislativo regional, mas os ilustres deputados estão confrontados com o problema de não ter matéria para debate.
Atendendo à qualidade do trabalho produzido, alterando mensalmente o quadro legal em que nos movemos só para justificar a estadia de uma semana por mês na Horta e a vida principesca que levam, proponho que lhes depositem os salários, que eles mesmo definiram, numa conta-ordenado e que se deixem ficar por casa.
Se não tem que fazer, então não se ponham a inventar. Só nos complicam a vida.
Isto passa-se com os deputados de cá e com os de lá.

domingo, março 12, 2006

Mudou a mosca, mas a merda continua!


Já passou um ano desde que o PS conquistou a sua primeira maioria absoluta. Conquistada com o voto dos que queriam uma mudança, depois de governos de direita, esta maioria absoluta tem sido uma enorme desilusão para muitos dos que tinham votado na mudança.

Um ano depois, a direcção de Sócrates no PS e no Governo, têm tornado tudo o que deveria ser mudança, em algo muito parecido com aquilo que foram os governos de Barroso, Portas & Santana.

José Sócrates e os seus amigos, no governo e na direcção do PS, estão, aos poucos, a tornar, tudo em que tocam, em caminhos largos para o neo-liberalismo triunfar ...

A oposição do PS aos governos de direita foi, afinal, um pretexto para chegarem ao poder e depois fazerem tudo muito semelhante àquilo a que (só!) formalmente se opunham!

Sócrates é um liberal, não é um socialista. E, como tal, terá de ser combatido social e políticamente!

Várias vezes, durante a vigência dos governos de direita, defendemos a necessidade de uma alternativa convergente das esquerdas. Essa alternativa continua hoje na ordem do dia! Com socialistas, com comunistas, com jovens, mulheres e homens que rejeitem o liberalismo, as políticas liberais e as suas consequências sociais e políticas! Contra a direita, mas também contra a direcção liberal do PS e o seu governo.

sábado, março 04, 2006

Sporting da Horta nas 1/2 finais

Sporting da Horta nas meias finais da Taça Challenge.

Caros amigos, hoje o Sporting da Horta gravou a letras douradas o seu nome na história do Andebol português.

Ante o Nik Hat da Noruega o Sporting da Horta obteve uma qualificacão memorável para as meias finais da Taça Challenge. Embora perdendo por 28-26, o Sporting ganhou a eliminatória, beneficiando do resultado da 1ª mão.

Passo a passo, a conquista do troféu está mais perto.

Requalificação do Farol dos Capelinhos

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Foi instalada na passada terça-feira, a lanterna visitável da cúpula do Farol dos Capelinhos, na ilha do Faial.

Com a montagem deste equipamento, fica assim cumprida mais uma etapa do processo de recuperação do mítico farol, 48 anos depois do vulcão que abalou a freguesia do Capelo e que soterrou a maior parte das casas da localidade, bem como aquela edificação, cuja construção remonta a 1894...
Os trabalhos em curso de requalificação daquele imóvel incluíram a consolidação da sua estrutura, garantindo um acesso seguro ao topo, e a redescoberta de parte das ruínas soterradas durante cinco décadas...
Para manter a beleza natural do local, o projecto privilegia a utilização dos espaços soterrados pelas cinzas, limitando assim as intervenções na superfície. O farol manterá, dessa forma, o seu aspecto original, ao mesmo tempo que a cúpula, com a lanterna visitável, constituirá um miradouro privilegiado sobre toda a zona envolvente, classificada como Zona de Protecção Especial da Rede Natura 2000...
O lugar dos Capelinhos, para além de integrar a Rede Natura 2000, está também classificado como Monumento Natural Regional. Trata-se de um dos percursos turísticos mais visitados da ilha do Faial e do Grupo Central do arquipélago pela sua beleza natural, seu valor paisagístico e património histórico....
As obras de recuperação do farol deverão ficar concluídas já no próximo ano, a tempo das comemorações do 50.º aniversário da erupção do Vulcão dos Capelinhos.

quinta-feira, março 02, 2006

Fora da agenda, por enquanto!

A crise energética enfrentada pelo país e a necessidade de cumprir os ditames estabelecidos pelo Protocolo de Quioto (Portugal ao invés de diminuir as suas emissões de dióxido carbono, aumentou-as em cerca de 46%) têm conduzido a uma série de debates sobre eventuais medidas a adoptar no domínio da energia.

Mais recentemente, o empresário Patrick Barros Monteiro anunciou o projecto de construção de uma central nuclear energética, defendendo a sua capacidade de produzir electricidade, sem quaisquer custos ambientais.

Porém, tais afirmações estão longe de corresponder inteiramente à verdade dos factos. Para além dos perigos de acidente e da impossibilidade de reciclagem dos resíduos (nos países com reactores nucleares, como nos EUA por exemplo, os resíduos são armazenados em depósitos geológicos), o argumento da diminuição de emissão de gases estufa é puramente falacioso. Não só a sua construção é uma importante fonte de emissões, como a sua existência depende da exploração de urânio e do o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem.

Mais do que adoptar o discurso gasto (e igualmente falacioso) da oportunidade das energias renováveis, importa questionarmo-nos sobre o caminho que desejamos seguir. A biomassa e as energias solar e eólica apenas constituíram uma alternativa se forem determinadas por diferentes orientações económico-produtivas. Mais do que nunca, o único e real desenvolvimento sustentável implica a ruptura com o actual modelo de superprodução capitalista, incapaz de absorver, nos mercados de consumo, os milhões de produtos supérfluos que nos são impostos.

Quercus - 15 razões para NÃO se optar pela energia nuclear em Portugal