Até que enfim! Desta vez foi um debate a sério. Ficou muito por discutir e aprofundar mas também pela primeira vez, Cavaco Silva foi obrigado a dizer mais do que pretendia, a sair do discurso redondo e a clarificar algumas posições.
Cavaco Silva foi confrontado com o período em que foi chefe de governo e o país recebia cinco milhões de euros de fundos comunitários por dia e o preço do barril do petróleo caíra significativamente e não soube fazer as apostas certas na formação, na educação, nas qualificações, ou nas tecnologias que agora tanto se reclama. Francisco Louçã também demonstrou que nesse período as injustiças e as desigualdades aumentaram, apresentando números que não foram questionados.
Cavaco Silva deixou implícito que defende a liberalização do desemprego e não tem propostas ou ideias sobre a sustentabilidade do sistema de Segurança Social a não ser o aumento da idade da reforma. Surpreendentemente, Cavaco Silva, mete o pé na poça onde menos se espera ao preconizar estudos sobre o estado da Segurança Social quando estes estão feitos e são credíveis. É extraordinário como um economista e candidato presidencial desconhece os problemas na sua extensão e alvitre soluções.
Também ficou demonstrada a insensatez de querer intervir na governação com sugestões de propostas de lei, como foi desmontado por Louçã, pois na primeira vez que isso acontecesse, duas coisa podiam acontecer ou o Parlamento era irremediavelmente condenado a um papel subalterno, com os perigos que isso acarretaria, se fossem por aí ou se recusassem, abria-se um conflito institucional.
Também sobre as escutas Cavaco Silva sugeriu propostas contra as escutas ilícitas quando elas já existem, não são é aplicadas.
Do mesmo modo ficou implícito o seu apoio à cimeira das Lages que lançou a guerra no Iraque e também o apoio à própria guerra, embora no quadro das Nações Unidas.
Mas ainda muita coisa ficou por dizer, mas Cavaco Silva já disse mais alguma coisa que ajuda a perceber o seu pensamento.
Francisco Louçã falou claro, as suas ideias não tem duas interpretações.
Sobre o aumento da idade da reforma, sobre a segurança social (o único candidato com propostas concretas no seu programa mas que não puderam ser aprofundadas), sobres as prioridade do País, (a defesa de politicas de criação de emprego e qualificações e o ataque ao desemprego), o não apoio à intervenção portuguesa no Afeganistão e no Iraque e não fugiu a questões, como o casamento de homossexuais ou a legalização dos imigrantes com base no direito de solo.
O debate mostrou duas personalidades e duas visões do mundo e nesse sentido foi esclarecedor.
Francisco Louçã soube ser acutilante, persuasivo, elevou a qualidade do debate, falou olhos nos olhos, cara a cara, com segurança e com conhecimento dos assuntos e obrigou Cavaco a abrir-se mais do que queria.
Cavaco Silva estava tenso, atemorizado, titubeante, surpreendido, nunca olhou para o adversário, (ao contrário de Louçã que procurou o debate mais solto) e cometeu alguns lapsos, sendo que em determinados momentos, de tão confundido, pareceu que ia encostar às boxes. Soube reagir na segunda parte do debate mas sem conseguir sair da mediania e fugindo, algumas vezes, às questões, refugiando-se no que estipula a Constituição.
Julgo que este debate conseguiu encostar Cavaco Silva à direita, retirando-lhe apoios ao centro político-partidário e nessa medida foi um grande contributo para derrotar Cavaco Silva.
Eu espero é que também a candidatura de Louçã tenha ganho alguma coisa!
a hora que há-de vir
Cavaco Silva foi confrontado com o período em que foi chefe de governo e o país recebia cinco milhões de euros de fundos comunitários por dia e o preço do barril do petróleo caíra significativamente e não soube fazer as apostas certas na formação, na educação, nas qualificações, ou nas tecnologias que agora tanto se reclama. Francisco Louçã também demonstrou que nesse período as injustiças e as desigualdades aumentaram, apresentando números que não foram questionados.
Cavaco Silva deixou implícito que defende a liberalização do desemprego e não tem propostas ou ideias sobre a sustentabilidade do sistema de Segurança Social a não ser o aumento da idade da reforma. Surpreendentemente, Cavaco Silva, mete o pé na poça onde menos se espera ao preconizar estudos sobre o estado da Segurança Social quando estes estão feitos e são credíveis. É extraordinário como um economista e candidato presidencial desconhece os problemas na sua extensão e alvitre soluções.
Também ficou demonstrada a insensatez de querer intervir na governação com sugestões de propostas de lei, como foi desmontado por Louçã, pois na primeira vez que isso acontecesse, duas coisa podiam acontecer ou o Parlamento era irremediavelmente condenado a um papel subalterno, com os perigos que isso acarretaria, se fossem por aí ou se recusassem, abria-se um conflito institucional.
Também sobre as escutas Cavaco Silva sugeriu propostas contra as escutas ilícitas quando elas já existem, não são é aplicadas.
Do mesmo modo ficou implícito o seu apoio à cimeira das Lages que lançou a guerra no Iraque e também o apoio à própria guerra, embora no quadro das Nações Unidas.
Mas ainda muita coisa ficou por dizer, mas Cavaco Silva já disse mais alguma coisa que ajuda a perceber o seu pensamento.
Francisco Louçã falou claro, as suas ideias não tem duas interpretações.
Sobre o aumento da idade da reforma, sobre a segurança social (o único candidato com propostas concretas no seu programa mas que não puderam ser aprofundadas), sobres as prioridade do País, (a defesa de politicas de criação de emprego e qualificações e o ataque ao desemprego), o não apoio à intervenção portuguesa no Afeganistão e no Iraque e não fugiu a questões, como o casamento de homossexuais ou a legalização dos imigrantes com base no direito de solo.
O debate mostrou duas personalidades e duas visões do mundo e nesse sentido foi esclarecedor.
Francisco Louçã soube ser acutilante, persuasivo, elevou a qualidade do debate, falou olhos nos olhos, cara a cara, com segurança e com conhecimento dos assuntos e obrigou Cavaco a abrir-se mais do que queria.
Cavaco Silva estava tenso, atemorizado, titubeante, surpreendido, nunca olhou para o adversário, (ao contrário de Louçã que procurou o debate mais solto) e cometeu alguns lapsos, sendo que em determinados momentos, de tão confundido, pareceu que ia encostar às boxes. Soube reagir na segunda parte do debate mas sem conseguir sair da mediania e fugindo, algumas vezes, às questões, refugiando-se no que estipula a Constituição.
Julgo que este debate conseguiu encostar Cavaco Silva à direita, retirando-lhe apoios ao centro político-partidário e nessa medida foi um grande contributo para derrotar Cavaco Silva.
Eu espero é que também a candidatura de Louçã tenha ganho alguma coisa!
a hora que há-de vir
9 comentários:
É pena que os comentários desta esquerda irresponsável se fiquem pelo 'implícito'. Com esta grande capacidade que têm em adivinhar o que os outros estavam a pensar, mas não disseram, simplesmente porque não era o que estavam a pensar, não compreendo porque razão esta esquerda ainda não chegou ao poder nem, tão pouco, actua na sociedade exercendo cidadania e fortalecendo a democracia de quem, não raras vezes, apregoa ser dona. Mais do que comentários, Portugal precisa de nós, do nosso contributo. Só nós podemos fazer alguma coisa por Portugal.
Implícito não é o mesmo que acto de adivinhar. Implícito quer dizer que está contido, mas não expresso claramente por motivos tácticos. Mas se Cavaco não quisesse dar origem a equívocos era claro nas afirmações e já não suscitaria interpretações diversas, mas isso ele não está interessado. O Paulo Ribeiro (simpatizante ou militante do PSD) é muito novo e não sabe o período de terror que ocorria nas empresas durante o tempo em que o Cavaco governou. Terror está propositadamente sem aspas, porque era isso que acontecia na verdade e eu posso testemunhar isso com o que se passava na Portugal Telecom com a admnistração liderada pelo Engº Todo-Bom. Perseguições e afastamento das pessoas que não era da cor, não tenha a menor dúvida. Mas o Paulo Ribeiro deve ser novo e não conhece estas realidades de muitas empresas e no país, enfim. Também o facto de ser do partido, deve toldar-lhe o pensamento. É natural.
sr fernando com a sua sapiencia formatada pela idade, não sabe concordar com nada de x em quando? já lhe ocorreu que se pode ter enganado em outras épocas e ter transportado a coisa consigo durante anos? seja tolerante e ouça o que os outros tenham a dizer.
nao elimine ou anule os outros apenas com o argumento "idade".
Tenho frequentado assiduamente este blog porque considero um espaço excelente para a troca de ideias.
Não me tenho pronunciado, embora, por vezes, me venha cá umas "ganas" para comentar certos "posts"...
Como a paciência tem os seus limites e varia na razão inversa do estado frenético, resolvi "entrar em cena".
Caro Paulo Ribeiro; esta esquerda irresponsável, como lhe pretende chamar, é, felizmente, o garante do que resta de democracia neste País. Se ser irresponsável é dizer a verdade, apontar o que está mal e indicar quais são as soluções, o Paulo conseguiu uma evolução semântica no léxico.
Esta esquerda não chegou ao poder porque a máquina da intoxicação é muito poderosa e a meia dúzia de gananciosos que dominam este País, em proveito próprio, não está com meias medidas para atingir os seus fins.
A esquerda não é dona da democracia. É sim a sua defensora.
Quanto à cidadania. Quer maior maior exercício que o que tem sido feito? Também eu. Mas se alguém o tenta fazer é essa esquerda, porque para a direita... cidadania(!?) é fugir dela.
Oh Fernando. Não te queiras tornar velho antes do tempo porque podes ficar "rabuja". O problema do Paulo não é a idade, é a intoxicação político-partidária.
Felizmente a esquerda moderniza-se enquanto a direita liberal enquista e regride. O problema é que ao enquistar tende a criar um tumor maligno que impede o País de se modernizar.
Vermelho!!! Eu bem te disse que o Louçã é a pedra fulcral para a derrota do Cavaco. É o único que consegue jogar no campo do adversário como em sua casa.
Em currículo está avançado anos-luz. Argumenta com factos reais. Aponta a resolução dos problemas.
Utiliza os próprios dados da direita para explicar como é possível ultrapassá-los pela esquerda. Assume a posição de Estado dum P.R. Desmonta os verdadeiros desígnios da candidatura sinistra do aprendiz de Salazar. Alerta para o perigo dos incidentes institucionais entre P.R. A.R. e Governo que resultarão da eventual eleição daquela figura que de perfil de P.R. não tem ponta por onde se pegue.
Mas, à candidatura de Louçã não será feita justiça embora seja o único que se apresenta com perfil, frontalidade, capacidade técnica, capacidade intectual, sentido de Estado e determinação. Nenhum outro candidato reúne todos estes predicados de forma tão evidente.
Mas não tenhas ilusões. A candidatura do Louçã vai impedir que Cavaco ganhe à 1ª.volta, mas a comunicação social já tem o seu esquema montado para que seja Soares a passar à 2ª.
Já percebi que pensas votar (in)útil. Só espero que depois da lição, seja pela última vez.
Ó anônimo, mas claro!.. Quem não se engana ou ramente tem dúvidas é Cavaco Silva. Não posso é concordar onde discordo, só para lhe fazer a vontade. A questão da idade só veio a lume, porque não quiz fazer juízos de intensão ao Paulo Ribeiro e apenas atribuir às suas opiniões, o desconhecimento do que foi o período de governação de Cavaco, exactamente por não ter vivido esse tempo e uma, presumo experiência profissional. Não mais do que isso. E naõ tenho que tolerar as outras opiniões, tenho que as aceitar, tão-só, apesar de dela discordar, Sr. Anônimo. Aliás a provocaçãozita vem desse lado ao chamar a esta esquerda de "irresponsável" ou que não "actua na sociedade exercendo cidadania", isto sim um insulto a que recusei responder, mas que o Mário agora e muito bem trouxe à liça.
Caro Fernando, é lamentável que os argumentos que se encontram para rebater opiniões sejam os da idade. Nesse ponto, nada posso fazer e, devo dizer-lhe, fico muito satisfeito. No entanto, aquilo que me chama atenção nos seus comentários é a utilização da palavra 'terror'. A mim, o que me aterroriza é ver pessoas da sua idade, que viveram antes do 25 de Abril e antes da queda do Muro de Berlim dizerem "não tenho que tolerar as outras opiniões".
O melhor é ser sério, Paulo Ribeiro, até porque não estou interessado ou a pensar convencê-lo nem a alimentar discussões estéreis. Não me venha dizer que estou a usar a idade para rebater a sua argumentação,porque não é verdade, nem isso pode ser argumento. Até porque há pessoas mais novas no BI e muito "velhas"... no resto. A idade só veio para o "justificar" dado que não viveu esse tempo, como eu e muitos de nós. Pelos vistos, teria sido melhor ir pelo lado que foi o Mário. Mas esta situação veio evidenciar que o Paulo Ribeiro, está a ser mal-intencionado, primeiro ao confundir implícito, com adivinhação, depois ao atacar a esquerda de forma reles, a seguir ao usar distorcidamente a idade como arremesso e agora propositadamente, porque não me parece que seja por má desconhecimento do Português, por fim, ao não querer perceber a distinção ente tolerância e respeito pelas posições contrárias.
Tolerância é :
qualidade de tolerante;
acto ou efeito de tolerar;
atitude de admitir a outrem uma maneira de pensar ou agir diferente da adoptada por si mesmo;
acto de não exigir ou interditar, mesmo podendo fazê-lo;
permissão; paciência; condescendência; indulgência;
Respeitar é:
tratar com reverência ou respeito;
ter em consideração; honrar; temer;
poupar; não lesar; atender a;
Percebe agora porque uso a palavra respeitar em vez de tolerar.
"Não tenho que tolerar", diz que eu disse. Acrescente se faz favor o resto " só tenho que aceitar" que assim é que está completo.
Não manipule porque isso é que eu não tolero.
Fico-me por aqui e peço compreensão ao VemelhoFaial por estar usar este espaço para prestar estes esclarecimentos.
As coisas ditas na hora certa e no local certo têm sempre o seu mérito e certamente serão bem aceites pelo Vermelho.
Não sei é se vale a pena, neste caso.
Há os que têm dificuldade e há os que não querem.
Os ignorantes (porque não sabem, mas podem aprender) e os burros (porque podem, mas não querem).
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