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sexta-feira, dezembro 30, 2005

2005, um ano para esquecer


O Ano de 2005 começou mal, mas também não acaba nada bem.
Paira sobre a cabeça dos portugueses a possibilidade duma viragem ainda mais à direita com a eleição de Cavaco para a presidência da república, somos confrontados com aumentos generalizados de todos os bens e serviços muito acima da actualização dos salários. A tão falada crise ameaça agudizar-se, provocando falências, desemprego, aumento de inflação e perca nos salários reais.
A crise financeira transformou-se em económica e ameaça evoluir para politica e social.

- Começamos mal com Santana Lopes, mas a maioria de Sócrates, apesar de algumas ténues reformas, deixou-nos pior do que estávamos. O tão falado “choque tecnológico” não passa de uma expressão vazia.
- O referendo do aborto foi outra bandeira deixada cair, deixando claro que não há nenhuma maioria de esquerda no Parlamento.
- O processo “Casa Pia” continua a arrastar-se, livrando poderosos e prometendo transformar vítimas em culpados.
- A “Justiça”, descredibilizada e pelas ruas da amargura entra em greve e põe em causa o regular funcionamento das instituições.
- No mês de Junho morrem Vasco Gonçalves, Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade, três vultos da política e cultura respectivamente.
- Com o 1º ministro no Quénia, Portugal transforma-se numa imensa fogueira e a sua floresta é praticamente toda consumida pelo fogo.
- Enquanto isto assistimos ao triste espectáculo da agonia e morte do Papa João Paulo II, transformada num “circo mediático”.
- Quando em África morrem aos milhares vítimas de fome, malária e sida no mundo ocidental instala-se o “pânico” com receio duma hipotética pandemia da gripe aviaria.
- Realizam-se as eleições autárquicas e assistimos a outro espectáculo, com as candidaturas dos candidatos “bandidos” e o “regresso preparado” de Fátima Felgueiras, elevada aos altares.
- No Faial o PS perde a maioria na Câmara da Horta e pela 1ª vez, nos Açores a CDU participa na gestão dum município, neste caso à custa da figura de José Decq Mota.
- Em Carcavelos inventa-se o “arrastão” e no Brasil é denunciado o “mensalão”.
- Na França, a revolta de grupos de jovens socio-etnicamente marginalizados, puseram os arrabaldes das grandes cidades francesas, nomeadamente Paris, a arder durante 15 noites.
-Em Londres, os terroristas atacam de novo, provocando a morte e o pânico. A polícia, responde atirando a matar sem critério.
- O projecto de “Constituição Europeia” é rejeitado por franceses e holandeses, fazendo com que o projecto seja abandonado.
- New Orleans é arrasada pelo furacão Katrina, pondo a nu as fragilidades norte-americanas e a pobreza extrema que também existe nos EUA.
- o Paquistão é devastado por um terrível terramoto.
- George Bush, 30 000 mortos depois, vem aceitar que a justificação dada para a guerra do Iraque era falsa.
- Conhecem-se os candidatos presidenciais, assistindo-se a uma divisão nas hostes PS, sendo lançada a candidatura de Mário Soares, que promete uma humilhante derrota eleitoral.
- O “CP Valour” encalha na Praia do Norte, Faial e os responsáveis desperdiçam o bom tempo e deixam perder a barco, ameaçando uma catástrofe ecológica e ambiental.

Faço votos que 2006 seja um ano muito melhor, apesar dos maus prenúncios. A nossa capacidade de escolher e lutar são as nossas armas, se não as soubermos utilizar não nos podemos queixar.
Não há almoços grátis, ninguém dá nada a ninguém!

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