A União Europeia emitiu um comunicado onde desautorizou completamente toda a política americana de prevenção à SIDA. Pela primeira vez a Europa afirma com todas as letras que os programas de abstinência promovidos pela administração de Bush não são eficazes e que devem ser rejeitados pelas nações que desejam proteger os seus cidadãos.
Neste momento a União Europeia considera como prioridades o uso do preservativo (absolutamente fulcral), educação sexual e cuidados de saúde reprodutiva. Considera-se ainda como extremamente preocupante a ressurgência de mensagens enganadoras e sem validade empírica no que toca à prevenção do VIH. Uma óbvia referência aos programas americanos. Convém referir que dois terços da ajuda americana neste campo são usados exclusivamente para a promoção da abstinência. Trata-se acima de tudo da promoção de um modelo religioso sobre a capa de ajuda humanitária.
Vale a pena citar as palavras da secretária europeia para o desenvolvimento internacional, Hillary Benn : “... não acredito que as pessoas devam morrer porque têm sexo.”
E tudo vai bater nesse ponto, neste momento a política humanitária americana está a ser comandada por um dogma religioso (é a própria ONU a afirmá-lo) e está a causar estragos incríveis nas zonas mais afectadas pela doença ao cortar os fundos para os meios eficazes (leia-se - preservativo).
Felizmente que e União Europeia se dissociou claramente do programa de evangelização norte-americano, que haja pelo menos uma voz forte e sensata na comunidade internacional.
de Pedro Fontela
Neste momento a União Europeia considera como prioridades o uso do preservativo (absolutamente fulcral), educação sexual e cuidados de saúde reprodutiva. Considera-se ainda como extremamente preocupante a ressurgência de mensagens enganadoras e sem validade empírica no que toca à prevenção do VIH. Uma óbvia referência aos programas americanos. Convém referir que dois terços da ajuda americana neste campo são usados exclusivamente para a promoção da abstinência. Trata-se acima de tudo da promoção de um modelo religioso sobre a capa de ajuda humanitária.
Vale a pena citar as palavras da secretária europeia para o desenvolvimento internacional, Hillary Benn : “... não acredito que as pessoas devam morrer porque têm sexo.”
E tudo vai bater nesse ponto, neste momento a política humanitária americana está a ser comandada por um dogma religioso (é a própria ONU a afirmá-lo) e está a causar estragos incríveis nas zonas mais afectadas pela doença ao cortar os fundos para os meios eficazes (leia-se - preservativo).
Felizmente que e União Europeia se dissociou claramente do programa de evangelização norte-americano, que haja pelo menos uma voz forte e sensata na comunidade internacional.
de Pedro Fontela
1 comentário:
Lutar para a erradicação de uma doença (seja ela qual for) promovendo abstinências nunca foi boa política... Pela sua natureza, o ser humano tem tendência a ir contra proibições.
De resto, promover a abstinência sexual é tão hipócrita e ridículo como promover o jejum. Realmente, há coisas sem as quais a vida humana se torna um pouco deficitária.
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