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quinta-feira, dezembro 15, 2005

Sério perigo de catástrofe ambiental

Estimativas apontam para uma libertação de 75 a 175 toneladas de IFO380, das quais cerca de 30 toneladas já foram recuperadas durante as limpezas da Praia do Norte.
Provavelmente devido à introdução de ar sob pressão nos porões, o navio recomeçou a largar IFO 380. Neste momento há duas linhas, uma pela popa e outra pela proa, de combustível a sair do "CP Valour". Esta mancha, com cerca de 40 x 20 metros ainda não chegou a terra.
Confirma-se a existência a bordo do "CP Valour" de um contentor com "oito toneladas de trifenil fosfito, um produto químico antioxidante, que entra na composição de herbicidas e pesticidas e que reage ao contacto com a água. Outro tem 6,3 toneladas de tintas e há ainda um terceiro contentor com 1,9 toneladas de outra substância química oxidante, que é o persulfato de sódio". Para além disso, a bordo há 500 contentores de carga geral e 2000 toneladas de combustível.
Estão a ser equacionadas várias hipóteses de desencalhe, nomeadamente a instalação dum pontão que permita o desembarque de contentores, aliviando o peso, dragagem de areia em redor do barco, introdução de ar nos tanques para aumentar a flutuabilidade…
Se estas manobras falharem e considerando a época de Inverno e a carga do barco, corre-se um sério perigo de catástrofe ambiental.
Não há tempo a perder nem meios a regatear.

fotos http://www.horta.uac.pt/-: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

4 comentários:

Anónimo disse...

Dizem os trabalhadores, que por lá andam a limpar a praia, que não é verdade a afirmação que a 1ª leva de combustível está limpa, pois no fundo das águas ainda há muito combustível e com estas duas "descargas" está lindo. O que acho é muita demora para tomar uma decisão!
Para ajudar à "festa", uma fragata tentou solidarizar-se com o barco encalhado, tenatndo também encalhar na doca, numa cacetada que deu, que ia ficando sem proa! É home! que diabo de gente é esta!

Anónimo disse...

Já não há fragatas como antigamente! ;)

Anónimo disse...

Este já não o 1º "navio" a ficar encalhado nos mares Açorianos e o que é certo é que não há ninguém que consiga dar uma resposta minimamente capaz, tendo em conta que experiencias anteriores tivessem dado algum conhecimento sobre a matéria. Aliás, se tivermos em consideração que em outros casos semelhantes a solução foi deixá-los no local onde encalharam, então o destino deste deve ser semelhante.
Quanto ao desastre ambiental, penso que ninguém o está a levar devidamente a sério, pois ele já existe e tudo o que sabemos é informação que escapa, pois a realidade deve ser muito pior do que aquela que imaginamos.

Desambientado disse...

Será que a situação não é preocupante, já que a área foi interdita à pesca durante bastante tempo.
Afinal quem pagará isso tudo? O armador? Quantas vezes os armadores pagaram esses acidentes?