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quarta-feira, maio 18, 2005

Os fins não "reabilitam" os meios!


Josef Stalin nasceu em 1878, numa aldeia da Geórgia, nação então submetida ao domínio do império dos czares da Rússia. Filho de um sapateiro e de uma lavadeira, estudou num seminário da Igreja Ortodoxa. Mas, ao invés de se tornar padre, será dirigente de um partido marxista e clandestino opositor do despótico regime dos czares, o Partido Bolchevique. Por várias vezes foi preso e deportado para a inóspita região da Sibéria.
Como estadista, Estaline conduziu uma URSS subdesenvolvida ao lugar de 2ª potência industrial do mundo, ultrapassada apenas pelos Estados Unidos da América, e ao desempenho de um papel determinante na derrota do nazismo na 2ª Guerra Mundial.
De modo tenaz, mas fulgurante, em meia dúzia de anos, Estaline impunha a sua liderança ao partido, anulando primeiro politicamente, e nos anos seguintes fisicamente, os que divergiam dos seus pontos de vista e da sua orientação. À medida que os primeiros anos 30 corriam, a sua imagem, mesmo na iconografia do regime, ia-se antepondo à do seu antecessor.
A época de Estaline foi uma “época de grandes realizações e crimes monstruosos que são difíceis de conciliar. Milhões de pessoas foram vítimas da brutal colectivização forçada e do terror em massa - assassinadas ou detidas” em “campos de trabalhos forçados - mas outros milhões trabalharam heroicamente e ergueram-se nas campanhas para forjar uma nação industrial poderosa e derrotar os invasores” nazis comandados por Adolf Hitler.
Creio que ninguém de bom senso poderá desculpar os crimes de Estaline com os sucessos que a URSS alcançou sob o seu governo.
Quanto a considerar-se o estalinismo como a essência do comunismo/socialismo será já um perfeito absurdo. Afinal, os “grandes ideais do socialismo” são a “liberdade, igualdade e solidariedade” e “não há socialismo sem democracia”.
O melhor remédio para os abusos de poder é a democracia. E a melhor forma de melhorar a prevenção de abusos de poder é melhorar a democracia.
Os abusos de poder não são exclusivo de nenhuma ideologia, de nenhum sistema político, de nenhuma classe ou época. Têm ocorrido e continuam a ocorrer, ao longo dos séculos até aos dias de hoje, em nome do comunismo, do capitalismo, do liberalismo, do cristianismo, do islamismo...
A perversão do comunismo personificada em Estaline acaba por ser um excelente exemplo, entre tantos outros, de como o comunismo, na sua verdadeira essência, é um ideal cada vez mais válido. Assenta numa concepção alargada dos direitos humanos fundamentais, da qual a liberdade é um elemento básico e central, apontando não só para a valorização e aprofundamento da democracia política, tanto na vertente representativa como na participativa, mas também da democracia económica, social e cultural: o poder económico tem que estar subordinado ao poder político pertença do povo (à cidadania); tem que haver justiça social e igualdade de oportunidades, tem de ser para todos o direito ao emprego, à habitação, à educação, à saúde, à informação, e muitos mais.

Estaline morreu há 52 anos. Mas perdura como uma grande e trágica lição da História.

fonte: http://www.comunistas.info/

2 comentários:

Anónimo disse...

MARX LENIN STALIN

Espero que morras revisionista de merda. Se não fosse por Stalin a Rússia teria sido aniquilada pela alemanha nazi ou então estaria na plena miséria.

Anónimo disse...

Exitus acta probat


Quando o fim é o Socialismo, todos os meios estão justificados.