Pesquisar neste blogue

quinta-feira, maio 12, 2005

carta ao Primeiro-ministro


via Email
Caro Sr. Primeiro-ministro.

Venho por meio desta comunicação manifestar meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país.
Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais.
Vou explicar:
Na actual legislação, pago na fonte 31% do meu salário (20 para o IRS e 11 para a Segurança Social). Como pode ver, sou um cidadão afortunado.
Cada vez que eu, no supermercado, gasto o que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19% para si (31 + 19).
Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral. Mas o meu patrão é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75% daquilo que me paga para a Segurança Social. E ainda 33% para o Estado (50 + 23.75 +33 = 106,75%).
Além disso quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
Minha sugestão, é invertermos os percentuais. A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 100% do meu salário.
Funcionaria assim:
Eu fico com 6.75% limpinhos, sem qualquer ónus mas o Governo fica com as contas
de:
-Escola,
-Seguro de Saúde,
-Despesas com dentista,
-Remédios,
-Materiais escolares,
-Condomínio,
-Água,
-Luz,
-Telefone,
-Energia,
-Supermercado,
-Gasolina,
-Vestuário,
-Lazer,
-Portagens,
-Cultura,
-Contribuição Autárquica,
-IVA,
-IRS,
-IRC,
-IVA
-Imposto de Circulação
-Segurança Social,
-Seguro do carro,
-Inspecção Periódica,
-Taxas do Lixo, reciclagem, esgotos e saneamento
-E todas as outras taxas que nos impinge todos os dias.
-Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Um abraço Sr. Presidente do Concelho e muito boa sorte, do fundo do meu coração!

1 comentário:

Biranta disse...

Oh meu amigo vermelho, eu farto-me de dizer, de propósito, que sei como reduzir o défice, reduzir o desemprego, relançarr a economia, baixar todos os impostos e aumentar os salários médios, em pouco tempo. Até já disse, e repito, que se podem criar não 150 mil postos de trabalho em quatro anos, mas mais de 300 mil postos de trabalho em pouco mais de um ano, e, mesmo assim, eles não me ouvem, não ligam nenhuma. E diga-me! Não é isto tudo que eu digo que é possível fazer, que sei como se faz, que els todos dizem que querem fazer? Não seria isto útil e benéfico para todos, mesmo TODOS, os portugueses? Então se eles não ligam, nem mesmo quando interessa a todos (inclusive a eles, se forem espertos), como é que você quer que lhe liguem alguma importância? Mas acredito que irá receber uma carta simpática, embora desesperante, como de costume...