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Chegámos ao fim do 2º Milénio com 2,7 biliões de habitantes (três quintos) dos países da periferia capitalista sem saneamento básico; quase um terço sem água potável; um quarto sem habitação adequada; um quinto sem serviços básicos de saúde; um quinto sem energia e proteínas suficientes na sua dieta; 20% das crianças não cumpre o ensino básico.
A quinta parte mais rica do mundo:
- Consome 45% de toda a carne e peixes, a quinta parte mais pobre 5%;
- Consome 58% de toda a energia, e a quinta parte mais pobre, menos de 4%;
- Consome 84% de todo o papel, a quinta parte mais pobre 1,1%;
- Possui 87% de toda a frota mundial de veículos, e a quinta parte mais pobre menos de 1%.
Temos, portanto, um crescimento evidentemente desigual e selectivo. Temos avanços tecnológicos, porém para quem? Para quantos? O capitalismo assume-se como um fracasso ao não conseguir transformar esses avanços tecnológicos em avanços sociais. O capitalismo assume-se como agente excludente ao proporcionar a poucos o direito à dignidade, à vida, à saúde e à educação. Se não for para melhorar as condições de vida dos homens indistintamente, sem a selecção pelo capital, de que servem os nossos progressos científicos?
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