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quarta-feira, março 02, 2005

Ser de esquerda, hoje!

a esquerda e a direita

Derrubado o muro que separava o Ocidente do Leste, esbatidos os velhos dogmas que encurralavam as pessoas em seitas, hermeticamente fechadas, quase fundamentalistas, poderá dizer-se que esquerda e direita são apenas a disposição de lugares no Parlamento? Claro que não.
Tal como a direita moderna, se apresenta mais liberal, aberta a valores e costumes do nosso tempo, já longe das ideologias nazi e fascistas, também a esquerda já não pode ser rotulada de estalinista e trotskista, como teimosamente se quer fazer crer.
Ser de esquerda é defender patamares de igualdade para todos: na educação, na saúde, na justiça, no direito ao trabalho e à dignidade de quem trabalha, defender que o Estado, enquanto representante da Nação, tenha nas suas mãos sectores essenciais ao desenvolvimento, como as escolas, os hospitais, as águas, a energia, os transportes, etc.
Ser de direita é querer pôr nas mãos dos privados, e a dar lucro, todos os sectores referidos, sem ter em conta os tais patamares de igualdade.
É falsa a ideia de que a defesa de costumes ou comportamentos, como o direito à vida, a despenalização do aborto ou a eutanásia são bandeiras de esquerda ou direita. São, sim, temas actuais que atravessam transversalmente toda a sociedade.
Ser de esquerda, hoje, é colocar a economia ao serviço do Homem.
Ser de direita é pôr o Homen ao serviço da economia.
Em Portugal, assistimos a uma terceira via, que é uma parte do PS (linha Sócrates) querer colocar a esquerda ao serviço da economia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Já está na lista para linkar... mais logo passo para ler melhor o blog...

Abraço :-)

Duarte disse...

Muito interessante esta visão pragmática do que é ser de esquerda ou de direita, se bem que as diferenças teoricamente, não se ficam por aí. Mas tb me revejo na esquerda ;)