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domingo, fevereiro 20, 2005

E agora?

Temos razões para sorrir, mandamos a direita abaixo, lá se foi Santana, Portas e Bagão.
Reforçámos a representação da esquerda no Parlamento, temos de ser capazes de influenciar as políticas que o PS vai querer impôr de forma absoluta. Não gostei muito dos primeiros discursos de Sócrates e António José Seguro. Cheirou-me a alguma arrogância e afastamento dos partidos mais à sua esquerda. Falam de várias esquerdas e da repulsa que esta lhes causa. Nâo querem perceber que o voto se deslocou todo para a esquerda e que as políticas erradas e o descrédito da actual classe política vai fazer crescer a esquerda que emerge e se reforça.
O PS quase não é esquerda, mas vamos dar o benefício da dúvida e ver qual a abertura à negociação e à implementação das medidas que o Povo anseia e que se impõem: na luta contra o desemprego, o atraso estrutural e tecnológico, na idade das reformas e nas reformas em geral, etc.
Só maioria absoluta não é sinal de estabilidade e a prova está à vista.
Os 8 deputados do BE e os 14 da CDU tem de ser capazes de marcar a agenda política e fazer valer esta maioria que agora se concretiza.
Nós, o Povo não nos podemos deixar adormecer à sombra do Sócrates. Vai ser preciso muita vigilância, muito trabalho e vontade de querer ganhar esta aposta no desenvolvimento e no progresso.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Não gostei muito dos primeiros discursos de Sócrates e António José Seguro. Cheirou-me a alguma arrogância e afastamento dos partidos mais à sua esquerda."


Permite-me discordar.
Não "li" as coisas assim dessa maneira. Não me apercebi de arrogância alguma.
Será defeito meu?
Será que depois daqueles personagens a que estávamos habituados, qualquer seja sempre melhor e por isso eu não me ter apercebido de alguma arrogância?
Também se assim fôr, é compreensível, porque mais arrogantes que os que agora partem, só se fosse o "Furão Bagoso", mas mesmo assim não entendo que tenha havido arrogância.

Os próximos tempos dirão se irá existir arrogância ou não.
Sinceramente estou convencido que não irá haver, e espero bem que não haja.


Hoje aconteceu, acima de tudo, uma vitória de Portugal, dos portugueses, do bom senso, da inteligência, da democracia.
Uma vitória de todos nós enquanto povo.

Anónimo disse...

Sou madeirense e, pela primeira vez, assisti à vitória mais amarga de Alberto João Jardim. Espero que, a partir de agora, os nossos "manos" do continente nos achem mais inteligentes, e não uns seres tapados amarrados ao poder jardinista. Basta uma alternativa credível. Quanto a Jardim, não tenham dúvidas. Ele foi um produto fabricado por Lisboa. Portanto, levem-no para lider do PSD.