retirado de abnoxio
Os resultados da sondagem da Católica que a RTP hoje divulgou não surpreendem ninguém, senão os tolos.
Com o governo e o primeiro-ministro que temos tido, só um novo milagre de Fátima pouparia o PSD e o CDS/PP a uma estrondosa e humilhante derrota nas urnas.
Perante a hecatombe da direita, seria também inevitável a vitória do PS. Os eleitores que habitualmente oscilam entre o PSD e o PS, nesta altura, não têm razões para hesitar e isso fará toda a diferença.
Verdadeiramente estimulante é a extraordinária subida do Bloco de Esquerda nas intenções de voto. Chegar aos 7%, eleger entre 8 a 12 deputados e disputar o terceiro lugar - é um feito notável, que, a confirmar-se, terá de ser sobretudo creditado a Francisco Louçã. Ele é, sem dúvida, mau grado as divergências que com ele mantenho em alguns dossiers, o dirigente político mais capaz e brilhante da sua/minha geração. Tenho a esperança de que, daqui a 4 anos, Louçã poderá, finalmente, conduzir o Bloco ao governo. Seria muito bom para a esquerda e, acredito, muito bom para o país.
E concordo com ele: este não era ainda o momento de pedir ao eleitorado um voto nesse sentido. O Bloco será, nos próximos 4 anos, no parlamento, a consciência política e moral da esquerda. Precisa desse tempo para se tornar imprescindível...
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