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sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Toda a diferença


A campanha do Bloco de Esquerda constrói-se em torno da força das suas propostas. Depois de ter fixado, no primeiro outdoor, o seu adversário nestas eleições - a dupla Santana/Portas, responsável pelo actual recorde nacional no desemprego - , a imagem pública do Bloco fez-se do seu programa: prioridade ao combate pelo emprego, inversão da lógica privatizadora na saúde, fim da perseguição das mulheres que abortam, justiça fiscal e transparência, doa a quem doer.

Esta opção pelo enunciado das alternativas reflecte-se também no calendário de campanha, um esforço de esclarecimento que envolve grande número de dirigentes do Bloco, que se desdobram em sessões públicas e comícios por todo o território, a maior parte dos quais sem qualquer mediatização. Esta campanha «à moda antiga», como o mainstream do marketing político gosta de dizer, é um dever de prestação de contas e um empenho na mobilização da cidadania para uma viragem no país. De resto, esta campanha assenta, em grande medida, em novos laços que o Bloco estabeleceu ao longo destes três anos de oposição frontal ao governo das direitas, activismos que vêm ganhando uma expressão sem precedentes. Só estes activismos podem garantir a circulação de informação política impressa à escala de mais de um milhão de exemplares.

A clareza das propostas do Bloco é a melhor garantia sobre a atitude dos deputados bloquistas no próximo parlamento. É em torno delas que se estabelece o compromisso de uma «esquerda de confiança» a «assinatura» do Bloco nestas eleições. O nosso objectivo é um aumento do número de deputados. Essa diferença faz toda a diferença na esquerda e permite esperar que, além da alternância, haja quem se bata por verdadeiras alternativas.

1 comentário:

vermelhofaial disse...

A idade vai passar, tomara que não, mas no que respeita a falar, falar, digo como o outro: não os vejo a fazer nada. Já agora aconselho, como diz Santana Lopes, que leias o post até ao fim.

A liturgia do voto útil...

Ó pai (pergunta o Francisco), se tu dizes que o Bloco de Esquerda não pode ganhar as eleições, por que vais votar neles?!...

O Francisco completou há pouco doze anos. Intuitivamente, tem a idade política dos que, à esquerda, defendem o voto útil no PS.