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terça-feira, fevereiro 15, 2005

De mãos à cabeça

De luto fechado e cheio de vergonha

Santana Lopes apresentou-se no debate carregando nos seus ombros toda a consternação nacioal. Viu o seu companheiro de coligação tirar-lhe o tapete ao não comentar cenários pós eleitorais. Justificou uma isenção de 400 mil contos à banca, com o argumento que outras tinham sido feitas nos governos PS. Defendeu o aumento de idade para as reformas dizendo que o pai recuperou de doença passando a trabalhar depois de reformado, isto é de loucos, só mesmo do Santana. Mostrou uns gráficos que faziam lembrar a história do rei vai nú, só visíveis por inteligentes. Sabia alguns números em que só ele acredita.
Já vai tarde.

Ao Sócrates vai-lhe cair o poder no colo, não por mérito, que pouco mais fez que arrastar-se até ao final.
Foi lamentável não podermos ouvir Jerónimo de Sousa, todos somos poucos.
Como vem sendo habitual Portas e Louçã animam os debates e marcam de forma indelével os campos que defendem, um pela direita e outro pela esquerda.

Foi um debate muito virado para o passado, ficamos sem saber o que nos espera.
O melhor é fazermos nós o nosso próprio caminho, intervindo e participando que ninguém dá nada de borla.

8 comentários:

Anónimo disse...

O Luto ostentado pelo Dr. Flopes é, exclusivamente, devido ao estado em que o seu partido colocou Portugal.

Aliás, alguém já se perguntou, se por acaso o Dr. Flopes saberá quem foi a 'irmã Lúcia'?

Provavelmente um dos seus assessores lá o aconselhou a usar a gravata preta, para parecer menos mal a um povo vincadamente católico, como é na maioria, o português, e com isso tentar "sacar" mais uns votitos.
Se isso funcionava bem, há umas décadas atrás, quer parecer-me com esta atitude nos dias de hoje, que o Dr. Flopes é um homem fora do seu tempo.

Longe vão os tempos em que o "portuga" era o fiel retrato da caricatura idealizada por Bordalo Pinheiro.

E isto já para não falar no descaramento do Dr. Portas, ao fazer-se convidado para a missa solene e privada para a família da irmã Lúcia, e querer passar para a imprensa, a ideia que tinha sido convidado.

Esta dupla "Dupont & Dupont" é sem dúvida uma comédia.
Que pena Gil Vicente não ser vivo. Teriamos, com toda a certeza, mais um brilhante "auto".

Pastor Mark disse...

(Já agora deixo-lhe aqui o meu comentário tb)

Vermelho Faial,

Será que viu o debate? A questão da isenção de 400 mil contos foi uma falsa questão muito bem explicada pelo Dr. Santana Lopes. Insenções houve no tempo do PS em que as operações mencionadas implicavam mais-valias avultadas para as empresas em questão. A fusão de balcões mencionada pelo Sr. Louçã é uma operação que não pressupõe a realização de mais-valias, logo, não deve ser taxada.
Mas será que as pessoas só ouvem o que lhes interessa?

Anónimo disse...

Esta é uma pergunta para o "amigo"
MMP.


Meu caro,

Então explique-me, porque é que as pequenas (e até médias empresas) se quiserem, por exemplo, mudar de nome, deparam-se com um processo burocrático "do outro mundo" e tem de pagar uma quantia exorbitante!?

Tal como as empresas que pertecem a um familiar, e que por exemplo, na morte deste, passam para os seus naturais herdeiros?

É que nestes casos também se trata de uma "operação que não pressupõe a realização de mais-valias".

Operações de "junção" de Bancos, não são processos semelhantes?

E mais a mais, então porque é que o Dr. Flopes andou durante meses a declarar guerra à banca, nas tv's, jornais, radios e etc?

Está visto que afinal "ensaio sobre cegueira" não é apenas o livro.
É que na prática o discurso do SS (Sultão Santana), é outro do que ele apregoa na teoria.

Afinal, até parece que o caro MMP viu o debate, mas padece de um problema... é que a sua cegueira santanista tolda-o de perceber o mundo práctico e real.

Não sejamos, então, "delgados yes-bobis"!

Pastor Mark disse...

Meu caro Corvo,

Não sou Santanista. Não gosto do estilo do homem, nem da sua forma de fazer política (com tudo o que esta expressão implica). A minha opinião mantém-se quaisquer operações do tipo em debate que não representem a realização de mais-valias, não deveriam ser taxadas. Mantenho. As que não o foram, muito bem. As que o continuam a ser, bem, caro amigo, estou consigo na luta pela sua não taxação. A simplificação do nosso sistema fiscal é um bom objectivo.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro MMP,

"Operação que não pressupõe a realização de mais-valias"...

Os exemplos que apontei, tratam-se de facto de acções que "não pressupõem a realização de mais-valias".

Agora quanto ao exemplo dos bancos e da sua "junção", tenho sérias (muitíssimas) que não se trate de uma operação que efectivamente (porque real) pressuponha a realização de mais-valias.

Caso não representasse a sua acção, uma mais valia para os mesmo, jamais seria practicada pelos envolvidos em questão.

Mas, a questão aqui e agora, nem é essa.
A questão é que existe um discurso e uma práctica, que o primeiro ministro demissionário utiliza, completamente diferentes.

Não se pode utilizar um discurso completamente diferente daquilo que na realidade é practicado.
Haja coerência e, ainda mais importante, seriedade.

"Apenas" isto.


Cumprimentos.

Anónimo disse...

A menina não viu o debate não. Não é possível interpretações tão paralelas.
Já li por aqui a conversa da coerência e seriedade tantas vezes que se dessem conta dela já teriam parado de dar tiros nos pés.
E ideologias há? É que isto de se andar a correr atrás dum cabecilha é perigoso, as moscas mudam...

Anónimo disse...

"A menina não viu o debate não. Não é possível interpretações tão paralelas."
por Anonymous (Milou du Tintin)


Um bom paralelo me saiste tu.
lol

Anónimo disse...

Não vamos cair em disparates.