Pesquisar neste blogue

sexta-feira, setembro 30, 2005

Manuel Alegre à Presidência da República

Como ser proponente da candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República

A candidatura de Manuel Alegre é um espaço de cidadania aberto de participação cívica de todos os eleitores.

Nos termos da Constituição e da legislação eleitoral, as candidaturas à Presidência da República só poderão ser apresentadas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 cidadãos eleitores. Cada eleitor só pode ser proponente de uma única candidatura à Presidência da República.

A propositura consubstancia-se numa declaração de propositura, subscrita individualmente por cada proponente devidamente identificado, cuja inscrição no recenseamento eleitoral esteja certificada.

Se quer participar neste movimento, só tem que ir à Junta de freguesia e remeter os documentos para o Apartado postal 27115 em Lisboa.

Aceda aqui e veja como proceder.

quinta-feira, setembro 29, 2005

O Faial em "Estado de Sítio"


É a armada estacionada ao largo e os semi-rígidos em desembarques rápidos na Alagoa; são os helicópetros a zuniar, como varejeiras sobre as nossas cabeças; são as viaturas militares a toda a velocidade e os caminhos fechados em hora de ponta, deixando os incautos sem almoço.
É a guerra total, no mar, no ar e em terra.
Não há inimigo e, felizmente, por enquanto também não há vítimas.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Vasos de guerra ao largo


Levanto-me, chego à janela e deparo-me com este nascer do Sol
e com o cenário duma batalha naval.
Estamos todos rotos, mas continuamos a brincar às guerras.


terça-feira, setembro 27, 2005

Simpatizo com o BE, mas voto Decq Mota

O voto é uma arma.
O voto, como as armas, não pode ser usado de olhos fechados, às cegas, há que fazer pontaria e disparar certeiro.
Não quero, por opção, estar inscrito em partidos políticos, mesmo reconhecendo a sua importância, não quero cargos nem proveitos, mas também não quero estar sujeito a disciplinas nem vínculos partidários.
Tenho uma forte simpatia pelo Bloco de Esquerda, dum modo geral subscrevo e adiro às suas posições e combates, mas não sou cego e quero usar o voto como, em cada momento, acho que melhor serve o interesse colectivo.
Nestas eleições, para a Câmara vou votar no José Decq Mota, não no partido, mas no homem. Tal como foi, na Assembleia o melhor deputado ao serviço dos Açores e dos açorianos, também na Câmara dá garantias de ser o melhor representante dos munícipes.
No actual quadro, por um voto se ganha e por um voto se perde e o Decq Mota, pelo que conheço, é tanto democrata, amante da liberdade, defensor do progresso, do desenvolvimento e dos valores caros ao BE como eu. Sempre votei na sua pessoa e vou voltar a fazê-lo, convicto que estou fazendo a melhor escolha.
Foi um erro e uma ingratidão, do Povo do Faial, não reeleger o José Decq Mota para a Assembleia Regional. Agora, tem a oportunidade de dar o seu contributo para que possa ser eleito, senão para Presidente da Câmara, para vereador executivo, já que prevejo um resultado eleitoral muito disputado.

Por mim, Decq Mota pá Câmara.

segunda-feira, setembro 26, 2005

PS - Partido Socrista

Pois é! Para Alberto Martins, Maria de Belém e Vera Jardim eram tudo brincadeiras até ao Manuel Alegre se candidatar.
Não sei donde são naturais, mas devem ser de Peniche. Venderam a consciência ao colectivo socialista/socrista, abdicando da sua opinião.
Estes socialistas são os mesmos que criticam e combatem o centralismo democrático e a unicidade.
Força Manuel Alegre vai em frente...pois tudo o que se possa fazer para derrotar o Cavaco é pouco. É também a oportunidade de infligir uma derrota política a José Socrates e suas marionetes e dar ao Dr. Soares o maior puxão de orelhas da sua longuíssima carreira política.

Andam muitos cá fora

Numa visita a um Hospital de loucos, Sócrates pergunta ao director qual o critério para definir se um paciente está curado ou não.

- Bem, diz o director, nós enchemos uma banheira e oferecemos uma colher de chá e uma chávena e pedimos para esvaziar a banheira.
- Entendi, diz Sócrates, uma pessoa normal escolhe a chávena, que é maior.
- Não, responde o director, uma pessoa normal tira a tampa do ralo...

sábado, setembro 24, 2005

Vamos eleger um Presidente de Esquerda


Finalmente, temos candidato presidencial.
Sempre alimentei a esperança de que Alegre seria candidato.
A partir de agora, compete-nos apenas elegê-lo.
Só depende da nossa capacidade de unir e concentrar esforços para levar Manuel Alegre à 2ª volta e GANHAR ao Cavaco.

Nem bolo-rei nem rei do bolo!

Vamos a isso! E damos uma lição aos partidos.


sexta-feira, setembro 23, 2005

Outro! É sempre a somar


Este é um país de reformados e por isso é só mais um para a molhada! Há os reformados já reformados e os reformados ansiosos pela reforma que se comportam como já gozando a aposentação. Os que trabalham são realmente poucos e daí a merda na nossa produtividade ser o que é!!!
Quer dizer que todos os que estão na situação dele (e são muitos como por exemplo João Soares) ganham o mesmo.
De qualquer forma não é um valor muito dignificante para um ex-primeiro-ministro.
Comparado com a reforma que o Armando Vara vai receber da CGD (se for igual à de Mira Amaral) aquele valor é relativamente baixo.
Uma pensão de 3 178 euros???? Só? Para um homem que tanto deu à democracia!!!! Ele foi...ah, foi presidente a prazo de muitas coisas, do futebol à politica...mistura explosiva...só lhe faltou um exílio dourado no Brasil!!!!

Não é possível trabalhar 6 anos ou menos e ter reformas destas.
E digo mais vão fazer leis, barulho e vai ficar tudo na mesma.
E normalmente é assim em todas as leis, há sempre uma porta aberta para aproveitamento de quem faz as leis, é incrível
Não é lamentável que Santana ou Cunha ou outro qualquer tenham a reforma é lamentável que seja assim instituído e legal
Porque também vos digo se eu estivesse no lugar deles e legalmente tivesse direito, exigia.

O que está mal é serem os políticos a fazerem leis em benefícios próprios e na calada.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Seria bom viajar, mas pelo norte da Europa

“Devia-se pagar duas viagens aos portugueses que têm dúvidas (sobre o caminho a seguir): uma à Alemanha, para ver as reformas que os alemães estão a fazer e os direitos que estão a mudar; e outra à China para ver como é que se trabalha”, disse João Salgueiro.

Talvez os gestores portugueses é que precisassem de ir à Alemanha tirar uns cursos de gestão de empresas. Quanto à China, mandava era a si (Salgueiro) para ver o que é ser escravo por 1 euro. Os portugueses não precisam disso, já o sabem. A este senhor devia-se mandá-lo à Suécia para ver como se pagam impostos e ninguém foge...Lá um que foge aos impostos é tratado pelo povo como um terrorista e ladrão...

E já agora, vão antes à Bélgica com os patrões ver como funciona em termos de regalias de trabalhadores, tudo controlado pelos sindicatos. E já agora vão também os donos do S.N.de Saúde ver como se trabalha nos Hospitais sem filas ou listas de espera.
Vão e vejam como funcionam os países mais evoluídos (Norte da Europa). Seria bom que os portugueses tivessem uma ideia, pois faria com que eles fossem mais exigentes com os governantes.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Nossa Senhora de Fátima

Todos em romaria a Felgueiras para adorar a nova Santa de Felgueiras...a heroína...a destemida...a vivaça....a que não tem medo dos Juízes que são amigos dela...etc...

Hoje foi demonstrado que a Justiça em Portugal, tal como o rei, vai nua.

Está na hora do grito de revolta...BASTA DE VIGARISTAS!!!
Fátima Felgueiras;
Isaltino Morais;
Avelino Ferreira Torres;
Valentim Loureiro;
e outros menos conhecidos.

É incrível como é possível tantos indigitados vigaristas, serem candidatos às câmaras e afins.

NÃO PODEMOS TER PESSOAS CUJA HONESTIDADE ESTÁ EM CAUSA, continuarem impávidos e serenos, a desafiarem o sistema democrático e em particular a própria justiça.

Não há vergonha, alguém que ponha isto no sitio, que se prendam juízes.

Cristal Vermelho

A Cruz Vermelha e o seu equivalente em países islâmicos, o Crescente Vermelho, podem ter em breve uma designação comum, o Cristal Vermelho. A medida que se pretende implementar visa a utilização de um emblema neutro, nesta era de crescentes conflitos de origem religiosa. De igual forma, sob a nova designação algumas organizações humanitárias anteriormente excluídas, como a israelita Magen David Adom, que usa o escudo vermelho de David, podem juntar-se à organização. A Suiça, o país de origem da Cruz Vermelha, pretende realizar uma conferência no final do ano em que os 192 países que aderiram à convenção de Genebra serão auscultados sob a nova designação e símbolo.

A Cruz Vermelha é uma organização humanitária que não tem nada a ver com religião e o seu símbolo actual é apenas a imagem revertida da bandeira suiça, um país com uma longa tradição de neutralidade. Mas o facto fortuito de esta ser uma cruz impediu, quase desde as origens da organização, a utilização universal do símbolo. Esperemos que o novo símbolo e designação sejam aprovados e que o Cristal Vermelho seja uma realidade a nível global já em 2006!

Palmira F. da Silva

Graças a Deus


Um governo em oração. Não de joelhos, mas de pé. Prostrados não, mas extremamente agradecidos... por não viverem em New Orleans, por não serem pretos (enfim, a Condoleeza...)... por serem eles "os escolhidos" para governar o Mundo. Os eleitos pelo poder divino. Bush, Cheney & Co., acreditam mesmo nisso, acreditam que têm uma missão divina para cumprir aqui na Terra. Só por isso insistem tanto em nos foder o juízo.

um homem das cidades

terça-feira, setembro 20, 2005

Impasse

As eleições alemãs tiveram dois grandes derrotados (CDU e SPD) e dois pequenos vitoriosos (Liberais e Partido de Esquerda). O que será que faz o eleitor dar as costas aos partidos tradicionais e optar pelos minoritários?

Os grandes perderam e é escusado arranjar argumentos para validar a vitória de quem quer que seja, até porque os sinais, para já os económicos, como o dia de ontem provou, e os sociais virão a seguir, dão mostras de astenia.
Este impasse, que tem duração incerta, não favorece ninguém e consegue prejudicar todos. Parece impossível mas é bem real.
Em suma, das urnas de domingo um facto salta à vista de todos, de acordo com os números das urnas, nenhum destes dois serve para comandante do barco germânico.

Registe-se a percentagem do Partido de Esquerda com 8.7% e com um crescimento de 4,7% - o partido que mais cresceu. É um sinal.

A elevada precariedade do trabalho

É uma das causas da baixa produtividade e competitividade da economia portuguesa.

Um dos argumentos mais utilizados pelas entidades patronais e pelos defensores do pensamento económico neoliberal é que a baixa de competitividade da Economia Portuguesa tem como uma das causas mais importantes a rigidez das leis do trabalho em Portugal, ou, por outras palavras, a insuficiente precariedade das relações de trabalho no nosso País. Essa afirmação não tem qualquer consistência técnica como os dados divulgados pelo INE e Eurostat provam.

Em Portugal a precariedade é muito superior à média comunitária. Se nos dados sobre precariedade e desemprego considerarmos apenas o desemprego oficial, para tornamos os dados de Portugal comparáveis com os publicados pelo Eurostat, conclui-se que em 2004, na União Europeia 29 activos em cada 100 tinham uma relação de trabalho precária ou estavam no desemprego, enquanto no nosso País, no mesmo ano, eram 34 em cada 100 que se encontravam na mesma situação. Portanto, a precariedade em Portugal é muito superior à média comunitária. Fica assim claro que afirmar, como fazem o patronato e os defensores do neoliberalismo, que a baixa competitividade da Economia Portuguesa é consequência da rigidez das leis laborais, ou seja, da reduzida precariedade, não tem qualquer consistência técnica

A elevada precariedade que se verifica em Portugal contribui também para a baixa taxa de formação e o baixo nível de escolaridade que se verifica em Portugal, o que explica a baixa produtividade e competitividade da maioria das empresas portuguesas.

Em resumo, a elevada precariedade que se verifica em Portugal está inevitavelmente associada a baixas taxas de participação dos activos em acções de educação e formação, a baixos níveis de qualificação tanto de adultos como de jovens, e a taxas elevadas de abandono prematuro da escola pelos jovens. Tudo isto tem consequências graves e dramáticas quer para os trabalhadores, que assim continuam sujeitos a condições degradantes e desmotivadoras de trabalho e de remuneração, quer para as empresas, cuja esmagadora maioria está a perder a batalha da produtividade e da competitividade.

Texto completo AQUI

segunda-feira, setembro 19, 2005

Dilema: bolo-rei ou rei do bolo


Cavaco estudou em Inglaterra.
Soares ensinou em França.

Cavaco gosta de trepar em coqueiros.
Soares gosta de montar tartarugas.

Cavaco é um cara-de-pau.
Soares é um cara-de-bolacha.

Cavaco gosta de bolo-rei.
Soares gosta de ser o rei do bolo.

Cavaco escreveu a sua própria biografia (e saiu uma bela merda).
Soares preferiu escrevê-la através de uma idiota útil que meteu perguntas simuladas pelo meio e no final assinou o nome.

Cavaco é magro.
Soares é gordo.

domingo, setembro 18, 2005

O Capelo no bom caminho


Foi, hoje, inaugurada a Casa Rural Típica da Reserva Florestal de Recreio do Capelo, uma infra-estrutura de turismo rural e ambiental que vem colocar à disposição da população e de quem nos visita um quadro da vivência dos nossos antepassados.
Outros factores de valorização da florescente freguesia do Capelo é a melhoria da rede viária de acesso, já em curso, e a obra de requalificação do Farol dos Capelinhos, a iniciar ainda este ano, cujo custo ultrapassará os dois milhões de euros que inclui a preservação da ruína do Farol, a redescoberta de partes soterradas das construções anexas, com a funcionalização de alguns desses espaços, e a criação de um Centro de Interpretação.

sábado, setembro 17, 2005

Ser socialista no século XXI


O BE é um movimento de novo tipo, que vive da contestação e da luta anticapitalistas e pela construção de uma alternativa socialista.
O BE não tem ideologia, isto significa não perfilhar nem o marxismo-leninismo, nem o leninismo, nem o trotskismo, nem o marxismo, apenas recolher contributos destes pensadores.
O BE é um movimento anti capitalista e socialista. O socialismo não existe sem uma transformação das condições do regime económico e social.E isso consegue-se por grandes combates transformadores que são reformas e que são revoluções. Batendo-se por reformas essenciais e fazendo-o com toda a convicção de que é importantíssimo para ajudar a mudar a vida das pessoas. O capitalismo moderno, que é um capitalismo predador e selvático, só pode ser substituído por uma sociedade socialista.
Há grandes reformas que podem ser revolucionárias. Não se consegue combater a injustiça fiscal, o privilégio do poder económico de ter regras distintas para si próprio, diferentes da grande maioria da população, sem uma alteração da relação de forças que permitem impor a democracia como regra. Não se conseguem alterar regras do comércio internacional e impor o predomínio do direito internacional na relação de conflitos sem uma alteração da relação de forças que derrote o império. Não muda a União Europeia sem uma grande refundação democrática e social que reconstrua as suas bases na estruturação. Isso são revoluções.

E o que é que é ser socialista no século XXI?

Significa ter vivido e aprendido a lição do socialismo soviético e chinês e rejeitá-la. Nunca existe socialismo que proíbe o direito de greve, que impõe na Constituição o governo perpétuo de um partido político, como é o caso do Partido Comunista chinês e da Constituição chinesa. É rejeitar as monarquias delirantes como a Coreia do Norte. No fundo, é rejeitar a ideia de que o socialismo pode ser compatível com a redução do pluralismo político ou da liberdade social. O socialismo só pode existir, só se pode limpar, se resultar da reflexão e de rejeição do que foram os modelos de Leste. E é também uma outra coisa, é um anti capitalismo, uma contestação da civilização capitalista e do desastre humano e ambiental que ela representa.

O BE não tem que se identificar com o leninismo, não há ideologia única.

O BE nasceu e só podia ter nascido assim não por uma fusão ideológica que reinterpretasse o passado, mas por uma definição da agenda política e do programa. O programa constrói-se na luta social, nas alternativas políticas para o país, para a Europa. E foi isso que permitiu aprender um nível de política completamente distinto do que a esquerda radical tinha feito em Portugal durante 30 anos. O BE transformou completamente a capacidade de actuação política e social, tornando-se uma força política influente.
Quando o BE surgiu ainda não existia o Fórum Social, mas o movimento que lhe ia dar origem já estava a nascer, o movimento antiglobalização.
Há algumas políticas que são de reformas, há outras que são de combates frontais. Por exemplo, na política do ambiente quando se defende uma política de redução das emissões de dióxido de carbono por causa do efeito de estufa é uma grande reforma.

O BE não concebe a oposição política exclusivamente teorizada, sem ser através da acção dos movimentos sociais, da contestação social. A exclusiva representação parlamentar reduziria a democracia, como se fosse a única forma de debate político no país. O BE dá toda a importância à intervenção parlamentar, mas entende que a democracia vai para além da vida parlamentar.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Uma banda larga de liberdade

O BE apresentou um projecto de lei de alteração do modelo de financiamento das autarquias. Os bloquistas não defendem o corte das receitas, mas regras novas na sua distribuição
A maioria das receitas recebida pelas autarquias provém dos impostos municipais - sobre imóveis, transportes e transacções imobiliárias. Quantos mais licenciamentos forem passados mais dinheiro recebem as câmaras.
Os bloquistas propõem que as receitas sejam, antes, distribuídas em função de factores como a população residente e a área geográfica. Uma alteração que consideram imprescindível para o ordenamento do território, uma vez que o poder local se tem revelado "refém do sector" imobiliário.
O projecto defende, ainda, que dois por cento das receitas sejam automaticamente distribuídos pelas freguesias. Uma forma das freguesias deixarem de "depender da boa vontade dos presidentes de câmara" e ganharem autonomia financeira.
Outra das alterações propostas refere-se à obrigatoriedade de apresentação de todas as transacções entre autarquias e entidades externas, como fundações e empresas.
Enquanto as autarquias forem financiadas através de impostos decorrentes da urbanização, vão deixar construir, e, nessa lógica, é muito difícil haver uma Agenda 21 local.
A Agenda 21 Local é um processo, proposto pelas Nações Unidas, no qual as autarquias, cidadãos, técnicos, empresários e associações trabalham em conjunto e definem as prioridades para um desenvolvimento sustentável do seu concelho nas vertentes social, ambiental e económica.

Açorianos são os que mais morrem do coração

Consanguinidade pode ser a explicação. O remédio mesmo é prevenir: abandonar os maus hábitos.

Os Açores são a região do País e do Mundo onde mais se morre por doenças cardiovasculares.
Em 2001, registaram-se nas ilhas açorianas 451.3 óbitos por cem mil habitantes resultantes de doenças cardiovasculares - um número ainda distante dos registados no Alentejo (267.7 óbitos por cem mil habitantes), a segunda região portuguesa logo a seguir aos Açores, com o maior número de óbitos causados por doenças cardiovasculares.

A inactividade física é reconhecida hoje, como importante factor de risco para doenças cardiovasculares. E embora não possa ser considerada tão perigosa, como o tabagismo, a hipertensão arterial e a hipercolesterolemia (taxa de colesterol sanguínea aumentada), é muito importante pois atinge uma percentagem muito elevada da população.

Mas outros factores de risco contribuem para a elevada percentagem de mortes por doenças cardiovasculares. A alimentação, por exemplo, é um factor de extrema importância na protecção da saúde.

Definidos os factores de risco e chegando-se à conclusão que são comuns às populações de todo o território nacional, fica no entanto por explicar a razão do elevado número de mortes por doenças cardiovasculares nos Açores, em comparação com outras regiões do país.

Segundo os especialistas, reunidos hoje na Horta, uma possível explicação é: nos Açores, há uma maior consanguinidade - são quatro séculos de ilhas fechadas que abriram apenas há 30 anos. Alguns problemas de saúde, como a obesidade, a diabetes e alterações de gordura no sangue, que levam à doença cardiovascular, são mais evidenciadas quando há maior consanguinidade.