As declarações do presidente do Governo Regional da Madeira não se limitam a ser politicamente desprezíveis. Incorrem, à face da lei portuguesa, num ilícito criminal [apelo à violência racial]. É um crime público e as autoridades competentes devem tomar conta da situação.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, declarou, no domingo, que não quer chineses a fazer negócios na região autónoma, ao falar da concorrência de países de fora da Europa e do leste europeu.
"Portugal já está sujeito à concorrência de países fora da Europa, os chineses estão a entrar por aí dentro, os indianos a entrar por aí dentro e os países de leste a fazer concorrência a Portugal...", afirmou Jardim, no discurso de encerramento da iniciativa "48 Horas a Bailar", no domingo à noite em Santana. Confrontado com um sinal de uma pessoa entre a assistência, o líder madeirense respondeu: "Está-me a fazer um sinal porquê? Estão aí uns chineses? É mesmo bom para eles ouvirem porque eu não os quero aqui".
Aquelas declarações são um apelo não só implícito como quase explícito à violência racial, ao conflito inter-étnico e à discriminação.
Essas declarações deviam ter sanção. Só num país onde as afirmações destemperadas do presidente do governo regional da Madeira merecem uma espécie de impunidade habitual é que se permite que um responsável político deste nível possa fazer declarações deste quilate.
Não se lembrou certamente das centenas de milhar de madeirenses emigrados no Brasil, EUA, Bermuda, Venezuela, Argentina e na África do Sul, onde tem sido vítimas de violência, xenofobia e racismo.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, declarou, no domingo, que não quer chineses a fazer negócios na região autónoma, ao falar da concorrência de países de fora da Europa e do leste europeu.
"Portugal já está sujeito à concorrência de países fora da Europa, os chineses estão a entrar por aí dentro, os indianos a entrar por aí dentro e os países de leste a fazer concorrência a Portugal...", afirmou Jardim, no discurso de encerramento da iniciativa "48 Horas a Bailar", no domingo à noite em Santana. Confrontado com um sinal de uma pessoa entre a assistência, o líder madeirense respondeu: "Está-me a fazer um sinal porquê? Estão aí uns chineses? É mesmo bom para eles ouvirem porque eu não os quero aqui".
Aquelas declarações são um apelo não só implícito como quase explícito à violência racial, ao conflito inter-étnico e à discriminação.
Essas declarações deviam ter sanção. Só num país onde as afirmações destemperadas do presidente do governo regional da Madeira merecem uma espécie de impunidade habitual é que se permite que um responsável político deste nível possa fazer declarações deste quilate.
Não se lembrou certamente das centenas de milhar de madeirenses emigrados no Brasil, EUA, Bermuda, Venezuela, Argentina e na África do Sul, onde tem sido vítimas de violência, xenofobia e racismo.
1 comentário:
Acho que o Jardim só se lembra dele próprio, Estrelito...
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