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domingo, junho 25, 2006
sexta-feira, junho 23, 2006
Meninos rechonchudos

…quando deixam os filhos caírem em estados de obesidade. Para mim isto é crime por negligência. Vivemos numa sociedade onde se culpa tudo e todos para proteger a falta de educação/preparação de pais irresponsáveis que deixam que o mal bata à porta dos filhos. Não estou falando nas infelicidades de outros comportamentos de riscos que nem sempre podem ser controlados pelos pais. O caso da obesidade é completamente diferente e exige-se que os pais tomem uma posição, pela saúde dos nossos jovens e, em última análise pelos cofres do estado.
Já agora, uma campanha que merce uma visita
quinta-feira, junho 15, 2006
quarta-feira, junho 14, 2006
quinta-feira, junho 08, 2006
Que me perdoem os ditos-cujos!

Dizem então que a primeira profissão deve ter sido um dos trabalhos mais básicos, como agricultura ou caça. Embora concorde que tenham sido das primeiras profissões, as primeiras não foram, até porque no início não havia ferramentas para agricultura nem armas para caçar.
Sugerem então que tenha sido o ensino. Mas para ensinar é preciso aprender. É a história de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Neste caso, o estudante ou o professor. Ninguém nasce ensinado, logo teria de estudar primeiro. Mas no início não acredito que o homem tenha partido para esta actividade assim de arranque.
Temos de nos colocar na pele desse primeiro homem para perceber.
Então, o homem aparece. Um homem, Adão, sozinho, sem saber o que fazer. Qual a sua primeira iniciativa? Obviamente, coça os tomates. Assim sendo, a primeira profissão do mundo foi claramente... funcionário público!
terça-feira, junho 06, 2006
domingo, junho 04, 2006
E o mexilhão é que se lixa!

As religiões e a liberdade
Os estados industrializados exportam mercadorias, os totalitários ideologia.
O Irão desenvolve a bomba atómica, quer erradicar Israel ("terra prometida" e "Povo escolhido" tudo tretas teocráticas, digo eu) e curvar o mundo a Maomé.
A Arábia Saudita usa as divisas do petróleo para divulgar o Corão e sustentar os mullahs que deviam estar no manicómio e se encontram, sem tratamento, à frente das mesquitas.
O Vaticano exporta moral e escândalos, impondo a primeira e escondendo os segundos.
Os protestantes evangélicos exigem o ensino do criacionismo e a guerra em defesa da bíblia e na promoção do seu Deus.
Os cristãos ortodoxos agarram-se aos Estados como as lapas à rocha e não prescindem dos privilégios que ao longo dos tempos conquistaram.
Todas as religiões pretendem o monopólio porque - dizem -, há um só Deus verdadeiro. A teocracia é o modelo ideal de Estado, condescendendo as religiões que o Estado seja laico desde que se submeta à vontade do Deus de cada uma.
É neste caldo de cultura que os homens e mulheres livres têm de impor a Deus os princípios democráticos e ao clero o respeito das leis que os povos "livremente?" decidem.
Deus pode ser uma ideia tolerável, como as fadas e os duendes, se não interferir com a vontade dos povos e os ideais de liberdade que se devem ao secularismo e à laicidade.
O ódio do clero à liberdade, em qualquer religião, rivaliza com a embirração de Maomé com a carne de porco.
artigo de Carlos Esperança
Os estados industrializados exportam mercadorias, os totalitários ideologia.
O Irão desenvolve a bomba atómica, quer erradicar Israel ("terra prometida" e "Povo escolhido" tudo tretas teocráticas, digo eu) e curvar o mundo a Maomé.
A Arábia Saudita usa as divisas do petróleo para divulgar o Corão e sustentar os mullahs que deviam estar no manicómio e se encontram, sem tratamento, à frente das mesquitas.
O Vaticano exporta moral e escândalos, impondo a primeira e escondendo os segundos.
Os protestantes evangélicos exigem o ensino do criacionismo e a guerra em defesa da bíblia e na promoção do seu Deus.
Os cristãos ortodoxos agarram-se aos Estados como as lapas à rocha e não prescindem dos privilégios que ao longo dos tempos conquistaram.
Todas as religiões pretendem o monopólio porque - dizem -, há um só Deus verdadeiro. A teocracia é o modelo ideal de Estado, condescendendo as religiões que o Estado seja laico desde que se submeta à vontade do Deus de cada uma.
É neste caldo de cultura que os homens e mulheres livres têm de impor a Deus os princípios democráticos e ao clero o respeito das leis que os povos "livremente?" decidem.
Deus pode ser uma ideia tolerável, como as fadas e os duendes, se não interferir com a vontade dos povos e os ideais de liberdade que se devem ao secularismo e à laicidade.
O ódio do clero à liberdade, em qualquer religião, rivaliza com a embirração de Maomé com a carne de porco.
artigo de Carlos Esperança
sexta-feira, junho 02, 2006
O lado positivo da coisa

Numa tentativa de ultrapassar as conotações negativas da palavra “excedentários,” Teixeira dos Santos propôs que os funcionários considerados a mais ou dos organismos públicos recentemente extintos passem a chamar-se “necessários de segunda escolha.” Esta proposta surge na sequência de indicações vindas do primeiro-ministro José Sócrates que terá instruído os membros do seu governo para usarem apenas palavras positivas ao descrever situações negativas, estratégia a que muitos já chamam “valorização eufemística.” Assim, Portugal deixa de ser um país atrasado para passar a ser “inversamente evoluído,” Angola deixa de ser uma ditadura e transforma-se num “alvo apetecível para estabelecimento de parcerias estratégicas” e o desemprego passa a chamar-se “lazer a tempo inteiro.”
domingo, maio 28, 2006
O negócio da (China) doença

As Farmácias (monopólio da venda de medicamentos) ganham uma taxa de comercialização (23%) em cada medicamento que vendem. Ou seja, na dispensa de um medicamento que custe 10 contos as farmácias ganham 2,3 contos. Aonde as farmácias vendiam há 10 anos o Antibiótico X por 1 conto hoje, para o mesmo efeito, vendem o Antibiótico Y por 10. Aonde ganhavam 0.23 hoje, exactamente com o mesmo esforço (mesmo número de empregados, mesma renda, etc.), ganham 2,3. DEZ VEZES mais. Se pensarmos que desde há muito o crescimento da factura com os medicamentos vendidos nas farmácias (sempre nas mesmas farmácias) sobe acima dos 10% ao ano, percebemos que a Farmácia é um dos melhores negócios em Portugal e como o seu trespasse vale algumas centenas de milhares de contos.
Com efeito uma farmácia ganha, no simples acto de aviar os medicamentos de uma receita de um médico do SNS, mais do que ganha o médico que consultou o doente, o ouviu, observou, diagnosticou, se responsabilizou e passou aquela receita.
Algo vai muito mal no reino da Saúde!
Com a introdução dos genéricos aconteceu algo de novo que explica o aparente contra-senso do entusiástico apoio das farmácias aos genéricos. De facto, ao ganharem à percentagem percebe-se mal como as farmácias defendem a venda de medicamentos mais baratos que lhes iriam baixar os rendimentos. É que, com a introdução dos genéricos as farmácias ganharam um novo negócio, ainda mais rentável. Ganharam o poder de escolher entre o Antibiótico Y Genérico, de 30 ou mais Laboratórios de Genéricos. Dantes o Médico receitava o Antibiótico Y e a Farmácia tinha que fornecer o medicamento da marca que o médico que prescrevia. Não tinha qualquer interferência do processo. Agora, sempre que o médico não põe a cruzinha a expressamente o proibir, dispõe do poder de escolher. E qual é o critério de escolha perante trinta ou mais fornecedores ansiosos? Aquele que lhe der mais descontos, mais bónus. A imprensa citou casos aonde os Laboratórios por cada dez que as farmácias comprassem ofereciam várias embalagens de graça às farmácias. Embalagens cujo preço de venda revertiam inteiramente para a farmácia. Aonde as farmácias em vez de ficarem com 23% passaram a ficar com 100%!
Este reflexão é despoletada pela venda livre dos medicamentos nos Hipermercados. Um assunto irrelevante em relação aos graves problemas do Sector da Saúde e que por enquanto se pode resumir a uma aparente luta entre o Lobie das Farmácias e o Lobie dos Hipermercados. Desta vez terá ganho o Lobie dos Hipermercados.
Ou, como no fim se verá, será muito mais do que isso?
António Alvim
Com efeito uma farmácia ganha, no simples acto de aviar os medicamentos de uma receita de um médico do SNS, mais do que ganha o médico que consultou o doente, o ouviu, observou, diagnosticou, se responsabilizou e passou aquela receita.
Algo vai muito mal no reino da Saúde!
Com a introdução dos genéricos aconteceu algo de novo que explica o aparente contra-senso do entusiástico apoio das farmácias aos genéricos. De facto, ao ganharem à percentagem percebe-se mal como as farmácias defendem a venda de medicamentos mais baratos que lhes iriam baixar os rendimentos. É que, com a introdução dos genéricos as farmácias ganharam um novo negócio, ainda mais rentável. Ganharam o poder de escolher entre o Antibiótico Y Genérico, de 30 ou mais Laboratórios de Genéricos. Dantes o Médico receitava o Antibiótico Y e a Farmácia tinha que fornecer o medicamento da marca que o médico que prescrevia. Não tinha qualquer interferência do processo. Agora, sempre que o médico não põe a cruzinha a expressamente o proibir, dispõe do poder de escolher. E qual é o critério de escolha perante trinta ou mais fornecedores ansiosos? Aquele que lhe der mais descontos, mais bónus. A imprensa citou casos aonde os Laboratórios por cada dez que as farmácias comprassem ofereciam várias embalagens de graça às farmácias. Embalagens cujo preço de venda revertiam inteiramente para a farmácia. Aonde as farmácias em vez de ficarem com 23% passaram a ficar com 100%!
Este reflexão é despoletada pela venda livre dos medicamentos nos Hipermercados. Um assunto irrelevante em relação aos graves problemas do Sector da Saúde e que por enquanto se pode resumir a uma aparente luta entre o Lobie das Farmácias e o Lobie dos Hipermercados. Desta vez terá ganho o Lobie dos Hipermercados.
Ou, como no fim se verá, será muito mais do que isso?
António Alvim
terça-feira, maio 23, 2006
Filosofia barata

Carrilho, o homem que usa a mulher e o filho como dois botões de punho, um adereço ao serviço da sua [dele] insuportável vaidade.
Bárbara Guimarães não é "só" família (por mais que o Dinis Maria seja exibido como forma de legitimar essa imagem). É isso e muito mais. É algo que pode - muito legitimamente - ser considerado um trunfo eleitoral. Nessa medida, a sua participação na campanha do marido não pode deixar de ser eleitoralmente medida (e na campanha de Carrilho foi-o) e politicamente avaliada. Logo, pode muito legitimamente ser vista como uma instrumentalização eleitoral do casamento, um uso político do domínio privado. Carrilho ainda hoje não quer compreender isto. Na altura também não compreendeu outra coisa: que a "matilha" lhe desmontou a esperteza saloia, Bárbara foi mais ruído do que trunfo e que, finalmente, o eleitorado não pode ser tomado por parvo. Quando vota é em quem se candidata; não no seu cônjuge.
Bárbara Guimarães não é "só" família (por mais que o Dinis Maria seja exibido como forma de legitimar essa imagem). É isso e muito mais. É algo que pode - muito legitimamente - ser considerado um trunfo eleitoral. Nessa medida, a sua participação na campanha do marido não pode deixar de ser eleitoralmente medida (e na campanha de Carrilho foi-o) e politicamente avaliada. Logo, pode muito legitimamente ser vista como uma instrumentalização eleitoral do casamento, um uso político do domínio privado. Carrilho ainda hoje não quer compreender isto. Na altura também não compreendeu outra coisa: que a "matilha" lhe desmontou a esperteza saloia, Bárbara foi mais ruído do que trunfo e que, finalmente, o eleitorado não pode ser tomado por parvo. Quando vota é em quem se candidata; não no seu cônjuge.
quinta-feira, maio 18, 2006
Paga, mas bufa!

É preciso trabalhar "meses a fio" para saldar as dívidas ao Estado.
* Só os descontos para a Segurança Social exigem 45 dias de trabalho.
* Para se conseguir pagar o IVA são necessários 34 dias.
* IRS 21 dias.
* E, para liquidar o imposto sobre os combustíveis, é necessário trabalhar oito dias.
Estes são apenas alguns exemplos do esforço que é pedido ao país para equilibrar as contas públicas.
De acordo com o estudo da AIP, até ao próximo dia 22 de Junho os portugueses vão estar a contribuir para o sector público, que é como quem diz, vão estar a ajudar a pagar o défice.
É claro que se queremos reformas, infraestruturas, educação, saúde, etc. temos que descontar. O problema é quem e quanto é que desconta. São sempre os mesmos, aqueles que não podem fugir.
Os indigentes estão isentos, por natureza, os liberais declaram rendimentos minimos, as empresas não são colectadas em função dos lucros, o capital financeiro não é taxado e movimenta-se em paraísos fiscais. Restam os trabalhadores por conta de outrem, que pagam por todos.
Se a média dá 137 dias de trabalho, então o "zé pagante" trabalha pelo menos o dobro para pagar os impostos da "cambada toda".
quarta-feira, maio 17, 2006
quarta-feira, maio 10, 2006
De mal a pior!

Na última semana, o governo PS anunciou um conjunto de reformas na segurança social, com vista a adaptá-la à nova realidade portuguesa, sem, contudo, desvirtuar os seus princípios de universalidade e solidariedade.
Contudo, constatamos que o mesmo governo, desde que tomou posse, tem sido responsável por uma série de medidas nesta área que mais não são do que pequenos passos no sentido de acabar com o sistema público de segurança social.
Para além do aumento da idade de reforma dos funcionários públicos para os 65 anos, a diminuição do período de prestação do subsídio de desemprego para os trabalhadores com menos descontos, e o recente aumento da carga tributária dos pensionistas o governo avança com novos critérios no regime de contribuições e reformas.
Em primeiro lugar, pretende associar a idade da reforma à esperança média de vida, ou seja, tendo em conta o constante crescimento do último factor, ao pensionista é proposto as seguintes opções: ou trabalha mais tempo (por cada aumento de um ano na esperança média de vida, mais cinco meses para além do limite anterior), ou paga mais contribuições, ou, finalmente, recebe uma menor reforma. Em segundo lugar, a fórmula de cálculo das pensões deixa de ser determinado pelo valor contributivo dos 10 melhores anos dos últimos 15, para se basear em toda a carreira contributiva. Tal poderá implicar uma diminuição das reformas entre os 8% e os 17%. Em terceiro lugar, os aumentos anuais das reformas serão directamente influenciados pelo crescimento económico, o que certamente deverá conduzir à diminuição desses aumentos.
Finalmente, as contribuições dos trabalhadores serão determinadas pelo número de filhos, prevendo-se reduções para os casais com mais de dois filhos e agravamentos para quem tiver apenas um ou nenhum (não deixa de ser curioso constatar que, paralelamente, o governo decreta o encerramento de maternidades por todo o país). Como tal, a constituição de família, cada vez mais dificultada pelo aumento do desemprego estrutural e pela expansão do trabalho precário, passará a ser orientada por critérios económicos. A decisão de ter filhos não será assim fruto da liberdade de escolha do casal, mas sim da necessidade de poupança.
De referir que, entre as reformas anunciadas, não se encontram quaisquer medidas que incidam sobre os rendimentos das empresas.
segunda-feira, maio 08, 2006
segunda-feira, maio 01, 2006
Bem unidos façamos: A Internacional

De pé, condenados da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verrá que as nossas balas
São para os nossos generais!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo os activos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verrá que as nossas balas
São para os nossos generais!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo os activos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
sexta-feira, abril 28, 2006
Morrer de miséria: a trabalhar ou na reforma!
Sob o lema "Uma reforma que não pode esperar mais", José Sócrates anunciou ontem no Parlamento as propostas para uma "reforma estrutural" da Segurança Social, que agravará as condições de aposentação e as contribuições dos trabalhadores sem filhos, incentivando, em contrapartida, a natalidade.
A principal mudança, com efeitos mais imediatos na sustentabilidade financeira do sistema, será a de ligar a idade de reforma e o valor da pensão à esperança média de vida. Embora a idade legal de reforma se mantenha nos 65 anos, os trabalhadores de hoje que se quiserem aposentar com aquela idade serão confrontados com uma escolha, já a partir de 2007:
"Se na próxima década a esperança média de vida aumentar um ano, então quem se reformar daqui a dez anos terá três alternativas: ou a sua pensão é ajustada pelo 'factor de sustentabilidade', que se estima neste caso em cerca de 5%; ou para atenuar, parcial ou totalmente o efeito desse factor, o beneficiário opta por aumentar nos próximos dez anos o seu nível de descontos; ou ainda, finalmente, opta por prolongar, se assim quiser, a sua vida activa por mais cerca de cinco meses, por forma a compensar o efeito daquele factor de sustentabilidade", explicou o primeiro-ministro."
Morre-se a trabalhar, morre-se do trabalho, morre-se cada vez mais pela escravidão imposta. A violência deste regime é apenas mensurável se tivermos em conta alguns factores como sejam: sermos o país da UE com o custo de vida mais elevado, sobretudo no que toca aos bens de primeira necessidade; termos salários cerca de QUATRO vezes mais baixos (para igual posto de trabalho) que os nossos colegas da UE; termos um salário mínimo de cerca de 370 euros, INFERIOR ao RENDIMENTO MÍNIMO DE SUBSISTÊNCIA de Espanha, França, Alemanha, etc.; termos uma qualidade média dos serviços de saúde, educação e assistência social, muitíssimo longe dos padrões dos outros países europeus, especialmente em vários aspectos vitais de apoio às populações mais carenciadas; termos cerca de metade dos pensionistas ACTUAIS a receberem MENOS DE 300 EUROS POR MÊS.
São sempre os mesmos, os trabalhadores e a classe média, que que carregam este país às costas, todos são penalizados e cada vez mais se alarga o leque entre os mais pobres e os mais ricos. Dentro em breve seremos o mais pobre da UE a 25.
A inanidade destas medidas agora anunciadas é causada pela ânsia do governo em mostrar que a maximização dos lucros das empresas é a sua exclusiva preocupação. Mantém um nível irrisório de taxação do sector bancário, ainda por cima mantendo o paraíso fiscal da Madeira.
Um cardume de tubarões...
Um bando de abutres...
Um pântano cheio de sanguessugas...
A principal mudança, com efeitos mais imediatos na sustentabilidade financeira do sistema, será a de ligar a idade de reforma e o valor da pensão à esperança média de vida. Embora a idade legal de reforma se mantenha nos 65 anos, os trabalhadores de hoje que se quiserem aposentar com aquela idade serão confrontados com uma escolha, já a partir de 2007:
"Se na próxima década a esperança média de vida aumentar um ano, então quem se reformar daqui a dez anos terá três alternativas: ou a sua pensão é ajustada pelo 'factor de sustentabilidade', que se estima neste caso em cerca de 5%; ou para atenuar, parcial ou totalmente o efeito desse factor, o beneficiário opta por aumentar nos próximos dez anos o seu nível de descontos; ou ainda, finalmente, opta por prolongar, se assim quiser, a sua vida activa por mais cerca de cinco meses, por forma a compensar o efeito daquele factor de sustentabilidade", explicou o primeiro-ministro."
Morre-se a trabalhar, morre-se do trabalho, morre-se cada vez mais pela escravidão imposta. A violência deste regime é apenas mensurável se tivermos em conta alguns factores como sejam: sermos o país da UE com o custo de vida mais elevado, sobretudo no que toca aos bens de primeira necessidade; termos salários cerca de QUATRO vezes mais baixos (para igual posto de trabalho) que os nossos colegas da UE; termos um salário mínimo de cerca de 370 euros, INFERIOR ao RENDIMENTO MÍNIMO DE SUBSISTÊNCIA de Espanha, França, Alemanha, etc.; termos uma qualidade média dos serviços de saúde, educação e assistência social, muitíssimo longe dos padrões dos outros países europeus, especialmente em vários aspectos vitais de apoio às populações mais carenciadas; termos cerca de metade dos pensionistas ACTUAIS a receberem MENOS DE 300 EUROS POR MÊS.
São sempre os mesmos, os trabalhadores e a classe média, que que carregam este país às costas, todos são penalizados e cada vez mais se alarga o leque entre os mais pobres e os mais ricos. Dentro em breve seremos o mais pobre da UE a 25.
A inanidade destas medidas agora anunciadas é causada pela ânsia do governo em mostrar que a maximização dos lucros das empresas é a sua exclusiva preocupação. Mantém um nível irrisório de taxação do sector bancário, ainda por cima mantendo o paraíso fiscal da Madeira.
Um cardume de tubarões...
Um bando de abutres...
Um pântano cheio de sanguessugas...
terça-feira, abril 25, 2006
25 de Abril Sempre

Muita coisa se alterou com o 25 de Abril de 1974.
Mas, a mudança não se efectuou num dia. Foi preciso tempo, empenho, coragem e sacrifícios de muitas pessoas para construir um país diferente onde Liberdade, Solidariedade e Democracia não fossem apenas palavras.
Ao longo deste caminho, construíram-se partidos e associações, foi garantido o direito de expressão e realizaram-se eleições livres. Vivemos em Democracia.
Terminou a guerra colonial, e as antigas colónias portuguesas tornaram-se independentes. Vivemos em paz.
Os Açores e a Madeira são hoje Regiões Autónomas, com orgãos de governo próprio.
A Constituição garante os direitos económicos, jurídicos e sociais dos cidadãos.
Hoje, podemos falar livremente, dizer aquilo com que concordamos e o que não apoiamos, integrar associações, viver num novo Espaço Europeu e ter acesso directo ao Mundo sem receio de censura ou perseguições.
Os trabalhadores portugueses alcançaram importantes conquistas e adquiriram um valioso conjunto de direitos, até então negado, que constituem um património da nossa democracia e fundamentos do regime constitucional: a liberdade sindical e os direitos sindicais; o direito de reunião e de manifestação; o direito de greve; o direito de negociação colectiva; a constituição de comissões de trabalhadores; a institucionalização do salário mínimo; a generalização do 13º mês; o direito a um mês de férias e respectivo subsídio; a democratização do ensino; a universalização do direito à segurança social e à saúde; a generalização das pensões de reforma e do subsídio de desemprego; a participação em múltiplos órgãos e organismos do Estado.
As conquistas do 25 de Abril estão de tal modo inseridas no quotidiano que mal se dá por elas.
As mulheres foram reconhecidas como cidadãs de plenos direitos: têm acesso a todas as profissões, podem votar, ter contas bancárias, possuir passaporte e sair do país sem autorização escrita dos maridos, o que antes da revolução de 1974 era impensável.
Foram abolidas as certidões de bom comportamento moral e cívico e as informações da polícia necessárias a quem deseje obter certos empregos.
Temos uma democracia avançada em termos político-constitucionais, mas não temos uma sociedade avançada no plano económico e social. Continua-se a insistir num modelo de crescimento baseado na mão-de-obra barata; confrontamo-nos com um violento ataque aos sistemas públicos da segurança social, da saúde e do ensino; enfrentamos uma feroz ofensiva, conduzida principalmente pelos últimos Governos, contra os direitos dos trabalhadores, essencialmente por via do Código do Trabalho e da sua regulamentação; assistimos ao maior ataque de sempre à classe média e aos reformados, apesar de continuar a escandaleira das reformas milionárias; cresce o desemprego e a precariedade do trabalho; os jovens licenciados ou não vêem a seu futuro hipotecado.
Hoje, 32 anos depois, quando nos confrontamos ainda com tantos problemas sociais e grandes dificuldades para afirmar um desenvolvimento que nos aproxime, de forma segura, dos nossos parceiros europeus e quando estamos perante um quadro em que os melhores valores e ideais da humanidade são postos em causa pela globalização capitalista, afirmar Abril, é um objectivo que deve estar presente, todos os dias, na nossa acção, mas não chega,
o Povo já clama por um NOVO 25 DE ABRIL
Mas, a mudança não se efectuou num dia. Foi preciso tempo, empenho, coragem e sacrifícios de muitas pessoas para construir um país diferente onde Liberdade, Solidariedade e Democracia não fossem apenas palavras.
Ao longo deste caminho, construíram-se partidos e associações, foi garantido o direito de expressão e realizaram-se eleições livres. Vivemos em Democracia.
Terminou a guerra colonial, e as antigas colónias portuguesas tornaram-se independentes. Vivemos em paz.
Os Açores e a Madeira são hoje Regiões Autónomas, com orgãos de governo próprio.
A Constituição garante os direitos económicos, jurídicos e sociais dos cidadãos.
Hoje, podemos falar livremente, dizer aquilo com que concordamos e o que não apoiamos, integrar associações, viver num novo Espaço Europeu e ter acesso directo ao Mundo sem receio de censura ou perseguições.
Os trabalhadores portugueses alcançaram importantes conquistas e adquiriram um valioso conjunto de direitos, até então negado, que constituem um património da nossa democracia e fundamentos do regime constitucional: a liberdade sindical e os direitos sindicais; o direito de reunião e de manifestação; o direito de greve; o direito de negociação colectiva; a constituição de comissões de trabalhadores; a institucionalização do salário mínimo; a generalização do 13º mês; o direito a um mês de férias e respectivo subsídio; a democratização do ensino; a universalização do direito à segurança social e à saúde; a generalização das pensões de reforma e do subsídio de desemprego; a participação em múltiplos órgãos e organismos do Estado.
As conquistas do 25 de Abril estão de tal modo inseridas no quotidiano que mal se dá por elas.
As mulheres foram reconhecidas como cidadãs de plenos direitos: têm acesso a todas as profissões, podem votar, ter contas bancárias, possuir passaporte e sair do país sem autorização escrita dos maridos, o que antes da revolução de 1974 era impensável.
Foram abolidas as certidões de bom comportamento moral e cívico e as informações da polícia necessárias a quem deseje obter certos empregos.
Temos uma democracia avançada em termos político-constitucionais, mas não temos uma sociedade avançada no plano económico e social. Continua-se a insistir num modelo de crescimento baseado na mão-de-obra barata; confrontamo-nos com um violento ataque aos sistemas públicos da segurança social, da saúde e do ensino; enfrentamos uma feroz ofensiva, conduzida principalmente pelos últimos Governos, contra os direitos dos trabalhadores, essencialmente por via do Código do Trabalho e da sua regulamentação; assistimos ao maior ataque de sempre à classe média e aos reformados, apesar de continuar a escandaleira das reformas milionárias; cresce o desemprego e a precariedade do trabalho; os jovens licenciados ou não vêem a seu futuro hipotecado.
Hoje, 32 anos depois, quando nos confrontamos ainda com tantos problemas sociais e grandes dificuldades para afirmar um desenvolvimento que nos aproxime, de forma segura, dos nossos parceiros europeus e quando estamos perante um quadro em que os melhores valores e ideais da humanidade são postos em causa pela globalização capitalista, afirmar Abril, é um objectivo que deve estar presente, todos os dias, na nossa acção, mas não chega,
o Povo já clama por um NOVO 25 DE ABRIL
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