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sábado, dezembro 29, 2012
sábado, dezembro 22, 2012
sexta-feira, dezembro 14, 2012
O sonho de Pedro Passos Coelho
"Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto. O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.
Estas tretas da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.
Que há um terço que tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.
O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura.
Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.
O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.
Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portarmo-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."
Por José Vítor Malheiros
Por José Vítor Malheiros
terça-feira, novembro 20, 2012
terça-feira, outubro 23, 2012
RSI - O Mito e a Realidade
Estou contra a forma, que considero pouco informada, como são tratados os beneficiários do RSI. Salvo raras excepções, ninguém quer, nem de qualquer maneira pode, ser beneficiário daquela prestação social. As regras (podem ser consultadas a partir d'aqui http://www2.seg-social.pt/left.asp?03.06.06 e a fiscalização cada vez são mais apertadas. Haverá casos mal avaliados e também alguns abusos, reconheço, mas não é justo tomar o todo pela parte e no momento dramático que vivemos, com 1 milhão de desempregados, metade dos quais sem nenhum rendimento, estão contabilizados 290 mil beneficiários do RSI. São números altos, mas apenas mostram a fragilidade do nosso tecido social.
Recuso-me a embarcar na onda “populista” ou falsamente moralista de transformar vítimas em culpados, de aceitar que “vivemos acima das nossas possibilidades”, de aceitar que os desafortunados, os “coitados”, os indigentes e os párias da sociedade sejam os responsáveis pela deterioração das relações sociais entre cumpridores e inconsequentes e, em concreto, pela degradação dos salários e pensões dos contribuintes da segurança social. Enquanto nos digladiamos por migalhas, colocando trabalhadores contra subsídio-desempregados, contribuintes da segurança social contra beneficiários do RSI e agora até utentes do SNS contra doentes com baixa médica, os poderosos vão tocando a sua vidinha sem grandes sobressaltos.
É verdade que o RSI, ao contrário do subsídio de desemprego, é uma prestação não contributiva, pelo que pode ter um entendimento mais assistencialista, mas trata-se apenas dum mecanismo que visa fazer uma descriminação positiva e garantir o mínimo de condições económicas a indivíduos que se encontram em situação muito precária, abaixo do limiar da pobreza, que tem de ser provada e que só é concedido mediante contrato de inserção. É verdade que existem exceções, parasitismos e abusos que tem de ser minimizados e combatidos, mas isso não impede que a sociedade, de forma solidária e até para sua própria segurança e bem-estar, encontre e dê respostas a estas situações de fragilidade social ampliadas pelo fenómeno do desemprego e do crescente empobrecimento dos portugueses.
Haverá beneficiários do RSI que resultam da imigração de cidadãos de outras paragens, mas se a sua situação for legal estarão em pé de igualdade com os naturais, e se foram bons para serem contratados como mão-de-obra barata em tempo de vacas gordas, não é justo descriminá-los agora, ainda para mais sendo Portugal um país de emigrantes. Os baixos salários e a elevada carga fiscal, que continua crescendo e de que maneira, abrem caminho e são um convite à economia paralela, que é alimentada tanto por prestadores de serviços como pelos seus receptores, mas, mais uma vez, é mais fácil culpar os desgraçados que lutam pela sobrevivência em detrimento de quem beneficia dessa ilegalidade. As regras de atribuição do RSI parecem-me claras e justas, a fiscalização das infrações compete à Segurança Social, se por alguma razão não é suficientemente eficaz e não deteta situações de incumprimento, que, insisto, serão excecionais e não generalizadas, então o problema é da fiscalização e não dos beneficiários.
Eu sou um utópico, mas é o sonho que comanda a vida! Acredito na solidariedade mesmo no nosso tipo de sociedade e ela até é real e em alguns aspetos estão mesmo definidos como regras. Elas efetivamente suavizam os problemas sociais advindos das politicas dos governos que tem fustigado o nosso país. Sem essas almofadas, muita gente estaria na completa miséria, na mendicidade. A minha utopia, não vai ao ponto de acreditar que estejam identificados os problemas que nos trouxeram até aqui e muito menos que o "ajustamento" em curso resolva alguma coisa, antes pelo contrário. Todas as medidas e a sua implementação, nomeadamente as execuções orçamentas e previsões tem falhado e se revelado inatingíveis.
Não me incomoda particularmente nem tenho inveja destes cidadãos “beneficiários”, incomoda-me muito mais e estou certo que pesa também muito mais no bolso dos contribuintes, o financiamento de outras situações como a teimosia de Passos Coelho na receita da Troika, o BPN, as PPP’s e as reformas e subvenções milionárias autoatribuídas por detentores de cargos políticos e de administração, que se cruzam e revezam de forma promíscua e altamente delapidadora do erário público.
Para concluir, os dados estatísticos oficiais revelam que 40% dos beneficiários tem menos de 18 anos, 65 % são do sexo feminino e 60% não são população ativa, que a prestação média individual é de +/- 90€ e por família de 230€, quando o valor estabelecido como limiar da pobreza é de 360€ e o orçamento do RSI representa 2,5% do orçamento da Segurança Social.
Recuso-me a embarcar na onda “populista” ou falsamente moralista de transformar vítimas em culpados, de aceitar que “vivemos acima das nossas possibilidades”, de aceitar que os desafortunados, os “coitados”, os indigentes e os párias da sociedade sejam os responsáveis pela deterioração das relações sociais entre cumpridores e inconsequentes e, em concreto, pela degradação dos salários e pensões dos contribuintes da segurança social. Enquanto nos digladiamos por migalhas, colocando trabalhadores contra subsídio-desempregados, contribuintes da segurança social contra beneficiários do RSI e agora até utentes do SNS contra doentes com baixa médica, os poderosos vão tocando a sua vidinha sem grandes sobressaltos.
É verdade que o RSI, ao contrário do subsídio de desemprego, é uma prestação não contributiva, pelo que pode ter um entendimento mais assistencialista, mas trata-se apenas dum mecanismo que visa fazer uma descriminação positiva e garantir o mínimo de condições económicas a indivíduos que se encontram em situação muito precária, abaixo do limiar da pobreza, que tem de ser provada e que só é concedido mediante contrato de inserção. É verdade que existem exceções, parasitismos e abusos que tem de ser minimizados e combatidos, mas isso não impede que a sociedade, de forma solidária e até para sua própria segurança e bem-estar, encontre e dê respostas a estas situações de fragilidade social ampliadas pelo fenómeno do desemprego e do crescente empobrecimento dos portugueses.
Haverá beneficiários do RSI que resultam da imigração de cidadãos de outras paragens, mas se a sua situação for legal estarão em pé de igualdade com os naturais, e se foram bons para serem contratados como mão-de-obra barata em tempo de vacas gordas, não é justo descriminá-los agora, ainda para mais sendo Portugal um país de emigrantes. Os baixos salários e a elevada carga fiscal, que continua crescendo e de que maneira, abrem caminho e são um convite à economia paralela, que é alimentada tanto por prestadores de serviços como pelos seus receptores, mas, mais uma vez, é mais fácil culpar os desgraçados que lutam pela sobrevivência em detrimento de quem beneficia dessa ilegalidade. As regras de atribuição do RSI parecem-me claras e justas, a fiscalização das infrações compete à Segurança Social, se por alguma razão não é suficientemente eficaz e não deteta situações de incumprimento, que, insisto, serão excecionais e não generalizadas, então o problema é da fiscalização e não dos beneficiários.
Eu sou um utópico, mas é o sonho que comanda a vida! Acredito na solidariedade mesmo no nosso tipo de sociedade e ela até é real e em alguns aspetos estão mesmo definidos como regras. Elas efetivamente suavizam os problemas sociais advindos das politicas dos governos que tem fustigado o nosso país. Sem essas almofadas, muita gente estaria na completa miséria, na mendicidade. A minha utopia, não vai ao ponto de acreditar que estejam identificados os problemas que nos trouxeram até aqui e muito menos que o "ajustamento" em curso resolva alguma coisa, antes pelo contrário. Todas as medidas e a sua implementação, nomeadamente as execuções orçamentas e previsões tem falhado e se revelado inatingíveis.
Não me incomoda particularmente nem tenho inveja destes cidadãos “beneficiários”, incomoda-me muito mais e estou certo que pesa também muito mais no bolso dos contribuintes, o financiamento de outras situações como a teimosia de Passos Coelho na receita da Troika, o BPN, as PPP’s e as reformas e subvenções milionárias autoatribuídas por detentores de cargos políticos e de administração, que se cruzam e revezam de forma promíscua e altamente delapidadora do erário público.
Para concluir, os dados estatísticos oficiais revelam que 40% dos beneficiários tem menos de 18 anos, 65 % são do sexo feminino e 60% não são população ativa, que a prestação média individual é de +/- 90€ e por família de 230€, quando o valor estabelecido como limiar da pobreza é de 360€ e o orçamento do RSI representa 2,5% do orçamento da Segurança Social.
domingo, outubro 14, 2012
O voto é uma arma, um direito ou um dever?
No nosso sistema é um direito, que é um dever cívico e uma
arma sem direito a licença de uso. Direito porque foi conquistado, tornando-se
um dever cívico de direito e uma arma que tens o direito de usar, até para
virar contra ti.
Votar em branco é não querer se comprometer, abster-se ou
votar nulo é não querer nenhuma das opções, já escolher uma delas é
compartilhar as propostas, ideias e ideais que te fazem e tornar-se seu
cúmplice, votar na simples alternância, sem que isso tenha uma alternativa
associada, é usar a arma para dar tiros de pólvora seca.
Ninguém deve votar por pressão, medo ou cobardia (atenção
que cobardia é a mãe do medo), pode-se tentar escolher o menos pior, mas
lembrem-se sempre que o voto é a legitimação do eleito, que, na democracia representativa,
se apropria dos teus direitos e te aponta a arma do cumprimento dos deveres
que, do alto do seu pedestal, te resolve impor.
Votar bem, consciente e com coragem de romper com o “status
quo”, vale a pena se isso implicar, não uma alternância, mas uma alternativa
credível de ganhos de garantias e direitos. Eu vou votar, mas como diz o outro
“se eleições resolvessem alguma coisa, eram proibidas”. Alternância para mim é
muito pouco, tenho de fazer também um vigoroso protesto. Assim, sei que não me
sai o tiro pela culatra.
segunda-feira, outubro 08, 2012
sexta-feira, setembro 28, 2012
18 Meses de Passos Coelho, a TSU e o défice…
Baixar a TSU 4% para
as empresas... Não é
oportuno!
Em vez disso trabalhar
mais ½ hora por dia... Não
resolve!
Então vamos acabar
com 2 feriados civis e 2 religiosos... Não chega!
Corta os subsídios
aos funcionários públicos e reformados… É inconstitucional!
O trabalhador paga
mais 7% de TSU no lugar do patrão... NÃO!, grita toda a gente.
PÁRA TUDO…
Baralha e começa de novo…
PÁRA TUDO…
Baralha e começa de novo…
QUE SE LIXEM AS EMPRESAS!
Agora temos é que
cumprir o DÉFICE!
Aumentar o IRS 7% ou tirar um subsídio a toda a gente, CLARO!
Aumentar o IRS 7% ou tirar um subsídio a toda a gente, CLARO!
E já que estamos com a mão na massa aumentamos os impostos todos.
quarta-feira, setembro 26, 2012
Seja em Portugal, Espanha ou Grécia
A polícia é treinada física e
psicologicamente para defender a “ordem estabelecida” e responder
repressivamente contra quem se revolte. O grau de violência da repressão é
sempre considerado adequado pelas autoridades, desde que cumpra o objectivo de
garantir a segurança e as políticas do poder instituído e mantenha o povo
amedrontado e submisso. Os episódios de violência policial, não são esporádicos
nem simples excessos de zelo, fazem parte da estratégia autoritária dos
governos.
Se assistimos a cenas de policiais, equipados e
armados até aos dentes, a desancar em manifestantes indefesos é porque foram
mandados, não passam de marionetas instrumentalizadas, apesar de acharem que
são umas “autoridades”. Quem puxa os cordelinhos é o governo e a cadeia de comando.
segunda-feira, setembro 03, 2012
Falta de trabalho? Ou falta de visão?
Vivemos hoje uma realidade completamente distinta e
desligada dos conceitos e dos paradigmas em que se baseava a Revolução
Industrial. Apesar disso, continuam sendo dadas as mesmas respostas para os
novos problemas com que a sociedade se defronta, insistindo nos mesmos sistemas
políticos e modelos económicos, que nunca vão resolver problemas como o
desemprego, a justiça social e as desigualdades. Já entrámos noutro modelo de
sociedade mas as pessoas continuam a guiar-se por valores e padrões do modelo
de sociedade anterior. Eu dou vários exemplos, os Bancos ainda há 30 anos
tinham 30 ou 40 funcionários em cada agência. Para efectuarem o mesmo trabalho
hoje necessitam de 3 ou 4 pessoas. Outro exemplo, qualquer grande obra, uma
doca ou uma estrada, empregavam centenas de pessoas. Hoje para fazerem o mesmo
trabalho, basta meia dúzia de máquinas, cada qual com um único operador. Mas as
pessoas continuam a reclamar por trabalho, ou melhor por emprego, não sabendo
que essa sociedade não vai mais existir (a não ser que voltássemos para trás,
destruído toda a tecnologia). O emprego vai ser cada vez mais escasso e
portanto, tem de se olhar para as problemáticas que colocam a nova sociedade e
o grande problema não vai ser, o que produzir e como produzir, mas sim como organizar
o trabalho, como garantir produções sustentáveis e como dividir a riqueza
criada. Ora tudo isto obriga a uma revolução de mentalidades que as pessoas não
estão preparadas, nem os políticos do mundo inteiro estão interessados em falar
destes assuntos às pessoas (é mais fácil inventar crises, abrir falências,
manter elevados níveis de desemprego e enterrar a cabeça na areia). Eu estou
preparado para aceitar essa nova sociedade que nem sei como se irá chamar, mas
será uma sociedade de certeza mais fraterna, solidária e respeitadora da
natureza humana.
quinta-feira, agosto 16, 2012
Eu estou de acordo com Onofre Varela
… O fenómeno religioso, embora me interesse culturalmente,
nunca constituiu matéria de extrema importância para a minha vida. Não é daí
que eu tiro o meu sustento, apesar de me sentir bem lendo, pensando e
escrevendo sobre o tema, e sempre fui muito passivo perante as religiões e as
opiniões dos religiosos. Só me afirmei ateu, convicta e conscientemente, quanto
já contava mais de 40 anos de idade. Mantenho-me tolerante, mas, às vezes
(muito raramente), “salta-me a tampa”! Não sou santo e já não tenho idade nem
paciência para aturar insolentes.
Hoje, perante o facto de um licenciado (médico, por exemplo)
encarar o conceito de Deus com a mesma religiosidade demonstrada por um
servente de pedreiro analfabeto, continuo a interrogar-me: Será que o
licenciado não aprendeu nada, ou o analfabeto sabe muito?!…
Na verdade, crença e conhecimento (crer e saber) são
matérias que não cabem no mesmo saco. São como água e azeite. Não se misturam
nem têm índole semelhante. São, até, antagónicas, como o são os polos
magnéticos. Repelem-se. Mas a primeira pode encontrar-se em cabeças recheadas
com a segunda… quando se bebe da taça religiosa até ao fim, em catequeses e
missas, na meninice!
Espanto-me com a recusa, ou incapacidade, que esse indivíduo
intelectualmente superior tem, de apartar o mito do real! Acaba por fazer uma
salada com ingredientes que não ligam! O resultado dessa experiência culinária, só pode ser…uma estupidificante diarreia mental!…
… Obviamente (porque, realmente, não sou antropólogo, e não
obstante a minha tolerância) não me coíbo de criticar costumes da Igreja, e de
seitas religiosas que nascem como cogumelos em estrumeira para explorarem o
sentido religioso dos mais despossuídos de tudo: de dinheiro, de sentido
crítico, de qualidade de pensamento e de vida… e do resto.
Exploração que confirma o facto de Deus ser a pior invenção
do Homem, porque tem, na subtil clonação das mentes, um dos aproveitamentos
mais maldosos das religiões, criando “batalhões” que se servem de Deus para
explorarem, chularem, sugarem e vigarizarem os crentes, que são, sempre, as
vítimas culturalmente mais indefesas…
E isso devia constituir crime.
Onofre Varela
terça-feira, julho 24, 2012
Começa com o baptismo e vai por aí fora...
O maior crime lesa-consciência perpetrado sobre crianças
pela humanidade é da responsabilidade das religiões e das famílias. Tudo por
TEMOR, é a cultura do medo e da cobardia que tanto jeito dá aos poderosos.
domingo, julho 22, 2012
sábado, julho 07, 2012
E agora?
O TC declarou inconstitucional o corte dos subsídios.
O Governo vai fazer o que sempre tem feito, aumentar e alargar a incidência dos impostos sobre o rendimento do trabalho, o consumo e a pequena propriedade. É o mais fácil e tem um efeito imediato, mas, como a realidade mostra, é um erro de palmatória, pois tem um efeito completamente destruidor da economia, do emprego e do estado social. No lugar de devolver os subsídios aos funcionários públicos vai alargar o confisco à generalidade dos trabalhadores.
Não precisa ser economista para perceber que a receita fiscal só cresce se for alargada a BASE de incidência dos impostos, ou seja sobre melhores salários, sobre um consumo sustentado que faça funcionar a economia e sobre uma propriedade que não corra o risco de ser penhorada por falta de pagamento. Esta solução é viável se o estado apontar baterias para os verdadeiros detentores da riqueza e corrigir os contratos milionários cozinhados por governantes que saltam para os conselhos de administração e destes para o Governo, uma autentica promiscuidade que atinge também o poder judicial que é constituído por indicação partidária.
Não é à toa que nos vão entretendo com novelas do tipo Sócrates e Relvas, que criam situações de colocar desempregados contra beneficiários do RSI e funcionários públicos contra trabalhadores da iniciativa privada. Enquanto nos travamos de razões, eles vão-nos limpando o sebo.
O Governo e a classe que representa sabem muito bem salvar os seus interesses, ora criando legislação que os protege, ora isentando de imposto os seus rendimentos prediais e de capital ou ainda fazendo negócios milionários entre si, de tal modo armadilhados que se revelam impossíveis de denunciar.
Vivemos num regime em que são os pobres e os trabalhadores que sustentam os mais ricos. E não serve de nada esperar por eleições para alterar a situação, os que entram são iguais aos que saem. Isto está transformado numa República das Bananas e só se resolve com uma limpeza geral.
Não precisa ser economista para perceber que a receita fiscal só cresce se for alargada a BASE de incidência dos impostos, ou seja sobre melhores salários, sobre um consumo sustentado que faça funcionar a economia e sobre uma propriedade que não corra o risco de ser penhorada por falta de pagamento. Esta solução é viável se o estado apontar baterias para os verdadeiros detentores da riqueza e corrigir os contratos milionários cozinhados por governantes que saltam para os conselhos de administração e destes para o Governo, uma autentica promiscuidade que atinge também o poder judicial que é constituído por indicação partidária.
Não é à toa que nos vão entretendo com novelas do tipo Sócrates e Relvas, que criam situações de colocar desempregados contra beneficiários do RSI e funcionários públicos contra trabalhadores da iniciativa privada. Enquanto nos travamos de razões, eles vão-nos limpando o sebo.
O Governo e a classe que representa sabem muito bem salvar os seus interesses, ora criando legislação que os protege, ora isentando de imposto os seus rendimentos prediais e de capital ou ainda fazendo negócios milionários entre si, de tal modo armadilhados que se revelam impossíveis de denunciar.
Vivemos num regime em que são os pobres e os trabalhadores que sustentam os mais ricos. E não serve de nada esperar por eleições para alterar a situação, os que entram são iguais aos que saem. Isto está transformado numa República das Bananas e só se resolve com uma limpeza geral.
quinta-feira, julho 05, 2012
sábado, junho 16, 2012
O trabalho não protege as pessoas da pobreza
O
trabalho deixou de constituir uma protecção contra a pobreza, tendo-se
transformado num mecanismo de aprofundamento das desigualdades sociais". A
prova disto, sustenta o sociólogo Agostinho Rodrigues Silvestre, é que 12% dos
trabalhadores portugueses viviam abaixo do limiar de pobreza em 2010.
"O desemprego em Portugal cresceu de uma forma consistente entre 2000 e 2010, ou seja, numa década passou de 4% para 11% e o que a crise veio fazer foi apenas agudizar essa tendência", observa. "O que isto nos mostra é que o modo como as sociedades se organizaram a partir da revolução industrial, mas sobretudo a partir da II Guerra Mundial - em que o trabalho se consolidou como princípio organizador da vida individual e colectiva e foi proclamado como referência identitária e medida das permutas sociais - vai ter que sofrer uma profunda transformação".
Dito
doutro modo, a subsistência dos indivíduos terá que ser desligada do trabalho.
"O próprio sistema de protecção social está muito ligado à posição que o
indivíduo ocupa no sistema produtivo e a ideia que tem vindo a ganhar
consistência, nalguns movimentos intelectuais e nalgumas linhas de
investigação, é que esta lógica terá que ser substituída por aquilo a que se
tem chamado rendimento médio de cidadania, a atribuir a cada cidadão
independentemente da posição que este ocupa no sistema produtivo".
De
onde viria o dinheiro? "Por via de uma reformulação total do sistema de
Segurança Social, isto é, pela canalização dos recursos afectos a abonos de
família, reformas, etecetera, para esse rendimento médio. É uma ideia polémica,
mas há cálculos que demonstram que 80% do que se gasta hoje com essa
proliferação de apoios chegariam para pagar a todos os cidadãos com mais de 18
anos esse rendimento médio, cujo valor teria que ser discutido, não ao nível de
Portugal ou Espanha, mas de toda a Europa e até do mundo ocidental",
admite o sociólogo.
Considera
que, independentemente do que vier a seguir, o que o Estado não pode, numa
altura em que a precariedade laboral se generalizou, é continuar a atirar o
ónus do desemprego para as costas dos cidadãos: "O Estado põe no indivíduo
a responsabilidade de procurar emprego, o que, numa altura em que o trabalho
entrou em desordem mas continua a habitar a ordem social, pode significar forçar
os cidadãos a procurar uma coisa que não existe".
quinta-feira, maio 24, 2012
Por que razão, os partidos capitalistas conseguem a maioria nas sondagens?!
Depois de dez anos de políticas de austeridade e anti-laborais, particularmente agravadas pelos dois últimos governos PS e agora PSD/CDS/UE/FMI, com o desemprego real a atingir 1300000 pessoas, com tendência para continuar a aumentar segundo as declarações do próprio governo capitalista, com todas as consequências sociais que daí derivam, as últimas sondagens divulgadas continuam a dar a estes partidos capitalistas uma maioria confortável.
Pelas mesmas políticas reacionárias o povo grego penalizou e colocou estes partidos em minoria nas últimas eleições, como resultado e efeito prático que a radicalização que implementou à sua luta contra as medidas de austeridade e anti-laborais e contra o pagamento da crise económica capitalista.
Por que razão o mesmo não sucede em Portugal? Será porque o movimento laboral e popular está na disposição de se sujeitar a mais medidas de austeridade e a mais sacrifícios sociais em prol dos interesses da burguesia financeira e capitalista e como tal inteiramente responsável por esta situação?
Ou esta situação está diretamente relacionada com as políticas de conciliação e colaboração levadas a cabo durante anos pelas estruturas sindicais, no qual o último "acordo" promovido entre a UG"T" e Governo é bem significativo?
Se em Portugal, a exemplo da Grécia houvesse um amplo esclarecimento sobre a gravidade e as consequências que esta crise económica acarreta para os trabalhadores e para os mais pobres e se, se mobilizasse e radicalizasse as formas de luta, contra a política reacionária de recuperação capitalista, em vez de se defender a "renegociação" da dívida, com o objectivo claro não de a combater, mas de suavizar as medidas de austeridade e a agudização dos conflitos sociais, ou apelar-se ao "aumento da produção" que na prática implica um maior grau de exploração sobre os trabalhadores e ajudar a burguesia a sair da crise em que está atolada, como o fazem os partidos ditos de “esquerda”, a CGTP e a UG"T", posições essas que não diferem daquilo que o PS/PSD/CDS defendem, será que o povo português, particularmente os trabalhadores não tinham uma atitude diferente e mais combativa face a estes partidos e à ofensiva capitalista?
As lutas GANHAM-SE LUTANDO, não levando ao colo quem nos suga o sangue!
daqui
As lutas GANHAM-SE LUTANDO, não levando ao colo quem nos suga o sangue!
daqui
sexta-feira, maio 11, 2012
A Democracia e o seu arremedo
Quando as pessoas dizem ou pensam que vivem em democracia,
quando dizem que em ditadura é que as manifestações são proibidas e reprimidas
e somente lamentam os acontecimentos ou se indignam com o governo sem
entenderem o seu real significado quando protestam e levam cargas policiais. Elas
não sabem, não entendem ou esqueceram, que o poder está nas mãos de uma classe
e que ela oprime as restantes. Que não há, mas nunca, neste quadro social,
qualquer tipo de liberdade ou de democracia, são só concessões temporárias. Dai
a sua ingenuidade política, pelo facto de ainda não terem entendido isto.
A política e a democracia são muito mais do que se possa
imaginar. Não existe democracia alguma na nossa sociedade. Nem há uma
perspectiva de mudança, ou uma oportunidade para melhorar a sociedade ou as
condições de vida das pessoas só porque existem partidos e eleições, ou porque
nos deixam falar, ou porque nos permitem a "liberdade" de nos
manifestarmos, isso não é e nem significa democracia.
Tudo isso é uma fachada. O essencial está salvaguardado e
enquanto o estiver, ou seja, o poder nas mãos da classe dominante, o jogo vai-se
jogando. Mas este “jogo” está viciado à partida, porque eles, a classe
dominante, neste jogo do monopólio, do Carnaval Eleitoral e “democrático”,
estão com a "banca", a policia e as forças armadas nas suas mãos e
subvertem o jogo, quando eles entenderem e sempre que o entendam.
Toda a governação, todo o governo feito mandante de todos,
defende apenas e somente o mais importante, os privilégios de classe, a
manutenção do poder nas mãos do capitalismo. Por isso é normal esta atuação.
Não a vermos assim é sermos ingénuos demais.
Entenda-se que democracia e legalidade não é podermos
manifestar-nos, isso é um direito, direito que foi conquistado. Ainda que a classe
dominante diga respeitar a "legalidade" manifestação, isso é uma
falsidade. Ela apenas concede, por enquanto, esta aparente liberdade e aparente
legalidade, que mais deve ser um direito, de nos manifestarmos, porque ainda
não tem a força e o total da opinião pública da parte dela, apesar de intensas campanhas de estupidificação nas TVs. No dia que a tenha
tudo muda de figura. Deixa de haver legalidade, ou direitos, ou o que quer que
seja de espécie alguma. O que temos é uma determinada conjectura, o que vivemos
é um quadro conjectural temporário.
Em última análise, a história dar-nos-á a vitória, porque
não se pode contrariar a roda da história. A missão do inimigo é fazer com que
ela ande o menos rápida possível. A nossa missão é fazer o contrário. Podemos
perder esta batalha não a vitória final do avanço da história. A luta pela DEMOCRACIA
efetiva ainda só agora começou! A luta, pode
ser bem mais dura e mais prolongada. Deixem-se de ilusões e de ingenuidades!
terça-feira, maio 01, 2012
quarta-feira, abril 25, 2012
domingo, abril 15, 2012
Lei do mercado... Quanto vale o ser humano?
As leis do mercado nada têm a ver com as leis das justiça.
"O que manda é a lei da oferta/procura, a lei do
mercado, cada um pode sempre pedir o preço que quiser por um bem seu, há sempre
quem compre..., tudo é relativo e rege-se por comparações dentro dos mesmos
mercados.., não é uma questão de justiça, não há aqui justiça".
E agora, o desemprego?! O que é? O que somos?
O trabalho, as pessoas, como "instrumentos" de
tal, cada vez valem menos.
Há pouca procura para nos "adquirirem", somos
muitos e oferecidos, e há muita procura para adquirir um posto de trabalho, ou
seja, "valemos pouco" e há pouca oferta de postos de trabalho, logo
valem muito, já se paga para trabalhar, até, e os "preços" ainda vão
subir... Ah, pois é...
É a lei da oferta e da procura, no mercado de emprego, claro
que nada disto é por acaso e temos cada vez mais gente no planeta (sim, porque
cá, até nisso somos miseráveis). O mercado manda e estamos todos
desvalorizados. Somos bens, produtos, não somos precisos, estamos "a
mais" (creio que alguém nos mandou já emigrar, mas não foi ainda para o
espaço, pois não?)
Ter um emprego hoje vale tudo ou não vale nada, depende da
perspectiva. É o "ter ou não ter", é o ter "tudo" hoje e
amanhã poder ter "nada". Não há segurança, estabilidade, alegria,
tempo para essa saúde. Há stress, frustrações, desespero, fome, angústias,
tristezas...
Mas quem tem ainda a ilusão que há justiça nos mercados e
que isto não é tudo um mercado (GLOBAL)? Será a China o novo paradigma a seguir
em termos de mercado?
Ainda somos humanos?
Estamos ou não estamos governados pela mais soberba
psicopatia?!
Aqui não há meios-termos, ou se manda a casa abaixo ou se
regula os mercados!
sexta-feira, abril 06, 2012
Afinal o que é a Pascoa?
- Ora, Páscoa é…. bem… é uma festa religiosa!
- Igual ao Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de
Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Maria, vem cá!
- Sim?
- Explica a esta criança o que é ressurreição para eu poder
ler o meu jornal descansado.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter
morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido
crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendido?
- Mais ou menos… Mãe, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me diga uma coisa destas! Coelho!
Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que este menino foi batizado! Jorge,
este menino não pode crescer assim, sem ir à missa pelo menos aos domingos. Até
parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensaste se ele diz uma
asneira destas na escola? Deus me perdoe! Amanhã vou matricular esta criança na
catequese!
- Mãe, mas o Pai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Vai estudar isso
na catequese. É a Trindade: Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Fátima?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que na Trindade fica o Espírito Santo?
- Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu
filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mãe
entende muito bem, para falar a verdade nem ninguém, nem quem inventou esta
asneira a compreende. Mas se perguntar à catecista ela explica muito bem!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- (gritando) Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Pai
Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.
- O coelho põe ovos?
- Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!
- Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor, ou então peru.
- Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? Que dia
que ele morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- ??????? Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que
ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou TRÊS dias depois, no sábado de
aleluia.
- Um dia depois, portanto!
- (gritando) Não, filho! Três dias!
- Então morreu na quarta-feira.
- Não! Morreu na sexta-feira santa. Ou terá sido na
quarta-feira de cinzas?
Ah, miúdo, já me confundiste! Morreu na sexta-feira e
ressuscitou no sábado, três dias depois!
- Como!?!? Como!?!? Olha é como os subsídios de férias e
natal suspensos por 2 anos, de 2011 até 2015.
- Pai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Não sei, mas tenho um palpite de que o nome dele tinha no
apelido Coelho. Só assim faz sentido esta coisa do Coelho da Páscoa fazer
desaparecer as reformas antecipadas, qual passe de mágica.
sexta-feira, março 30, 2012
Pela greve selvagem, não a fretes ao Governo!
Neste mundo em crise constata-se diariamente que partidos e
sindicatos pretendem converter-nos em escravos dos banqueiros, dos empresários
e do Estado....
A "GREVE - ESPETÁCULO" DAS NOSSAS MISÉRIAS
Uma greve e um "passeio" convocados por quem vive
à custa de nos representar não mudará nada. E entretanto as empresas e os
bancos multiplicam os seus benefícios enquanto nós ficamos cada vez mais
depauperados...
O "passeio" foi polvilhado de
"acidentes" que alimentam o imaginário "infantilóide" de
quem ainda acredita no pai natal.
Os "gorilas" Sindicais esmurram os jovens precários
que lhes cheiram o cú...mas todos ficam contentes, esmurram-se uns aos
outros...válvula de escape do sistema!
Tal como nos campos de futebol...insultam-se,
"matam-se" uns aos outros...para os media se alimentarem destas
bagatelas e, balanço feito, quem se lembra ainda dos motivos que temos para uma
revolta generalizada?
Os infiltrados! as cargas policiais! as declarações nojentas
de "indignados" que afirmam que são bons cidadãos, não são terroristas,
pois claro!
A polícia exagerou só um pouquinho, enganaram-se, não era
neles que deveriam "cascar" foi um erro policial...nada de pôr em
causa a própria existência da polícia, das prisões, do sistema, desta merda
toda!
A liberdade????
Pois...a liberdade. Que liberdade?....????
GREVES SELVAGENS
As greves têm de voltar a ser a arma dos trabalhadores que
já foram, indefinidas e selvagens. Mas principalmente teremos de nos tornar
SELVAGENS. Porque só através da auto-gestão, no trabalho, no bairro, etc.,
poderemos nos organizar para mudar as coisas, sem mediadores, sem
representantes, pela ação direta!
SEM MEDOS E SEM AMOS
daqui
daqui
domingo, março 18, 2012
Falando “espiritês”
“Depois
da vida” é um programa da TVI, que saiu em digressão pelo País, agora aparece à
venda em CD e já é transmitido há algum tempo. Nunca vi nada tão estúpido e a
sua audiência só pode estar relacionada com o nosso nível cultural.
A
nossa televisão é perita em manter as pessoas na ignorância, no preconceito, na
superstição, em manter o espírito de obediência que caracteriza o nosso povo; é
lamentável que as pessoas se deixem enganar tão facilmente, mas isso tem uma
explicação. A razão nunca poderá competir com a emoção e não nos esqueçamos que
tudo o que diz respeito a preconceitos, crendices, superstições é adquirido
cedo na vida, logo, sustenta a personalidade. Parece-me ser o caso das pessoas
que acreditam neste tipo de “milagres”.
Não há
outra justificação para a falta de questionamento que os adeptos deste tipo de
programas parecem ter. A mim, por exemplo, mesmo passando por cima de todas as
falsidades da charlatã Janette Parker – pergunto-me será que “do outro lado” depois
de “bater a caçoleta” se fica a saber todas as línguas e comunicam com a dita
senhora em inglês ou será que falam com ela em português e ela só para dar
trabalho à tradutora fala em inglês? Talvez a autoproclamada médium contacte em
algum tipo de linguagem espiritual acessível só aos espíritos mais elevados? Isto
dos conhecimentos linguísticos dos espíritos realmente dá que pensar. Não me
parece que a explicação seja que uma vez no Paraíso todos os espíritos aprendem
todas as línguas existentes, acho que a teoria é que a própria linguagem que
usam por lá é espiritual, uma espécie de “espiritês” ou “espertês” para
comunicar com a TVI.
quinta-feira, março 15, 2012
Um paradoxo agravado - i online
Segundo vários indicadores, os preceitos da religião
tradicional são irrelevantes para a maioria da população. Nos casamentos, a
cerimónia religiosa é escolha minoritária. Os jovens casais, frequentemente,
nem se casam (duas em cinco crianças nascem de pais solteiros). O divórcio
banalizou-se. A frequência da missa diminui. Nas escolas, os alunos fogem da
Religião e Moral depois da puberdade.
E no entanto, talvez por não terem interiorizado que a
sociedade se secularizou (e muito), os governos (de «direita» e de «esquerda»)
tratam a Igreja Católica como se representasse ainda uma fracção preponderante
do país. Recentemente, assistiu-se ao ridículo de o governo da República
«negociar» com essa igreja o fim de feriados civis (algo a que a Concordata nem
obriga). Essa mesma igreja mantém os seus privilégios imunes à «austeridade»,
agravando o paradoxo da secularização sem laicização.
O fim da devolução do IVA, da isenção de pagamento de IMI (falamos do maior proprietário privado nacional) ou dos subsídios autárquicos à construção e manutenção de templos faria mais pela redução do défice que algumas medidas, socialmente gravosas, que estão a ser tomadas. Ao contrário de um mito urbano persistente, a «assistência social» atribuída à Igreja Católicanão seria afectada: essas são outras contas.
http://www.ionline.pt/opiniao/paradoxo-agravado
http://www.ionline.pt/opiniao/paradoxo-agravado
quinta-feira, março 08, 2012
E mais não digo!
Este vídeo, no que se refere à dívida, é uma lição de economia.
Depois de o ver ficamos a saber para que servem os sacrifícios!
A parte essencial está entre os 5 e 30 minutos.
A parte essencial está entre os 5 e 30 minutos.
quarta-feira, março 07, 2012
sexta-feira, março 02, 2012
Não é à toa que querem riscar o 1º de Dezembro do calendário
Sabem quem é Mariano Monti (agora à frente do governo italiano)?
Sabem quem é Mario Draghi (actual presidente do Banco Central Europeu)?
Sabem o que é Goldman Sachs?
Goldman Sachs: é um dos maiores bancos de investimento mundial e co-responsável directo, com outras entidades (como a agência de notação financeira Moody?s), pela actual crise e um dos seus maiores beneficiários. Como exemplo, em 2007,a G.S. ganhou 4 bilhões de dólares em transacções que resultaram directamente do actual desastre da economia do EUA. O EUA ainda não recuperaram das percas infligidas pelo sector especulativo e financeiro dos EUA.
Papademos: actual primeiro-ministro grego na sequência da demissão de Papandreou. Atenção não foi eleito pelo povo.
- Ex-governador do Federal Reserve Bank de Boston, entre 1993 e 1994
- Vice-Presidente do Banco Central Europeu 2002-2010.
- Membro da Comissão Trilateral desde 1998, lobby neo-liberal fundado por Rockefeller, (dedicam-se a comprar políticos em troca de
subornos).
- Ex-Governador do Banco Central da Grécia entre 1994 e 2002. Falseou as contas do défice público do país com o apoio activo da Goldman Sachs, o que levou, em grande parte à actual crise no país.
Mariano Monti: actual primeiro-ministro da Itália após a renúncia de Berlusconi. Atenção não foi eleito pelo povo.
- O ex-director europeu da Comissão Trilateral mencionada acima.
- Ex-membro da equipe directiva do grupo Bilderberg.
- Conselheiro do Goldman Sachs durante o período em que esta ajudou a esconder o défice orçamental grego.
Mario Draghi: actual presidente do Banco Central Europeu para substituir Jean-Claude Trichet.
- O ex-director executivo do Banco Mundial entre 1985 e 1990.
- Vice-Presidente para a Europa do Goldman Sachs de 2002 a 2006, período durante o qual ocorreu o falseamento acima mencionado.
Vejam tantas pessoas que trabalhavam para o Goldman Sachs ....
Bem, que coincidência, todos do lado do Goldman Sachs. Aqueles que criaram a crise são agora apresentados como a única opção viável para sair dela, no que a imprensa americana está começando a chamar de "O governo da Goldman Sachs na Europa."
Como é que eles fizeram?
Eu explico:
Encorajaram Investidores a investir em produtos secundários que sabiam ser " lixo ", ao mesmo tempo dedicaram-se a apostar em bolsa o seu fracasso. Isto é apenas a ponta do iceberg, e está bem documentado, podem investigar. Agora enquanto lêem este e-mail estão
esperando na base da especulação sobre a dívida soberana italiana e seguidamente será a espanhola.
Tende-se a querer-nos fazer pensar que a crise foi uma espécie de deslizamento, mas a realidade sugere que por trás dela há uma vontade perfeitamente orquestrada de tomar o poder directo no nosso continente, num movimento sem precedentes na Europa do século XXI.
A estratégia dos grandes bancos de investimento e agências de rating é uma variante de outras realizadas anteriormente noutros continentes, tem vindo a desenvolver-se desde o início da crise e é, do meu ponto de vista, como se segue:
1. Afundar o país mediante especulação na bolsa de valores / mercado.
Pomo-los loucos com medo do que dirão os mercados, que nós controlamos dia a dia.
2. Forçá-los a pedir dinheiro emprestado para, manter o Status-Quo ou simplesmente salvá-los da Banca Rota. Estes empréstimos são rigorosamente calculados para que os países não os possam pagar, como é o caso da Grécia que não poderia cobrir a sua dívida, mesmo que o governo vendesse todo o país, e não é metáfora, é matemática, aritmética.
3. Exigimos cortes sociais e privatizações, à custa dos cidadãos, sob a ameaça de que se os governos não as levam a cabo, os investidores irão retirar-se por medo de não serem capazes de recuperar o dinheiro investido na dívida desses países e noutros investimentos.
4. Cria-se um alto nível de descontentamento social, adequado para que o povo, já ouvido, aceite qualquer coisa para sair da situação.
5. Colocamos os nossos homens, onde mais nos convenha.
Se acham que é ficção científica, informem-se: estas estratégias estão bem documentadas e têm sido usadas com diferentes variações ao longo do século XX e XXI noutros países, nomeadamente na América Latina pelos Estados Unidos, quando se dedicavam, e continuam a dedicar-se na medida do possível, a asfixiar economicamente mediante a dívida externa por exemplo a países da América Central, criando instabilidade e descontentamento social usando isso para colocar no poder os líderes "simpáticos" aos seus interesses. Portanto nada disto tem a ver com o EURO. O EURO é uma moeda Forte, porque os investidores vêm ai carne para desossar, se não houvesse o Euro o ataque acontecia na mesma, só que se calhar os primeiros a cair não seriam os PIGS, mas a própria Alemanha, a Inglaterra etc. Não são o Governo dos EUA, que deferem estes golpes, mas sim pela indústria financeira internacional, principalmente sediada em Wall Street(New York) e na City (Londres), é que, o que está acontecendo sob o olhar impotente e / ou cúmplice dos
nossos governos é o maior assalto de sempre na história da humanidade à escala global, são autênticos golpes de estado e violações
flagrantes da soberania dos Estados e seus povos.
É fácil divulgar isto na internet.
Se nos estão comendo vivos ... As pessoas precisam saber.
Estamos a sofrer uma anexação pela via financeira, e esta é a realidade
Por: Carlos Galveias
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
O CÚMULO DA HIPOCRISIA
Estão contra os efeitos do "Memorando da Troika",
mas a favor da sua aplicação.
sábado, fevereiro 18, 2012
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
A 1ª coisa é quebrar o enguiço...
O trabalho, segundo a “Fé na Religião” (que por acaso está
sempre do lado do Poder), não é uma escolha do livre-arbítrio humano, mas sim
um castigo divino.
O trabalho é, realmente, a fonte de quase todos os
sofrimentos do mundo. É a principal causa direta de morte dos trabalhadores,
morre-se a caminho do trabalho e no regresso, morre-se no trabalho e com doença
profissional. Indiretamente, o desemprego, o stress e a exploração aumentam o
sofrimento e fazem subir o número de mortes.
A maior parte do trabalho é inútil ou pior, serve para
produzir, indefinidamente, necessidades e a sua satisfação.
O trabalho, o capital e o estado policial são os
instrumentos, que os capitalistas usam para criar e se apropriar da riqueza
enquanto perpétuam a pobreza dos trabalhadores.
O trabalho humilha, ridiculariza e escraviza.
Só o ócio criativo quebra o enguiço da religião, acaba com a
exploração e é gerador de satisfação, prazer e liberdade.
terça-feira, janeiro 31, 2012
ACTA é o fim da INTERNET LIVRE
É a hora de levantar bem alto a bandeira da luta pela
INTERNET LIVRE. Os poderosos e seus governos querem manter-nos na ignorância e
afastados. Temem a força do conhecimento e da unidade. A Primavera Árabe
assustou-os.
Portugal em conjunto com a UE assinou, dia 26/01/2012 no
Japão a ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Agreement) , uma lei que põe em risco a
Internet como hoje conhecemos. Depois dos protestos online de há uns dias
contra a SOPA e a PIPA, a assinatura do ACTA é o sinal de que a democracia está
a ser contornada para impor políticas que afectam a liberdade de comunicação e
inovação a nível mundial.
sábado, janeiro 28, 2012
A VIOLÊNCIA DAS LEIS
Muitas DEMOCRACIAS (representativas) foram criadas de modo a fazer com que
as pessoas acreditassem que todas as leis estabelecidas atendiam a desejos
expressos pelo Povo. Mas a verdade é que as leis não foram feitas para atender a
vontade da maioria, mas sim a VONTADE DAQUELES QUE DETÊM O PODER, democracia é só no dia do sufrágio, as leis são feitas depois. Portanto elas
serão sempre, e em toda a parte, aquelas que MAIS VANTAGENS POSSAM TRAZER À
CLASSE DOMINANTE E AOS PODEROSOS.
Em toda a parte e sempre, as leis são uma forma de exigir que determinadas regras, do interesse do legislador, sejam cumpridas e de obrigar a generalidades das pessoas a cumpri-las e ISSO SÓ PODE SER OBTIDO COM PANCADAS, PERDA DA LIBERDADE E COM A MORTE.
Se as leis existem, é necessário que haja uma força capaz de obrigar as pessoas a respeitá-las. E só há uma força capaz de fazer com que alguns seres se submetam à vontade de outros e esta força é o ESTADO, a VIOLÊNCIA ORGANIZADA em POLÍCIAS e EXÉRCITOS, usada por aqueles que têm o poder nas mãos para fazer com que os outros obedeçam à sua vontade.
Em toda a parte e sempre, as leis são uma forma de exigir que determinadas regras, do interesse do legislador, sejam cumpridas e de obrigar a generalidades das pessoas a cumpri-las e ISSO SÓ PODE SER OBTIDO COM PANCADAS, PERDA DA LIBERDADE E COM A MORTE.
Se as leis existem, é necessário que haja uma força capaz de obrigar as pessoas a respeitá-las. E só há uma força capaz de fazer com que alguns seres se submetam à vontade de outros e esta força é o ESTADO, a VIOLÊNCIA ORGANIZADA em POLÍCIAS e EXÉRCITOS, usada por aqueles que têm o poder nas mãos para fazer com que os outros obedeçam à sua vontade.
quinta-feira, janeiro 05, 2012
QUESTIONANDO "O TRABALHO"
O trabalho é uma explicação muito melhor para a crescente
cretinização que nos cerca do que até mesmo mecanismos claramente
imbecilizadores como a televisão e a educação. Pessoas que são arregimentadas
por toda a vida, entregues ao trabalho pela escola e delimitadas pela família
no início e pelo asilo no fim, estão acostumadas à hierarquia e escravizadas
psicologicamente. A preparação para a obediência no trabalho contamina as
famílias que elas criam, gerando assim outras formas de reprodução do sistema, e
contamina igualmente a política, a cultura e tudo o mais, quando se drena a
vitalidade das pessoas no trabalho, elas ficam predispostas a se submeter à
hierarquia e à especialização em tudo. Estão educadas para isso.
Sócrates (o outro) dizia que trabalhadores braçais são maus
amigos e maus cidadãos porque não tem tempo de cumprir as responsabilidades da
amizade e da cidadania. Ele tinha razão. Por causa do trabalho, não importa o
que estejamos fazendo, estamos sempre olhando para o relógio. O tempo livre é dedicado
principalmente a se preparar para o trabalho. Cícero disse que "quem troca
a sua força de trabalho por dinheiro vende-se e coloca-se na classe dos
escravos".
O que se disse até agora não deveria causar controvérsias.
Muitos trabalhadores estão fartos do trabalho. Há índices altos e crescentes de
faltas, rotatividade, baixas fraudulentas, greves e absentismo no trabalho. E,
no entanto, a sensação que prevalece, universal entre chefes e seus agentes e
também difundida entre os próprios trabalhadores, é que o trabalho é inevitável
e necessário.
Podemos discordar. É possível abolir o trabalho e
substituí-lo, nos casos em que ele tem finalidades úteis, por uma variedade de
novos tipos de actividades livres. Abolir o trabalho requer atacá-lo em duas
frentes, a quantitativa e a qualitativa. Por um lado, o lado quantitativo,
precisamos cortar de forma maciça a quantidade de trabalho que está sendo
feito. Actualmente, a maior parte do trabalho é inútil ou coisa pior, e
deveríamos simplesmente acabar com ela. Por outro lado - e acho que essa é a
parte crucial e a novidade revolucionária -, precisamos pegar no trabalho que
permanece útil e transformá-lo numa variedade de passatempos lúdicos e
artesanais, indistinguíveis de outros passatempos prazeirosos excepto pelo
facto de que resultam em produtos finais úteis. Certamente isso não os deveria
tornar menos atraentes. Aí, todas as barreiras artificiais do poder e da
propriedade poderiam cair. A criação poderia tornar-se recreação. E todos
poderíamos parar de sentir medo uns dos outros.
De: A Abolição do Trabalho - Bob Black
De: A Abolição do Trabalho - Bob Black
quarta-feira, janeiro 04, 2012
domingo, janeiro 01, 2012
Ano Novo --> Vida Nova!
A TODOS desejo que resistam e sobrevivam às ameaças do Ano
Novo. Que tenham muita Saúde, Inconformismo e Sabedoria para enfrentar e
ultrapassar as dificuldades, que doravante se adivinham!
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