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sábado, junho 16, 2012

O trabalho não protege as pessoas da pobreza



O trabalho deixou de constituir uma protecção contra a pobreza, tendo-se transformado num mecanismo de aprofundamento das desigualdades sociais". A prova disto, sustenta o sociólogo Agostinho Rodrigues Silvestre, é que 12% dos trabalhadores portugueses viviam abaixo do limiar de pobreza em 2010.

"O desemprego em Portugal cresceu de uma forma consistente entre 2000 e 2010, ou seja, numa década passou de 4% para 11% e o que a crise veio fazer foi apenas agudizar essa tendência", observa. "O que isto nos mostra é que o modo como as sociedades se organizaram a partir da revolução industrial, mas sobretudo a partir da II Guerra Mundial - em que o trabalho se consolidou como princípio organizador da vida individual e colectiva e foi proclamado como referência identitária e medida das permutas sociais - vai ter que sofrer uma profunda transformação".

Dito doutro modo, a subsistência dos indivíduos terá que ser desligada do trabalho. "O próprio sistema de protecção social está muito ligado à posição que o indivíduo ocupa no sistema produtivo e a ideia que tem vindo a ganhar consistência, nalguns movimentos intelectuais e nalgumas linhas de investigação, é que esta lógica terá que ser substituída por aquilo a que se tem chamado rendimento médio de cidadania, a atribuir a cada cidadão independentemente da posição que este ocupa no sistema produtivo".

De onde viria o dinheiro? "Por via de uma reformulação total do sistema de Segurança Social, isto é, pela canalização dos recursos afectos a abonos de família, reformas, etecetera, para esse rendimento médio. É uma ideia polémica, mas há cálculos que demonstram que 80% do que se gasta hoje com essa proliferação de apoios chegariam para pagar a todos os cidadãos com mais de 18 anos esse rendimento médio, cujo valor teria que ser discutido, não ao nível de Portugal ou Espanha, mas de toda a Europa e até do mundo ocidental", admite o sociólogo.

Considera que, independentemente do que vier a seguir, o que o Estado não pode, numa altura em que a precariedade laboral se generalizou, é continuar a atirar o ónus do desemprego para as costas dos cidadãos: "O Estado põe no indivíduo a responsabilidade de procurar emprego, o que, numa altura em que o trabalho entrou em desordem mas continua a habitar a ordem social, pode significar forçar os cidadãos a procurar uma coisa que não existe".

quinta-feira, maio 24, 2012

Por que razão, os partidos capitalistas conseguem a maioria nas sondagens?!

Depois de dez anos de políticas de austeridade e anti-laborais, particularmente agravadas pelos dois últimos governos PS e agora PSD/CDS/UE/FMI, com o desemprego real a atingir 1300000 pessoas, com tendência para continuar a aumentar segundo as declarações do próprio governo capitalista, com todas as consequências sociais que daí derivam, as últimas sondagens divulgadas continuam a dar a estes partidos capitalistas uma maioria confortável.

Pelas mesmas políticas reacionárias o povo grego penalizou e colocou estes partidos em minoria nas últimas eleições, como resultado e efeito prático que a radicalização que implementou à sua luta contra as medidas de austeridade e anti-laborais e contra o pagamento da crise económica capitalista.
Por que razão o mesmo não sucede em Portugal? Será porque o movimento laboral e popular está na disposição de se sujeitar a mais medidas de austeridade e a mais sacrifícios sociais em prol dos interesses da burguesia financeira e capitalista e como tal inteiramente responsável por esta situação?
Ou esta situação está diretamente relacionada com as políticas de conciliação e colaboração levadas a cabo durante anos pelas estruturas sindicais, no qual o último "acordo" promovido entre a UG"T" e Governo é bem significativo?

Se em Portugal, a exemplo da Grécia houvesse um amplo esclarecimento sobre a gravidade e as consequências que esta crise económica acarreta para os trabalhadores e para os mais pobres e se, se mobilizasse e radicalizasse as formas de luta, contra a política reacionária de recuperação capitalista, em vez de se defender a "renegociação" da dívida, com o objectivo claro não de a combater, mas de suavizar as medidas de austeridade e a agudização dos conflitos sociais, ou apelar-se ao "aumento da produção" que na prática implica um maior grau de exploração sobre os trabalhadores e ajudar a burguesia a sair da crise em que está atolada, como o fazem os partidos ditos de “esquerda”, a CGTP e a UG"T", posições essas que não diferem daquilo que o PS/PSD/CDS defendem, será que o povo português, particularmente os trabalhadores não tinham uma atitude diferente e mais combativa face a estes partidos e à ofensiva capitalista?
As lutas GANHAM-SE LUTANDO, não levando ao colo quem nos suga o sangue!
daqui

sexta-feira, maio 11, 2012

A Democracia e o seu arremedo

Quando as pessoas dizem ou pensam que vivem em democracia, quando dizem que em ditadura é que as manifestações são proibidas e reprimidas e somente lamentam os acontecimentos ou se indignam com o governo sem entenderem o seu real significado quando protestam e levam cargas policiais. Elas não sabem, não entendem ou esqueceram, que o poder está nas mãos de uma classe e que ela oprime as restantes. Que não há, mas nunca, neste quadro social, qualquer tipo de liberdade ou de democracia, são só concessões temporárias. Dai a sua ingenuidade política, pelo facto de ainda não terem entendido isto.
A política e a democracia são muito mais do que se possa imaginar. Não existe democracia alguma na nossa sociedade. Nem há uma perspectiva de mudança, ou uma oportunidade para melhorar a sociedade ou as condições de vida das pessoas só porque existem partidos e eleições, ou porque nos deixam falar, ou porque nos permitem a "liberdade" de nos manifestarmos, isso não é e nem significa democracia.
Tudo isso é uma fachada. O essencial está salvaguardado e enquanto o estiver, ou seja, o poder nas mãos da classe dominante, o jogo vai-se jogando. Mas este “jogo” está viciado à partida, porque eles, a classe dominante, neste jogo do monopólio, do Carnaval Eleitoral e “democrático”, estão com a "banca", a policia e as forças armadas nas suas mãos e subvertem o jogo, quando eles entenderem e sempre que o entendam.
Toda a governação, todo o governo feito mandante de todos, defende apenas e somente o mais importante, os privilégios de classe, a manutenção do poder nas mãos do capitalismo. Por isso é normal esta atuação. Não a vermos assim é sermos ingénuos demais.
Entenda-se que democracia e legalidade não é podermos manifestar-nos, isso é um direito, direito que foi conquistado. Ainda que a classe dominante diga respeitar a "legalidade" manifestação, isso é uma falsidade. Ela apenas concede, por enquanto, esta aparente liberdade e aparente legalidade, que mais deve ser um direito, de nos manifestarmos, porque ainda não tem a força e o total da opinião pública da parte dela, apesar de intensas campanhas de estupidificação nas TVs. No dia que a tenha tudo muda de figura. Deixa de haver legalidade, ou direitos, ou o que quer que seja de espécie alguma. O que temos é uma determinada conjectura, o que vivemos é um quadro conjectural temporário.
Em última análise, a história dar-nos-á a vitória, porque não se pode contrariar a roda da história. A missão do inimigo é fazer com que ela ande o menos rápida possível. A nossa missão é fazer o contrário. Podemos perder esta batalha não a vitória final do avanço da história. A luta pela DEMOCRACIA efetiva ainda só agora começou! A luta,  pode ser bem mais dura e mais prolongada. Deixem-se de ilusões e de ingenuidades!

domingo, abril 15, 2012

Lei do mercado... Quanto vale o ser humano?


As leis do mercado nada têm a ver com as leis das justiça.
"O que manda é a lei da oferta/procura, a lei do mercado, cada um pode sempre pedir o preço que quiser por um bem seu, há sempre quem compre..., tudo é relativo e rege-se por comparações dentro dos mesmos mercados.., não é uma questão de justiça, não há aqui justiça".

E agora, o desemprego?! O que é? O que somos?
O trabalho, as pessoas, como "instrumentos" de tal, cada vez valem menos.
Há pouca procura para nos "adquirirem", somos muitos e oferecidos, e há muita procura para adquirir um posto de trabalho, ou seja, "valemos pouco" e há pouca oferta de postos de trabalho, logo valem muito, já se paga para trabalhar, até, e os "preços" ainda vão subir... Ah, pois é...
É a lei da oferta e da procura, no mercado de emprego, claro que nada disto é por acaso e temos cada vez mais gente no planeta (sim, porque cá, até nisso somos miseráveis). O mercado manda e estamos todos desvalorizados. Somos bens, produtos, não somos precisos, estamos "a mais" (creio que alguém nos mandou já emigrar, mas não foi ainda para o espaço, pois não?)
Ter um emprego hoje vale tudo ou não vale nada, depende da perspectiva. É o "ter ou não ter", é o ter "tudo" hoje e amanhã poder ter "nada". Não há segurança, estabilidade, alegria, tempo para essa saúde. Há stress, frustrações, desespero, fome, angústias, tristezas...

Mas quem tem ainda a ilusão que há justiça nos mercados e que isto não é tudo um mercado (GLOBAL)? Será a China o novo paradigma a seguir em termos de mercado?
Ainda somos humanos?
Estamos ou não estamos governados pela mais soberba psicopatia?!
Aqui não há meios-termos, ou se manda a casa abaixo ou se regula os mercados!

sexta-feira, abril 06, 2012

Afinal o que é a Pascoa?

- Ora, Páscoa é…. bem… é uma festa religiosa!
- Igual ao Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Maria, vem cá!
- Sim?
- Explica a esta criança o que é ressurreição para eu poder ler o meu jornal descansado.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendido?
- Mais ou menos… Mãe, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me diga uma coisa destas! Coelho! Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que este menino foi batizado! Jorge, este menino não pode crescer assim, sem ir à missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensaste se ele diz uma asneira destas na escola? Deus me perdoe! Amanhã vou matricular esta criança na catequese!
- Mãe, mas o Pai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Vai estudar isso na catequese. É a Trindade: Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Fátima?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que na Trindade fica o Espírito Santo?
- Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mãe entende muito bem, para falar a verdade nem ninguém, nem quem inventou esta asneira a compreende. Mas se perguntar à catecista ela explica muito bem!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- (gritando) Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Pai Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.
- O coelho põe ovos?
- Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!
- Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor, ou então peru.
- Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? Que dia que ele morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- ??????? Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou TRÊS dias depois, no sábado de aleluia.
- Um dia depois, portanto!
- (gritando) Não, filho! Três dias!
- Então morreu na quarta-feira.
- Não! Morreu na sexta-feira santa. Ou terá sido na quarta-feira de cinzas?
Ah, miúdo, já me confundiste! Morreu na sexta-feira e ressuscitou no sábado, três dias depois!
- Como!?!? Como!?!? Olha é como os subsídios de férias e natal suspensos por 2 anos, de 2011 até 2015.
- Pai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Não sei, mas tenho um palpite de que o nome dele tinha no apelido Coelho. Só assim faz sentido esta coisa do Coelho da Páscoa fazer desaparecer as reformas antecipadas, qual passe de mágica.

sexta-feira, março 30, 2012

Pela greve selvagem, não a fretes ao Governo!

Neste mundo em crise constata-se diariamente que partidos e sindicatos pretendem converter-nos em escravos dos banqueiros, dos empresários e do Estado....
A "GREVE - ESPETÁCULO" DAS NOSSAS MISÉRIAS
Uma greve e um "passeio" convocados por quem vive à custa de nos representar não mudará nada. E entretanto as empresas e os bancos multiplicam os seus benefícios enquanto nós ficamos cada vez mais depauperados...
O "passeio" foi polvilhado de "acidentes" que alimentam o imaginário "infantilóide" de quem ainda acredita no pai natal.
Os "gorilas" Sindicais esmurram os jovens precários que lhes cheiram o cú...mas todos ficam contentes, esmurram-se uns aos outros...válvula de escape do sistema!
Tal como nos campos de futebol...insultam-se, "matam-se" uns aos outros...para os media se alimentarem destas bagatelas e, balanço feito, quem se lembra ainda dos motivos que temos para uma revolta generalizada?
Os infiltrados! as cargas policiais! as declarações nojentas de "indignados" que afirmam que são bons cidadãos, não são terroristas, pois claro!
A polícia exagerou só um pouquinho, enganaram-se, não era neles que deveriam "cascar" foi um erro policial...nada de pôr em causa a própria existência da polícia, das prisões, do sistema, desta merda toda!
A liberdade????
Pois...a liberdade. Que liberdade?....????

GREVES SELVAGENS
As greves têm de voltar a ser a arma dos trabalhadores que já foram, indefinidas e selvagens. Mas principalmente teremos de nos tornar SELVAGENS. Porque só através da auto-gestão, no trabalho, no bairro, etc., poderemos nos organizar para mudar as coisas, sem mediadores, sem representantes, pela ação direta!
SEM MEDOS E SEM AMOS
daqui

domingo, março 18, 2012

Falando “espiritês”

“Depois da vida” é um programa da TVI, que saiu em digressão pelo País, agora aparece à venda em CD e já é transmitido há algum tempo. Nunca vi nada tão estúpido e a sua audiência só pode estar relacionada com o nosso nível cultural.
A nossa televisão é perita em manter as pessoas na ignorância, no preconceito, na superstição, em manter o espírito de obediência que caracteriza o nosso povo; é lamentável que as pessoas se deixem enganar tão facilmente, mas isso tem uma explicação. A razão nunca poderá competir com a emoção e não nos esqueçamos que tudo o que diz respeito a preconceitos, crendices, superstições é adquirido cedo na vida, logo, sustenta a personalidade. Parece-me ser o caso das pessoas que acreditam neste tipo de “milagres”.
Não há outra justificação para a falta de questionamento que os adeptos deste tipo de programas parecem ter. A mim, por exemplo, mesmo passando por cima de todas as falsidades da charlatã Janette Parker – pergunto-me será que “do outro lado” depois de “bater a caçoleta” se fica a saber todas as línguas e comunicam com a dita senhora em inglês ou será que falam com ela em português e ela só para dar trabalho à tradutora fala em inglês? Talvez a autoproclamada médium contacte em algum tipo de linguagem espiritual acessível só aos espíritos mais elevados? Isto dos conhecimentos linguísticos dos espíritos realmente dá que pensar. Não me parece que a explicação seja que uma vez no Paraíso todos os espíritos aprendem todas as línguas existentes, acho que a teoria é que a própria linguagem que usam por lá é espiritual, uma espécie de “espiritês” ou “espertês” para comunicar com a TVI.

quinta-feira, março 15, 2012

Um paradoxo agravado - i online

Portugal mantém, desde o 25 de Abril, um paradoxo.

Segundo vários indicadores, os preceitos da religião tradicional são irrelevantes para a maioria da população. Nos casamentos, a cerimónia religiosa é escolha minoritária. Os jovens casais, frequentemente, nem se casam (duas em cinco crianças nascem de pais solteiros). O divórcio banalizou-se. A frequência da missa diminui. Nas escolas, os alunos fogem da Religião e Moral depois da puberdade.

E no entanto, talvez por não terem interiorizado que a sociedade se secularizou (e muito), os governos (de «direita» e de «esquerda») tratam a Igreja Católica como se representasse ainda uma fracção preponderante do país. Recentemente, assistiu-se ao ridículo de o governo da República «negociar» com essa igreja o fim de feriados civis (algo a que a Concordata nem obriga). Essa mesma igreja mantém os seus privilégios imunes à «austeridade», agravando o paradoxo da secularização sem laicização.

O fim da devolução do IVA, da isenção de pagamento de IMI (falamos do maior proprietário privado nacional) ou dos subsídios autárquicos à construção e manutenção de templos faria mais pela redução do défice que algumas medidas, socialmente gravosas, que estão a ser tomadas. Ao contrário de um mito urbano persistente, a «assistência social» atribuída à Igreja Católicanão seria afectada: essas são outras contas.
http://www.ionline.pt/opiniao/paradoxo-agravado

quinta-feira, março 08, 2012

E mais não digo!

Este vídeo, no que se refere à dívida, é uma lição de economia. Depois de o ver ficamos a saber para que servem os sacrifícios!
 A parte essencial está entre os 5 e 30 minutos.

sexta-feira, março 02, 2012

Não é à toa que querem riscar o 1º de Dezembro do calendário


Sabem quem é Papademos Lucas (actual líder grego após a renúncia de Papandreou)
Sabem quem é Mariano Monti (agora à frente do governo italiano)?
Sabem quem é Mario Draghi (actual presidente do Banco Central Europeu)?
Sabem o que é Goldman Sachs?

Goldman Sachs: é um dos maiores bancos de investimento mundial e co-responsável directo, com outras entidades (como a agência de notação financeira Moody?s), pela actual crise e um dos seus maiores beneficiários. Como exemplo, em 2007,a G.S. ganhou 4 bilhões de dólares em transacções que resultaram directamente do actual desastre da economia do EUA. O EUA ainda não recuperaram das percas infligidas pelo sector especulativo e financeiro dos EUA.

Papademos: actual primeiro-ministro grego na sequência da demissão de Papandreou. Atenção não foi eleito pelo povo.
- Ex-governador do Federal Reserve Bank de Boston, entre 1993 e 1994
- Vice-Presidente do Banco Central Europeu 2002-2010.
- Membro da Comissão Trilateral desde 1998, lobby neo-liberal fundado por Rockefeller, (dedicam-se a comprar políticos em troca de
subornos).
- Ex-Governador do Banco Central da Grécia entre 1994 e 2002. Falseou as contas do défice público do país com o apoio activo da Goldman Sachs, o que levou, em grande parte à actual crise no país.

Mariano Monti: actual primeiro-ministro da Itália após a renúncia de Berlusconi. Atenção não foi eleito pelo povo.
- O ex-director europeu da Comissão Trilateral mencionada acima.
- Ex-membro da equipe directiva do grupo Bilderberg.
- Conselheiro do Goldman Sachs durante o período em que esta ajudou a esconder o défice orçamental grego.

Mario Draghi: actual presidente do Banco Central Europeu para substituir Jean-Claude Trichet.
- O ex-director executivo do Banco Mundial entre 1985 e 1990.
- Vice-Presidente para a Europa do Goldman Sachs de 2002 a 2006, período durante o qual ocorreu o falseamento acima mencionado.

Vejam tantas pessoas que trabalhavam para o Goldman Sachs ....
Bem, que coincidência, todos do lado do Goldman Sachs. Aqueles que criaram a crise são agora apresentados como a única opção viável para sair dela, no que a imprensa americana está começando a chamar de "O governo da Goldman Sachs na Europa."
Como é que eles fizeram?
Eu explico:

Encorajaram Investidores a investir em produtos secundários que sabiam ser " lixo ", ao mesmo tempo dedicaram-se a apostar em bolsa o seu fracasso. Isto é apenas a ponta do iceberg, e está bem documentado, podem investigar. Agora enquanto lêem este e-mail estão
esperando na base da especulação sobre a dívida soberana italiana e seguidamente será a espanhola.

Tende-se a querer-nos fazer pensar que a crise foi uma espécie de deslizamento, mas a realidade sugere que por trás dela há uma vontade perfeitamente orquestrada de tomar o poder directo no nosso continente, num movimento sem precedentes na Europa do século XXI.

A estratégia dos grandes bancos de investimento e agências de rating é uma variante de outras realizadas anteriormente noutros continentes, tem vindo a desenvolver-se desde o início da crise e é, do meu ponto de vista, como se segue:

1. Afundar o país mediante especulação na bolsa de valores / mercado.
Pomo-los loucos com medo do que dirão os mercados, que nós controlamos dia a dia.

2. Forçá-los a pedir dinheiro emprestado para, manter o Status-Quo ou simplesmente salvá-los da Banca Rota. Estes empréstimos são rigorosamente calculados para que os países não os possam pagar, como é o caso da Grécia que não poderia cobrir a sua dívida, mesmo que o governo vendesse todo o país, e não é metáfora, é matemática, aritmética.

3. Exigimos cortes sociais e privatizações, à custa dos cidadãos, sob a ameaça de que se os governos não as levam a cabo, os investidores irão retirar-se por medo de não serem capazes de recuperar o dinheiro investido na dívida desses países e noutros investimentos.

4. Cria-se um alto nível de descontentamento social, adequado para que o povo, já ouvido, aceite qualquer coisa para sair da situação.

5. Colocamos os nossos homens, onde mais nos convenha.

Se acham que é ficção científica, informem-se: estas estratégias estão bem documentadas e têm sido usadas com diferentes variações ao longo do século XX e XXI noutros países, nomeadamente na América Latina pelos Estados Unidos, quando se dedicavam, e continuam a dedicar-se na medida do possível, a asfixiar economicamente mediante a dívida externa por exemplo a países da América Central, criando instabilidade e descontentamento social usando isso para colocar no poder os líderes "simpáticos" aos seus interesses. Portanto nada disto tem a ver com o EURO. O EURO é uma moeda Forte, porque os investidores vêm ai carne para desossar, se não houvesse o Euro o ataque acontecia na mesma, só que se calhar os primeiros a cair não seriam os PIGS, mas a própria Alemanha, a Inglaterra etc. Não são o Governo dos EUA, que deferem estes golpes, mas sim pela indústria financeira internacional, principalmente sediada em Wall Street(New York) e na City (Londres), é que, o que está acontecendo sob o olhar impotente e / ou cúmplice dos
nossos governos é o maior assalto de sempre na história da humanidade à escala global, são autênticos golpes de estado e violações
flagrantes da soberania dos Estados e seus povos.

É fácil divulgar isto na internet.
Se nos estão comendo vivos ... As pessoas precisam saber.

Estamos a sofrer uma anexação pela via financeira, e esta é a realidade

Por: Carlos Galveias

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

O CÚMULO DA HIPOCRISIA

Estão contra os efeitos do "Memorando da Troika", mas a favor da sua aplicação.
Oh Povo! Que talhas com o teu machado as tábuas do teu caixão, abre os olhos!

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

A 1ª coisa é quebrar o enguiço...

 De acordo com a visão religiosa ocidental, ao perderem o paraíso, Adão e Eva são condenados pela divindade a um terrível destino: o sofrimento do trabalho. (Gen, 3:17-9)
O trabalho, segundo a “Fé na Religião” (que por acaso está sempre do lado do Poder), não é uma escolha do livre-arbítrio humano, mas sim um castigo divino.
O trabalho é, realmente, a fonte de quase todos os sofrimentos do mundo. É a principal causa direta de morte dos trabalhadores, morre-se a caminho do trabalho e no regresso, morre-se no trabalho e com doença profissional. Indiretamente, o desemprego, o stress e a exploração aumentam o sofrimento e fazem subir o número de mortes.
A maior parte do trabalho é inútil ou pior, serve para produzir, indefinidamente, necessidades e a sua satisfação.
O trabalho, o capital e o estado policial são os instrumentos, que os capitalistas usam para criar e se apropriar da riqueza enquanto perpétuam a pobreza dos trabalhadores.
O trabalho humilha, ridiculariza e escraviza.
Só o ócio criativo quebra o enguiço da religião, acaba com a exploração e é gerador de satisfação, prazer e liberdade.

terça-feira, janeiro 31, 2012

ACTA é o fim da INTERNET LIVRE

É a hora de levantar bem alto a bandeira da luta pela INTERNET LIVRE. Os poderosos e seus governos querem manter-nos na ignorância e afastados. Temem a força do conhecimento e da unidade. A Primavera Árabe assustou-os.
Portugal em conjunto com a UE assinou, dia 26/01/2012 no Japão a ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Agreement) , uma lei que põe em risco a Internet como hoje conhecemos. Depois dos protestos online de há uns dias contra a SOPA e a PIPA, a assinatura do ACTA é o sinal de que a democracia está a ser contornada para impor políticas que afectam a liberdade de comunicação e inovação a nível mundial.

sábado, janeiro 28, 2012

A VIOLÊNCIA DAS LEIS

Muitas DEMOCRACIAS (representativas) foram criadas de modo a fazer com que as pessoas acreditassem que todas as leis estabelecidas atendiam a desejos expressos pelo Povo. Mas a verdade é que as leis não foram feitas para atender a vontade da maioria, mas sim a VONTADE DAQUELES QUE DETÊM O PODER, democracia é só no dia do sufrágio, as leis são feitas depois. Portanto elas serão sempre, e em toda a parte, aquelas que MAIS VANTAGENS POSSAM TRAZER À CLASSE DOMINANTE E AOS PODEROSOS.
Em toda a parte e sempre, as leis são uma forma de exigir que determinadas regras, do interesse do legislador, sejam cumpridas e de obrigar a generalidades das pessoas a cumpri-las e ISSO SÓ PODE SER OBTIDO COM PANCADAS, PERDA DA LIBERDADE E COM A MORTE. 
Se as leis existem, é necessário que haja uma força capaz de obrigar as pessoas a respeitá-las. E só há uma força capaz de fazer com que alguns seres se submetam à vontade de outros e esta força é o ESTADO, a VIOLÊNCIA ORGANIZADA em POLÍCIAS e EXÉRCITOS, usada por aqueles que têm o poder nas mãos para fazer com que os outros obedeçam à sua vontade.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

QUESTIONANDO "O TRABALHO"

Pode dizer-se: és o que fazes. Se fazes um trabalho bruto, chato, idiota ou monótono..., DESPERTA!
O trabalho é uma explicação muito melhor para a crescente cretinização que nos cerca do que até mesmo mecanismos claramente imbecilizadores como a televisão e a educação. Pessoas que são arregimentadas por toda a vida, entregues ao trabalho pela escola e delimitadas pela família no início e pelo asilo no fim, estão acostumadas à hierarquia e escravizadas psicologicamente. A preparação para a obediência no trabalho contamina as famílias que elas criam, gerando assim outras formas de reprodução do sistema, e contamina igualmente a política, a cultura e tudo o mais, quando se drena a vitalidade das pessoas no trabalho, elas ficam predispostas a se submeter à hierarquia e à especialização em tudo. Estão educadas para isso.
Sócrates (o outro) dizia que trabalhadores braçais são maus amigos e maus cidadãos porque não tem tempo de cumprir as responsabilidades da amizade e da cidadania. Ele tinha razão. Por causa do trabalho, não importa o que estejamos fazendo, estamos sempre olhando para o relógio. O tempo livre é dedicado principalmente a se preparar para o trabalho. Cícero disse que "quem troca a sua força de trabalho por dinheiro vende-se e coloca-se na classe dos escravos".
O que se disse até agora não deveria causar controvérsias. Muitos trabalhadores estão fartos do trabalho. Há índices altos e crescentes de faltas, rotatividade, baixas fraudulentas, greves e absentismo no trabalho. E, no entanto, a sensação que prevalece, universal entre chefes e seus agentes e também difundida entre os próprios trabalhadores, é que o trabalho é inevitável e necessário.
Podemos discordar. É possível abolir o trabalho e substituí-lo, nos casos em que ele tem finalidades úteis, por uma variedade de novos tipos de actividades livres. Abolir o trabalho requer atacá-lo em duas frentes, a quantitativa e a qualitativa. Por um lado, o lado quantitativo, precisamos cortar de forma maciça a quantidade de trabalho que está sendo feito. Actualmente, a maior parte do trabalho é inútil ou coisa pior, e deveríamos simplesmente acabar com ela. Por outro lado - e acho que essa é a parte crucial e a novidade revolucionária -, precisamos pegar no trabalho que permanece útil e transformá-lo numa variedade de passatempos lúdicos e artesanais, indistinguíveis de outros passatempos prazeirosos excepto pelo facto de que resultam em produtos finais úteis. Certamente isso não os deveria tornar menos atraentes. Aí, todas as barreiras artificiais do poder e da propriedade poderiam cair. A criação poderia tornar-se recreação. E todos poderíamos parar de sentir medo uns dos outros.
De: A Abolição do TrabalhoBob Black