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domingo, fevereiro 05, 2006

Mistura explosiva: xenofobia e fanatismo


Um jornal dinamarquês, pelo puro prazer de testar os limites da liberdade de expressão, teve a ideia completamente parva de pedir a 12 cartoonistas que fizessem cartoons com Maomé.
A história dos cartoons anti-islâmicos, agora já publicados em diversos jornais europeus, configura uma das tristes facetas da xenofobia anti-islâmica em que a Europa se está a afundar.
Os Muçulmanos revoltaram-se no mundo inteiro por o seu profeta ter sido retratado como um terrorista. Têm todo o direito à indignação, mas também, têm que respeitar que nas democracias verdadeiras, os governos não controlam o que é publicado.
Todos estão sujeitos à crítica, tal como foi publicada há uns anos uma célebre caricatura do Papa, com um preservativo no nariz, num país muito católico chamado Portugal.
Tal como o seu profeta, também os lideres religiosos e deuses das democracias ocidentais já foram criticados e caricaturados nos nossos jornais. A verdadeira democracia é assim mesmo. Nada, nem ninguém, está imune a ser criticado.
Não podemos trocar valores como “Liberdade” por xenofobia e fanatismo religioso. Os europeus não têm o direito de ofender a comunidade islâmica inteira, confundindo uma parte com o todo, mas os muçulmanos também não podem reagir fanaticamente impedindo a liberdade de expressão.
Contraponham ou calem-se.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já não sei se tudo isto não é uma encenação manipulado pela C. Social em tempos mornos com falta de escandalos e sensionalismos.