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segunda-feira, abril 30, 2007
sábado, abril 28, 2007
Cavaco não gosta de cravos
Uma das coisas que tenho visto é imensa gente que detesta o 25 de Abril muito preocupada com a falta de renovação das comemorações do 25 de Abril. E se a simbologia é importante em comemorações, gostava de ter visto Cavaco com um cravo ao peito. Não é obrigado, claro. Mas fico a imaginar que tipo de comemoração quer, em que o mais básico e consensual da simbologia da data o incomoda.
Não vejo melhor momento que as comemorações do 25 de Abril para convidar a sociedade portuguesa a debater a qualidade da democracia que se conquistou: uma democracia em que grande parte da população prescinde do direito de votar, uma democracia em que os tribunais funcionam apenas para os ricos, uma democracia em que a transparência não existe (desde a nomeação para cargos públicos à execução das leis), enfim uma democracia onde a fraca aposta na educação parece continuar a impedir os cidadãos de exigirem mais e melhor dos seus políticos e já agora dos seus jornalistas.
O 25 de Abril é um óptimo momento para convidar as pessoas a avaliar a força da democracia que se quer comemorar e já agora explicar à juventude que se não quiser participar na vida política, outros o farão por ela e com consequências para todos.
Com a revolução tecnológica, com os blogues incluídos , a esfera pública da política está ao alcance de praticamente qualquer um, o que é francamente positivo para a democracia. E que os 25 de Abril que hão-de vir, sirvam também para explicar a mais e a mais pessoas que a sua participação na vida política é essencial e que apesar do 25 de Abril ser do Povo e da rua, agora até é possível fazê-lo a partir de um simples computador pessoal.
Que Abril seja, ainda e sempre, mais do que memória e simbolismo. Antes de Cavaco. Depois de Cavaco. Sem Cavaco.
Não vejo melhor momento que as comemorações do 25 de Abril para convidar a sociedade portuguesa a debater a qualidade da democracia que se conquistou: uma democracia em que grande parte da população prescinde do direito de votar, uma democracia em que os tribunais funcionam apenas para os ricos, uma democracia em que a transparência não existe (desde a nomeação para cargos públicos à execução das leis), enfim uma democracia onde a fraca aposta na educação parece continuar a impedir os cidadãos de exigirem mais e melhor dos seus políticos e já agora dos seus jornalistas.
O 25 de Abril é um óptimo momento para convidar as pessoas a avaliar a força da democracia que se quer comemorar e já agora explicar à juventude que se não quiser participar na vida política, outros o farão por ela e com consequências para todos.
Com a revolução tecnológica, com os blogues incluídos , a esfera pública da política está ao alcance de praticamente qualquer um, o que é francamente positivo para a democracia. E que os 25 de Abril que hão-de vir, sirvam também para explicar a mais e a mais pessoas que a sua participação na vida política é essencial e que apesar do 25 de Abril ser do Povo e da rua, agora até é possível fazê-lo a partir de um simples computador pessoal.
Que Abril seja, ainda e sempre, mais do que memória e simbolismo. Antes de Cavaco. Depois de Cavaco. Sem Cavaco.
quarta-feira, abril 25, 2007
terça-feira, abril 24, 2007
25 de Abril Sempre
Muita coisa se alterou com o 25 de Abril de 1974.
Mas, a mudança não se efectuou num dia. Foi preciso tempo, empenho, coragem e sacrifícios de muitas pessoas para construir um país diferente onde Liberdade, Solidariedade e Democracia não fossem apenas palavras. Ao longo deste caminho, construíram-se partidos e associações, foi garantido o direito de expressão e realizaram-se eleições livres. Vivemos em Democracia.Terminou a guerra colonial, e as antigas colónias portuguesas tornaram-se independentes. Vivemos em paz.Os Açores e a Madeira são hoje Regiões Autónomas, com orgãos de governo próprio. A Constituição garante os direitos económicos, jurídicos e sociais dos cidadãos.Hoje, podemos falar livremente, dizer aquilo com que concordamos e o que não apoiamos, integrar associações, viver num novo Espaço Europeu e ter acesso directo ao Mundo sem receio de censura ou perseguições.
Os trabalhadores portugueses alcançaram importantes conquistas e adquiriram um valioso conjunto de direitos, até então negado, que constituem um património da nossa democracia e fundamentos do regime constitucional: a liberdade sindical e os direitos sindicais; o direito de reunião e de manifestação; o direito de greve; o direito de negociação colectiva; a constituição de comissões de trabalhadores; a institucionalização do salário mínimo; a generalização do 13º mês; o direito a um mês de férias e respectivo subsídio; a democratização do ensino; a universalização do direito à segurança social e à saúde; a generalização das pensões de reforma e do subsídio de desemprego; a participação em múltiplos órgãos e organismos do Estado.
As conquistas do 25 de Abril estão de tal modo inseridas no quotidiano que mal se dá por elas.As mulheres foram reconhecidas como cidadãs de plenos direitos: têm acesso a todas as profissões, podem votar, ter contas bancárias, possuir passaporte e sair do país sem autorização escrita dos maridos, o que antes da revolução de 1974 era impensável. Foram abolidas as certidões de bom comportamento moral e cívico e as informações da polícia necessárias a quem deseje obter certos empregos.
Temos uma democracia avançada em termos político-constitucionais, mas não temos uma sociedade avançada no plano económico e social. Continua-se a insistir num modelo de crescimento baseado na mão-de-obra barata; confrontamo-nos com um violento ataque aos sistemas públicos da segurança social, da saúde e do ensino; enfrentamos uma feroz ofensiva, conduzida principalmente pelos últimos Governos, contra os direitos dos trabalhadores; cresce o desemprego e a precariedade do trabalho.
Hoje, 33 anos depois, quando nos confrontamos ainda com tantos problemas sociais e grandes dificuldades para afirmar um desenvolvimento que nos aproxime, de forma segura, dos nossos parceiros europeus e quando estamos perante um quadro em que os melhores valores e ideais da humanidade são postos em causa pela globalização capitalista, afirmar Abril, é um objectivo que deve estar presente, todos os dias, na nossa acção.
Mas, a mudança não se efectuou num dia. Foi preciso tempo, empenho, coragem e sacrifícios de muitas pessoas para construir um país diferente onde Liberdade, Solidariedade e Democracia não fossem apenas palavras. Ao longo deste caminho, construíram-se partidos e associações, foi garantido o direito de expressão e realizaram-se eleições livres. Vivemos em Democracia.Terminou a guerra colonial, e as antigas colónias portuguesas tornaram-se independentes. Vivemos em paz.Os Açores e a Madeira são hoje Regiões Autónomas, com orgãos de governo próprio. A Constituição garante os direitos económicos, jurídicos e sociais dos cidadãos.Hoje, podemos falar livremente, dizer aquilo com que concordamos e o que não apoiamos, integrar associações, viver num novo Espaço Europeu e ter acesso directo ao Mundo sem receio de censura ou perseguições.
Os trabalhadores portugueses alcançaram importantes conquistas e adquiriram um valioso conjunto de direitos, até então negado, que constituem um património da nossa democracia e fundamentos do regime constitucional: a liberdade sindical e os direitos sindicais; o direito de reunião e de manifestação; o direito de greve; o direito de negociação colectiva; a constituição de comissões de trabalhadores; a institucionalização do salário mínimo; a generalização do 13º mês; o direito a um mês de férias e respectivo subsídio; a democratização do ensino; a universalização do direito à segurança social e à saúde; a generalização das pensões de reforma e do subsídio de desemprego; a participação em múltiplos órgãos e organismos do Estado.
As conquistas do 25 de Abril estão de tal modo inseridas no quotidiano que mal se dá por elas.As mulheres foram reconhecidas como cidadãs de plenos direitos: têm acesso a todas as profissões, podem votar, ter contas bancárias, possuir passaporte e sair do país sem autorização escrita dos maridos, o que antes da revolução de 1974 era impensável. Foram abolidas as certidões de bom comportamento moral e cívico e as informações da polícia necessárias a quem deseje obter certos empregos.
Temos uma democracia avançada em termos político-constitucionais, mas não temos uma sociedade avançada no plano económico e social. Continua-se a insistir num modelo de crescimento baseado na mão-de-obra barata; confrontamo-nos com um violento ataque aos sistemas públicos da segurança social, da saúde e do ensino; enfrentamos uma feroz ofensiva, conduzida principalmente pelos últimos Governos, contra os direitos dos trabalhadores; cresce o desemprego e a precariedade do trabalho.
Hoje, 33 anos depois, quando nos confrontamos ainda com tantos problemas sociais e grandes dificuldades para afirmar um desenvolvimento que nos aproxime, de forma segura, dos nossos parceiros europeus e quando estamos perante um quadro em que os melhores valores e ideais da humanidade são postos em causa pela globalização capitalista, afirmar Abril, é um objectivo que deve estar presente, todos os dias, na nossa acção.
Sem preconceitos nem complexos...
Apesar do percurso político, polémico, do Comandante Operacional do "25 de Abril", é impossível falar do sucesso da Revolução dos Cravos, sem reconhecer a generosidade e a bravura dos Capitães de Abril, nomeadamente de "Oscar", nome de código de Otelo Saraiva de Carvalho.
Impõe-se, nesta data, relembrar os genuinos obreiros de Abril, aqueles que, dispostos a morrer, enfrentaram as forças fieis ao regime, derrotando-as sem derramamento de sangue e ganhando o imediato apoio do Povo.
sábado, abril 21, 2007
O enterro do "Limbo"
Com a publicação do documento "A esperança de salvação para bebés que morrem sem ser batizados", a Igreja Católica acaba de eliminar o limbo – a morada das almas que, não tendo cometido pecado mortal, estão afastadas da presença de Deus – onde a tradição colocava todas as crianças que morriam sem antes haverem recebido o sacramento do baptismo. Considera agora que aquele reflectia «uma visão excessivamente restritiva da salvação». No documento acabado de publicar, a Comissão Teológica Internacional, que depende da Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Tribunal do Santo Ofício), declara-se finalmente convencida de que existem «sérias razões teológicas para crer que as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus». Resta saber se esta decisão terá efeitos retroactivos e para que servirão as instalações até agora ocupadas por aquele serviço.
Homenagem merecida
Caros amigos,
Os CTT estão a promover uma iniciativa para os 20 temas dos selos de 2008. Eu fiz uma proposta para que fosse homenageado Zeca Afonso, figura ímpar da cultura portuguesa, que trilhou, desde sempre, um percurso de coerência. Na recusa permanente do caminho mais fácil, da acomodação, no combate ao fascismo salazarento, na denúncia dos oportunistas, dos "vampiros que destroçaram Abril".
O meu apelo é para que votem nesta opção.
O link directo é: aqui há selo.
Agradeço a vossa participação e se possível enviem a mensagem para todos os vossos contactos.
Davide da Costa
Associemo-nos a esta homenagem.
Enviem esta mensagem para todos os vossos Contactos.
Os CTT estão a promover uma iniciativa para os 20 temas dos selos de 2008. Eu fiz uma proposta para que fosse homenageado Zeca Afonso, figura ímpar da cultura portuguesa, que trilhou, desde sempre, um percurso de coerência. Na recusa permanente do caminho mais fácil, da acomodação, no combate ao fascismo salazarento, na denúncia dos oportunistas, dos "vampiros que destroçaram Abril".
O meu apelo é para que votem nesta opção.
O link directo é: aqui há selo.
Agradeço a vossa participação e se possível enviem a mensagem para todos os vossos contactos.
Davide da Costa
Associemo-nos a esta homenagem.
Enviem esta mensagem para todos os vossos Contactos.
"Traz Outro Amigo Também"...
Zeca para Sempre!
domingo, abril 15, 2007
Religião e religião organizada
Eu acho que religião e religião organizada são coisas muito diferentes. A primeira é uma coisa inata - eu acho que é uma disfunção qualquer, uma desordem neurológica, mas isso é só a minha opinião - e a segunda é uma coisa muito mais perigosa: é uma organização política com uma agenda própria e onde os objectivos não podem ser, por definição, a paz na Terra, a justiça social, ou qualquer uma das outras coisas que eles apregoam.
Avivar a memória
Agora, que nos aproximamos de mais uma comemoração do 25 de Abril, e que pela degradação da vida democrática e das condições económicas, alguns começam a fazer apelos aos tempos do "rigor, disciplina, sobriedade económica, controlo de opinião, etc. e tal", a eleger Salazar como o maior português, convém lembrar a face negra da era salazarista.
Os quarenta e oito anos de ditadura fascista constituem um dos períodos mais sombrios da história de Portugal.
A ditadura fascista criou um Estado totalitário e um monstruoso aparelho policial de espionagem e repressão políticas. Que actuava em todos os sectores da vida nacional, privando o povo português dos mais elementares direitos e liberdades.
A história da ditadura é uma história de perseguições, de prisões, de torturas, de condenações, de assassinatos daqueles que ousavam defender os direitos do povo, protestar, lutar pela liberdade e por melhores condições de vida e de trabalho.
Utilizando a força coerciva do Estado, a ditadura fascista impulsionou a centralização e a concentração de capitais, a formação de grupos monopolistas. Que se tornaram donos e dirigentes de todos os sectores fundamentais da economia nacional. Acumulando grandes fortunas assentes na sobre exploração, nas privações, na miséria e na opressão do povo português e dos povos das colónias portuguesas.
A ditadura fascista impôs aos trabalhadores formas brutais de exploração. Sacrificou gerações de jovens em treze anos de guerras coloniais. Forçou centenas de milhar de portugueses à emigração. Agravou as discriminações das mulheres e dos jovens, a subalimentação de grande parte da população, o obscurantismo, o analfabetismo, a degradação moral da sociedade.
A ditadura fascista realizou uma política externa de conluio com os regimes mais reaccionários. Que se traduziu no apoio directo à sublevação fascista em Espanha, na cooperação com a Alemanha nazi e a Itália fascista. Que se manifestou nas concessões militares que levaram ao estabelecimento de bases estrangeiras no território português. Que se revelou na subserviência ante as grandes potências imperialistas e no alinhamento com a política de guerra dos seus círculos mais agressivos e reaccionários.
É tudo isto, e muito mais, que certos sectores da sociedade portuguesa procuram esconder e escamotear. Assiste-se a uma permanente e bem elaborada campanha, com vastos meios e sob diversas formas, de branqueamento do regime de Salazar e Caetano.
Pretende-se, despudoradamente, reescrever a história de Portugal no século XX. Por um lado, nega-se a própria existência de um regime fascista. Por outro, intenta-se apagar da memória a gesta da resistência antifascista. As expressões concretas deste objectivo são múltiplas e variadas.
A memória dos povos não é um peso morto das recordações do passado, nem uma crónica desapaixonada dos acontecimentos. A razão de ser da memória histórica está na extracção das lições do passado. Está na aspiração de tornar impossível o desabar de catástrofes sobre a humanidade durante muitos séculos.
Os quarenta e oito anos de ditadura fascista constituem um dos períodos mais sombrios da história de Portugal.
A ditadura fascista criou um Estado totalitário e um monstruoso aparelho policial de espionagem e repressão políticas. Que actuava em todos os sectores da vida nacional, privando o povo português dos mais elementares direitos e liberdades.
A história da ditadura é uma história de perseguições, de prisões, de torturas, de condenações, de assassinatos daqueles que ousavam defender os direitos do povo, protestar, lutar pela liberdade e por melhores condições de vida e de trabalho.
Utilizando a força coerciva do Estado, a ditadura fascista impulsionou a centralização e a concentração de capitais, a formação de grupos monopolistas. Que se tornaram donos e dirigentes de todos os sectores fundamentais da economia nacional. Acumulando grandes fortunas assentes na sobre exploração, nas privações, na miséria e na opressão do povo português e dos povos das colónias portuguesas.
A ditadura fascista impôs aos trabalhadores formas brutais de exploração. Sacrificou gerações de jovens em treze anos de guerras coloniais. Forçou centenas de milhar de portugueses à emigração. Agravou as discriminações das mulheres e dos jovens, a subalimentação de grande parte da população, o obscurantismo, o analfabetismo, a degradação moral da sociedade.
A ditadura fascista realizou uma política externa de conluio com os regimes mais reaccionários. Que se traduziu no apoio directo à sublevação fascista em Espanha, na cooperação com a Alemanha nazi e a Itália fascista. Que se manifestou nas concessões militares que levaram ao estabelecimento de bases estrangeiras no território português. Que se revelou na subserviência ante as grandes potências imperialistas e no alinhamento com a política de guerra dos seus círculos mais agressivos e reaccionários.
É tudo isto, e muito mais, que certos sectores da sociedade portuguesa procuram esconder e escamotear. Assiste-se a uma permanente e bem elaborada campanha, com vastos meios e sob diversas formas, de branqueamento do regime de Salazar e Caetano.
Pretende-se, despudoradamente, reescrever a história de Portugal no século XX. Por um lado, nega-se a própria existência de um regime fascista. Por outro, intenta-se apagar da memória a gesta da resistência antifascista. As expressões concretas deste objectivo são múltiplas e variadas.
A memória dos povos não é um peso morto das recordações do passado, nem uma crónica desapaixonada dos acontecimentos. A razão de ser da memória histórica está na extracção das lições do passado. Está na aspiração de tornar impossível o desabar de catástrofes sobre a humanidade durante muitos séculos.
terça-feira, abril 10, 2007
O Canudo, por um canudo
Independentemente de ter assistido às aulas, ter estudado e ter tido aproveitamento avaliado, a prática, que é aquilo para que serve a teoria, incluindo a de natureza académica, no caso uma prática pública, absolve os formalismos académicos associados à qualidade de licenciado em engenharia civil atribuída pela Universidade Independente a José Sócrates.
Vejamos, em contributo para o juízo do júri público acerca da forma como Sócrates tem exercido os seus mandatos como líder do PS e primeiro-ministro:
- Análise de Estruturas: Aprovado. Alguém chega a Secretário-Geral do PS sem analisar com mestria o estado e as inclinações das estruturas locais e regionais do PS?
- Betão (armado e pré-esforçado):Aprovado . Não há hipótese de haver primeiro-ministro que não seja perito em betão. No mínimo, não conseguia entender-se com a Associação Nacional de Municípios.
- Estruturas Especiais: Aprovado. Pela quantidade de assessores e ainda ter nomeado um Secretariado Geral de todas as polícias na sua dependência directa.
- Inglês Técnico: Aprovado. Por ser uma necessidade básica para a próxima presidência da UE.
- Projecto e Dissertação: Aqui vamos por partes, com uma aprovação e um chumbo clamoroso. Em “Dissertação”: distinção com louvor (basta a forma como arrasa mensalmente as oposições nos debates parlamentares). Quanto a “Projecto”, a ausência de ter lido sequer uns parcos apontamentos sobre a matéria, é gritante. Mesmo que cabulassse, nota-se à légua que não meteu pé em qualquer aula ou disso alguma vez tivesse tido vontade.
Estude “Projecto”, Engenheiro Sócrates, e dê-nos uma luzinha sobre o que quer para este país além do défice. Então, nós, bom povo português, damos-lhe o “canudo”, em forma de utilidade pública, e a chicana morre já.
Vejamos, em contributo para o juízo do júri público acerca da forma como Sócrates tem exercido os seus mandatos como líder do PS e primeiro-ministro:
- Análise de Estruturas: Aprovado. Alguém chega a Secretário-Geral do PS sem analisar com mestria o estado e as inclinações das estruturas locais e regionais do PS?
- Betão (armado e pré-esforçado):Aprovado . Não há hipótese de haver primeiro-ministro que não seja perito em betão. No mínimo, não conseguia entender-se com a Associação Nacional de Municípios.
- Estruturas Especiais: Aprovado. Pela quantidade de assessores e ainda ter nomeado um Secretariado Geral de todas as polícias na sua dependência directa.
- Inglês Técnico: Aprovado. Por ser uma necessidade básica para a próxima presidência da UE.
- Projecto e Dissertação: Aqui vamos por partes, com uma aprovação e um chumbo clamoroso. Em “Dissertação”: distinção com louvor (basta a forma como arrasa mensalmente as oposições nos debates parlamentares). Quanto a “Projecto”, a ausência de ter lido sequer uns parcos apontamentos sobre a matéria, é gritante. Mesmo que cabulassse, nota-se à légua que não meteu pé em qualquer aula ou disso alguma vez tivesse tido vontade.
Estude “Projecto”, Engenheiro Sócrates, e dê-nos uma luzinha sobre o que quer para este país além do défice. Então, nós, bom povo português, damos-lhe o “canudo”, em forma de utilidade pública, e a chicana morre já.
sábado, abril 07, 2007
Bife com batatas fritas
A patrística cristã alude à fé e ao conhecimento como duas modalidades distintas e complementares da intelectualidade cristã. Ambas são indispensáveis.
Concordo que conhecimento e fé são distintos, mas não que se complementem. O bife e as batatas fritas complementam-se. Ou a flauta e o violino, ou as calças e a camisola. A fé e o conhecimento são o gato e o rato. Ou se separam, ou há chatice. O conhecimento diz que num sistema que não troca energia com o exterior a entropia não diminui. A fé diz que há um deus que, se quiser, faz com que a entropia diminua num sistema isolado. Isto não é complementaridade. É contradição. Ou se rejeita o conhecimento acreditando que isto é possível, ou se rejeita a fé como uma hipótese refutada. Este é apenas um exemplo entre muitos. Em geral, ou se tem fé, ou se compreende. Não há complementaridade. Quem tem o bife, quer batatas, mas ninguém precisa de ter fé naquilo que já compreende...
A- Se x é impar não é divisível por 2.
B- Se blih transforma bleh em blah, blih de bleh dá blah.
C- A proposição P é verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
Rejeitamos C, pois é incoerente: a proposição P não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. Exigir coerência elimina muitos disparates. Mas não elimina todos: A e B são ambas coerentes, mas B também é disparate.
O supra-empírico defende não vê diferença entre A e B porque a diferença está na correspondência ao empírico.
Há uns anos, a propósito de uma desgraça qualquer que já não me lembro, uma jornalista na televisão perguntou a um transeunte como estava a situação. Ele respondeu que estava tudo empírico. Ela perguntou o que ele queria dizer, e ele esclareceu: «É pá, tá fodido!».
Concordo que conhecimento e fé são distintos, mas não que se complementem. O bife e as batatas fritas complementam-se. Ou a flauta e o violino, ou as calças e a camisola. A fé e o conhecimento são o gato e o rato. Ou se separam, ou há chatice. O conhecimento diz que num sistema que não troca energia com o exterior a entropia não diminui. A fé diz que há um deus que, se quiser, faz com que a entropia diminua num sistema isolado. Isto não é complementaridade. É contradição. Ou se rejeita o conhecimento acreditando que isto é possível, ou se rejeita a fé como uma hipótese refutada. Este é apenas um exemplo entre muitos. Em geral, ou se tem fé, ou se compreende. Não há complementaridade. Quem tem o bife, quer batatas, mas ninguém precisa de ter fé naquilo que já compreende...
A- Se x é impar não é divisível por 2.
B- Se blih transforma bleh em blah, blih de bleh dá blah.
C- A proposição P é verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
Rejeitamos C, pois é incoerente: a proposição P não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. Exigir coerência elimina muitos disparates. Mas não elimina todos: A e B são ambas coerentes, mas B também é disparate.
O supra-empírico defende não vê diferença entre A e B porque a diferença está na correspondência ao empírico.
Há uns anos, a propósito de uma desgraça qualquer que já não me lembro, uma jornalista na televisão perguntou a um transeunte como estava a situação. Ele respondeu que estava tudo empírico. Ela perguntou o que ele queria dizer, e ele esclareceu: «É pá, tá fodido!».
quinta-feira, abril 05, 2007
terça-feira, abril 03, 2007
domingo, abril 01, 2007
Dia das mentiras - Mentiras dia a dia
1) Advogado: - A gente ganha esse processo bem rápido.
2) Ambulante: - É garantido. Qualquer coisa, volta aqui que a gente troca.
3) Anfitrião: - Mas, já vai?! É tão cedo! Fica mais um pouco.
4) Aniversariante: - Não tem problema não trazer presente? Sua presença é o que importa.
5) Bebado: - Sei perfeitamente o que estou dizendo.
6) Casal sem filhos: - Visite-nos sempre; adoramos suas crianças.
7) Construtor: - Está quase pronto.
8) Delegado: - Tudo será apurado e os responsáveis serão punidos exemplarmente.
9) Dentista: - Fique tranquilo. Não vai doer nada.
10) Desiludida: - Nunca mais! Eu não quero mais saber de homem!
11) Devedor: - Pago amanhã, sem falta!
12) Canalizador: - O problema é muita pressão que vem da rua..
13) Filha de 17 anos: - Vou dormir na casa de uma colega..
14) Filho de 18 anos: - Volto logo. Antes das 11 estarei estou em casa.
15) Gerente de Banco: - Nossas taxas de juros são as mais baixas do mercado.
16) Inimigo do Morto: - No fundo, era um bom sujeito.
17) Jogador de Futebol: - Foi um bom jogo, nada está perdido.
18) Ladrão: - Não sei. Isso aqui foi um homem que me deu.
19) Mecânico: - É a rebibela da parafuseta.
20) Comerciante: - É muito bom e tem garantia de fábrica.
21) Namorada nova: - Pra dizer a verdade, nem beijar eu sei...
22) Namorado: - Você foi a única mulher que eu realmente amei.
23) Noivo: - Vamos casar o mais rápido possível!
24) Orador: - Vou dizer apenas umas poucas palavras...
25) Pobre: - Se eu ficasse rico eu dava dinheiro a quem precisasse..
26) Recém-Casado: - Te amarei até que a morte nos separe.
27) Sapateiro: - Depois de usar um pouco, ele alarga no pé.
28) Sogra: - Em briga de marido e mulher não me meto.
29) Vagabundo: - Faz 3 anos que estou procurando emprego mas não acho.
30) Viciado: - Essa vai ser a última...Eu juro
31) Marques Mendes : - Eu, baixava os impostos.
32) Ministro da saúde: - Vamos melhorar e alargar os cuidados de saúde.
33) Sócartes: - Vamos criar 150.000 empregos.
2) Ambulante: - É garantido. Qualquer coisa, volta aqui que a gente troca.
3) Anfitrião: - Mas, já vai?! É tão cedo! Fica mais um pouco.
4) Aniversariante: - Não tem problema não trazer presente? Sua presença é o que importa.
5) Bebado: - Sei perfeitamente o que estou dizendo.
6) Casal sem filhos: - Visite-nos sempre; adoramos suas crianças.
7) Construtor: - Está quase pronto.
8) Delegado: - Tudo será apurado e os responsáveis serão punidos exemplarmente.
9) Dentista: - Fique tranquilo. Não vai doer nada.
10) Desiludida: - Nunca mais! Eu não quero mais saber de homem!
11) Devedor: - Pago amanhã, sem falta!
12) Canalizador: - O problema é muita pressão que vem da rua..
13) Filha de 17 anos: - Vou dormir na casa de uma colega..
14) Filho de 18 anos: - Volto logo. Antes das 11 estarei estou em casa.
15) Gerente de Banco: - Nossas taxas de juros são as mais baixas do mercado.
16) Inimigo do Morto: - No fundo, era um bom sujeito.
17) Jogador de Futebol: - Foi um bom jogo, nada está perdido.
18) Ladrão: - Não sei. Isso aqui foi um homem que me deu.
19) Mecânico: - É a rebibela da parafuseta.
20) Comerciante: - É muito bom e tem garantia de fábrica.
21) Namorada nova: - Pra dizer a verdade, nem beijar eu sei...
22) Namorado: - Você foi a única mulher que eu realmente amei.
23) Noivo: - Vamos casar o mais rápido possível!
24) Orador: - Vou dizer apenas umas poucas palavras...
25) Pobre: - Se eu ficasse rico eu dava dinheiro a quem precisasse..
26) Recém-Casado: - Te amarei até que a morte nos separe.
27) Sapateiro: - Depois de usar um pouco, ele alarga no pé.
28) Sogra: - Em briga de marido e mulher não me meto.
29) Vagabundo: - Faz 3 anos que estou procurando emprego mas não acho.
30) Viciado: - Essa vai ser a última...Eu juro
31) Marques Mendes : - Eu, baixava os impostos.
32) Ministro da saúde: - Vamos melhorar e alargar os cuidados de saúde.
33) Sócartes: - Vamos criar 150.000 empregos.
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