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sexta-feira, janeiro 15, 2010

A domesticação da vida

A domesticação é o processo que a civilização usa para doutrinar e controlar a vida de acordo com a sua lógica. Esses mecanismos aperfeiçoados de subordinação incluem: domesticação, criação, manipulação genética, intimidação, extorsão, aprisionamento, adestramento, coerção, chantagem, escravidão, governo, terrorismo, assassinato - a lista continua, incluindo quase todas as interacções sociais civilizadas. As suas acções e efeitos podem ser examinados e sentidos por toda a sociedade, reforçada pelas várias instituições, rituais e costumes. É também o processo pelo qual populações humanas antes nómadas se mudaram para uma existência sedentária e assentada através da agricultura e criação de animais. Este tipo de domesticação requer uma relação totalitária com a terra, com as plantas e os animais sendo domesticados. Ao passo que num estado selvagem toda a vida divide e compete por recursos, a domesticação destrói esse equilíbrio. A paisagem domesticada (terras pastoris/campos de agricultura, e num nível menor, horticultura e jardinagem) requer o fim da livre divisão dos recursos que antes existiam; onde antes era "tudo é de todos", agora é "meu". Essa noção de posse é que levou à fundação da hierarquia social enquanto a propriedade e o poder emergiam.

A domesticação não somente muda a ecologia de uma ordem livre para uma ordem totalitária, como escraviza as espécies que são domesticadas. De modo geral, quanto mais um ambiente é controlado, menos sustentável ele se torna. A própria domesticação humana envolve vários tipos de posses e controles, em comparação com o modo de vida nómada e colector. Não é de se esperar que muitas alterações feitas de uma vida nómada-coletora para vida domesticada não foram feitas de forma autónoma, mas foram feitas através da lâmina da espada e da mira das armas. Considerando que somente há 2.000 anos atrás a maior parte da população do mundo era composta de coletores-caçadores, agora não chega 0.01%. O caminho da domesticação é uma força colonizadora que tem trazido uma grande quantidade de patologias para as populações dominadas e para os criadores dessa prática. Vários exemplos incluem um declínio na saúde nutricional devido ao uso de dietas não diversificadas, cerca de 40 a 60 tipos de doenças foram integradas nas populações humanas através de animais domesticados (como a influenza, gripe comum, tuberculose e a gripe aviaria), o aumento dos excedentes que poderiam ser usados para alimentar a população desequilibrada, o que invariavelmente envolve a propriedade e o fim da divisão incondicional.

4 comentários:

Periquito disse...

Seria bom o senhor deputado Moniz passar pela Rua da Travessa nos Flamengos e verificar o péssimo estado do piso, especialmente junto à Escola, por via do "comboio" de camiões a transportar inertes para o novo Porto da Conceição.

A obra é necessária e os Flamenguenses o compreendem, o que já não é entendivel é o contínuo mau estado do referido piso.

Será que enquanto "navegarem" camiões naquela via não vão reparar o piso?

Mas não é com remendinhos! É "cortar" o asfalto naquelza zona e fazer nova recarga!
Já não se pode!
E NINGUÉM FAZ NADA?!

Sr Deputado, passe por lá e veja com os seus próprios olhos!

E uma intervenção no Hemiciclo? Assim, públicamente, podia ser que "eles" tomassem vergonha na cara e reparassem a via!

Mário Moniz disse...

Presumo que o deputado Moniz, a quem se refere o Periquito, é a minha pessoa.
Tenho tido o meu computador avariado, pelo que não tenho tido oportunidade, nem de escrever no meu blog. Como este é um sítio que visito com alguma frequência, tive, agora, a oportunidade de ler o seu comentário.
Espero que esta alusão se deva ao facto de entender como positiva a minha actuação na Assembleia Regional. Tento fazer o impossível, numa conjuntura altamente adversa e com os parcos recursos de apoio técnico que o PS fez o "favor" de restringir logo que o BE elegeu o seu Grupo Parlamentar. A opulência de uns é a carência de outros.
Felizmente tenho tido apoio, mesmo junto do nosso G.Parlamentar na Ass. da República, como no caso da pista do aeroporto, obrigando a respostas do Governo da República que abram caminho a uma definição deste "folhetim".
Tenho tido iniciativas que possam, a curto prazo e por um lado, relançar a importância da nossa Ilha e, por outro lado, criar condições que venham minorar o impacto negativo que o crescente desemprego e a precariedade estão a provocar nos orçamentos familiares. Esperava outra receptividade da bancada do PS, mas é o que temos...
Embora não tendo sido eleito para a Ass.Municipal, tenho participado como munícipe, no período reservado ao público, inquirindo a Câmara sobre situações prementes, relacionadas com segurança dos cidadãos, projectos de inclusão social, preservação da nossa história, etc.
Humanamente, é impossível chegar a tudo, mas não me queixo e continuarei a fazer esse impossível.
O caso que refere, ocorre numa via de responsabilidade municipal, pelo que deve ser "forçado" através da Junta de Freguesia dos Flamengos.
Tenho passado pela Rua da Travessa e, sendo verdade que as chuvas torrenciais têm "ajudado" a provocar a citada situação, também é verdade que aquela via merece uma atenção especial, mercê da função a que está obrigada.
Fica o reparo e o alerta para, numa oportunidade que se "ponha a jeito", eu referir o assunto.

Anónimo disse...

oh sr mário, o sr bem se esforçou na assembleia municipal com as suas perguntas mas o presidente falou falou e falou e nao disse nada. ele continua a derramar...


http://politica-dura.blogspot.com/2010/02/chorar-sobre-incompetencia-derramada.html

Mário Moniz disse...

E vou continuar a esforçar-me.
Se não houver resposta, pelo menos fica o objectivo da pergunta.