Antes de mais devo esclarecer que uso a palavra aborto sem preconceitos, é-me indiferente que lhe chamem aborto, IVG ou mesmo o termo mais usado pelo povo que é desmancho. Sou contra o aborto e quero que sejam feitos no menor número possível. A realidade é que o aborto clandestino não só é um mal condenável como deve ser combatido com firmeza e neste momento o debate já não está entre a vida e a morte, o haver ou não abortos, o que os partidários do "Não" têm vindo a dizer é que o aceitam e não querem prender as mulheres, desde que seja mantido na clandestinidade.
Deixo aqui as dez razões que me levam a votar "Sim" no referendo:
1 - Porque os partidários do “Não” estiveram tempo suficiente no poder para fazerem prova da sinceridade das suas propostas.
2 - Porque as leis são para aplicar e se for mantida uma pena de prisão é essa que os juízes devem aplicar. A solução do “Nim” apenas serve para liberalizar o aborto clandestino.
3 - Porque os custos psicológicos e físicos de um abordo clandestino, perseguido judicialmente e condenado socialmente são infinitamente maiores.
4 - Porque se os custos do aborto clandestino forem todos contabilizados (custos administrativos da polícias e tribunais, custos do tratamentos no SNS, perdas de horas de trabalho, etc.) são superiores ao do legal.
5 - Porque não me cabe a mim condenar uma decisão que à mulher diz respeito e muito menos impor as minhas convicções éticas ou religiosas não aceites pela generalidade da sociedade como padrão do direito penal.
6 - Porque o aborto clandestino estimula a criminalidade e favorece a evasão fiscal. Admitir o aborto clandestino ao sugerir que se mantenha a lei e fechem os olhos é alimentar o mercado paralelo da saúde.
7 - Porque desejo que o aborto clandestino seja combatido sem que as vítimas desse combate sejam as mesmas vítimas dessa má solução.
8 - Porque considero que manter a lei à custa da sua ineficácia serve para estimular o aborto mantendo-o à margem da sociedade.
9 - Porque é mais fácil tratar problema no SNS do que fazendo de conta que não existe. É mais fácil ajudar uma mulher atendendo-a no SNS do que mandando-a para a clandestinidade ou sugerindo-lhe que se dirija às instituições de caridade (onde muito dos partidários do “Não” usam para redimir os seus pecados).
10 - Porque não quero que o meu voto seja uma sentença condenatória para mulheres que não tenho o direito de mandar para a prisão, e muito menos que essa prisão sirva apenas para meu conforto condenando pessoas que não conheço em função dos meus conceitos e preconceitos religiosos. Quem sou eu para atirar a primeira pedra?
Deixo aqui as dez razões que me levam a votar "Sim" no referendo:
1 - Porque os partidários do “Não” estiveram tempo suficiente no poder para fazerem prova da sinceridade das suas propostas.
2 - Porque as leis são para aplicar e se for mantida uma pena de prisão é essa que os juízes devem aplicar. A solução do “Nim” apenas serve para liberalizar o aborto clandestino.
3 - Porque os custos psicológicos e físicos de um abordo clandestino, perseguido judicialmente e condenado socialmente são infinitamente maiores.
4 - Porque se os custos do aborto clandestino forem todos contabilizados (custos administrativos da polícias e tribunais, custos do tratamentos no SNS, perdas de horas de trabalho, etc.) são superiores ao do legal.
5 - Porque não me cabe a mim condenar uma decisão que à mulher diz respeito e muito menos impor as minhas convicções éticas ou religiosas não aceites pela generalidade da sociedade como padrão do direito penal.
6 - Porque o aborto clandestino estimula a criminalidade e favorece a evasão fiscal. Admitir o aborto clandestino ao sugerir que se mantenha a lei e fechem os olhos é alimentar o mercado paralelo da saúde.
7 - Porque desejo que o aborto clandestino seja combatido sem que as vítimas desse combate sejam as mesmas vítimas dessa má solução.
8 - Porque considero que manter a lei à custa da sua ineficácia serve para estimular o aborto mantendo-o à margem da sociedade.
9 - Porque é mais fácil tratar problema no SNS do que fazendo de conta que não existe. É mais fácil ajudar uma mulher atendendo-a no SNS do que mandando-a para a clandestinidade ou sugerindo-lhe que se dirija às instituições de caridade (onde muito dos partidários do “Não” usam para redimir os seus pecados).
10 - Porque não quero que o meu voto seja uma sentença condenatória para mulheres que não tenho o direito de mandar para a prisão, e muito menos que essa prisão sirva apenas para meu conforto condenando pessoas que não conheço em função dos meus conceitos e preconceitos religiosos. Quem sou eu para atirar a primeira pedra?
8 comentários:
Porque a actual Lei criminaliza e persegue a Mulher
Contra esta lei injusta
Voto Sim no Referendo!
Porque acredito nas mulheres deste País.
Porque imagino o que sofrem com essa decisão.
A IVG é para a mulher o que a greve é para quem vive do seu trabalho: a última alternativa.
Voto Sim.
Não há, quando se fala num País, decisões que sejam perfeitas. Mas há sempre uma que é melhor que a outra.
A proposta do referendo não é perfeita, mas é bem melhor que a actual.
Voto Sim, porque a mudança deve ser sempre para melhor.
Acredito que as mulheres são capazes de tomar decisões sobre o seu próprio corpo.
Votar Não, é continuar a não tratar este grave problema.
Engraçado estes comentários!!!
Todos referem a mulher, mas nenhum cita a nova vida presente no embrião ou feto...que descreminação! E ainda apreguam a justiça??? Onde poderá haver justiça quando nao se respeita uma vida gerada, começada ou - se quizerem - em potencia???
Haja bom senso verdade e respeito por todas as formas de vida!!!
Acho que não se trata de não respeitar a vida em formação.. Mas sim respeitar a opinião da Mãe, que a tem dentro de si. Se houvesse maneira de passar um embrião para outra mulher tenho toda a confiança que as mulheres que apoiam o movimento de Não iriam-se voluntariar para o carregar com certeza.
Ou talvez não. Aí partiriam para o argumento que o erro foi de quem engravidou. Ora bem. Já que têm tanto respeito pela vida vamos ser coerentes. Façam um novo projecto de lei para apagar a linha que diz que as mulheres que foram vítimas de violação podem abortar. A vida que cresce dentro de uma Mãe violada não deixa de ser uma vida como as outras.
O que mais me deixa estupefacto, obviamente não é o facto de haver um movimento pelo Não. É mais que natural e acho muito bem que toda gente tenha a sua opinião. Tem de existir o balanço de opiniões, o sim e o não, o ying yang do mundo. Mas a verdade é que ainda não ouvi uma única opinião para melhorar a situação actual do Não. Apenas a vontade de manter as coisas como estão.
E ao que parece.. Parece ser geral a opinião que a situação não é boa.
Eu sou pela vida e sou contra o aborto na verdade. Mas ainda mais que isso sou a favor da liberdade de escolha. E não é mais do que isso que se vai votar. É uma escolha que não é minha... É de cada Mãe que o quer fazer.
Lê no meu blog o último BOOM da Internet!
E se tiveres de acordo, associa-te a ele.
Fica bem!
A escolha é da mãe!
A mãe tem direito a escolher!
E o novo ser, gerado na seio da mãe, será que nao tem direito a VIVER???
Usando a sua frase..
"A escolha é da Mãe"
Há uma loucura e rapidez em apelidar novo ser e bébé ..
Como tenho vindo a ler, "potencial" é qualquer coisa que pode vir a ser.
Um feto às 10 semanas para mim não é um novo ser.
Mas isso é só para mim..
Presumo que o Padre da Igreja da Conceição não concorde comigo visto que até pôs uma faixa pelo Não.
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