Segundo os dados do Banco de Portugal a Dívida Externa de Portugal é de 108,6% do PIB (Produto Interno Bruto ou seja, o valor da produção de bens e serviços do País, no ano em causa), mas também é importante que se destaque que a generalidade desta “dívida externa”, foi contraída para investimentos e corresponde a activos (habitação, máquinas, e equipamentos públicos) que são determinantes para gerar riqueza (valor acrescentado) e bem estar dos cidadãos na saúde, educação, segurança, mobilidade, etc.
Mas é também importante que se deduza os activos financeiros, tal como o refere o Banco de Portugal, no seu Boletim de Setembro de 2009, no quadro A.3.2, pelo que a Dívida Externa Líquida é de -134.327 mil milhões em resultado da dedução dos activos financeiros e não os 182.833 mil milhões de euros que frequentemente se refere.
No entanto é interessante que se destaque quem, dentro do País, é responsável por esta Dívida Externa, pois o que alguns pretendem fazer crer é que esta dívida é do governo.
O referido Boletim do BP descrimina esta Dívida Externa, sem a dedução dos activos financeiros, da seguinte maneira.
Montante em € | % do PIB | |
Autoridades Monetárias (B. P.) | + 5.540 mil milhões | + 2,4 % |
Administrações Públicas | – 86.281 “ | – 52,0 % |
Outras Inst. Financeiras (Bancos, Seg) | – 76.835 “ | – 47.0 % |
Outros Sect. Residentes (empresas) | – 19.717 “ | – 12,0 % |
Total | - 177.293 “ | - 108,6 % |
Ou seja, como se vê 59% da Dívida Externa é da responsabilidade dos Bancos e Seguros (47%+12%) e 49,6% do Estado (A. Central, Regional e Local), 52,0% – 2,4 %.