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quinta-feira, junho 30, 2005

Raposa livre entre galinhas livres

O Livre Comércio é a expressão da moda, talvez a mais manipulada no mundo de hoje.
Nos anos 90 a resistência dos movimentos sociais foi contra o modelo neoliberal, que então se associava aos planos de "ajustamento estrutural" emanados do Fundo Monetário Internacional e calorosamente apoiados pelo Banco Mundial.

Actualmente vivemos a "onda do livre comércio", que ultrapassou muito o significado tradicional da expressão livre comércio e hoje significa não só e não tanto comércio como a projecção global de uma estratégia de dominação imperialista que utiliza o neoliberalismo como seu modo de ser, mas que se ramifica e estende, constituindo um verdadeiro pacote integrado.
Para os países menos desenvolvidos o livre comércio é outra coisa, bem diferente.
A divisão do trabalho entre as nações consiste em que umas se especializem em ganhar e outras em perder. Examinado com objectividade, o comércio internacional cumpre hoje várias funções no sistema imperialista de dominação caracterizado pela globalização de signo neoliberal.
Essas funções são instrumento de domínio em favor dos países ricos, factor de acentuação e perpetuação de desigualdades e iniquidades e cenário de uma guerra virtual pelo controle dos mercados actuais e os do futuro.

O livre comércio não é livre agora nem nunca o foi, nem é já sequer comércio de acordo com o conceito clássico deste, nem sua prática gera crescimento económico per si, nem reduz a pobreza, nem reparte "benefícios mútuos" entre as partes que comerciam.
O livre comércio interessa, mas interessa tanto ou mais a livre mobilidade do capital, a liberalização da conta de capital da balança de pagamentos que equivale à taxa de câmbio de mercado e a liberdade para fugir com o capital, liberdade para o que capital transnacional invista à sua escolha e liberdade para que contrate em condições de "flexibilidade laboral" uma força de trabalho indefesa.

Uma novidade do livre comércio é a capacidade de vincular novas e avançadas tecnologias com baixíssimos salários da força de trabalho.
Os porta-vozes do livre comércio dizem que este é um instrumento para reduzir a pobreza. Mas o aumento do comércio mundial desde os anos 80 contradiz isso. Não existe correlação entre o crescimento do comércio e a redução da pobreza. Por exemplo o México multiplicou as suas exportações e no mesmo período viu multiplicar-se a quantidade de pobres.
Essa liberalização tem um código genético bem claro. É filha do mercado capitalista e não pode ocultar a sua vocação essencial para a exploração comercial que emana do intercâmbio desigual entre partes desiguais às quais o intercâmbio aparente de equivalentes apresenta como iguais.

O mundo melhor é possível, esse da utopia imprescindível que nos permite avançar, não necessita amenizar a liberalização e sim criar outro padrão de valores. Um padrão de valores no qual a solidariedade entre também no comércio, e impeça que este continue a ser o cenário descrito por Che Guevara da actuação da raposa livre entre galinhas livres.

Abandonar - é o mais fácil


Nos tempos que correm continua a ser absolutamente indispensável a existência de um Barnabé. Meus senhores (Daniel e Rui), façam favor de cumprir o vosso dever de cidadania. Este país está a ficar muito mal frequentado é, pois, preciso que haja alguém que faça a sua denúncia e discuta o que é importante ser discutido.
Fico à espera que o Daniel e o Rui se juntem e que em breve tenhamos novidades.
Espero que reconsiderem e não deixem morrer o Barnabé.

domingo, junho 26, 2005

Imensa desilusão

O Orçamento Rectificativo para 2005 consagra a continuidade da política económica. Define o aumento dos impostos, uma política de facilidade em relação ao continuismo económico e, sobretudo, a incapacidade absoluta de combater a fraude fiscal.
Não há democracia enquanto uns pagarem os impostos e os mais ricos não o fizerem, o Governo não tem a coragem, não quer tomar as medidas essenciais no combate contra a fraude fiscal.
A maior parte das empresas registadas no sector financeiro da zona franca da Madeira não só não pagam como não fazem declaração de impostos. Não se sabe nada sobre essas empresas. Evidentemente, um Estado sério não pode aceitar que uma empresa nem sequer lhe faça a declaração de IRC no final do ano.
São indispensáveis medidas como o levantamento do sigilo bancário, a exemplo do que acontece em Espanha.
Neste momento em Portugal os bancos têm de dar informação sobre as contas dos estrangeiros. Um alemão que tenha uma conta em Portugal o banco português dá toda a informação ao fisco alemão, mas não dá informação ao fisco português sobre as contas que existem em Portugal.
Saber a verdade é a regra do combate pela justiça fiscal. Isso é um grande combate em Portugal e este Governo não quis dar um passo essencial nesse sentido, o Governo está a tomar as mesmas medidas que já deram mau resultado no passado, dois por cento de aumento do IVA foi o que fez a Manuela Ferreira Leite e o défice do Estado aumentou em vez de diminuir.
O Orçamento rectificativo consagra uma política recessiva, reduzindo o investimento público quando o investimento privado está igualmente a cair. Esta é a receita para o desastre – e é por causa destas políticas recessivas que se prevê a continuação do aumento do desemprego pelo menos nos próximos dois anos.
Estamos a ir de mal para pior enquanto há privilégios fantásticos de administradores, gestores públicos, que não só fazem fortunas rapidamente como ainda se lhes permitir ter, depois de 18 meses de trabalho, três mil contos de pensão para toda a vida.

Metamorfoses da mala

mala

sexta-feira, junho 24, 2005

Ensino Básico até às 17h30


Com esta medida estou de acordo:
Os horários de funcionamento das escolas do Ensino Básico serão alargados até às 17h30 e 25 por cento dos alunos dos terceiro e quarto anos terão Inglês no próximo ano lectivo.
Só é pena que a sua entrada em vigor seja gradual e que só estejam previstas 50 % das escolas a funcionar neste regime no próximo ano.
O alargamento do horário de funcionamento permitirá oferecer às famílias uma escola a tempo inteiro, com efectivas oportunidades de acesso a actividades extracurriculares, estudo acompanhado, desporto escolar e desenvolver um programa para generalizar no Ensino Básico a utilização das tecnologias de informação em regime extracurricular.
No domínio da Matemática, prevê-se um programa de formação contínua para todos os professores com turmas dos terceiro e quarto anos de escolaridade, envolvendo escolas superiores de educação na formação, acompanhamento e supervisão do ensino da disciplina. Ainda se pretende generalizar o acesso a refeições escolares para todos os alunos do primeiro ciclo do ensino básico.
Espero que não sejam novas falsas promessas, Portugal precisa, como de pão para a boca, de novas gerações instruídas e capazes de responder às exigências que já hoje se colocam.

quarta-feira, junho 22, 2005

Apertar a gravata até ficar importante

A propósito do uso da gravata tem aqui um post à medida.
Também é muito interessante o comentário do Biranta:
...Vocês sabiam que, no Japão, o primeiro ministro proibiu todos os seus "colaboradores", ministros e staff incluídos, de andar de gravata?
Sabem porquê? porque ele tem esperança de que "a moda pegue" e porque, segundo dizem, está provado que a gravata aumenta a temperatura do corpo, em 2 graus. Esse facto obriga a maior dispêndio de energia, nos ares condicionados, para além de provocar problemas entre homens e mulheres, porque os primeiros precisam de regular para uma temperatura mais baixa e as mulheres ficam com frio...
São conhecidas as "figuras" tristes dos "figurões" que suam em bica, mas não despem o casaco nem tiram a gravata... É caso para dizer: "tacanhez, a quanto obrigas"...
Mas, para este tipo de gente cretina, só há uma forma de resolver estes problemas: é alguém "descobrir", (ou inventar) que a gravata afecta, negativamente, o "desempenho sexual dos homens", que provoca impotência. Aí era vê-los, a todos, a tirar as gravatas... Quem quer começar?

Compromisso de honra


Eu, abaixo assinado, declaro solenemente, por minha honra
Que auferirei e desfrutarei
De todos os privilégios a que tenho direito
E de todas as mordomias que me serão concedidas
Como servidor e representante da Nação.
Prometo não esquecer que há crise… Para os outros.
Prometo não dar mais regalias… Aos outros.
Prometo cortar privilégios… Aos outros.
E com unhas e dentes defender os meus.
É uma honra servir este País
E depois de terminado o mandato
Irei como os meus antecessores
Para institutos ou empresas do Estado
Ou para a Caixa Geral de Depósitos
Fiel depositária de todos, os que como eu,
Não se distinguiram na governação
E que também assinaram este documento
Prometendo nele desfrutar ad eternum
Dos privilégios que me são concedidos
Por ter, mesmo que por pouco tempo,
Sentado o cu na cadeira do poder.

via Email

segunda-feira, junho 20, 2005

224 mil pessoas irrelevantes


Correia de Campos, ministro da Saúde, considera irrelevante que existam 224 mil doentes em lista de espera para uma cirurgia e o que é importante é saber se é possível diminuir o tempo que os doentes aguardam por uma intervenção cirúrgica. Não há nenhum ministro da Saúde com bom senso que fique descansado com 220 mil doentes portugueses em lista de espera. Espero que o ministro tenha o bom senso de imprimir mudanças estruturais nos hospitais para que se possa reduzir o tempo e o número dos doentes em tempo útil.
É extraordinário que o Ministro faça declarações destas...

sábado, junho 18, 2005

Tiques racistas


O discurso do CDS-PP, na A.R., foi ao jeito e na tradição da direita populista, xenófoba e preconceituosa e só faltou fazer um apelo ou apoiar explicitamente a manifestação de extrema-direita, que está anunciada para hoje, a propósito do arrastão. Um discurso típico da extrema-direita, próximo do movimento Frente Nacional, que marcou uma manifestação para Lisboa, "contra o aumento da criminalidade", na sequência dos incidentes do fim-de-semana passado, na praia de Carcavelos.

É inaceitável a "relação entre criminalidade e comunidades imigrantes", as últimas investigações indicam que não foram 500, nem 100 jovens que assaltaram a praia de Carcavelos, "mas algumas dezenas" e apenas um única queixa deu entrada na Polícia Judiciária de Carcavelos.

Embora ressalvando que as questões da segurança dos cidadãos são importantes, não se pode deixar de condenar a "forma alarmista" como o CDS-PP tratou os incidentes em Carcavelos, que só contribuiu para criar um clima de medo e levantar todos os demónios de racismo e xenofobia.

Usar esta questão como arma de arremesso político-partidário é o pior que se pode fazer ao país e fica muito mal na Assembleia da República, que deve ser a casa da democracia e onde o discurso da intolerância e da demagogia não fica nada bem.

sexta-feira, junho 17, 2005

Teste revelador

Imagina que estás no meio da selva e encontras uma cabana na margem de
um rio. Entras na cabana e vês à tua esquerda sete pequenas camas e à
direita uma pequena mesa com sete cadeiras. Sobre a mesa tens uma cesta
com 5 tipos de frutas. São elas:
a) Maçã
b) Banana
c) Morango
d) Pêssego
e) Laranja
Qual a fruta que escolheria? - a tua escolha revela muito de ti:
Resultado do teste nos comentários.

O melhor anti-depressivo

O esperma é combustível para a felicidade. Esta é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Nova York (EUA) e publicado pela revista NewScientist.
O trabalho comparou o humor de mulheres cujos parceiros usam preservativos com o de companheiras de homens que não usam. O resultado comprovou que as mulheres diretamente expostas ao esperma são menos deprimidas.
Segundo os pesquisadores, a única explicação plausível é fato do esperma conter hormonas ligados à alteração de humor, que são absorvidos pela vagina durante o acto sexual.
A pergunta que não quer calar é se esses efeitos também podem ser obtidos quando o esperma é absorvido via oral. Segundo os estudiosos, há grandes possibilidades de isso acontecer.
Eles argumentam que as hormonas do esperma podem sobreviver à digestão, da mesma forma que os esteróides das pílulas anti-concepcionais.
Embora a perspectiva seja a de que o esperma actue como anti-depressivo independentemente da forma como é absorvido, outras pesquisas serão necessárias para comprovar a ingestão oral.
O mesmo se aplica à absorção anal e à possibilidade de homossexuais serem beneficiados pelo esperma dos parceiros. O estudo foi aplicado apenas em mulheres.
Os cientistas advertem que suas conclusões não devem ser usadas para abandonar o uso de camisinhas, "uma gravidez indesejada ou uma doença venérea traria muito mais aborrecimentos que o bem-estar que a exposição direta ao esperma pode proporcionar", diz o pesquisador Gordon Gallup.
Em relações de risco o preservativo é OBRIGATÓRIO.

quinta-feira, junho 16, 2005

UE - a crise política e económica


A União Europeia enfrenta um impasse, com a maioria dos países tentando convencer a Grã-Bretanha a aceitar a extinção ou a redução do desconto sobre a sua contribuição ao orçamento do bloco. Enfraquecido por ter tido a sua maioria no Parlamento diminuída, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, resiste a ceder á pressão dos demais 24 membros da UE. Com a população britânica maioritariamente céptica em relação ao bloco — até hoje o país não faz parte da Zona do Euro —, Blair dificilmente terá espaço político para fazer tal movimento.

A única possibilidade de isso acontecer seria se houvesse uma revisão radical da Política Agrícola Comum (PAC), da qual a Grã-Bretanha é uma grande contribuinte, enquanto a França é a maior beneficiária. Ocorre que mexer na PAC agora, com Chirrac encurralado pelo "não" no referendo, parece mais do que improvável. Os britânicos ameaçam utilizar seu poder de veto se a União Europeia impuser o fim do desconto, instituído em 1984 quando a então primeira-ministra Margareth Tatcher aderiu ao bloco.

Além de dificultar a definição do orçamento europeu entre 2007-2013, a ser decidido estes dias, a crise que se avizinha deve atrapalhar ainda mais os esforços da União Europeia para revitalizar sua economia e para conter as ambições nucleares do Irão, sem falar nas relações conturbadas e controversas com a China.

Portugal poderá perder 17 por cento dos fundos comunitários a partir de 2007, na sequência do alargamento da União Europeia e da renegociação do quadro financeiro para o período de 2007-2013.

Portugal, que no período 2000-2006, a preços do ano passado, receberá de fundos estruturais e de fundos de coesão 25.000 milhões de euros, passaria a receber no período de 2007-2013 cerca de 20.000 milhões de euros, sensivelmente menos cinco mil milhões de euros.

Na sequência da "nega" francesa e holandesa, também devem ser suspensas as consultas referendárias nos restantes países europeus, esperemos que para reformular o tratado tendo em conta o querer dos povos.

segunda-feira, junho 13, 2005

Ninguém é perfeito!


Até amanhã Camarada!

Álvaro Cunhal (1913-2005)


A vida foi uma passagem.
Vivida com emoção.
A utopia a miragem.
Que encheu o coração.
Que alimentou de coragem.
Toda a sua geração.

Controverso, Inteligente, Sabedor.
Peito aberto, alma cheia de ideal.
Patriota, exemplo de Lutador.
P’la liberdade do Povo de Portugal.

Iluminado, Artista, Sonhador.
Prisioneiro, torturado, resistente.
Um passo atrás foram dois passos em frente
No caminho de Abril Libertador.

Foste grande, nesta vida acanhada.
Para mim a liberdade foi uma prenda.
Uma dádiva de quem nunca pediu nada.
Talvez que até na morte alguém se ofenda
Ou simplesmente, até amanhã Camarada
Morreu o Homem, Nasceu a Lenda…………

Poema de Arturinho

domingo, junho 12, 2005

Um manguito com 130 anos


Um grande "TOMA" para os políticos de hoje
A figura do Zé Povinho, vítima ao mesmo tempo ingénua e lúcida do viver nacional, nasceu a 12 de Junho de 1875 na Lanterna Mágica e permanece no imaginário nacional.
A figura do Zé Povinho, criada por Raphael Bordalo Pinheiro, perdurou até aos dias de hoje, continuando a ser desenhada por caricaturistas, mantendo algumas características e adquirindo outras. O nosso irmão Zé Povinho não envelheceu sequer, apenas tem vindo a actualizar-se, disfarçando-se frequentemente consoante a conjuntura social, mas resistindo sempre.

sábado, junho 11, 2005

A campanha do Dinis


O mesmo Manuel Maria Carrilho que há um ano e meio quase bateu num fotógrafo de revistas cor-de-rosa que procurava captar as primeiras imagens do seu filho Dinis, entregou agora o seu filho Dinis para ser fotografado pelas revistas cor-de-rosa e filmado pela rapaziada da campanha à Câmara de Lisboa. É sempre agradável ver como os grandes princípios mudam ao sabor das ambições políticas de um progenitor. O Dinis, o antes desprotegido Dinis, é agora uma bandeira do Manuel, um cartaz com pernas que convida os lisboetas a votarem no "papá". Vou ali tomar uns sais de fruto e já volto...
...E para chegar ao poder, o egocêntrico Manuel Maria Carrilho está disposto a tudo, incluindo empenhar a Bárbara e o Dinis nessa suprema tarefa de ser presidente da Câmara de Lisboa, que evidentemente não é um fim em si mas apenas mais uma etapa que lhe permita no espaço de década e meia chegar a São Bento ou a Belém. Só que para isso tem de conquistar as graças do povo, tarefa árdua tendo em conta o seu nariz empinado e o perfil distante de professor universitário. Daí a Bárbara. Daí o Dinis. Quando vemos as fotos da Caras com os três a passear pela Feira do Livro ou o inacreditável vídeo da sua campanha, percebemos que aquilo não é bem uma família - aquilo é mais um projecto político.

João Miguel Tavares

sexta-feira, junho 10, 2005

Festa do mundo rural

Começa hoje e prolonga-se até ao dia 12, na Quinta de S. Lourenço no Faial, a "Festa do Mundo Rural", uma iniciativa de dinamização da cultura local, com fortes componentes agro-pecuária, comercial, industrial, recreativa, artesanato e gastronomia.

O programa inclui concursos de bovinos, lavoura à moda antiga, um festival hípico, uma tourada de praça, palestras, actuações de filarmónicas, grupos folclóricos e agrupamentos de música tradicional e exposições de actividades comerciais e industriais.

As treze Juntas de Freguesia do Faial vão também marcar presença de forma individual na II Festa do Mundo Rural, mostrando as potencialidades das localidades que representam.

A Festa do Mundo Rural é uma organização de um total de oito parceiros faialenses, que vão desde a Câmara Municipal da Horta, à Câmara do Comércio e Indústria da Horta, ao Serviço de Desenvolvimento Agrário do Faial, ao Serviço Florestal da ilha, às Associações de Agricultores e de Jovens Agricultores, à empresa municipal Hortaludus e à Associação de Desenvolvimento Local Adeliaçor.

Se puder, apareça e divirta-se, há mais vida para além das tristezas.

Patriotismo???


Engraçado falar em patriotismo, quando após o 25 de abril fomos sendo governados por incompetentes que se escondem atrás de lobies e de responsabilidades políticas que ninguém sabe o que significam, pois continuam a ser sempre os mesmos, são sempre alternativas a si próprios.

Tenho vergonha de ser português com uma classe política como esta, com lobies que apenas defendem interesses pessoais (médicos, advogados, construtores, etc....), 80% da população portuguesa paga os impostos que enchem a barriga aos políticos e alimenta o orçamento, mas é a eles que lhes é dirigido o espírito de patriotismo. E comida para a boca dos filhos, e direito a um trabalho e posterior reforma, e direito à saúde, e direito à educação??? onde andam eles??? Tenham vergonha sr. presidente da república, sr.s governantes, sr.s deputados e autarcas, quando derem o exemplo, e assumirem responsabilidades civis e criminais em vez de políticas, então falem em patriotismo.

quarta-feira, junho 08, 2005

A cura que nos mata


Portugal há muito que está enfermo.
A Manela prometeu curar-nos e, à força de tantos comprimidos, deu-nos cabo do estômago.
Veio o Cunha e prometeu que desta é que era! e passou a dar-nos PURGANTE.
De tal sorte foi a "purga", que nos pôs a todos de caganeira.
Não fora o facto de, ainda por cima, nos pôr também a pão e água, e teríamos forças para correr até à retrete. A agravar esta dificuldade, ordenou-nos ainda que apertassemos mais o cinto, pelo que não temos tempo de descer as cuecas.
Em consequência destas desgraças, andamos todos cagados, mal-cheirosos e debilitados.
Com tanta soltura, valha-nos S. Bagão, padroeiro das fraldas descartáveis, que estes políticos incompetentes não conseguiram matar-nos da doença, querem agora matar-nos da cura.

terça-feira, junho 07, 2005

Tenham dó do patinho!

Hoje vou falar do costume que certas pessoas têm de voltar as costas quando a conversa não lhes interessa. Há pessoas que visitam este blog (não muitas infelizmente) e depois de darem uma vista de olhos pelos artigos publicados não fazem qualquer comentário aos mesmos. Voltam pura e simplesmente as costas ao Blog e vão-se embora.
Se acham que este blog não tem qualquer interesse, digam. Digam mal, digam o que lhes vier à cabeça mas não voltem as costas sem escrever qualquer coisinha nos comentários.

Façam o favor de ter um bom dia de trabalho ou de descanso e voltem sempre.

Ele há coincidências...

segunda-feira, junho 06, 2005

Altos níveis de produtividade...

No restaurante, todos os empregados e empregadas levavam uma colher no bolso da camisa. Quando o empregado vem receber o pedido, perguntam-lhe:
- Porquê a colher?
- Bom,... os donos do restaurante contrataram a consultora Andersen, mestres em eficiência, com o objectivo de rever e melhorar todos os nossos processos. Depois de muitos meses de análises e estatísticas, eles concluíram que os clientes deixavam cair no chão a colher com 73% de maior frequência do que os outros talheres. Isso representava uma frequência de quedas de 3 colheres por hora, por mesa. Se o nosso pessoal ficasse preparado para cobrir essa contingência, nós poderíamos reduzir o tempo de viagens a cozinha e assim, poupar mais de 1,5 horas por homem por turno.
Entretanto ouviu-se um som metálico numa mesa mais atrás. Rapidamente o empregado trocou a colher que tinha caído por aquela que ele levava no bolso e disse: - Trarei outra colher quando for à cozinha, assim não farei uma viagem extra para ir buscar outra...
Os clientes ficaram realmente muito impressionados.
O empregado também trazia uma corda fininha pendurada no fecho das calças, todos os empregados levavam a mesma cordinha.
Um cliente mais curioso pergunta: - Desculpe, mas porque é que tem essa cordinha pendurada?
- Oh, sim! - respondeu, e começou a falar baixinho:
- Essa Consultora da qual lhe falei, achou que nós tambem poderiamos poupar tempo na ida ao WC.
- Como???
- Veja bem, amarrando esta cordinha na ponta do.... bem, voçê sabe, podemos sacá-lo para mijar sem tocar nele eliminando dessa forma, a necessidade de lavarmos as mãos, encurtando o tempo gasto no WC em 67% por homem.
- Isso tem muito sentido, mas....se acordinha ajuda a sacar, como é que a volta a guardar?
- Bem, eu não sei como fazem os outros, mas eu uso a colher.

sábado, junho 04, 2005

Integridade e Idoneidade do Governo.


O governo acaba de decidir, na linha das medidas criminosas e absurdas efectivamente tomadas, (as outras, as medidas demagógicas, são só conversa fiada, como o demonstra esta história) suspender todos os pedidos de reforma antecipada, de trabalhadores com menos de 65 anos.
Entretanto, o ministro das Finanças "reformou-se", com 49 anos, recebendo uma pequena fortuna, mensalmente, como prémio por ser pessoa sem escrúpulos, a ponto de decidir restrições, para os cidadãos, que comprometem, ainda mais, as já fracas condições de sobrevivência das pessoas,enquanto que ele próprio acumula "receitas" de valor exorbitante e injustificado. Não se esqueçam que existem, neste país, mais de 2 milhões de pessoas que sobrevivem (vegetam) abaixo do limiar de pobreza.
Portanto, ficamos esclarecidos quanto à dignidade e sinceridade das intenções do governo e quanto ao carácter democrático e de equidade das medidas que tem vindo a anunciar com todo o cinismo; o mesmo cinismo que usou na campanha eleitoral, quando se fartou de fazer promessas falsas, mentirosas.
Um governo que se diz Socialista decide, para aqueles que vivem com dificuldades, para aqueles que viveram uma vida de trabalho, ganhando ordenados mesquinhos, que estão proibidas as antecipações de reformas, que terão que continuar a trabalhar, (ou a atrapalhar) mesmo de bengala, até aos 65 anos, para ganharem uns míseros cêntimos. Mas os barões, sem vergonha e sem escrúpulos, que o Primeiro ministro escolheu para o governo, podem "reformar-se" aos 49 anos, auferindo reformas escandalosas e injustificadas que põem em causa a sustentabilidade do sistema de pensões; e, ainda por cima, podem continuar a ocupar cargos, recebendo, em acumulação, vencimentos escandalosos, para pavonearem a sua incompetência, para colaborarem no agravamento das nossas condições de vida, no agravamento da nossa situação social e económica, já de si escabrosa.
Mais palavras para quê? Haja vergonha, dignidade, pudor!... É o próprio Primeiro-Ministro que deve demitir-se (ou ser demitido); ou melhor, nunca devia ter-se candidatado usando de tanta mentira e de tanta perfídia.

Post do amigo Biranta de sociocracia

quarta-feira, junho 01, 2005

Definições à Volta do Défice

Nos tempos que correm é possível distinguir as cores políticas de meio mundo através da análise das suas posições sobre o problema do défice. É assim:

Socialistas Crentes: Pensam que a culpa do défice é de Barroso e Santana e acreditam que Sócrates só aumentou os impostos porque não esperava um défice tão grande.

Socialistas com QI>50: Dizem que a culpa é de Barroso e Santana e sabem que Sócrates só arranjou um défice tão grande para poder aumentar os impostos.

Santanistas: Dizem que Santana não teve tempo para ter culpa do défice e fingem que perceberam as contas de Constâncio. Têm os quatro a mesma opinião.

Barrosistas: Dizem que a culpa é de Guterres e acham que se não fosse a Manuela, o défice seria de 16,92%. Têm pena de não terem feito uma encenação tão gira há 3 anos.

Guterristas: Dizem que a culpa foi de Cavaco e fazem de conta que já sabiam quanto era o défice, embora não saibam muito bem para que é que serve. Acreditam que Constâncio é um génio matemático.

Comunistas Clássicos: Dizem que a culpa é das políticas de direita e pensam que os ricos podem pagar a crise. Ainda não perceberam o que é que o défice tem a ver com impostos. Acham que Constâncio é um perigoso neo-liberal.

CêDêEsses: Dizem que a culpa é das políticas de esquerda e pensam que os ricos devem ser subsidiados por causa da crise. Constâncio merece-lhes todo o respeito, até porque tem um grande BMW e mora na linha.

Bloquistas: Acham que a culpa é da direita e acreditam que a solução para o défice está no aumento da despesa pública. Pensam que Fernando Rosas percebe dessas coisas da economia e até seria um excelente Governador do Banco de Portugal.

Nacionalistas: Acham que a culpa do défice é da Europa e acreditam que isto só vai lá com um Salazar.

Benfiquistas: Só hoje é que ouviram falar no défice e ignoram tudo o que aconteceu na semana passada. Esse Constâncio, é o gajo que vem substituir o Trapatoni?

Nuno Cardoso: A culpa do défice é evidentemente de Rui Rio.