Com a Revolução que se seguiu ao golpe de estado em 25 de ABRIL de 1974 começou
um país mítico de sonho, de igualdade e justiça, supostamente alicerçado num
Pacto Social duradouro, começou um sonho de gentes pobres, quantas analfabetas,
estudantes, intelectuais, trabalhadores de diversos sectores que não
acreditavam só utopicamente numa sociedade mais igual, acreditavam, e essa é a
história da Revolução de Abril, que podiam ser eles a fazê-la, a construí-la,
em vez de delegar nos outros esse poder.
A democracia direta é a filha
da revolução, a democracia representativa é filha da contra-revolução e visa
acabar com a obrigação do estado interagir sistematicamente com as estruturas
de base, mais ou menos organizadas (interpretar o querer dos representados e
estar disponível para ser permanentemente sufragado), e estabelecer a
"normalização da democracia". Foi a aplicação da teoria Carter, que
se centra na ideia de pôr fim às revoluções ou evitá-las criando uma base social eleitoral, no quadro do regime democrático-representativo, a forma
encontrada para transformar a “Democracia” num logro. Assim, é às mãos dos
falsos democratas e falsos amigos do Povo que se estão destruindo todas as
conquistas do 25 de ABRIL.
Passados 40 anos podemos
continuar a sonhar, mas se continuarmos, ordeira e passivamente, a passar
cheques em branco o sonho passa a pesadelo, como é bom de ver.
Defender "25 de ABRIL SEMPRE!" é ter
consciência desta diferença, e crer e querer assumir nas próprias mãos o rumo
da própria vida.
Abril será sempre um mês e dia
25 será sempre um dia…
"25 de ABRIL SEMPRE!", é… “REVOLUÇÃO todos os dias!”.
"25 de ABRIL SEMPRE!", é… “REVOLUÇÃO todos os dias!”.