Pesquisar neste blogue

quinta-feira, abril 24, 2014

ABRIL será sempre um mês e dia 25 será sempre um dia…


Com a Revolução que se seguiu ao golpe de estado em 25 de ABRIL de 1974 começou um país mítico de sonho, de igualdade e justiça, supostamente alicerçado num Pacto Social duradouro, começou um sonho de gentes pobres, quantas analfabetas, estudantes, intelectuais, trabalhadores de diversos sectores que não acreditavam só utopicamente numa sociedade mais igual, acreditavam, e essa é a história da Revolução de Abril, que podiam ser eles a fazê-la, a construí-la, em vez de delegar nos outros esse poder.

A democracia direta é a filha da revolução, a democracia representativa é filha da contra-revolução e visa acabar com a obrigação do estado interagir sistematicamente com as estruturas de base, mais ou menos organizadas (interpretar o querer dos representados e estar disponível para ser permanentemente sufragado), e estabelecer a "normalização da democracia". Foi a aplicação da teoria Carter, que se centra na ideia de pôr fim às revoluções ou evitá-las criando uma base social eleitoral, no quadro do regime democrático-representativo, a forma encontrada para transformar a “Democracia” num logro. Assim, é às mãos dos falsos democratas e falsos amigos do Povo que se estão destruindo todas as conquistas do 25 de ABRIL.

Passados 40 anos podemos continuar a sonhar, mas se continuarmos, ordeira e passivamente, a passar cheques em branco o sonho passa a pesadelo, como é bom de ver.
Defender "25 de ABRIL SEMPRE!" é ter consciência desta diferença, e crer e querer assumir nas próprias mãos o rumo da própria vida.

Abril será sempre um mês e dia 25 será sempre um  dia…
"25 de ABRIL SEMPRE!", é… “REVOLUÇÃO todos os dias!”.