vermelhofaial
O SOL quando nasce, aquece todos por igual!
Pesquisar neste blogue
sábado, outubro 24, 2015
quinta-feira, maio 01, 2014
Trabalhador vs Trabalho
Vivemos hoje uma realidade
completamente distinta e desligada dos conceitos e dos paradigmas em que se
baseava a Revolução Industrial. Apesar disso, (governos, partidos, sindicatos e
patrões) continuam a dar as mesmas respostas para os novos problemas com que a
sociedade se defronta, insistindo nos mesmos sistemas políticos e modelos
económicos, que nunca vão resolver problemas como o desemprego, a justiça
social e as desigualdades. Já entrámos noutro modelo de sociedade, mas as
pessoas continuam a guiar-se por valores e padrões do modelo de sociedade anterior.
Por exemplo, os Bancos ainda há 30 anos tinham 20 ou 30 funcionários em cada
agência, para efetuarem o mesmo trabalho hoje, necessitam de 3 ou 4 pessoas.
Outro exemplo, qualquer grande obra, uma doca ou uma estrada, empregavam
centenas de pessoas, hoje, para fazerem o mesmo trabalho, basta meia dúzia de
máquinas, cada qual com um único operador. Mas as pessoas continuam a reclamar
por trabalho, ou por emprego, não percebendo que essa sociedade não vai existir
mais (a não ser que voltemos para trás, destruindo toda a tecnologia). O
emprego vai ser cada vez mais escasso e portanto, tem de se olhar para as
problemáticas que se colocam à nova sociedade e o grande problema não vai ser,
o que produzir e como produzir, mas sim como organizar o trabalho, como
garantir produções sustentáveis e como dividir a riqueza criada. Ora tudo isto
obriga a uma revolução de mentalidades que as pessoas não estão preparadas, nem
os políticos do mundo inteiro estão interessados em falar destes assuntos às
pessoas (é mais fácil inventar crises, abrir falências, manter elevados níveis
de desemprego e enterrar a cabeça na areia).
O trabalho deixou de constituir
uma proteção contra a pobreza, tendo-se transformado num mecanismo de
aprofundamento das desigualdades sociais. A prova disto, é que 20% dos
trabalhadores portugueses vivem hoje abaixo do limiar de pobreza. O desemprego
em Portugal cresceu de uma forma consistente a partir de 2000, ou seja, passou
de 4% para 18% (números oficiais) e o que a crise veio fazer foi apenas
agudizar essa tendência. O que isto nos mostra é que o modo como as sociedades
se organizaram a partir da revolução industrial, mas sobretudo a partir da II
Guerra Mundial, em que o trabalho se consolidou como princípio organizador da
vida individual e coletiva e foi proclamado como referência identitária e valor
de moeda nas trocas sociais, vai ter que sofrer uma profunda transformação. Dito
doutro modo, a subsistência dos indivíduos terá que ser desligada do trabalho. O
próprio sistema de proteção social está muito ligado à posição que o indivíduo
ocupa no sistema produtivo e a ideia que tem vindo a ganhar consistência,
nalguns movimentos intelectuais e nalgumas linhas de investigação, é que esta
lógica terá que ser substituída por aquilo a que se tem chamado rendimento
médio de cidadania, a atribuir a cada cidadão independentemente da posição que este
ocupa no sistema produtivo.
De onde viria o dinheiro? Da
riqueza gerada no reformado sistema produtivo e por via de uma reformulação
total do sistema de Segurança Social, isto é, pela canalização dos recursos afetos
a abonos, subsídios, rendimentos mínimos, reformas, etc., para esse rendimento médio.
É uma ideia polémica, mas há cálculos que demonstram que 80% do que se gasta
hoje com essa proliferação de apoios chegariam para pagar aos cidadãos com mais
de 18 anos esse rendimento médio, cujo valor teria que ser discutido, não ao
nível de Portugal ou Espanha, mas de toda a Europa (já que fomos empurrados
para a união política e monetária) e até do mundo ocidental.
Pode dizer-se: és o que fazes. Se fazes um trabalho inútil, bruto,
chato, idiota ou monótono... Então DIGNIFICA-TE!
O trabalho é uma explicação muito melhor para a crescente cretinização
que nos cerca do que até mesmo mecanismos claramente imbecilizadores como a
televisão e a educação (que visa a manutenção do status quo). Pessoas que são
arregimentadas por toda a vida, entregues ao trabalho pela escola e delimitadas
pela família no início e pelo asilo no fim, estão acostumadas à hierarquia e
escravizadas psicologicamente. A preparação para a obediência no trabalho
contamina as famílias que elas criam, gerando assim outras formas de reprodução
do sistema, e contamina igualmente a política, a cultura e tudo o mais, quando
se drena a vitalidade das pessoas no trabalho, elas ficam predispostas a se
submeter à hierarquia e à especialização em tudo. Estão educadas para isso.
Sócrates (o outro) dizia que trabalhadores braçais são maus amigos e
maus cidadãos porque não tem tempo de cumprir as responsabilidades da amizade e
da cidadania. Ele tinha razão. Por causa do trabalho, não importa o que estejam
fazendo, os trabalhadores estão sempre olhando para o relógio. O tempo livre é
dedicado principalmente a se prepararem para o trabalho. Cícero disse que
"quem troca a sua força de trabalho por dinheiro vende-se e coloca-se na
classe dos escravos modernos". Isto não deveria causar controvérsias, muitos
trabalhadores estão fartos do trabalho, há índices altos e crescentes de
faltas, rotatividade, baixas fraudulentas, greves e absentismo no trabalho. E,
no entanto, a sensação que prevalece, universal entre chefes e subordinados, é
que o trabalho “dignifica”, é inevitável e necessário.
PODEMOS DISCORDAR.
É possível abolir o trabalho (tal como o conhecemos) e substituí-lo,
nos casos em que ele tem finalidades úteis, por uma variedade de novos tipos de
atividades livres. Abolir o trabalho requer atacá-lo em duas frentes, a
quantitativa e a qualitativa. Por um lado, o lado quantitativo, tem que se
cortar de forma maciça a quantidade de trabalho que está sendo feito. Atualmente,
a maior parte do trabalho é inútil ou coisa pior, e deveríamos simplesmente
acabar com ela. Por outro lado - e acho que essa é a parte crucial e a novidade
revolucionária, é necessário pegar no trabalho que permanece útil e
transformá-lo numa variedade de passatempos lúdicos e artesanais,
indistinguíveis de outros passatempos prazerosos exceto pelo facto de que
resultam em produtos finais úteis. Eu estou preparado para aceitar essa
nova sociedade que nem sei como se irá chamar, mas será uma sociedade de
certeza mais fraterna, solidária e respeitadora da natureza humana. Aí, todas as barreiras artificiais do poder
e da propriedade poderiam cair. A defesa do ambiente e do Planeta viria por arrasto. Estaríamos dando
um verdadeiro contributo para “O FIM DA EXPLORAÇÃO DO
HOMEM PELO HOMEM”.
VIVA O 1º DE MAIO!
Súmula de vários (personalizada)
VIVA O 1º DE MAIO!
Súmula de vários (personalizada)
quinta-feira, abril 24, 2014
ABRIL será sempre um mês e dia 25 será sempre um dia…
Com a Revolução que se seguiu ao golpe de estado em 25 de ABRIL de 1974 começou
um país mítico de sonho, de igualdade e justiça, supostamente alicerçado num
Pacto Social duradouro, começou um sonho de gentes pobres, quantas analfabetas,
estudantes, intelectuais, trabalhadores de diversos sectores que não
acreditavam só utopicamente numa sociedade mais igual, acreditavam, e essa é a
história da Revolução de Abril, que podiam ser eles a fazê-la, a construí-la,
em vez de delegar nos outros esse poder.
A democracia direta é a filha
da revolução, a democracia representativa é filha da contra-revolução e visa
acabar com a obrigação do estado interagir sistematicamente com as estruturas
de base, mais ou menos organizadas (interpretar o querer dos representados e
estar disponível para ser permanentemente sufragado), e estabelecer a
"normalização da democracia". Foi a aplicação da teoria Carter, que
se centra na ideia de pôr fim às revoluções ou evitá-las criando uma base social eleitoral, no quadro do regime democrático-representativo, a forma
encontrada para transformar a “Democracia” num logro. Assim, é às mãos dos
falsos democratas e falsos amigos do Povo que se estão destruindo todas as
conquistas do 25 de ABRIL.
Passados 40 anos podemos
continuar a sonhar, mas se continuarmos, ordeira e passivamente, a passar
cheques em branco o sonho passa a pesadelo, como é bom de ver.
Defender "25 de ABRIL SEMPRE!" é ter
consciência desta diferença, e crer e querer assumir nas próprias mãos o rumo
da própria vida.
Abril será sempre um mês e dia
25 será sempre um dia…
"25 de ABRIL SEMPRE!", é… “REVOLUÇÃO todos os dias!”.
"25 de ABRIL SEMPRE!", é… “REVOLUÇÃO todos os dias!”.
terça-feira, dezembro 31, 2013
sábado, dezembro 21, 2013
domingo, dezembro 15, 2013
Paulo Morais na Assembleia da República
Quem fala assim não é gago, pena é que prega no deserto. O
sistema democratico-representativo e a classe dominante que o defende permitem
estas janelas de denuncia e protesto (alguns visados até aplaudem para
credibilizar a cena), mas desde que tudo continue como dantes. De 4 em 4 anos
temos o "direito" de eleger elementos que os partidos e os
"opinion-makers", que nos fazem a cabeça, dizem ser nossos
representantes, para legislarem e governarem em roda livre, sem uma sistemática
prestação de contas, o que os faz sentirem-se donos do mandato e que o podem
vender pelo melhor preço. Assim, temos deputados e governos capturados pelo
poder económico, na maior teia de promiscuidade e corrupção. Não é fácil mudar
a situação, mas é possível, temos é de ser muitos a crer e querer.
terça-feira, outubro 15, 2013
PAPA CONSAGRA O MUNDO AO SAGRADO CORAÇÃO DE MARIA
1- O que quer dizer “consagração
do mundo ao sagrado coração de Maria”???!!!
“Consagrar”, em termos religiosos, é o ato pelo qual uma
coisa deixa de ser profana para ser destinada ao serviço divino.
Então, o que é deixar o mundo de ser profano e remetê-lo
para o “serviço divino”???!!!
Esta “consagração” é um ato tresloucado, sem sentido nenhum.
Que poderes tem o papa para se arrogar à atitude demencial
de “pegar” no mundo, com todos os seus biliões de habitantes e de religionários
de diferentes igrejas e credos e atribuí-lo a uma entidade do jardim da celeste
corte, que era, segundo a Bíblia, apenas mãe de Jesus, sem mais nenhuma
atividade, ideia ou qualquer coisa de relevante, após o parto???!!!
Isto não tem qualquer sentido!!!
Teria outro sentido lógico, do ponto de vista católico, se o
papa “atribuísse” o mundo a “Deus” e ao seu ectoplasma antropomórfico, Jesus.
Mas a lógica não quer nada com religiões, nem os
religionários com aquela…
2- O que significa consagrar ao “coração de Maria”???!!!
O que é que o coração tem de relevante, que o cérebro não
tenha, ou os olhos ou a língua ou o fígado ou os Ilhéus de Langerhans (grupo de
células pancreáticas produtoras de insulina) ou a… vagina da Maria???!!!
A dona Maria pediu alguma coisa ao papa???!!!
Isto não tem nenhum sentido!!
3- Antes da consagração, não havia… consagração. Então,
em que estado estava o mundo, a ponto de o papa o consagrar???!!!
Será que o mundo estava turbulento, em crise profunda, em
miséria crescente, em desatino, em deriva ideológica geral???!!! Por que é que
o papa Chico o “consagrou???!!!
Isto não tem sentido nenhum!!!
4- Que actos e que propriedades físico-químicas (espirituais…) decorrem dessa “consagração”???!!!
Será que depois desta consagração, o mundo vai
melhorar???!!! Como???!!!
Aliás, isto é uma “re(consagração), pois que a anterior
havia sido feita em 25 de março de 1984, por JP2. Que é feito desta???!!! Não
teve efeito???!!! Perdeu o prazo de validade???!!! A “senhora” de Fátima pediu
mais???!!!
Nada se sabe, nada dizem!!!
Isto não faz qualquer sentido!!!
5- O que acontece aos “consagrados”???!!!
Sim, o que vai acontecer agora, após esta “consagração”, aos
consagrados, isto é, aos religionários de todas as religiões e igrejas, aos
indiferentes, aos ateus, aos agnósticos, aos mortos de há milhares de anos até
hoje, à flora e fauna e às placas tectónicas???!!!
Mas eu não quero ser consagrado! Que é que eu faço? Que me
vai acontecer???!!!
Isto não patenteia qualquer sentido!!!
Mistérios católicos…
7- Que males estarão afastados das pessoas e das
sociedades, a partir duma “consagração”???!!!
Vão desaparecer a nova bactéria corrosiva do
ser humano, as outras doenças, a crise orçamental, evitar os desastres de
viação e aviação, os sismos e tsunamis, a perda de rendimentos???!!!
8- Que significa a estátua da “senhora de Fátima”???!!!
Os toleirões dos religionários, na sua ignorância
infinitamente estúpida, olham para a estátua dessa “senhora” ou de qualquer
outra ou outro “senhor”, do aprisco divinal, com a sensação de que estão a
olhar para alguém de carne e osso, que está ali, em pose de espécie de múmia
paralítica, amadeirada ou porcelânica, do jardim da celeste corte.
Ora, uma estátua religiosa foi feita por um qualquer
santeiro, que assim idealizou uma “senhora” ou um “senhor” da estratosfera
divina, sem qualquer correspondência com a dita “senhora” fatímica.
Chamar-lhe “senhora de Fátima” ou das “Dores” ou do “Bom
Despacho” ou do “Carmo” ou do “Ó” ou, na variante masculina, “Jesus” ou “S.
Roque” ou S. Rafael ou “Senhor dos Navegantes” é igual a nada, pois aquilo nada
significa, além duma estátua.
Adorar estátuas é do mais ridículo que há, porque estão a
adorar um pedaço de material, que representa, apenas, o que se quiser que
represente e não a figura real duma pessoa.
Além de que:
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança
alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo
da terra; Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou
Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e
quarta geração daqueles que me odeiam.” Deuteronómio
5:8-9
Por João Pedro Moura
domingo, setembro 29, 2013
sexta-feira, setembro 27, 2013
Cartão vermelho ao Governo
Porque Revoluções foram feitas pela conquista do direito de
voto e porque o "rebanho vai meditar" é de toda a importância deixar
aqui esta citação : "Os cordeiros que vão ao matadouro nada dizem e nada
esperam. Mas ao menos eles não votam no açougueiro que os matará, e no burguês
que os comerá. Mais besta que as bestas, mais ovino que os ovinos, o eleitor
elege seu açougueiro e escolhe seu burguês" — Octave Mirbeau
Ainda me lembro de Berta Cabral, enquanto candidata do
PSD-Açores a presidente do Governo Regional dos Açores, a tentar renegar Passos
Coelho, depois foi o que se viu, foi ajudá-lo: a destruir a economia; a reduzir
salários e pensões; aumentar as "bichas"do desemprego; etc. etc.,
enquanto, juntos, violam constantemente a Constituição. Nessa altura, os atuais
candidatos autárquicos estavam todos lá.
Vem agora, à semelhança daquela,
os candidatos às câmaras e freguesias também renegar Passos Coelho. Se tem
assim tanta vontade de saírem da sua zona de conforto e porem as suas
capacidades ao serviço da comunidade é do mais elementar bom senso saberem
escolher ou destituírem os seus dirigentes, senão arriscam-se, no mínimo, a
estarem conotados e comprometidos com a orientação partidária.
terça-feira, julho 02, 2013
Cavaco e Coelho em estado de negação
O Palhaço com o menino ao colo...
Passos Coelho não se demite?!... Portas é substituído no
Governo por Cavaco Silva e o ministério passa a designar-se "Ministério
Presidencial da Pouca Vergonha e da Palhaçada".
Subscrever:
Mensagens (Atom)