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domingo, setembro 24, 2006

Ninguém é perfeito, mas há coisas que tem de ser ditas

Demora um pouco a ver. Mas vale a pena. Hugo Chavez na ONU em 20 Setembro 2006 - Um discurso para a história?

http://www.youtube.com/watch?v=mwQz6TRtXOgt

E para aqueles que preferirem, a tradução completa está aqui

sábado, setembro 23, 2006

E tudo ficou por resolver...


Foi o "envelope nº9";
Foi o caso "Casa Pia";
Foi o "apito dourado";
Foi o "saco azul de Felgueiras";
O processo da Pequena Joana;
Foi o "processo Freeport";
Foram as fugas dos "segredos" de informação;
E etc, etc......

sábado, setembro 16, 2006

Com pezinhos de lã

A revolta muçulmana contra Bento XVI apossou-se dos países islâmicos tendo como pretexto um discurso papal na Universidade de Ratisbona no sul da Alemanha.

O Papa, que conhece bem a intolerância da sua própria Igreja, citou um diálogo entre o Imperador bizantino Manuel II Paleólogo (1391) e um erudito persa em que o primeiro pedia ao segundo que lhe desse um exemplo de algo de novo que o mundo devesse a Maomé e que só encontraria coisas «más e desumanas» como a «ordem de expandir com a espada a fé que ele pregava».

O Papa acrescentou ainda que a jihad contraria Deus e considerou irracional defender a fé com violência, como se essa não fosse prática habitual das religiões, incluindo a sua.

Logo uma legião de clérigos ululou no Egipto, Irão, Paquistão e Iraque. Que as palavras do Papa «incitam ao terrorismo» - dizem os líderes sunitas, que desconhece a «tolerante religião islâmica» verberam os Ayatollahs do Irão.

E a verdade é que o Papa tem razão. Por mais que agora levante o vestidinho e mostre os sapatinhos vermelhos e as meias a condizer, disse o óbvio ululante. Aliás, os Papas seus antecessores, igualmente santos, pregaram a guerra, «numa das mãos a espada e na outra a cruz», como ora fazem os terroristas dos vários credos, com particular regozijo do Islão, e, de forma mais subtil, os bispos na luta contra a laicidade e o ateísmo.

É uma evidência que o proselitismo anima a clericanalha de um lado e outro. O sangue é o alimento predilecto do Deus de qualquer deles. O martírio é a demência com melhor cotação na bolsa de valores do Paraíso. «Crês ou morres» é a divisa criada pela ambição demencial dos beatos das religiões do livro.

Não se percebe a onda de indignação. É mais um número equivalente ao das caricaturas do boçal pastor de camelos. Da parte do Papa apenas os métodos são mais suaves após a desconfiança e desprezo a que o votaram as sociedades secularizadas.

Mas não se pense que a violência é exclusiva de uma religião particular, é o ópio que anima as multidões de crentes fanatizados na infância pela clericanalha ao serviço de um Deus qualquer para que os homens vivam de rastos e morram de joelhos.

O que está em causa é a liberdade de expressão, independentemente da luta que a clericanalha cristã e islâmica travam pela hegemonia no mercado da fé.

É essa liberdade que o laicismo assegura e que tem de ser defendida.

um artigo de Carlos Esperança,

sexta-feira, setembro 15, 2006

Os "bons", os "maus" e os "anjinhos"

A mentalidade ocidental foi acostumada desde muito cedo a dividir as coisas em dois eixos principais: as boas e as más. Essa mentalidade é muito mais forte nos países de tendências Judaico-Cristãs (tendência que abarca também o Islamismo) do que nos de cultura oriental, porém, mesmo nesses, essa tendência existe e deve ser observada atentamente.
Classificar fenómenos entre bons e maus é uma tendência antiga da mente humana, isso porque esses rótulos facilitam a compreensão do mundo. É fácil dizer que tal pessoa não é confiável porque é má, ou que alguém está com más intenções em relação a algo. O difícil é explicar o que é bem e o que é mal. Torna-se tão difícil definir esses dois conceitos antagónicos por um só motivo: ambos não existem de verdade; são apenas construções baseadas nas ideologias daqueles que as constroem.
Depois dos mil anos de Idade Média Europeia que deram bases à mentalidade dos Europeus que conquistaram e colonizaram a América, influenciando todo o mundo, a moral Judaico-Cristã difundiu se pelo planeta, e hoje nada que destoe muito dela é visto com bons olhos. Por isso, temos uma noção tão definida do que é bem e do que é mal. Mesmo estes conceitos não passando de construções,
Hoje o país mais poderoso do mundo é os EUA e, além de se considerarem o modelo de democracia perfeita, eles ainda são regidos por uma moral mista entre o mais forte Puritanismo Cristão e o Judaísmo Ortodoxo.
Quem governa faz a História, pois a História pertence aos vencedores, sendo assim, para quase todo o mundo, os fatos são vistos como os EUA querem que eles sejam mostrados.
Tomem por bem e por mal aquilo que bem entenderem, mas se compreenderam este texto verão que esses conceitos dependem única e exclusivamente do lado com o qual você simpatiza mais. Se for realmente imparcial, talvez você consiga fazer a seguinte análise:
Palavras de Deus (se é que ele existe):
Quando eu disse Amai ao Próximo como a Ti Mesmo, eu não pensava em fazer com que uns explorassem os outros, matassem em meu nome ou financiassem Estados que servissem de pontos estratégicos para guerras futuras. Porém, por outro, quando meu filho esteve na Terra, disse certa vez “Se te baterem numa face, ofereça a outra”, e não “Se te baterem numa face destrua até mesmo crianças, famintos e doentes inocentes para castigar aquele que te golpeou”.

quarta-feira, setembro 06, 2006

As duas faces da mesma $moeda$

Ninguém saberá ao certo como ocorreu o 11 de Set. 2001.
Todas as pessoas que iam com os terroristas nos aviões estão mortas. O registo das conversas das caixas negras pode estar ou não manipulado. Ninguém saberá jamais todos os detalhes. Dirão uns que foi um grupo de Al Quaida, dirão outros que foi uma conspiração pela própria administração Bush.
Mas o que importa é sobretudo o que daí adveio.
A mudança de orientação, sobretudo ao nível da política externa. A assunção de que os EUA estavam em guerra «contra o terrorismo». O ataque e derrube do regime dos taliban no Afeganistão. A autorização para escutas praticamente ilimitadas e a possibilidade de prender alguém secretamente, sem acesso a advogado durante longo tempo, com a mera suspeita de «terrorismo», o «Patriot Act»...
Depois, a encenação que levou à invasão do Iraque (em 2003) e todos os desenvolvimentos que se conhecem. O alinhamento incondicional do governo britânico, e o apoio da direita europeia mais conservadora (incluindo Asnar e Durão Barroso).
A própria viragem da UE, temerosa de desagradar ao Big Brother USA.
Se foi uma espécie de Pearl Harbour, ou não, nunca saberemos (o supremo comando naval dos EUA tinha interceptado as mensagens dirigidas à marinha e aviação nipónicas: não fizeram nada, tinham assim um «casus belli» para entrarem na IIª Guerra Mundial).

O que sabemos todos é a consequência disto tudo. Guerra e mais guerra.
A guerra que é levada a cabo é declaradamente contra os «terroristas»; porém, duplica-se esta por uma guerra económica dos ricos contra os pobres, os cada vez mais pobres.
A globalização capitalista mata muito mais num dia, do que todas as bombas de terroristas juntas.

Os terrorismos de grupos diversos e o terrorismo de Estado, complementam-se. Os objectivos de uns não seriam possíveis sem a actuação dos outros.
São quase a sua própria imagem em espelho: apenas uns têm meios muito mais potentes do que os outros.
O terrorismo é o maior amigo dos estados capitalistas e imperialistas. Estes sabem bem que têm de o «cultivar» á socapa, têm de o alimentar, com medidas que apenas servem para o inflacionar, pois é graças ao pretexto terrorista que os Estados se tornam cada vez mais fascistas.
Isto com a passividade, indiferença ou mesmo aplauso entusiasta dos cidadãos... salvo uma pequena parte que não perdeu a lucidez mental...

Se achas que pertences a este último grupo, não cedas às manipulações...
e não caias nas argumentações idiotas de uns e de outros.

Manuel Baptista

domingo, setembro 03, 2006

Não há miséria que não dê em fartura!



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«O SISTEMA de ensino em Portugal tem nada menos do que 2071 manuais escolares. Do 1º ao 12º ano é este o número de livros que os alunos podem escolher com preços que variam entre os dois e os 32 euros. Só até ao 4.º ano (antiga 4.ª Classe) temos 333 livros. Mas nenhum passa por qualquer crivo ou acreditação oficial, apesar de desde 1990 a lei exigir a avaliação dos livros escolares.»