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sexta-feira, setembro 30, 2005

Manuel Alegre à Presidência da República

Como ser proponente da candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República

A candidatura de Manuel Alegre é um espaço de cidadania aberto de participação cívica de todos os eleitores.

Nos termos da Constituição e da legislação eleitoral, as candidaturas à Presidência da República só poderão ser apresentadas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 cidadãos eleitores. Cada eleitor só pode ser proponente de uma única candidatura à Presidência da República.

A propositura consubstancia-se numa declaração de propositura, subscrita individualmente por cada proponente devidamente identificado, cuja inscrição no recenseamento eleitoral esteja certificada.

Se quer participar neste movimento, só tem que ir à Junta de freguesia e remeter os documentos para o Apartado postal 27115 em Lisboa.

Aceda aqui e veja como proceder.

quinta-feira, setembro 29, 2005

O Faial em "Estado de Sítio"


É a armada estacionada ao largo e os semi-rígidos em desembarques rápidos na Alagoa; são os helicópetros a zuniar, como varejeiras sobre as nossas cabeças; são as viaturas militares a toda a velocidade e os caminhos fechados em hora de ponta, deixando os incautos sem almoço.
É a guerra total, no mar, no ar e em terra.
Não há inimigo e, felizmente, por enquanto também não há vítimas.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Vasos de guerra ao largo


Levanto-me, chego à janela e deparo-me com este nascer do Sol
e com o cenário duma batalha naval.
Estamos todos rotos, mas continuamos a brincar às guerras.


terça-feira, setembro 27, 2005

Simpatizo com o BE, mas voto Decq Mota

O voto é uma arma.
O voto, como as armas, não pode ser usado de olhos fechados, às cegas, há que fazer pontaria e disparar certeiro.
Não quero, por opção, estar inscrito em partidos políticos, mesmo reconhecendo a sua importância, não quero cargos nem proveitos, mas também não quero estar sujeito a disciplinas nem vínculos partidários.
Tenho uma forte simpatia pelo Bloco de Esquerda, dum modo geral subscrevo e adiro às suas posições e combates, mas não sou cego e quero usar o voto como, em cada momento, acho que melhor serve o interesse colectivo.
Nestas eleições, para a Câmara vou votar no José Decq Mota, não no partido, mas no homem. Tal como foi, na Assembleia o melhor deputado ao serviço dos Açores e dos açorianos, também na Câmara dá garantias de ser o melhor representante dos munícipes.
No actual quadro, por um voto se ganha e por um voto se perde e o Decq Mota, pelo que conheço, é tanto democrata, amante da liberdade, defensor do progresso, do desenvolvimento e dos valores caros ao BE como eu. Sempre votei na sua pessoa e vou voltar a fazê-lo, convicto que estou fazendo a melhor escolha.
Foi um erro e uma ingratidão, do Povo do Faial, não reeleger o José Decq Mota para a Assembleia Regional. Agora, tem a oportunidade de dar o seu contributo para que possa ser eleito, senão para Presidente da Câmara, para vereador executivo, já que prevejo um resultado eleitoral muito disputado.

Por mim, Decq Mota pá Câmara.

segunda-feira, setembro 26, 2005

PS - Partido Socrista

Pois é! Para Alberto Martins, Maria de Belém e Vera Jardim eram tudo brincadeiras até ao Manuel Alegre se candidatar.
Não sei donde são naturais, mas devem ser de Peniche. Venderam a consciência ao colectivo socialista/socrista, abdicando da sua opinião.
Estes socialistas são os mesmos que criticam e combatem o centralismo democrático e a unicidade.
Força Manuel Alegre vai em frente...pois tudo o que se possa fazer para derrotar o Cavaco é pouco. É também a oportunidade de infligir uma derrota política a José Socrates e suas marionetes e dar ao Dr. Soares o maior puxão de orelhas da sua longuíssima carreira política.

Andam muitos cá fora

Numa visita a um Hospital de loucos, Sócrates pergunta ao director qual o critério para definir se um paciente está curado ou não.

- Bem, diz o director, nós enchemos uma banheira e oferecemos uma colher de chá e uma chávena e pedimos para esvaziar a banheira.
- Entendi, diz Sócrates, uma pessoa normal escolhe a chávena, que é maior.
- Não, responde o director, uma pessoa normal tira a tampa do ralo...

sábado, setembro 24, 2005

Vamos eleger um Presidente de Esquerda


Finalmente, temos candidato presidencial.
Sempre alimentei a esperança de que Alegre seria candidato.
A partir de agora, compete-nos apenas elegê-lo.
Só depende da nossa capacidade de unir e concentrar esforços para levar Manuel Alegre à 2ª volta e GANHAR ao Cavaco.

Nem bolo-rei nem rei do bolo!

Vamos a isso! E damos uma lição aos partidos.


sexta-feira, setembro 23, 2005

Outro! É sempre a somar


Este é um país de reformados e por isso é só mais um para a molhada! Há os reformados já reformados e os reformados ansiosos pela reforma que se comportam como já gozando a aposentação. Os que trabalham são realmente poucos e daí a merda na nossa produtividade ser o que é!!!
Quer dizer que todos os que estão na situação dele (e são muitos como por exemplo João Soares) ganham o mesmo.
De qualquer forma não é um valor muito dignificante para um ex-primeiro-ministro.
Comparado com a reforma que o Armando Vara vai receber da CGD (se for igual à de Mira Amaral) aquele valor é relativamente baixo.
Uma pensão de 3 178 euros???? Só? Para um homem que tanto deu à democracia!!!! Ele foi...ah, foi presidente a prazo de muitas coisas, do futebol à politica...mistura explosiva...só lhe faltou um exílio dourado no Brasil!!!!

Não é possível trabalhar 6 anos ou menos e ter reformas destas.
E digo mais vão fazer leis, barulho e vai ficar tudo na mesma.
E normalmente é assim em todas as leis, há sempre uma porta aberta para aproveitamento de quem faz as leis, é incrível
Não é lamentável que Santana ou Cunha ou outro qualquer tenham a reforma é lamentável que seja assim instituído e legal
Porque também vos digo se eu estivesse no lugar deles e legalmente tivesse direito, exigia.

O que está mal é serem os políticos a fazerem leis em benefícios próprios e na calada.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Seria bom viajar, mas pelo norte da Europa

“Devia-se pagar duas viagens aos portugueses que têm dúvidas (sobre o caminho a seguir): uma à Alemanha, para ver as reformas que os alemães estão a fazer e os direitos que estão a mudar; e outra à China para ver como é que se trabalha”, disse João Salgueiro.

Talvez os gestores portugueses é que precisassem de ir à Alemanha tirar uns cursos de gestão de empresas. Quanto à China, mandava era a si (Salgueiro) para ver o que é ser escravo por 1 euro. Os portugueses não precisam disso, já o sabem. A este senhor devia-se mandá-lo à Suécia para ver como se pagam impostos e ninguém foge...Lá um que foge aos impostos é tratado pelo povo como um terrorista e ladrão...

E já agora, vão antes à Bélgica com os patrões ver como funciona em termos de regalias de trabalhadores, tudo controlado pelos sindicatos. E já agora vão também os donos do S.N.de Saúde ver como se trabalha nos Hospitais sem filas ou listas de espera.
Vão e vejam como funcionam os países mais evoluídos (Norte da Europa). Seria bom que os portugueses tivessem uma ideia, pois faria com que eles fossem mais exigentes com os governantes.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Nossa Senhora de Fátima

Todos em romaria a Felgueiras para adorar a nova Santa de Felgueiras...a heroína...a destemida...a vivaça....a que não tem medo dos Juízes que são amigos dela...etc...

Hoje foi demonstrado que a Justiça em Portugal, tal como o rei, vai nua.

Está na hora do grito de revolta...BASTA DE VIGARISTAS!!!
Fátima Felgueiras;
Isaltino Morais;
Avelino Ferreira Torres;
Valentim Loureiro;
e outros menos conhecidos.

É incrível como é possível tantos indigitados vigaristas, serem candidatos às câmaras e afins.

NÃO PODEMOS TER PESSOAS CUJA HONESTIDADE ESTÁ EM CAUSA, continuarem impávidos e serenos, a desafiarem o sistema democrático e em particular a própria justiça.

Não há vergonha, alguém que ponha isto no sitio, que se prendam juízes.

Cristal Vermelho

A Cruz Vermelha e o seu equivalente em países islâmicos, o Crescente Vermelho, podem ter em breve uma designação comum, o Cristal Vermelho. A medida que se pretende implementar visa a utilização de um emblema neutro, nesta era de crescentes conflitos de origem religiosa. De igual forma, sob a nova designação algumas organizações humanitárias anteriormente excluídas, como a israelita Magen David Adom, que usa o escudo vermelho de David, podem juntar-se à organização. A Suiça, o país de origem da Cruz Vermelha, pretende realizar uma conferência no final do ano em que os 192 países que aderiram à convenção de Genebra serão auscultados sob a nova designação e símbolo.

A Cruz Vermelha é uma organização humanitária que não tem nada a ver com religião e o seu símbolo actual é apenas a imagem revertida da bandeira suiça, um país com uma longa tradição de neutralidade. Mas o facto fortuito de esta ser uma cruz impediu, quase desde as origens da organização, a utilização universal do símbolo. Esperemos que o novo símbolo e designação sejam aprovados e que o Cristal Vermelho seja uma realidade a nível global já em 2006!

Palmira F. da Silva

Graças a Deus


Um governo em oração. Não de joelhos, mas de pé. Prostrados não, mas extremamente agradecidos... por não viverem em New Orleans, por não serem pretos (enfim, a Condoleeza...)... por serem eles "os escolhidos" para governar o Mundo. Os eleitos pelo poder divino. Bush, Cheney & Co., acreditam mesmo nisso, acreditam que têm uma missão divina para cumprir aqui na Terra. Só por isso insistem tanto em nos foder o juízo.

um homem das cidades

terça-feira, setembro 20, 2005

Impasse

As eleições alemãs tiveram dois grandes derrotados (CDU e SPD) e dois pequenos vitoriosos (Liberais e Partido de Esquerda). O que será que faz o eleitor dar as costas aos partidos tradicionais e optar pelos minoritários?

Os grandes perderam e é escusado arranjar argumentos para validar a vitória de quem quer que seja, até porque os sinais, para já os económicos, como o dia de ontem provou, e os sociais virão a seguir, dão mostras de astenia.
Este impasse, que tem duração incerta, não favorece ninguém e consegue prejudicar todos. Parece impossível mas é bem real.
Em suma, das urnas de domingo um facto salta à vista de todos, de acordo com os números das urnas, nenhum destes dois serve para comandante do barco germânico.

Registe-se a percentagem do Partido de Esquerda com 8.7% e com um crescimento de 4,7% - o partido que mais cresceu. É um sinal.

A elevada precariedade do trabalho

É uma das causas da baixa produtividade e competitividade da economia portuguesa.

Um dos argumentos mais utilizados pelas entidades patronais e pelos defensores do pensamento económico neoliberal é que a baixa de competitividade da Economia Portuguesa tem como uma das causas mais importantes a rigidez das leis do trabalho em Portugal, ou, por outras palavras, a insuficiente precariedade das relações de trabalho no nosso País. Essa afirmação não tem qualquer consistência técnica como os dados divulgados pelo INE e Eurostat provam.

Em Portugal a precariedade é muito superior à média comunitária. Se nos dados sobre precariedade e desemprego considerarmos apenas o desemprego oficial, para tornamos os dados de Portugal comparáveis com os publicados pelo Eurostat, conclui-se que em 2004, na União Europeia 29 activos em cada 100 tinham uma relação de trabalho precária ou estavam no desemprego, enquanto no nosso País, no mesmo ano, eram 34 em cada 100 que se encontravam na mesma situação. Portanto, a precariedade em Portugal é muito superior à média comunitária. Fica assim claro que afirmar, como fazem o patronato e os defensores do neoliberalismo, que a baixa competitividade da Economia Portuguesa é consequência da rigidez das leis laborais, ou seja, da reduzida precariedade, não tem qualquer consistência técnica

A elevada precariedade que se verifica em Portugal contribui também para a baixa taxa de formação e o baixo nível de escolaridade que se verifica em Portugal, o que explica a baixa produtividade e competitividade da maioria das empresas portuguesas.

Em resumo, a elevada precariedade que se verifica em Portugal está inevitavelmente associada a baixas taxas de participação dos activos em acções de educação e formação, a baixos níveis de qualificação tanto de adultos como de jovens, e a taxas elevadas de abandono prematuro da escola pelos jovens. Tudo isto tem consequências graves e dramáticas quer para os trabalhadores, que assim continuam sujeitos a condições degradantes e desmotivadoras de trabalho e de remuneração, quer para as empresas, cuja esmagadora maioria está a perder a batalha da produtividade e da competitividade.

Texto completo AQUI

segunda-feira, setembro 19, 2005

Dilema: bolo-rei ou rei do bolo


Cavaco estudou em Inglaterra.
Soares ensinou em França.

Cavaco gosta de trepar em coqueiros.
Soares gosta de montar tartarugas.

Cavaco é um cara-de-pau.
Soares é um cara-de-bolacha.

Cavaco gosta de bolo-rei.
Soares gosta de ser o rei do bolo.

Cavaco escreveu a sua própria biografia (e saiu uma bela merda).
Soares preferiu escrevê-la através de uma idiota útil que meteu perguntas simuladas pelo meio e no final assinou o nome.

Cavaco é magro.
Soares é gordo.

domingo, setembro 18, 2005

O Capelo no bom caminho


Foi, hoje, inaugurada a Casa Rural Típica da Reserva Florestal de Recreio do Capelo, uma infra-estrutura de turismo rural e ambiental que vem colocar à disposição da população e de quem nos visita um quadro da vivência dos nossos antepassados.
Outros factores de valorização da florescente freguesia do Capelo é a melhoria da rede viária de acesso, já em curso, e a obra de requalificação do Farol dos Capelinhos, a iniciar ainda este ano, cujo custo ultrapassará os dois milhões de euros que inclui a preservação da ruína do Farol, a redescoberta de partes soterradas das construções anexas, com a funcionalização de alguns desses espaços, e a criação de um Centro de Interpretação.

sábado, setembro 17, 2005

Ser socialista no século XXI


O BE é um movimento de novo tipo, que vive da contestação e da luta anticapitalistas e pela construção de uma alternativa socialista.
O BE não tem ideologia, isto significa não perfilhar nem o marxismo-leninismo, nem o leninismo, nem o trotskismo, nem o marxismo, apenas recolher contributos destes pensadores.
O BE é um movimento anti capitalista e socialista. O socialismo não existe sem uma transformação das condições do regime económico e social.E isso consegue-se por grandes combates transformadores que são reformas e que são revoluções. Batendo-se por reformas essenciais e fazendo-o com toda a convicção de que é importantíssimo para ajudar a mudar a vida das pessoas. O capitalismo moderno, que é um capitalismo predador e selvático, só pode ser substituído por uma sociedade socialista.
Há grandes reformas que podem ser revolucionárias. Não se consegue combater a injustiça fiscal, o privilégio do poder económico de ter regras distintas para si próprio, diferentes da grande maioria da população, sem uma alteração da relação de forças que permitem impor a democracia como regra. Não se conseguem alterar regras do comércio internacional e impor o predomínio do direito internacional na relação de conflitos sem uma alteração da relação de forças que derrote o império. Não muda a União Europeia sem uma grande refundação democrática e social que reconstrua as suas bases na estruturação. Isso são revoluções.

E o que é que é ser socialista no século XXI?

Significa ter vivido e aprendido a lição do socialismo soviético e chinês e rejeitá-la. Nunca existe socialismo que proíbe o direito de greve, que impõe na Constituição o governo perpétuo de um partido político, como é o caso do Partido Comunista chinês e da Constituição chinesa. É rejeitar as monarquias delirantes como a Coreia do Norte. No fundo, é rejeitar a ideia de que o socialismo pode ser compatível com a redução do pluralismo político ou da liberdade social. O socialismo só pode existir, só se pode limpar, se resultar da reflexão e de rejeição do que foram os modelos de Leste. E é também uma outra coisa, é um anti capitalismo, uma contestação da civilização capitalista e do desastre humano e ambiental que ela representa.

O BE não tem que se identificar com o leninismo, não há ideologia única.

O BE nasceu e só podia ter nascido assim não por uma fusão ideológica que reinterpretasse o passado, mas por uma definição da agenda política e do programa. O programa constrói-se na luta social, nas alternativas políticas para o país, para a Europa. E foi isso que permitiu aprender um nível de política completamente distinto do que a esquerda radical tinha feito em Portugal durante 30 anos. O BE transformou completamente a capacidade de actuação política e social, tornando-se uma força política influente.
Quando o BE surgiu ainda não existia o Fórum Social, mas o movimento que lhe ia dar origem já estava a nascer, o movimento antiglobalização.
Há algumas políticas que são de reformas, há outras que são de combates frontais. Por exemplo, na política do ambiente quando se defende uma política de redução das emissões de dióxido de carbono por causa do efeito de estufa é uma grande reforma.

O BE não concebe a oposição política exclusivamente teorizada, sem ser através da acção dos movimentos sociais, da contestação social. A exclusiva representação parlamentar reduziria a democracia, como se fosse a única forma de debate político no país. O BE dá toda a importância à intervenção parlamentar, mas entende que a democracia vai para além da vida parlamentar.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Uma banda larga de liberdade

O BE apresentou um projecto de lei de alteração do modelo de financiamento das autarquias. Os bloquistas não defendem o corte das receitas, mas regras novas na sua distribuição
A maioria das receitas recebida pelas autarquias provém dos impostos municipais - sobre imóveis, transportes e transacções imobiliárias. Quantos mais licenciamentos forem passados mais dinheiro recebem as câmaras.
Os bloquistas propõem que as receitas sejam, antes, distribuídas em função de factores como a população residente e a área geográfica. Uma alteração que consideram imprescindível para o ordenamento do território, uma vez que o poder local se tem revelado "refém do sector" imobiliário.
O projecto defende, ainda, que dois por cento das receitas sejam automaticamente distribuídos pelas freguesias. Uma forma das freguesias deixarem de "depender da boa vontade dos presidentes de câmara" e ganharem autonomia financeira.
Outra das alterações propostas refere-se à obrigatoriedade de apresentação de todas as transacções entre autarquias e entidades externas, como fundações e empresas.
Enquanto as autarquias forem financiadas através de impostos decorrentes da urbanização, vão deixar construir, e, nessa lógica, é muito difícil haver uma Agenda 21 local.
A Agenda 21 Local é um processo, proposto pelas Nações Unidas, no qual as autarquias, cidadãos, técnicos, empresários e associações trabalham em conjunto e definem as prioridades para um desenvolvimento sustentável do seu concelho nas vertentes social, ambiental e económica.

Açorianos são os que mais morrem do coração

Consanguinidade pode ser a explicação. O remédio mesmo é prevenir: abandonar os maus hábitos.

Os Açores são a região do País e do Mundo onde mais se morre por doenças cardiovasculares.
Em 2001, registaram-se nas ilhas açorianas 451.3 óbitos por cem mil habitantes resultantes de doenças cardiovasculares - um número ainda distante dos registados no Alentejo (267.7 óbitos por cem mil habitantes), a segunda região portuguesa logo a seguir aos Açores, com o maior número de óbitos causados por doenças cardiovasculares.

A inactividade física é reconhecida hoje, como importante factor de risco para doenças cardiovasculares. E embora não possa ser considerada tão perigosa, como o tabagismo, a hipertensão arterial e a hipercolesterolemia (taxa de colesterol sanguínea aumentada), é muito importante pois atinge uma percentagem muito elevada da população.

Mas outros factores de risco contribuem para a elevada percentagem de mortes por doenças cardiovasculares. A alimentação, por exemplo, é um factor de extrema importância na protecção da saúde.

Definidos os factores de risco e chegando-se à conclusão que são comuns às populações de todo o território nacional, fica no entanto por explicar a razão do elevado número de mortes por doenças cardiovasculares nos Açores, em comparação com outras regiões do país.

Segundo os especialistas, reunidos hoje na Horta, uma possível explicação é: nos Açores, há uma maior consanguinidade - são quatro séculos de ilhas fechadas que abriram apenas há 30 anos. Alguns problemas de saúde, como a obesidade, a diabetes e alterações de gordura no sangue, que levam à doença cardiovascular, são mais evidenciadas quando há maior consanguinidade.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Soma e segue - mais 100 mortos no Iraque


Perto de 100 pessoas morreram hoje no Iraque, 80 das quais num atentado suicida em Bagdade, o mais mortífero na capital nas últimas sete semanas, cometido após ameaças extremistas na sequência de uma ofensiva contra rebeldes no nordeste do país.
Estes ataques acontecem depois das ameaças lançadas por grupos extremistas sunitas, entre os quais a Al-Qaeda, depois de uma ofensiva militar na cidade de Tall Affar, no nordeste do Iraque, perto da fronteira com a Síria.
A ofensiva, realizada pelo exército iraquiano, com o apoio das forças norte-americanas, permitiu, segundo as autoridades de Bagdade, capturar rebeldes e combatentes estrangeiros provenientes da Síria.
As operações militares provocaram cerca de 150 mortos entre os rebeldes e mais de 400 suspeitos foram detidos, de acordo com o revelado pelo exército norte-americano.
Está ainda muito longe a pacificação do Iraque, violência gera violência e já ninguém dá importância aos mortos iraquianos. Os “opinion makers “ cristãos/católicos fazem-nos chorar mais um morto americano que 100 iraquianos.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Arranque promissor ???


Arrancou hoje, oficialmente, o ano lectivo 2005/6. O Governo Regional dos Açores aproveitou para, em cerimónia oficial, lançar a 1ª pedra do que será a nova Escola Secundária da Horta.
Esta escola já vem sendo inscrita nos Orçamentos e Planos da Região há mais de uma dúzia de anos. Espero que os trinta meses de prazo de execução da obra, contados a partir de hoje, sejam efectivamente para cumprir.
Mesmo parecendo que a oportunidade da cerimónia se deve ao período eleitoral que se avizinha, o importante é que não seja apenas mais uma iniciativa eleiçoeira, como o boletim e anexos municipais com repetidas referências e fotos aos mesmos acontecimentos e que arranque a obra, já que a actual escola está completamente lotada e ultrapassada para os dias de hoje.

domingo, setembro 11, 2005

Desgraça americana


Há 4 anos atrás os Estados Unidos julgavam-se uma nação invulnerável aos problemas do mundo e do planeta. Depois do 11 de Setembro ficou provado que não há país invulnerável às forças do inimigo. Com Katrina fica provado que não há país invulnerável às tragédias ambientais do planeta.
Bush, um homem de visão estreita e belicosa, recebeu um presente. Nova Orleans é apenas uma fotografia assombrosa que se pode tornar rotineira. Ela veio com uma faixa preta de luto e outra vermelha de alerta: De Katrina para Bush. Ele não entendeu, mas o povo americano, sim.
A tragédia de Nova Orleães está a deixar a descoberto os erros de um governo fechado há anos numa espécie de psicose antiterrorista. Mas, desta vez, ao contrário do 11 de Setembro, não há nenhum inimigo para atirar com as culpas. O "Katrina" poderá ser, assim, o tsunami pessoal de Bush.

sábado, setembro 10, 2005

Ex-ministro, o melhor emprego

Qual é a importância da denúncia pública de Louçã, no meio da corrupção generalizada que envolve os políticos deste país?

Eu respondo: é que pela primeira vez os cidadãos portugueses vêem, preto no branco, como é que estes administradores ganham dinheiro com a miséria alheia.
Esta situação só foi possível, como será provado nas instâncias próprias, porque os interesses dos políticos corruptos se sobrepuseram à segurança e aos interesses dos cidadãos.
Para estes empresários terem os seus negócios montados à mesa do orçamento do Estado, 16 cidadãos morreram, o património florestal está reduzido a metade, a miséria prolifera entre aqueles nossos compatriotas que perderam o pouco que tinham nas chamas.

Esta denúncia serve para revelar até que ponto os actuais e ex-governantes são insaciáveis, implacáveis e para extrapolarmos para outras situações.
A quem serve o não funcionamento da justiça? A quem serve a compra dos submarinos? A quem serve o estado a que a Saúde chegou? A quem serve a criação de universidades privadas a formarem jovens com cursos que ninguém sabe para que servem?
Se seguirmos as pistas que os incêndios neste caso demonstraram, de certeza que vamos encontrar por trás fortes interesses económicos apoiados ou dirigidos pelas eminências pardas altamente colocadas nos partidos do alternanço.
A questão que se põe é como se vão julgar os culpados, se tudo está dentro da legalidade, suportada com leis feitas a pedido desses dinâmicos empresários da desgraça, como bem provam os regulamentos das reformas feitos na Galp, CGD, Banco de Portugal, etc., feitos para servirem quem os elaborou e implementou?

Uma coisa todos sabemos.
Desde que trouxeram meios aéreos para apagar fogos...estes nunca mais pararam de aumentar em todos aspectos...Quantidades de fogos...tempo que os mesmos levam a ser instintos...custos de combate aos mesmos....
Logo que acabe as horas contratadas e que se passe a pagar os meios aéreos a hora os fogos disparam em cardume...
Portanto tudo isto leva a muita especulação...E os meios aéreos tem um dono...Se agora são um alvo é porque foram apanhados com a boca na botija?

Loureiro foi um dos que inventou a máxima: Bom não é ser do Governo, mas dele sair.
O melhor emprego em Portugal é ser-se ex-ministro.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Moralizar os vencimentos dos gestores!


As novas regras, baseiam-se, dizem, em três princípios:
(1) Prevenir os abusos nas auto-atribuições de vencimentos, devendo “as remunerações ser consentâneas com as praticadas no respectivo sector”;
(2) Moralização, atribuindo os prémios de gestão conforme os objectivos atingidos, e proibindo que recebam as pensões antes de se reformarem;
(3) Transparência, devendo ser descriminados, publicamente, em cada ano, as verbas destinadas a vencimentos e demais regalias dos gestores, nos relatórios e contas.

Em boa verdade, a legislação a aprovar mantém as actuais mordomias, ilegitimamente apropriadas (a lei não tem efeitos retroactivos), o que implica que o país vai ter que continuar a esvair-se com encargos para sustentar a gula criminosa, as benesses escandalosas e injustificadas, apropriadas pelos que agora as têm.
Por isso se prevê que esta lei só venha a fazer efeito em 2007.

É claro que, para credibilizar o embuste, logo vieram os comentadores económicos discordar, com o velho e falacioso argumento de que isso afasta os melhores, destas funções. Dizem, estes comentadores, que estes técnicos devem ser remunerados segundo o seu valor…
Os melhores? Mas essa gente é toda criminosa, incapaz, incompetente e mafiosa, a ponto de nos terem conduzido para a situação degradante em que nos encontramos!
Estou inteiramente de acordo, desde que esse “seu valor” seja determinado em função do impacto económico, para o país, do bom exercício das respectivas funções; isto é conforme a evolução da situação económica. E ainda que seja ratificado pelos cidadãos, após discussão livre e aberta e consulta directa à população.

As pessoas que têm, realmente, valor, não são motiváveis pelo valor absurdo e escandaloso dos vencimentos, porque sabem que isso prejudica os propósitos e objectivos determinados pelos superiores interesses do país, os que motivam as pessoas dignas e de bem. Só os mafiosos se “motivam” com vencimentos escandalosos, de que se apropriam a qualquer custo, à nossa custa e do estado degradante da economia do país, que destroem com a sua incompetência e prepotência, com a sua tacanhez.

extractos daqui

quarta-feira, setembro 07, 2005

27º lugar, a descer e mais desigual

O problema não é Portugal estar no 27º lugar no ranking do desenvolvimento dos países...o problema é estar a descer lugares...e serem maiores as desigualdades, menos ricos cada vez mais ricos e mais pobres cada vez mais pobres.

A desigualdade é a nível nacional e mundial e maior do que há 10 anos.

O Relatório sobre a Situação Social Mundial 2005 das Nações Unidas considera que grande parte do mundo se debate com um "problema de desigualdade":

As desigualdades entre países e dentro dos mesmos têm acompanhado a globalização.
O desemprego continua a ser elevado em muitos contextos e as taxas de desemprego dos jovens são particularmente altas.
Há milhões de pessoas a trabalhar que continuam a ser pobres; quase um quarto dos trabalhadores do mundo inteiro não ganha o suficiente para conseguir ultrapassar o limiar de pobreza de 1 dólar por dia e melhorar a situação da sua família.
Em muitos países, as desigualdades salariais, especialmente entre trabalhadores qualificados e não qualificados, aumentaram desde a década de 1980, tendo-se registado uma diminuição dos salários mínimos reais e um aumento acentuado dos rendimentos de nível mais elevado.
Apesar dos progressos realizados em alguns contextos, as desigualdades nas áreas da saúde e da educação aumentaram, especialmente dentro dos países. A África ao Sul do Sara e partes da Ásia são as regiões em que essas desigualdades são maiores.
A violência é muitas vezes fruto da desigualdade.
Os povos indígenas, as pessoas com deficiência, os idosos e os jovens são normalmente excluídos de processos de decisão que afectam o seu bem-estar.

As políticas macroeconómicas e de liberalização do comércio, a globalização económica e financeira, e as mudanças ao nível das instituições internacionais do trabalho não podem ser dissociadas da luta pelo desenvolvimento social, pela igualdade e pela justiça social. Se não adoptarmos uma abordagem abrangente e integrada em relação ao desenvolvimento, estaremos a perpetuar o problema da desigualdade, e isso terá um preço que todos terão de pagar.

Resumo do Relatório

terça-feira, setembro 06, 2005

Manuais de muitas gerações

Hoje, para bem ou para mal dos nossos pecados, todos os anos há manuais diferentes que variam de escola para escola.

sábado, setembro 03, 2005

Uma 2ª volta implica sempre uma 1ª volta

Mário Soares e a direcção PS inviabilizaram uma candidatura unificadora da esquerda, o primeiro por se achar o dono da verdade e da República e ninguém ter tomates para lhe fazer ver que águas passadas não movem moinhos e o Sócrates para desviar a atenção da péssima acção governativa e do mais que provável mau resultado nas autárquicas.
Manuel Alegre, também não teve coragem de enfrentar a direcção partidária e acobardou-se perante o anúncio da candidatura de Soares.
Quantos mais candidatos a esquerda apresentar, mais votos terá no seu conjunto e maior será a derrota da provável candidatura de Cavaco.
Acabou de ser noticiado que Francisco Louçã representará o seu partido na corrida às presidenciais.
Já nos demonstrou ser o único deputado/partido que, na Assembleia de República, aborda questões difíceis, polémicas e pertinentes, apresenta propostas de solução e é capaz de, pela justeza e oportunidade das suas posições, marcar a agenda política.
Estamos perante um deputado com uma intervenção acutilante e sobretudo oportuna quando se trata de denunciar situações lesivas dos mais desfavorecidos e do interesse nacional e exigir responsabilidades aos detentores de cargos públicos.
É inteligente e irreverente e por vezes chega mesmo a ser inconveniente.
Por isso julgo que apareceu a minha alternativa ao voto em branco. Louçã é o candidato que, no decorrer da campanha para presidente da república, melhor poderá contribuir para evitar que este PS liderado por José Sócrates continue a cometer os erros governativos do nosso descontentamento.
Por isso vou tornar o meu voto útil.

sexta-feira, setembro 02, 2005

A impotência da superpotência

O caos e a desordem com saques, disparos, violações, lixo, águas de esgoto, fogos e escaramuças, cadáveres apodrecendo, milhares de sobreviventes que deambulam pelas ruas inundadas de Novas Orleães e polícias a serem alvejados, depois da passagem do furacão Katrina são o panorama da principal cidade do Estado do Luisiana.
Houve milhares de mortos, feridos, centenas de milhares ficaram sem casa, pilhagens do que restava, etc.
O "texano" encara esta tragédia como uma grande “cowboyada”, quando há dois dias interrompe as suas férias dando logo ordem para atirar a matar.
A comunicação social mostra o desespero dos pobres, mas não explica como é que a nação mais poderosa do planeta (agora, ao nível do 3º Mundo) foi tão incompetente em gerir esta crise apesar do alerta antecipado dos meteorologistas.
É que esta orgulhosa América Imperial está convencida que tem a "protecção divina", que pode fazer as guerras que quiser e onde quiser e que as desgraças que exportam e se abatem sobre outros povos não a afectarão nunca. Como Bush está sempre a invocar o nome de Deus em vão, pode ser que o dito lhe vá abrindo os olhos (leia-se a natureza lhe vá abrindo os olhos), e que o faça reflectir o tão pequeno que é perante a dita...
É certo que os furacões têm estado a aumentar nos últimos tempos em consequência do aquecimento climático.
É uma tragédia que o povo da região assolada deverá também atribuir à (ir)responsabilidade da Administração Bush, ao recusar combater o aumento da concentração de gases de efeito de estufa, sendo os E.U.A. o principal poluidor planetário: 25% do petróleo mundial é consumido neste país, em termos populacionais não representando mais de 5% de toda a humanidade.
Não existem catástrofes 100% naturais; há sempre um factor humano associado na génese destes acontecimentos.
Infelizmente este furacão vem pôr em destaque que os militares numa situação destas são incapazes de auxiliar as suas populações mais pobres. Sim, porque ao contrário da propaganda existe muita miséria nos Estados Unidos.
Com o Bush a América caiu a pique no conceito mundial...nunca tantos se manifestaram em uníssono como na era Bush....e a economia sempre em queda livre, o que não é bom para ninguém...
Mas a total solidariedade ao povo sofredor dos Estados Unidos da América...

Vou engoli-lo, mas só na 2ª volta

quinta-feira, setembro 01, 2005

Por enquanto, o rei vai nu.


"Estimular os Velhinhos, que se recusam a morrer antes do tempo" fico descansado...
O país agora vai mesmo sair da crise...
Os velhinhos vão ficar todos excitados e vão começar a trabalhar.
Só tenho pena é das velhinhas...coitadas...com tanta excitação dos maridos...vão ter de voltar a pôr a febra a trabalhar...
Algumas já nem sabem como funciona...

Sr. Mário passe bem, dê palha ao burro e coma também!
Não são só os velhos que se recusam a morrer, são todos.

Se for eleito ficamos com o reformado mor a fiscalizar os reformados do governo.

Gostei de ver o rosto do Sócrates depois do discurso do seu pai político, depois de tanta porrada ideológica e críticas (nas entrelinhas) à sua governação, este ainda agradeceu as palavras e enalteceu o perfil do rei.

- Este é o verdadeiro choque tecnológico!

Por enquanto, o rei vai nu.
Tenho que começar a pensar nos "sais de frutos".